sábado, 6 de março de 2010

O mundo virtual ainda é para mim meio "esquisito". Sou do tempo que ainda usou máquina de escrever, e fiz até curso, recebi "diploma" e tudo... Uma coisa linda! Deste tempo ficou uma certa rapidez em manusear o teclado, porém confesso que ainda olho para as letras, como a caçá-las? Quem sabe sou um tipo prosaico de "São Tomé" dos teclados; tenho que ver, para crer... Já que não caço as letras, exatamente, lhe digo que é costume antigo, é como a história dos baobás... Você conhece a história dos baobás? Adiante conto... a versão deste conto.
Vamos lá... Eu irei contar, mas um segundo, deixe eu me apresentar neste primeiro blog. Tentei outros blogs, mas eles não foram adiante... Não acreditei em mim mesma, pouca auto-estima em relação a estas letras que tento "arranjar" em idéias... Na verdade, também, em relação a vida.
Quem sabe este blog seja também, uma terapia. Bem, para mim isto é uma nova ferramenta. Em certa medida comparo blogs à diários, que tive a vida toda, e ainda os uso com certa regularidade. Mas o prazer deles, era de ser um tipo de "confissão", ou lugar onde eu poderia organizar idéias, e que ninguém iria ler. Mas acho que minha mãe os lia; ela sabia mais dos meus "desacertos" que eu mesma... Não estou levantando "falso testemunho", por favor, mas quando ela pegou uma pequena agenda de uma das minhas irmãs, um tempo atrás, para ler... hiiiiiii... E o pior, quis me fazer de tradutora, já que não conseguia ler os códigos "desta tal juventude"...
Ahh, lá vem eu com lembranças desatentas, ou seriam devaneios? Acho que vou mudar o nome do meu blog... devaneios... ficaria bonito, heim? Dizem que a Vida imita a Arte, e qual a medida do que é real, virtual, ou fantasia?
Vamos lá, aos fatos reais. Tenho 28 anos, sou meio que uma "escritora" frustrada... quem escreve diários, e faz poesia desde os 9 anos (e nada publicou), tem "um quê" de frustração (ou seria comodismo)? Vamos lá, tem um tal de direitos autorais, e outro negócio chamado querer escrever um livro, paupável. Não um livro virtual. Este poderá ser o caminho, mas confesso que venho de uma geração que "comia papel"; e por extensão, pegar, manusear, tocar o papel e ver nele palavras minhas... o sonho que se realiza (colocarei aqui no presente para o fato vir a ser concretizado, logo, logo)!
Dia destes ouvi certa pessoa, que se não me falha a memória, exerce a função de Secretária de Educação de certo município... Disse-me, em tom de suposta superioridade intelectual, que eu era uma "Gutemberguiana", por esta pobre mortal defender os livros. Confesso que não sabia que Gutemberg, "o Pai da Impressa", teria virado um tipo de "classificação" destas pessoas "atrasadas", mesmo saudosas, que "ainda" lêem livros em seu formato original. Ela se dizia "Bill Gatiana", em referência a Bill Gates, "o Pai do sistema operacional Windows". Faça-me um favor... uma Secretária de Educação que não valoriza a leitura, de livros, em um sistema educacional que sequer tem "o basicão". Então quero ser uma prosaica leitora, moradora de um município sergipano que sequer tem uma biblioteca decente. (Com uma Secretária de Educação "a la Bill Gates", "acho" que não mudará muita coisa...). Pena que computadores não chegam a Rede Pública de Ensino, e quando chegam, são 3 ou 4 máquinas ultrapassadas. Na minha concepção, o livro é eterno. E gostaria de ter dito, para a Secretária citada, que a preguiça também.
Estou "entrando" neste mundo virtual, não pela preguiça; pelo contrário, na vontade de fazer, interagir, não apenas receber, sem refletir. Acho que o blogs proporcionam isso! O mundo virtual tem muita coisa boa, abre espaços, rompe as fronteiras, e depende de quem utiliza ter um certo discernimento. Porém, continuo minha defesa ao livro, em formato original! Creio que a modernidade não precisa "deletar" o passado, e os livros!
Bem, meu nome é Carmen, tenho 28 anos, estudante de História, moradora de um lugar cosmopolita, chamado Sergipe.
Esta é minha apresentação, e que seja um começo...
Ahh a História dos Baobás, li em certo livro (abençoados livros), mesmo que seja de Moral e Cívica, escrito no tempo da "Ditadura". Ainda criança (era uma vez...) vi esta historinha, em referência a certo autor (olha o livro sempre entrando em pauta). "O Pequeno Príncipe", de Saint Exupery, há uma alusão a um tipo de erva daninha, chamada baobá, que se não são é cortada cedo, "domina" tudo. Aí se seguia, no livro de Moral e Cívica uma analogia, ou seja, uma comparação com os vícios. Bem, aqui lembrei dos "baobás" ao relatar o fato de olhar as teclas ao digitar... Que sirva também para ver nossas virtudes, e erros no processo chamado vida, e modernidade.
Moral da História: Este é um blog para trocar idéias, fazer amigos, e para quem gosta de fazer poesias, e aprender (reaprender) com a vida.
Um abraço fraternal da Carmen Ligia...

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