quarta-feira, 31 de março de 2010

A ALEGRIA é O caminho, o AMOR é a chave... Slide deste poema em carmenligiapoetisa - no Power Mensagens

Olá, olá

Caros amigos blogueiros

Quanto tempo...

Correria!

Duas semanas atrás, voltou minhas aulas...

Saí desta relativa calmaria da vida no interior, e voltei para a capital...

Mas vou tentar escrever mais, eu prometo.

Farei agora um poeminha sobre Alegria!

"Quero a Alegria...
Não que os poetas rabiscam
Ou minhas quimeras idealizam;
A Alegria da alma em paz cintilante.

Não quero a Alegria do ouro, simplesmente
Quero converter nota$ em apreciações
Da Arte do Louvre, de passeios agradáveis
De um café em Paris, em fim de tarde...

Quero também a Alegria, de um sorriso aparentemente "sujo"
Ou sem dentes... que é a lição mais profunda da fé,
Daquele que hoje pode não ter o pão
Mas é gente com alegria, de alma e coração!

Não quero as roupas caras, as jóias raras
Se elas não combinem com um ser resplandecente.
Se riquezas me trazem a felicidade
Que seja prioridade levar a outrem a paz, a prosperidade.

Quero a Alegria, do que sou hoje
Uma estudante sem posses mas com sonhos paupáveis...
Não em ter o carro do ano, mas apreciar com deslumbramento um fim de tarde
E alimentar em meu peito amor, paz, e tranquilidade.

Quero a alegria
Que não se compraz com mágoas ou nostalgias,
Que supera o que se foi, não pelo que poderá um dia se realizar
Mas aceitando quem hoje sou, para cada vez mais me amar!

Quero a alegria
Da tarde que corre macia, dos sonhos que abrigo em meu peito,
Em poder conhecer todo o mundo, com um sorriso verdadeiro
Levando incentivo, palavra que anime, e desperte o ser sublime em cada peito.

Quero a verdadeira alegria
Que não espera recompensas ou agradecimentos vazios,
Mas cultiva amizades que superem meu ser mesclado em falhas,
Pois essas não são muralhas a me separar dos meus semelhantes.

Quero a alegria que mostre meu ser em lágrimas
Em sentir a dor do outro, ou exultar com emoção,
Quando vejo o outro vencer na vida
Para mim é incentivo, me dando mais força, que é superação!

Quero a alegria, ainda que venha o medo
Quero levar palavras de amor, ainda que venha o preconceito,
Quero o sonho, para descanso no meu sono
Mas quero a realidade, para cumprir os meus desígnios e não ser
mais uma covarde.

Quero levar ao mundo mensagem de coragem, e incentivo
Quero dar adeus aos desatinos,
Em meu peito supero o que passou
E digo ao amor, seja bem vindo... aqui estou!

Quero a alegria de amar
O irmão, o estranho, o vizinho,
E ao mundo poder falar
Cultivemos flores, sem espinhos.

A alegria é o caminho
O amor é a chave
Cumprindo a verdade:
Ninguém é feliz sozinho!

Sê alegre!
Levante e segue,
Nunca é tarde!
Sorria e a vida enfim, se abre..."

Carmen Ligia, terminei escrever mais ou menos 13h30 deste dia 31/03/2010

domingo, 14 de março de 2010

Miragens... Tu vens?

"Quando passas a mão no cabelo, em mim, denaneio
Quando umedeces os lábios ressequidos, tortura meus sentidos
Quando olha, me admira e me procura, eu duvido
Que o destino me fez encontrar seu olhar de sonho, em um momento
nada propício...

O que pode ser, não sei, o que sei, não explico (meu ser é ambíguo);
E ver sua pele morena, teu doce sorriso, e um olhar com intenso brilho,
que me fez viajar ao infinito...
O que não "foi" pedido, é o que não me permito
Fiquei na berlinda pois você tem "suposto" compromisso...

Qual o quê? Você veio aparecer não sei por que, pelo jeito gostou
de mim, e sinceramente gostei de você.
Na despedida, contato de minha boca com seu rosto, a barba rala
E esta madrugada você partiu, não pude fazer nada, "nem por mim, ou por tu";
A vida é uma longa estrada...

Ah menino de sonho que surge do nada, e que mexeu comigo
Eis o que poderia ser, tu e eu, eu em você, nossos lábios a se encontrar...
Não sei explicar, ficou uma interrogação no ar;
Deixa "estar"... quem sabe está em suas mãos; e o meu encontro contigo
será que foi alucinação ou anunciação*?

Quem sabe se seu beijo me revela segredo?
Já sei "até" que TU é de escorpião...
Você me parece volúpia, ainda que demonstre quietude segura
Você me pareceu desejo, e até me parece esperança, doçura...

Poderia ser pra tu um ficar, um momento
Pra mim apenas um lamento
Poderia ter lhe dado um beijo, que dissesse em profundidade:
- Te espero mais tarde...

Mas e se do teu beijo gostasse, como encarar a tua realidade?
Decerto ficou seu e-mail
Pra lhe dizer em versos o que não consegui dizer em atos
Quem sabe nós dois, de fato?

O acaso, seus beijos, seu abraço..."
Carmen Ligia
*Anunciação (Música de Alceu Valença)
Letra:
Na bruma leve das paixões que vem de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo peito nu cabelo ao vento
E o sol quarando nossas roupas no varal
Tu vens, tu vens
E eu já escuto teus sinais
A voz de um anjo sussurrou no meu ouvido
E eu não duvido já escuto teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio no sino das catedrais.

sexta-feira, 12 de março de 2010

"Quando há perda, o homem vê catástrofe; para Deus, é colheita, reciclagem..." (Frase de Carmen Ligia, inspirada em palavras do amigo, Daniel)

"Quero escrever, não mais por mim ou por você
Pelo fato de possuir, uma vontade, mesmo necessidade,
De falar, como dedos que tocam uma música sem som
Mas que exprimem meu ser ambíguo, confuso, mergulhado em dor...

A dor de ser poeta desconhecida? Serei poeta que não amou, ainda?
Não; a dor de ser desconhecida de mim mesma...
A insanidade dos desejos irrealizados?
Poderia ter sido jornalista, ou inventar "uns causos"; me tornei um fiasco! Onde estará o ser amado?

E Jesus que 'ainda' não entendo, pois mesmo sendo Deus agia com total obediência.
Penso neste Deus que veio ser humano, assim demonstrando absoluta benignidade,
E quando meus nervos latejam, com vontade de sair de mim em busca de esquecimento através da incoerência,
Inocência perdida não é vivência, mesmo quando quero fugir das aparências; o encontro comigo e com o outro deve ser espiritual: a moldura não mostrará detalhes da real imagem, da verdade transcendental.

E Nazareno, corpo celeste, Divino exemplo
Que sendo Deus quis mostrar o prodígio de amar: pela fé ajudando o outro em um mundo sem sentido...
E eu cercada com minhas perguntas sem respostas
Em meu viver sem realização, como cego no "paraíso", pois meu consciente não interaje com o coletivo omisso.

O que vejo é poesia em meio ao caos
E todos concordam, acham que tudo lá fora é "normal"...
O metal que destila fúria, separação, privilégios
E eu me sinto um pária, em ter que ser sistema quando a visão que tenho do mundo é contrária; em meu delírio passageiro busco meu guerreiro, e meu retorno a minha morada!

Quando o corpo explode em meu sonho de ser escritora, e me vejo frustrada
E que uma faculdade me ensinaria a ser coerente, repetindo fórmulas para vender números
São os poemas que me elevam para quebrar correntes, me libertando do meu cativeiro
Pra em versos poder gritar, não quero ser robô! Quero ser gente, e conquistar o mundo inteiro, e quem sabe 'até' encontrar meu amor, derradeiro.

E a hora é de deixar ir, bem mais; o ex namorado partiu porque 'já' era a hora
A poesia acabando porque não tem sentido
Quero que Jesus traga logo quase "soninho",
E o esquecimento me traga a paz; ser rebelde sem causa, não mais...

E hoje meu último pedido ao Divino: quero escrever meu primeiro livro... com Deus, tudo
é possível."
Carmen Ligia
Madrugada de 12/março/2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vida - Eternidade - Efemeridade: Poesia!

Boa Madrugada...

"São daqueles raros momentos em que a casa silencia
E os pensamentos são mais sentimentos do que ponderações;
E o que se passa não é filosofia, ou lógicas refletidas sobre o acaso-vida
O que vem ao coração é o mistério do divino, na voraz efemeridade dos dias...

Estava eu a assistir "Por Toda Minha Vida", programa de uma rede televisiva
E meu coração foi arremessado as reflexões de meu fim de quarta
Quando na casa de querida amiga
"Discordava" ambiguidades da política, mas concordava com a sabedoria da vida
que a mesma expressava...

E dentre algumas lágrimas sentidas, e uma aprendizagem constante
Dizíamos um tanto saudosas, mesmo impressionadas
Diante da rapidez em que se processa a vida,
E que amanhã, a pessoa especial, pode ser, apenas uma foto, um momento,
"até" esquecimento, para podermos seguir...

E o programa citado, relembrava um grupo musical de minha juventude
Artistas que chegaram ao sucesso, ainda que desfrutado em curto espaço
Sentiram o sabor de conquistar, porque do sonho em comum não haviam desistido...
Mas como se foram "tão" jovens; eu naquela época, na "casa" dos meus 15 aninhos...

O tempo severo que aniquila segundos,
Oh segundos que são eternos quando somos felizes em ser, nós mesmos!
Ai do relógio que bate mais rápido que o pulsar do meu coração, mesmo quando calmo
E quando o peito fica ansioso, é porque preciso respeitar a fórmula "tempo-espaço".

Dar tempo ao tempo é investir em sonhos, em quimeras, em "Utopia"
Este que foi o primeiro nome da banda citada, os "Mamonas Assassinas"!
Mesmo que no espaço haja colapsos, acidentes que destroem vidas...
Muitas vezes neste mesmo "espaço", chamado também de paciência, libera-se energias...

Nada como dar tempo ao tempo para curar antigas feridas purulentas...
Ainda é tempo de reparar o mal feito ao irmão, ao ser amado, ou até "pedir desculpas" por um erro cometido a algum desconhecido!
Quando ainda é tempo, pois não saberemos se no próximo segundo estaremos no palco
Ou se ficarmos, e o outro se for? Ficará na boca o amargor de não ter pedido perdão; então que começe por mim uma reconciliação...

Disto depende a nossa salvação, que é a paz salutar de ir dormir com a consciência tranquila
Pois amanhã, se eu não me levantar, fiz hoje o melhor que podia...
Se houver possibilidade, vai e te reconcilia!
Se este ser que precisas conversar estiver na eternidade, pede ao Deus como você concebe, tal maestria; que Ele interceda por nós, em nosso nome, para curar nossas feridas...

O tempo é curto...
E hoje tratei minha mãe com mais carinho
Não "culpando" a mesma pelos meus desatinos...
O tempo também recupera
E me faz um ser humano mais digno, se eu continuar perseguindo o bom caminho...

Visitei a minha amiga e entre nossas lágrimas, a pouco falávamos como é bom viver cada momento com alegria, e discernimento: Carpe Diem! Aproveite o dia!
E quantos amigos Deus me concebe, e tanta vida nas árvores desta avenida, de frente ao prédio em que me encontro,
Em meio a carros que ainda passam, e gás carbônico, e meus medos, e minhas vontades
Há um mundo que pede aproveitamento de cada segundo antes que seja tarde, mas aconselha: o desfrute com RESPONSABILIDADE!

Aí me vem este diário-blog que pode estar a registrar
As últimas letras de quem ousou aqui na "Net" brincar de ser poeta
E tenta viver a vida sem tanta querela, sem grandes expectativas
Fazer meu melhor hoje, e agraceder a tudo que tenho nesta abençoada vida.

Com problemas, sem problemas, dependendo de como foi o dia... mas VIVA!
O importante é ver que sou aprendiz, até poeta; já posso até morrer feliz (pois consegui "um pouco" me exprimir)
E vi que a vida é bela, efêmera, feia, pobre, suntuosa, pérfida, perfeita, "esquisita"...
Depende do olhar do espectador; e se eu conseguir transformar minha dor em poesia,
meu novo nome será Carmen Vida!

O segundo que é eterno quando tranformo minha vida...
E da rima faço um mundo
E até do mudo encontro tudo,
Quando saio de mim para encarar meu novo dia.

Sou Poeta! Sou Vida... Meu nome?
Realmente, hoje é Carmen Ligia "Vida" Nova, em uma NOVA VIDA!
Mas acredito que ser poeta é mais que escrever versos
Ser poesia é acreditar na vida, como vier, encarar com coragem o novo dia...

Sou poeta, sou quimera, sou magia...
Sou um segundo
Soul Rock
E hoje o programa que falava dos "Manonas Assassinas", me fez ganhar o começo desta nova quinta...

Ainda que sejam quase 3 da manhã, e o barulho em casa voltou: ouço minha mãe a reclamar...
E quero blues, quero "mar"...
Quero amar, e me encontrar!
Cada s-e-g-u-n-d-o, primavera, eterna, em cada dia... É só acreditar!

Sejamos poesia!
Novo dia:
DESPERTAR!
Sonhar, e Realizar... adeus nostalgias.

Com Deus, sou Jazz e Poesia
Ainda que seja inverno
Pois até o inferno para o Paraíso nos encaminha:
Ilumina!

Versos, outono em meu seio confortado
Que acredita no amor, e no ocaso
E o Verão, eis a Ressurreição
O mundo é infinito, então meu poema é acaso.

Silencio e meu verso rompe o espaço..."


Por Carmen Ligia,
11 de março de 2010.

terça-feira, 9 de março de 2010

Poesia em Homenagem ao 8 de Março - Dia Internacional da Mulher (Para reflexões e 'até' mudanças de paradigmas)

"O que é ser mulher?
Bem mais que de um filho trocar fraldas
É ser o que se é!
E queimar sutiã em praças.

Pra ser mulher, tem que ser forte
Muitas têm filhos, casa, nem sempre com marido;
Pagam as contas, enfrentam a vida
Ainda com jornada tripla encaram o dia a dia, com seus desafios.

Mulheres que ainda ganham menos que os homens
Mesmo que ocupem os mesmos cargos.
Mulheres que amam, que esquecem
Que seguem, e reagem!

Tem mulheres que amam outras mulheres
E mulheres que "desacertam" no amor.
É duro ter opiniões convictas
E ninguém sabe, (homens ou mulheres), ao certo, qual o rumo desta vida...

Lá vem elas, marchando, silenciosamente (pois estão desarmadas).
Vestem saias, vestem sonhos; hoje vestem calças e até fazem ensaios em revistas masculinas.
Àquelas que vem em busca de respeito, cidadania
Pois pelo trabalho, querem maiores salários, e garantias.

Por uma jornada de 10 horas de trabalho
Em 8 de março de 1857, operárias americanas lutavam
A polícia reprimiu com violência tal ato
E as trabalhadoras dentro da fábrica, se refugiaram.

Os donos da empresa, e os policiais de então
Trancaram as operárias no local, e covardemente atearam fogo!
Mulheres mortas, carbonizadas
Símbolo do que é o 8 de Março, que hoje virou mais uma "modinha" capitalizada; esquecemos que a luta continua, e é uma longa estrada...

Mulheres que são violentadas no mundo ocidental, dentro de seus lares
Mulheres que são apedrejadas pelo "Islamismo", se acusadas por adultério;
Mulheres que são assediadas, em seus respectivos trabalhos
Mulheres que são "usadas", e não amadas; na verdade, são enganadas!

Mulheres que no século XXI precisam ver que o que foi feito, é "quase" nada;
Temos que lutar (mulheres e homens) pelo fim de ilógicos preconceitos.
Igualar direitos, e responsabilidades
Ainda em criança, através da educação, mudar as distorcidas mentalidades que são passadas por certos adultos em "suposta" sociedade, que "luta" por igualdade...

Abaixo ao machismo, abaixo a desigualdade; não é "grito de ordem", é um chamado para a realidade!
Não é dividir "contas" que irá demonstrar "suposta" igualdade
É dividir dúvidas, anseios, não apenas uma cama.
Em casa dividir tarefas, pai e mãe unidos educando os filhos - que o pai tenha um compromisso maior que suprir despesas (ainda que sua esposa não trabalhe).

Decerto, dia da mulher é todo dia
Se mandar flores, que seja a qualquer hora, para celebrar aquela que dá a luz, a própria vida!
Mas em 28 anos de vida, confesso
Não vivi este gesto romântico que invade o imaginário feminino...

Porém, tudo bem se não recebi flores; por ser mulher já me feri nos espinhos; importante é sermos tratadas com dignidade
E fazermos parte da luta por uma sociedade mais justa, com equilibrio,
Então o Dia Internacional da Mulher irá se tornar dia a dia de felicidade, e com o sexo oposto, haverá o despertar de uma singela comunhão, caminharemos para A nova sociedade, ainda em construção - cada um fazer a sua parte é a maneira pacífica de se fazer a verdadeira revolução!

Sou poeta que sonha, quero ser mulher que luta, e diz: nunca é tarde (pra rever conceitos, pra mudar atitudes);
Ser mulher não é vestir saia
Ou usar maquiagem
Ousar ser mulher é lutar por respeito, direitos e POR UMA NOVA SOCIEDADE..."

Por Carmen Ligia V. Nova


Vamos, este poema contigo "interage
"; complete do poema o último verso:

Ousar ser mulher é lutar por respeito, direitos e...

(Grata pelos que mandarem suas idéias, ou de algum autor frases [em comentários], completando a frase).
C.L.

sábado, 6 de março de 2010

O mundo virtual ainda é para mim meio "esquisito". Sou do tempo que ainda usou máquina de escrever, e fiz até curso, recebi "diploma" e tudo... Uma coisa linda! Deste tempo ficou uma certa rapidez em manusear o teclado, porém confesso que ainda olho para as letras, como a caçá-las? Quem sabe sou um tipo prosaico de "São Tomé" dos teclados; tenho que ver, para crer... Já que não caço as letras, exatamente, lhe digo que é costume antigo, é como a história dos baobás... Você conhece a história dos baobás? Adiante conto... a versão deste conto.
Vamos lá... Eu irei contar, mas um segundo, deixe eu me apresentar neste primeiro blog. Tentei outros blogs, mas eles não foram adiante... Não acreditei em mim mesma, pouca auto-estima em relação a estas letras que tento "arranjar" em idéias... Na verdade, também, em relação a vida.
Quem sabe este blog seja também, uma terapia. Bem, para mim isto é uma nova ferramenta. Em certa medida comparo blogs à diários, que tive a vida toda, e ainda os uso com certa regularidade. Mas o prazer deles, era de ser um tipo de "confissão", ou lugar onde eu poderia organizar idéias, e que ninguém iria ler. Mas acho que minha mãe os lia; ela sabia mais dos meus "desacertos" que eu mesma... Não estou levantando "falso testemunho", por favor, mas quando ela pegou uma pequena agenda de uma das minhas irmãs, um tempo atrás, para ler... hiiiiiii... E o pior, quis me fazer de tradutora, já que não conseguia ler os códigos "desta tal juventude"...
Ahh, lá vem eu com lembranças desatentas, ou seriam devaneios? Acho que vou mudar o nome do meu blog... devaneios... ficaria bonito, heim? Dizem que a Vida imita a Arte, e qual a medida do que é real, virtual, ou fantasia?
Vamos lá, aos fatos reais. Tenho 28 anos, sou meio que uma "escritora" frustrada... quem escreve diários, e faz poesia desde os 9 anos (e nada publicou), tem "um quê" de frustração (ou seria comodismo)? Vamos lá, tem um tal de direitos autorais, e outro negócio chamado querer escrever um livro, paupável. Não um livro virtual. Este poderá ser o caminho, mas confesso que venho de uma geração que "comia papel"; e por extensão, pegar, manusear, tocar o papel e ver nele palavras minhas... o sonho que se realiza (colocarei aqui no presente para o fato vir a ser concretizado, logo, logo)!
Dia destes ouvi certa pessoa, que se não me falha a memória, exerce a função de Secretária de Educação de certo município... Disse-me, em tom de suposta superioridade intelectual, que eu era uma "Gutemberguiana", por esta pobre mortal defender os livros. Confesso que não sabia que Gutemberg, "o Pai da Impressa", teria virado um tipo de "classificação" destas pessoas "atrasadas", mesmo saudosas, que "ainda" lêem livros em seu formato original. Ela se dizia "Bill Gatiana", em referência a Bill Gates, "o Pai do sistema operacional Windows". Faça-me um favor... uma Secretária de Educação que não valoriza a leitura, de livros, em um sistema educacional que sequer tem "o basicão". Então quero ser uma prosaica leitora, moradora de um município sergipano que sequer tem uma biblioteca decente. (Com uma Secretária de Educação "a la Bill Gates", "acho" que não mudará muita coisa...). Pena que computadores não chegam a Rede Pública de Ensino, e quando chegam, são 3 ou 4 máquinas ultrapassadas. Na minha concepção, o livro é eterno. E gostaria de ter dito, para a Secretária citada, que a preguiça também.
Estou "entrando" neste mundo virtual, não pela preguiça; pelo contrário, na vontade de fazer, interagir, não apenas receber, sem refletir. Acho que o blogs proporcionam isso! O mundo virtual tem muita coisa boa, abre espaços, rompe as fronteiras, e depende de quem utiliza ter um certo discernimento. Porém, continuo minha defesa ao livro, em formato original! Creio que a modernidade não precisa "deletar" o passado, e os livros!
Bem, meu nome é Carmen, tenho 28 anos, estudante de História, moradora de um lugar cosmopolita, chamado Sergipe.
Esta é minha apresentação, e que seja um começo...
Ahh a História dos Baobás, li em certo livro (abençoados livros), mesmo que seja de Moral e Cívica, escrito no tempo da "Ditadura". Ainda criança (era uma vez...) vi esta historinha, em referência a certo autor (olha o livro sempre entrando em pauta). "O Pequeno Príncipe", de Saint Exupery, há uma alusão a um tipo de erva daninha, chamada baobá, que se não são é cortada cedo, "domina" tudo. Aí se seguia, no livro de Moral e Cívica uma analogia, ou seja, uma comparação com os vícios. Bem, aqui lembrei dos "baobás" ao relatar o fato de olhar as teclas ao digitar... Que sirva também para ver nossas virtudes, e erros no processo chamado vida, e modernidade.
Moral da História: Este é um blog para trocar idéias, fazer amigos, e para quem gosta de fazer poesias, e aprender (reaprender) com a vida.
Um abraço fraternal da Carmen Ligia...