Não importa quem sou
Vou, e voo...
Infinito em mim mesma
Quietude, extravasamento; recolhimento... Encontro.
Já não importa quem sou!
Quero é ser, vir a ser, o que sempre fui...
Fugi.
Reencontro doloroso, ai de mim. Me reconhecer.
Não importa quem serei, eu estou, aqui.
Neste momento, tanto quero subir montanhas
Mas me conformo, na estrada tortuosa
E pés com pedras, e pedras. Se enorme, dou a volta.
Já não importa o que serei
Tem um sol aí fora
Só tenho o hoje, com a responsabilidade do melhor
Mas não o esforço incauto, a pressa alienante. Não mais distante...
Se a vida for incógnitas,
Brindemos com água sacrossanta
Não me enganam arranha-céus
Enchem olhos, por milésimo de segundo... Quero a eternidade de mim mesma.
E esta volta pra casa, é volta pra dentro
Onde a fuga, escapismo
É tanto abismo
Olha o céu... Um ideal perfeito, um ponto de chegada.
Não mais madrugadas
E quando vier lágrima
Lavando a alma,
É só irrigação de tanta ventura, no que vier.
Já não acredito na dor. Acreditarei em cada aprendizado
Já não é morno, quente. Frio? Sou o que sou
E ventos que derrubam minhas muralhas deficientes
É clamor a Deus: Venham novos dias!
Não temerei a vida, morrendo a cada dia.
Não me esconderei do vendaval, que limpará meu céu.
Horizonte nu, vida que me exalta.
Quero este dia de sol. Acordei da madrugada.
E quando calo, tanto a dizer.
Falando, tanto a fazer
Sonho, realidade de cada dia
A fé no que ficou, eis o que sou: Fragmentos.
Sem ordem, sem explicação
Do caos é que se faz vida.
E não temo meu reencontro
Ser quem vir pra ser. Não a procura de soluções-ciladas
Quero meu retorno pra casa!
A paz ainda que em meio a barulho e poeira.
Quero ver o mar, me amar
Sem tamanhas racionalizações imbecis, tanta asneira...
Estéril é o silêncio petrificado de quem não ama.
Fuga é solidão de quem não se ama.
A vida é intensa, simples. Incoerente, por isso VIDA
Novos momentos com sua magia; fé em cada segundo.
Olhe o mundo, viva no mundo
Mas procure seu encontro dentro de si,
Lá fora espelho que pertuba
Quando não enxergamos nosso interior.
E mesmo sem saber quem sou
Pois não é preciso saber,
Só viver, só acreditar
Sou! Fé. Melhor no que vier...
Ainda tem espinhos, folhas murchas rolam para o chão;
Rio com pouca água, e a busca não é da nascente!
Nascendo a cada dia,
Caudoloso rio que visualizo logo ali:
Manacial de amor
Dentro de mim,
Dentro de ti...
E vou! Caminhando é que a gente se encontra...
Voar sem sair do chão!
Amar, verbo do infinito
Revolução.
Quietude, e mansidão...
Tanto a dizer...
Nem sim
Ou não
Passarinho que se vai, já é hora de levantar...
(Estava sem escrever nestes dias, mas agradecimento por este novo dia, mais que um dia de domingo...))