quinta-feira, 26 de junho de 2014

queruBIM (POR Carmen Ligia)

queruBIM (POR Carmen Ligia)
"Não precisa vir,
A hora não é estanque.
O que Rimbaud diz,
amores que precisam ser reinventados
Somos nós: siempre nos reinventamos!

O fim, o meio, o ocaso,
A libertação,
A digestão lenta de uma paixão obscena
Que não desvela as quimeras da ilusão.

Somos assim, tristes e pequenos seres
De um mundo inglório por ser simplório.
E os sentimentos vãos
São as iniquidades do que podíamos ser: Amor!

Só somos a dor reconhecida
De uma flor já decaída,
E de uma semente que nunca irá vingar.

Somos o lembrar e por hora o esquecimento.
Vemos uma luz fulgurante
Em algum cercadinho distante
Ali na montanha do amor que fenece e envelhece
Tão rapidamente, tão sofreguidamente

E se é o que a gente entende?
Nada!
Só o egoísmo, de eu não poder dizer te amo! Fica comigo
E você que não assume que esse vício de mim
É o que te faz renascer
E ser QUERUBIM!"


Em homenagem ao filme Eclipse de uma paixão, que conta um pouco da história do poeta Arthur Rimbaud:
http://filmesonlinetocadoscinefilosvideos.blogspot.com.br/2013/11/eclipse-de-uma-paixao-1995-direcao.html  

 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Caos (Por Carmen Ligia)


"Não sei por que riem ou por que choram:
É tempo de espera.
Não sei por que esperam ou partem:
É tempo de esperança!

Não sei por que espero o almoço,
Não sei por que escrevo sem nada dizer,
A vida assim, ai de mim,
Menos poesia, mais resistência.

Uma ausência,
Lágrimas secas
Dor de ser tudo tão igual.

O norte que não vejo
O sonho que morreu...
Quem sou eu? Passagem, ausência e CAOS."

Incógnita (Por Carmen Ligia)


"Nem tudo que brilha é poesia,
Nem tudo que jaz é perfeito,
Sonho voraz é arrepio,
Pesadelo, calafrio e muitos argumentos.

A vida que parece errante é transe,
A transa que parece piada, é petrificada:
Não diz ao que veio, e se vai
Se esvai, longe de contentar, causa repugnância.

Os ares de céus tão rosas
Que outrora vivi;
Minha entrega fingida e fugidia...

Tudo me faz lembrar
Que jaz meu corpo ainda VIVO;
E sobrevivo: VIVER é mais difícil."

Um tempo DIFERENTE (Por Carmen Ligia)


"Hoje lá fora havia um tempo diferente,
Um templo diferente,
Ausente e sempre presente,
Pulsante ainda que errante.

À esmo,
Vi uma janela igual,
Flores que morriam
E sonhos que nasciam.

Tudo era tão diferente
Mas as mágoas tão sibilantes
E feridas, chagas abertas.

O Sol, o calor, mas não o esquecimento.
O tempo voraz
E a ausência de mim mesmo."

(set/2012)

Poesia em Transe (Por Carmen Ligia, setembro de 2012)


"A poesia emudece
Porque surda está,
Ainda que atenta
A espera do seu despertar.

A poesia calada, chorosa,
Com pétalas a cair;
Cumpridora dos seus deveres oscilantes,
Que pagam contas mas rasgam sonhos.

A poesia está presente e é perene
Tal um rio em chamas.
Suas larvas são profusão de fé, procissão à pé,
Mas quer alcançar estrelas.

A poesia em ambiente gélido e formal,
Ri a vida,
E fala piadas
Pra tentar animar,

A dura contradição que é ser e estar,
Em uma realidade ambígua,
Longe dos seus versos que precisam velejar,
Viver a verdadeira vida.

Onde estão os sonhos que se escrevem ainda que errados?
"Aonde" estão retratos de quem fui e ainda quero ser?
Onde está o portal que revele e cristalize
O amor a Deus e a escrita que vai me vencer?

Me vencendo, não serei o contratempo do pão enervante,
Que me dão algum dinheiro e um sentido asfixiante,
Essa que está aqui, quer ir além e escrever,
De dores, de amores, de misérias, de quimeras,
Viver para compor...

Versos e contos,
Romances e transcrições,
Não esses sentidos opacos:
Quero ocupar outros espaços.

(...)
Poesia em transe, autêntica e irrequieta,
Por enquanto o silêncio não é omissão:
Apenas espera!"

terça-feira, 17 de junho de 2014

16/10/2010... De Carmen Ligia



Era uma vez... menina
 "Havia uma menina à porta...  
Havia uma menina sentada
Havia uma menina rezando
Havia uma menina, sem graça.

Havia um quadro sem parede
Haviam cartas compartilhadas
Haviam amigos, havia música
Haviam sensações de desespero, mas alegrias n'alma.

Havia uma menina temerosa
Havia uma menina, sem chão
Havia uma menina na escola,
Havia esta menina acordando cedo, feliz com sua obrigação.

Haviam livros, e histórias
Havia clausura, mas vontade de viver;
Havia doçura, muitos sonhos
E tudo que existia, viria a fenecer...

Cartas guardadas
Amigos na lembrança,
Poucos livros à estante
E mazelas tamanhas.

Havia um tempo de esperança
Naquela menina que chorou sangue,
E não se vê mulher,
Vê-se sonânbula, em seu pesadelo constante.

Ela só quer acordar cedo
Descobrir um novo tempo,
Não da menina que se perdeu, em transe
Mas da vida que deve continuar, pulsante.

Em seu vale de dores
E seu ser inconstante
A mulher que restou, só quer levar
Seus passaos adiante...

Esquecer de lembrar que o mundo é dor
Lembrar que a vida são horas de um novo tempo,
E de todo contratempo, e ainda covardia
Existe sempre o sol lá fora, sempre se faz um novo dia.

Havia uma menina olhando através da janela,
Havia fé, e perseverança!
Ai do que se perdeu, criança
Ai do que nunca morre: esperança"!

Carmen Ligia Vila Nova,
em 16/10/2010.

Divulgando Meu novo Blog: Maquiagem e Moda G

O por que desse novo blog:
Me divertir.
Ver que quem usa G pode ser feliz,
pode estar feliz e na moda;
Cuidar mais de mim,
e postar as fotos de maquiagem que amo.
Divulgar também poesias no outro blog
que estava meio paradinho:
http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/ ,

esse com
12.322 acessos! Yupiiiii!!

Já o blog Maquiagem e Moda G:
Fazer comentários das roupas que compro,
ou mando fazer...
Enfim, me divertir com roupas maquiagem e acessórios.
É isso!


Conclusão:
Se...
"Se é difícil ser gGORDINHA, fofinha, ou inhas...
Mais difícil é não nos aceitarmos como somos!"
(Carmen Ligia)


 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Dependência (Por Carmen Ligia - junho 2014)


Ela descansava naquela mesma esquina, que tantas vezes a fez rir na companhia de Jack.
Lembrar de sua morte ainda era muito triste, e sabendo que nenhum fruto veio daquele amor ainda mais triste.
Lembrava dos seus ensinamentos, dos seus sorrisos, do seu semblante fechado quando ela só queria ser uma menina tímida em seus braços.
Ele era tão Pai, e mesmo rígido.
Naquele relacionamento ela não podia ser ela mesma!
Quando Jack era vivo ela era morta. Agora ela não saberia dizer se ainda sobreviveria sem ele...

DENTRO DE NÓS O AMIGO E INIMIGO Eu não peço essa "sorte" (Por Carmen Ligia)

DENTRO DE NÓS O AMIGO E INIMIGO
Eu não peço essa "sorte" (Por Carmen Ligia)
Eu viajo,
Eu me canso,
Eu ando,
EU DESPERTO...
Eu retrocedo,
Eu postergo,
Eu faço,
Eu desisto,
Eu sangro,
Vezes minto,
Eu sou sincera,
E vezes saio chorando,
Eu me engano,
Eu calo o tempo
Com meu verso;
Eu sou inteira mesmo,
Eu conquisto,
Eu  desespero,
Eu desisto,
Eu tolero,
Eu discuto,
Eu desfaleço,
Eu mereço,
Eu perco o freio...

Veloz, veloz, veloz,
Vezes algoz, algoz, algoz
De mim;
Feliz, feliz, feliz,
Infeliz, FELIZ, Infeliz,
Eu sou altos e BAIXOS,
SOU assim,
Noked diz:
"A linha reta no eletrocardiograma é a morte",
EU não peço essa "sorte".

QUERO (Por Carmen Ligia)...

Quero te enternecer com meu gemido
Quero te agigantar com meu sorriso,
Quero deslizar em sua pele feito uma toalha,
Quero te fazer feliz, te fazer amada...

Quero tirar seu batom vermelho brasa,
Quero sentir sua pele morena e alva,
Quero te confessar o que não tem sentido,
Quero mordiscar sua nuca pra te ver sorrindo...

Quero arrepiar os seus pêlos
Atender meus apelos,
Quero ser tão sutil, e ferocidade,
Quero ser veloz e tão suave,
Quero ser seu algoz e seu anjo protetor.

Quero ser um filme de terror que te deixa tensa,
Quero acabar sua tensão com meu PEQUENO coração,
Quero te fazer feliz, te fazer amada,
Quero ser a madrugada e também o Sol que entra em sua casa...

Quero só você
Quero só te fazer sentir,
Quero não te esconder
Que te amo tanto,
Então me diz SIM;
Eu vou voando e te farei tão feliz
Porque você é meu anjo-querubim!

(Carmen Ligia, junho de 2014).

Em 17 d julho 2012...



Escrevo meus poemas para sair de cena
Passo, espaços e dilemas...
Escrevo meus poemas pra apressar o passo,
E conhecer logo seu abraço.

Vejo seus sonhos, ainda que no meu sonho é que te vejo.
Vejo um inverno rigoroso,
Mas clamo outono ameno:
Sabores, frutas e deleites intensos...

Escrevo o que quero, então espero
Vou e sou!
Um luar incompleto
E raios de sol esparsos, pois onde andará seus abraços?

Meu amor...

(Carmen Ligia,
17 d julho 2012).