quarta-feira, 3 de julho de 2013

Quem és você? (P/D.)

Quem és você?
Não acredito em sonho plasmado
Pois você foi carne e sonho real.
Serpenteando meu corpo, e meus sentidos...

Onde está você?
Te busco porque não haveria de esquecer
Um momento sem igual.
Um carnaval em maio...

Como te achar?
Sentada, no mesmo lugar???
E será que vou tremer, novamente
Na presença tão intensa de você?

O que vivi foi sonho real,
Seus beijos que me deixam ainda atordoada...
Seu corpo, que busco de outras estradas
Mas tive que seguir destino da Verônica...

Como diz o Mestre Paulo Coelho,
Em Verônica decide morrer,
Voltei ao lugar dos lunáticos
E saí: Sua presença sempre viva.

Vivi o purgatório,
Mas a certeza do meu coração pequeno
Que de tão imenso aceitou o abraço seu
Só me diz: Tudo é real. Ele é seu!

Mas aonde?
Presumo saber sua morada,
No face digo onde estou:
(...), meu bem...

Ou teclo meu telefone
Novamente pra te chamar:
(...),
E espero você chegar...

Mas quando?
Add infinituum,
Não vivi um sonho, meu amigo...
Tudo é real, e sinto o próximo dia 8 chegar...

Na agenda anotado,
Um encontro ainda sagrado?
Deixo coisas para trás,
Que já não servem mais...

A pretensão de viver na capital
Que Deus faça ação,
E que eu logo reencontre o sorriso seu,
Que foi tão meu...

Que em breve eu possa recostar novamente
No seu peito tão acolhedor.
Mais uma de amor,
E que dessa vez, seja pra sempre.

Percebo que Deus vem me guardando
Pra seu amor terno e franco,
Onde as máscaras já não cabem
E onde o tempo é silêncio, mas reencontro...

Farei novamente o curso de Direito,
Seguindo novas estradas,
As feras do que passou,
Deixo que absorva essa neblina a madrugada.

Sou sua. Desde sempre e ainda tanto...
Canto: cantos de paz e amor,
Ao som de um piano acolhedor
E de sua face encantada...

Não fica tão distante...
Te busco em cada instante-transe
E só encontro a realidade do seu corpo sobre o meu:
Sem distância, sem adeus.

Te amo. D.seu!
Até breve...
Mas quando?
Não demora. Saudade espanta...

E sou a primavera fertilizada
Que no seu corpo me farei amada.
Sem madrugadas...
Sol e Mar, enfim juntos... Na longa estrada!

(De Carmen Ligia, 03/7/13 às 11hrs01 minuto dessa quarta, em Itabaianinha-SE).

terça-feira, 2 de julho de 2013

VI - continuum (alinea A) - O vale do Feiticeiro

(...)

Desci dos pesadelos noturnos, e adentro em uma esfera de conflitos. O vale do Feiticeiro. Tem um queimor de álcool reincidente, mas que não me causa vontades desconcertantes e ambíguas. O álcool é proibido, a luz da vela violeta me protege. Escrevo o que ele vem me ensinar...

Olá, Mestre... Sei que o Sr quer se apresentar, e me dizer por que estou aqui...

_ Transição amiga Maga, apenas. Sou seu padre. Dessa. Mas sei que devo lhe orientar. Tome seus alopáticos. São precisos. É preciso. Nada a atrapalhar. Pois estamos em seu doce coração.

Obrigada pela ajuda secular. Mas ao que vens? Ou o que vem?

_ Vejo que se derrama no amor de Deus. E ele está a iluminar enormemente seu caminho. Seus bons amigos, estão fortemente tentando lhe ajudar. Sua nova morada, na capital. Seu amigo anjo protetor. Nossa corrente sempre iluminada pelos santos anjos do Senhor.

Poxa. Cheguei até a acreditar que a desventura seria minha companhia, porque estive em túneis tenebrosos...

_ O mal nos eleva a Deus. Sua alma translúcida, com seu sangue vermelho, batendo ao ritmo do seu coração. Os tremores dos remédios haverão de cessar. O cigarro é uma companhia, mas isso pode passar... Te guardamos no amor de Deus. Que achas do meu lar?

Às vezes sinto muita paz, mas quando meu pai bebe, e me exige remédio, remédio, e eu estou tomando os medicamentos coerentemente, porque quero controlar essa bipolaridade, e...

_ Tudo passará. Nos te guardamos. Uma esfera tão sutil, guardando tu, médium escrevente, amiga dos doentes, amiga de tanta gente, que quer te ver vencer. Sempre que sentires a inquietude do seu genitor, vem para nós, e escreva. Ouça o Padre Marcelo Rossi. Reze pelo seu pai: Ele tem medo de ver sofrer. Ele sabe que tu não mereces...

Verdade... Por que aqui chama-se o vale do Feiticeiro?

_ Por que sou um druida, e também um Srº que faz chás, e remédios espirituais para curar alguns doentes que gemem na terra. Senti que você precisava de um remédio espiritual, e estou aqui para te iluminar mais e mais em seus passos...

Assim, devo continuar escrevendo?

_ Sim amiga médium... É seu alento, seu remédio, e nos ajuda a encontrar a humanidade sofredora, que sofre talvez males maiores do que o seu. Você é um caminho, através de sua doença, aceitação, abnegação e SUPERAÇÃO. Continua sua estrada, sem beber, sem droga de fumaça. O cigarro mais dia menos dia, passa. Ou até fica. Mas aceite o que ainda não pode modificar, e lute pela sua liberdade, junto aos seus novos amigos. Ele, é um ser de luz. Aceite. Confie. Procure seu caminho. Mas compartilhe a fé em Deus e em Jesus Salvador. Alivia seu karma, e lhe ascende a novos planos de luz, cara médium...

Me sinto em paz, aqui em sua cabana. Tem um preparado em um caldeirão, e cheiro de mate no ar. Uma fogueira alta ao fundo da casa. Por que ao fundo?

_ Apenas para afastar os maus espíritos e as influencias nefastas. Estamos contigo. A corrente dos índios Cherockes estão em seu caminho... Os Estados Unidos passam por momentos de transição. E sentimos que seu coração também...

Às vezes, me sinto muito sozinha.

_ Não estás. Em breve verás muita animação, em casa de seus novos amigos... Temos fé em sua recuperação. Então, tomarás um pouco do fluido do preparado da caldeira?

Sim! Obviamente...

_ Então tome seu chá de maçã hoje. Tome essa unção, como o Padre Marcelo fala... Unção do Espírito Santo. Para iluminar seus novos dias...

Preciso acabar esse escrito. Obrigada pela sua companhia abençoada. Quando se intitulou feiticeiro, tremi.

_ Não trema. reze e confie.

Um beijo em sua mão te dou. E obrigada pela sua força, chefe Maltarico.

_ Ao seu dispor, precisando, me chama!

(...)  

VI continuum - a caneta dourada

Continuação do livro (romance) diálogo entre surdos
VI - Continuum

Tiro meus sapatos e contemplo o aspecto sombrio do lugar. Mestre X disse que esse é meu lugar. Adentrei no círculo mágico. Eu fui escolhida por ter me portado como boa menina, e ter sido fertilizada por um homem especial.

Coloco meu capuz. Vejo velas compridas que mais me lembram qualquer ritual da Idade Média. Estou no mosteiro y de Paris, a convite dos meus novos irmanados. Sou benquista.


Um senhor vem me falar em português rudimentar, mas com àquele sotaque parisiense que tanto sonhei viver: Seja bem vinda ao Grande Teatro da Vida.

Sorri! Felicidade, e dos agouros e calos recentes para estar em ambiente tão cheio se sonho e sol, apesar da escuridão reinante.

O francesinho simpático me dá um pergaminho, com meu nome em alto relevo, vermelho. E diz:

Só homens devem estar aqui, mas você foi quem descobriu os tesouros de Osíris, e nossa permissão é tratado selado em outras estações. Pensamos que quem receberia a chave fosse um dos nossos herdeiros mundo afora, para qual grande surpresa ter sido uma mulher. Uma poeta... Mas me diga, como conseguiu feito tão sublime?

Respondo, emocionada: Apenas segui meu coração. Ouvi a voz da intuição. Calei. Escrevi apenas o necessário. E vim pegar a caneta de ouro para escrever o livro tão esperado: O livro cinza. Esse será guardado entre os escritos dessa Irmandade, e só poderá vir ao grande público daqui há dez anos. Como foi os anos que estive no calabouço de homens maus, esse é o período de purgação da terra em transe...

Ele, visivelmente emocionado, pede para outro Mestre vir até mim. Esse me dá um afetuoso abraço... Um dinamarquês feliz, com um inglês que compreendo rasteiramente, fala em espanhol rudimentar:

Maga, sabes que nós estamos aqui para facilitar-lhe o caminhar... Que necessitas?

Respondo, de forma irônica mas pontual: _ Além de viajar e conhecer o mundo? Bem, ter uma pensão favorável, paga pelos membros dessa harmoniosa instituição, que valham o sacrifício de ter montado todo o quebra-cabeça da Marcha dos Silenciosos. Meus escritos ainda são permitidos no face, para me por em contato com os senhores, pois o Mestre X diz ser necessário da proteção e auxílio da Irmandade, para conhecer tratados, livros fechados, e lugares de meus sonhos, que me ajudarão na escrita do livro cinza, que deve conter 300 páginas, mais algumas 100 de referências necessárias... Mas para isso, precisam me mostrar o que vocês vem produzindo, pra eu poder fazer o liame necessário.

Obviamente. Fala o Mestre do Brasil. Estamos do seu lado.

Nesse momento, vem um lindo rapaz, na altura dos seus 30 anos. Meu súdito leal, o amor que se fez carne em outra estação, agora primaveril. Ele traz uma linda caixinha dourada nas mãos, e diz:

_ Vês, aqui está seu troféu.

Abro. Devagarinho, pra não estragar essa emoção secular: Lá está. A caneta dourada. Todos àqueles olhares da noite feita, dentro do círculo mágico, viram aplausos efusivos, de reconhecimento pela minha lida austera. Meu amor, que é Neto, sela meus lábios com um beijo respeitador. Como se já prometendo, além da lida das pesquisas, nossos passeios bucólicos na tarde parisiense. Mas ali, pós meia noite, tiro o capuz. E recebo uma coroa de flores na cabeça, que simboliza a fertilidade merecida.

(Continua?!)