quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Vida que segue. (Por Carmen Ligia).

Nossa!
Eu tenho que cair fora!!
Cair em mim...
Eu tenho que seguir.

Sem respostas,
Sem contatos
Mas ainda sinto o calor do seu abraço.
E o seu beijo, eleva meu sonho solitário.

Ainda sinto,
A pressão do seu abraço,
O seu corpo e calor inteiro,
E o seu sorriso tal o sol de janeiro.

Sinto o mar
A nos banhar,
Sinto a alagria de risos compartilhados,
E ideias-conversas tão brilhantes...

Sinto que vivemos um dia de sonho;
Meu dia hoje nostálgico...
Tendo que cair em mim mesma
E encarar o fim de algo que sequer começou.

Mas o seu beijo...
É meu contato com a parte estéril da minha alma
Que crê no amor
Colhendo você, a última flor da madrugada...

Sei que da nossa distância
Já me vejo sem esperança;
Não espero mais lhe ver
Tocar e ter você, pra mim.

Espero que você seja feliz...
Que você possa se encontrar
E também encontrar alguém
Que lhe faça tão feliz quanto você me fez.

Quando pensar em ti,
Lembrar do seu toque
Do seu sorriso
Ou do seu olhar, tão lindo

Vou desejar que seu caminho seja luz
Mares mais azúis,
E que suas dificuldades
Sejam superadas porque ombros fortes você possui.

Ombros que me apoiei
Abraços que te dei,
Lembranças que vão ficar
E a certeza que rio e mar haverão de se encontrar...

Nem que seja
Para na beleza desse instante
Eternizar que valeu cada beijo
Cada desejo, e vislumbrar um dia que valeu por uma vida inteira...

Não por deixar ilusões do que não seremos...
Apenas pra lembrar que bons momentos
Eternizam-se, e nos dão o entendimento
Que amor sempre vale a pena!

E o resto é mar.
E o que fica, seu olhar
Tal qual estrela guia
Pra dizer: Siga!

Haverei de encontrar os abraços do amor retribuído
E ainda que não sejamos sequer amigos.
Somos universos que se encontraram
Pra dizer: Haverá de ser!

Haveremos de ser mais felizes.
Haveremos de amar...
Mas já que somos assim, distantes nesse instante,
Quero dizer: Foi bom te conhecer.

Isso ninguém pode tirar,
Isso você não vai esquecer
Ou mesmo negar.
Mas quem sabe novamente irei te encontrar?

Ou cair na real! HOJE cair na REAL!
Tudo bem, normal...
Amor que deseja felicidade
Colhe novas paisagens...

Vou porque ficando não retenho nada.
Sigo, e haverei de encontrar
Uma flor, que mesmo com espinhos
Eu possa tocar, amar, e acalentar:

Uma vida,
Uma história.
Nós dois somos o verso sem fim
Mas que tem fim porque preciso ser feliz

É preciso despertar!
Amor sem retribuição
É omissão
E eu quero ver o mar! Amar...

Ser amada
Andar junto em uma estrada
De mãos dadas
Para ver o sol, enfim, raiar!

((Ate mais,
Ou até nunca...
Que Deus te ilumine,
Vida que segue... Siempre!))


domingo, 13 de janeiro de 2013

Porque o que busco JÁ tem nome... . E é o teu!

Se de um poema,
fizesse um verso
claro e enigmático
Possesso e irreverente,
Discrente e alterado,
Perdido e nostálgico,
Intenso e cintilante
Exuberante e eclético,
Profundo e profano,
Sórdido de tão sensual,
Profuso porque não tem igual,
Fino por ser inteiro,
Chique por ser arredio,
Frio porque queima devaneios,
Sem palavras porque seriam beijos inteiros... .

Se de um poema, escorresse larvas
De gozos sucessivos
De conhecidos estranhos
De toques sutis
E por isso tamanhos
De sal e de sol
De tanto e bem mais,
De quimeras, seu sorriso
Doido, afoito que tira de uma cristã a paz.

Se em um poema houver descrição,
Que agora faço (ou tento fazer),
Do que vi (verdadeiramente) em você:
De sensações sem rótulos,
Do seu ser perdido, caído,
Porque de desejos,
O que busca é carinho;
De momentos,
busca o relaxamento que vem depois,
E tanto busca busca e buscas
E nas suas buscas se perde do que vai aí dentro:
de você!

Oh poesia linda, que entregue a vida,
Busca a intensidade,
Como forma de arrebatamento
Pra aplacar a fúria santa
Que escorre do seu fantasioso e delicioso mundo de sonhos paupáveis...

De tarde,
Quando o sol se escondesse,
Ao invés de gargalhadas olhasse a seriedade dos acontecimentos estanques,
Das coincidências desconcertantes
Que me prendem ao seu olhar pra te dizer: devaneio em ti!

Olhar e calar não faria meu ser inteiro!
Fazer e entregar-me a suas buscas frenéticas, seria sofreguidão,
E busco a paz do encontro de almas,
De corpos naturalmente amados,
Dos silêncios que falam mais que todas as suas palavras
Que não me disseram quem você é!
Olhei seus olhos e percebi que aí sim,
Existe quase perfeição.

Ao observar sua essência
(que escondes, tão bem disfarças),
Lhe diria:
Prefiro o homem
Que o menino.
Prefiro o sonhador,
Que a dominador.
Prefiro o carinhoso,
Que o direto,
Porque de tão incerto,
Ainda que tão seguro
Mostras a carne dura,
A fortaleza estabelecida
Mas quem houve sua alma,
Quem se importa com sua vida?

Quem te pega e te afaga e te eleva aos pícaros
apenas com palavras?

O tato que não posso exercer,
Porque estás tão acostumado
Com o estremecimento dos momentos fatais
Porque achas que mais te darão.
FOGES de si,
e tem tanto vulcão.
E indo para fora
Ele não se sacia,
Não!

Se implodisse pra dentro,
teu desejo de fusão,
e arrebatamentos
Seria apenas nesse momento
Momentos.

Abafando um desejo,
Calando o silêncio,
Mesclando pensamentos,
Dando tempo ao tempo e te dizendo:
Menino, esquece!
Suas procuras não te levaram e não te levarão a nada...
Mas,
Se dia desses me mostrar sua verdadeira alma,
Menos vaidades, seja ENTREGA:
Seriam sóis para contemplarmos,
A sós.

Te daria a poesia quase exata,
De uma concretude cálida,
De uma meiguice tão minha,
De uma verdade plácida
Que te ofereceria sonhos reias,
Não apenas espasmos.

O que buscas não tem nome,
O que busco já descobri: seu nombre;
Mas em suas buscas, tão flutuantes,
Em seus transes e transas momentâneas,
Foges como temeroso
Do amor que não é prosa,
Tampouco é poesia:
É VIDA! Vida da VERDADEIRA vida!

Vais,
Mas saibas que bem mais te daria...
Um pôr de sol,
A observância do seu ser tão lindo,
Que se esconde atrás dos abismos,
Que tu mesmo construiu.

Espero que lá,
Se um dia der tempo
De sair dos seus contratempos,
Das suas vaidades tão belamente
e que de forma evasiva
constrois em ser derredor...

Ah, se houver um tempo
Descobrirei que o menino
Pulsa e vibra,
No meu toque mais carinhoso,
No meu sorriso mais verdadeiro,
Nos meus defeitos que me fazem ser o que sou:
Autêntica, mas querendo conhecer você,
de toda alma!
Sou esse ser em busca do que vai dentro,
Não as aparências que se esvaem, terminando em NADA.

E menino,
Ahh menino,
Sua rua não passa na minha rua,
Mas se passar,
Que enfim possamos contemplar o mar
Num silêncio,
Que seja interrompido com beijo de ALMA.
E o corpo será um templo,
De desobertas infindas,
Mas tão doces,
Tão inquietantes,
Tão romances,
Profano porque é sagrado,
Amor que confunde corpos e almas,
Num estado de descobertas incomensuráveis.

Ah poesia,
Sou admiradora
Do que você esconde do mundo,
Para ser valentia,
Guerreiro (e sobreviver).

Mas o meu recanto,
É um colo e silêncio,
É um divã que sim, poderás muito falar
Mas será pra dizer o que eu vi no seu olhar!

Seria amar.
Seríamos romance,
Não um lance
Que não queres (honestamente) buscar.
(...) Só queres ser amado.

Mas para isso,
Não se prendas aos nomes,
O que buscas já está dentro,
E quando quiser pôr isso à mostra,
A relva, o mar,
O gosto,
O gozo,
Se entregar...
E a crença que sonhos são azuis
E são reais.

"Já falei demais".
Já que não pude verdadeiramente lhe falar
Ou te tocar...

Contudo, se essas palavras
Tocarem sua alma,
Saiba que meu nome se chama RECOMEÇAR!

(Porque o que busco já tem nome... . E é o teu! Vi o céu em teu olhar!)