quarta-feira, 11 de maio de 2011

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo - O Negro em Sergipe

Neste resumo vamos enfatizar alguns aspectos da escravidão negra em Sergipe; como auxílio utilizaremos o material* elaborado pelo Profº Lindivaldo, Doutor em História, e professor da Universidade Federal de Sergipe.

O texto começa com uma frase do Padre Antônio Vieira, que em síntese esclarece a necessidade de mão de obra nos engenhos; este dizia que a solução permanente seria "quando entrassem com força, escravos de Angola".

Esta frase deixa claro a perspectiva da escravidão como utilitária ao progresso, reforçada por intelectuais, como Penalves Rocha; segundo este a existência da escravidão era reconhecida como um elemento natural nas sociedades, desde a Antiguidade.

Este discurso favorecia o olhar "superior" dos senhores de engenhos sobre "suas peças", ou seja, seus escravos, vistos como objetos, não tendo estes os direitos que outros indivíduos na sociedade possuíam. O Pelourinho, símbolo de ordem e poder, era um lugar de disciplina, público, e que servia para "dar exemplos". Cloves Moura, ao citar Vieira Fazenda, mostra-nos este simbolismo; Fazenda dizia que o Pelourinho "representava a autonomia do município e simbolizava que no lugar se fazia justiça, em nome do rei".

Mas em relação ao tratamento que os escravos recebiam, há relatos que aqui em Sergipe era melhor que em outras regiões nordestinas, segundo registo de Dom Marcos de Souza. Isto porque era uma mercadoria cara - era preciso não exagerar em castigos, para não "se perder" o escravo.

Ainda assim a participação do negro na sociedade sofria grandes restrições, mesmo para os libertos. Não podiam estudar, mesmo participar da Igreja, com suas exceções. Existe até mesmo uma carta régia de 03 de março de 1696, proibindo as mulheres negras de usarem vestidos de seda, artigos de luxo, ouro e prata. Mas estas inventaram sua moda peculiar, como hoje se inventa: apesar de diferenças socio-econômicas na sociedade atual, os moradores de classes menos favorecidas fazem sua própria moda.

Os escravos negros de Sergipe normalmente vinham da Bahia, e ficaram concentrados principalmente na região da Cotinguiba (nos engenhos). Saibamos que houveram rebeliões, fugas, mocambos (pequenos grupos de escravos fugidos); estes quilombolas eram difíceis de serem capturados, dado a velocidade de fuga, usando até mesmo cavalos.

Eis um resumo suscinto sobre a escravidão negra no estado de Sergipe.
(Carmen Ligia - Sergipe II - UFS).
*Material do Profº Lindivaldo - Cesad.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Deixem que eu descanse! (Poesia por Carmen Ligia)



Escrevi estes versos no celular, já "querendo" ir dormir... Mas quando os versos querem falar... Ai de mim... (rs) E ainda tive que postar...

"De tudo faço versos,
De tudo faço poesias;
E do meu inverso,
Minha maior rima!

Ao desatento, tempo...
Ao conhecedor, silencio.
Escrevendo o tempo se rompe,
Em meu descontente "ostracismo" - meu maior desafio.

Porém escrevo por ser poeta,
Não pela fama mas pela pena!
Meu devaneio, "realidade" que submerge,
E até me condena.

Também me completa; me constrange mas purifica!
Poesia em mim, sina e transe:
Toco Deus,
E carrego fardo com alma mais leve, até submissa...

Olhos não me veem,
E quando enfim despertos,
Eu "já fui"? Liberta-me Senhor!
Pecados já estou pagando, então me reconduza, por favor:

E assim, havendo outra,
Me dê mais sono, e poucas letras.
Que eu seja pastorinha,
Vida simples a passar...

"Pastar" em rimas,
Eis minha sina.
Mas noutra vida,
Deus haverá de me poupar!

Quase 5 da matina,
Uns chamam de dom.
Poesia é amante sedento; quer reproduzir!
Ai de mim... Tanto furor, e torpor...

Versos sobre tudo,
Meu paradoxo infame.
Versos infinitos, possessivos e "mui amigos",
Mas deixem que eu descanse!"

(Carmen Ligia, em 02 de maio/2011, quase 5 horas da manhã!!!)