quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Olá amigos, blogueiros de plantão...

Senti que havia colocado fotos demais aqui junto aos 9 poemas que publiquei. As tirei; vou colocar algumas em uma página à parte.

Amo fotografia, ainda mais quando vemos mais que uma imagem, e captamos alguns sentimentos. Naquele instante efêmero, a foto é quase uma eternidade. Quase; depende das condições em que as guardamos.

Sinto falta da câmera que eu tinha, e não era digital. Tinha até uma manivela, rs.

Pois é, em certo dia pedi pra Glorinha segurar. Tinha por volta de 18 anos... Mas a Glorinha, deixou molhar com água do rio, salgada. Aqui encontro do rio com o mar, na Atalaia Nova. Não é preciso dizer que a máquina deixou de funcionar.

Tive algumas outras, mas já acopladas em celular. Gostaria de pegar algumas que tirei nesta era digital e colocá-las em papel fotográfico. Depois reuní-las em álbuns que era meu grande prazer da adolescência.

É vero; olhei ontem minha madrugada. Não quis me estender aqui no computador, para poder dormir (um pouco) mais cedo. Olhei meu som; olhei este notebook. E lembrei da juventude... Não havia um som com cd's, ou um computador para distrair (ou 'me tirar de tempo'). Lia muitos livros, dormia por volta de onze horas. Adorava ver filmes. E a vida parecia ser bem mais feliz. Útil.

Os dias rendiam! Vá entender... Quando a gente sai de órbita, como voltar a fazer as coisas de forma mais coerente, que nos dê a impressão que está tudo bem? Ou que tudo vai melhorar? Aquela fé irritante de Cândido ou O Otimismo (de Voltaire), era um anseio do seu tempo, e dos corações que viam na modernidade o tão esperado elixir da vida. E pra mim, esta modernidade não dá felicidade. Afasta pessoas.

Antes tinha mais amigos, mais livros. Modernidade que me fez feliz foi aquela câmera com manivela e filme, em que registrei o melhor de mim, que não volta. E o presente? Sinto como uma ausência de mim mesma. E dias que parecem sempre iguais... Decerto o que me falta é uma câmera (hoje digital, né?), para registrar estes momentos vividos, ainda que falte aquela expressão de VIDA, vida em abundância com muita esperança no porvir!

Pois é, talvez registrando, se o amanhã me for permitido eu olhe as figuras para ver o quanto de felicidade me cabe AGORA, mas oh seres humanos imperfeitos, que oscilando entre o dia de ontem, ou projetando o futuro, deixam de perceber a imensidão de possibilidades desta tarde, desta hora, destes melhores momentos... O melhor que nenhuma imagem pode captar, pois segundos, ainda que não tão intensamentes vividos, é história que faz parte de nossa história, e creio, não caberia em qualquer fotografia, ou mesmo livro.

Alguma pintura pode lembrar, uma foto pode emocionar. Mas a sua, a minha melhor hora, às vezes é a pior hora, pois é nessa exata fração que vemos: O melhor aprendizado está no agora! Eu achei que aquele momento de juventude era caos (rsrs). E não foi. Antes idílio. E tanto aprendizado. Meus amigos não eram apenas versos que hoje escrevo, eram também diversas leituras que inflavam meu peito de genuína esperança, e muitos, muitos amigos de carne e osso.

Repito esta palavra para dizer que não adianta só esperar (espera...nça). Antes ação. Pequena que seja, nesta hora, que deve ser a melhor hora porque me pertence.

E fotos foram fatos, mas nossos fatos, não são condesados em fotos, mesmo em melhor papel fotográfico. Idos tempos, algumas fotos que ficaram. E Glorinha, e a Dani, onde andarão? As fotos daquele momento não prestaram porque a máquina foi molhada. Mas guardo em meu coração!

Moral da História: As pessoas que passam em nossas vidas, estas sim, são as fotos que aquecemos em nosso coração... Pra todo o sempre!

(Carmen Ligia).

Nenhum comentário:

Postar um comentário