domingo, 25 de dezembro de 2011

Nunca é tarde! Porque Deus quer TRANSFORMAR o pecador... (Poesia de Carmen Ligia)


"Já é dia...
Por que vens dia,
Se meu ser quer sono,
um prolongamento-esquecimento
um abandono-alento?
Já que um abraço-braço
não me sustêm de olhos pesados
e pensamentos nublados?

Natal que me disseram
renascimento!
Que eu surja,
ressurja,
me eleve
em uma esfera
em que deixe de ser a fera
a minha pior inimiga,
e possa entender as minhas grandes
falhas para perdoá-las;
minhas quase perfeitas idiossincraias
para lustrá-las e me valorizar,
porque qualidades existem sim!

Não com falso orgulho
Mas com um amor mais genuíno,
que me revele
minha renovada pele,
minhas novas forças,
meu novo entendimento,
uma nova vida pois ando clamando
por um novo direcionamento!

O vento em meus cabelos...
Meus lábios entreabertos,
mudos por paixão.
Vejo um céu de colorido tão diferente,
Porque sei que esta passagem está se fechando
Como um ciclo que se encerra
Para inspirar a primavera que já vem
chegando...

Ai de mim...
Das voltas que dei em mim...
Das voltas que dei por aí,
Tentando encontrar um repouso
Um lar, um Natal...

Um mal que me fez bem
foi o que cravou minha pele alva...
Mas amor, àquele amor
que refrigera a alma
não está na festa,
no sorriso, no calor ou no frio,
Porque Jesus está bem mais além do meu entendimento
prosaico, ínfimo, tão simplista...

E leio provérbios...
Tento respirar Deus,
chamar este filho chamado Jesus pra fazer
morada em meu peito...
Para me dar um pouquinho de paz,
alguma serenidade mais duradoura,
uma intensidade de energia violeta e rosa
Numa transmutação das energias densas que
sinto nas paredes sem alegria deste andar
sem amor, sem vida!

Jesus... Seu nome rima com luz
mas como sentir esta sua presença
transformando meu viver vazio?
Dando-me um sentido além de minhas dúvidas
e racionalidades duvidosas?

O amor de Jesus é pena leve que escreve
histórias renovadas, apontando uma estrada,
uma alvorada
pra livrar das ciladas...

Ah Jesus que me faz perder rimas para meditar
em Ti,
e tentar ouvir algum querubim,
com trombetas em céu escarlate
me mostrar vale de delícias,
me arrancando desta angustiada realidade...

Mas Jesus nos chama
Àqueles trabalhadores de última hora,
Para sermos menos anéis,
Certificados,
E parar de esperar aplausos,
Mostrando que contentamento
é dar felicidade,
alegria e alento,
porque nosso conforto
estará nesta benigna disciplina!

Eu não nasci pra passear nesta vida.
Por que querer arrumar malas
e curtir sol de lugares cheios de enganos?
É no vale da dor, aliviando outros corações
que nos encontramos...

Deus não está longe...
Está no irmão que renegamos,
Nos preconceitos que alimentados
Nos vícios arraigados,
Porque Deus quer TRANSFORMAR o pecador
tirando-o do pecado...

Mas maior pecado é nos ausentar
da missão que ousamos abraçar
em outra encarnação
(para àqueles que acreditam em tal concepção)...

Não digo nem tanto...
Também não direi talvez
Ou só sei que nada sei!
Direi:
Deus me dê força pra fazer minha parte.

E que cada qual possa encontrar seu caminho
Porque ouço Jesus sussurrar: 'Nunca é tarde, nunca é tarde!
Mas se dormir tarde só acordará pela tarde.'

Hora de acabar poesia,
05 da matina!!!
Uns que acordam
E eu me recolho: Até mais tarde... !
Estou com muito sono."

(Carmen Ligia é aprendiz de fé, mais disciplina, ou maior entendimento: de mim mesma, buscando um novo tempo...)

Superação, por Carmen Ligia


"Não somos o sorriso, mas a renúncia;
não somos unicidade, somos a astúcia,
a covardia, o dia, a noite fria e a cama vazia.

A sangria que poderia ser, tirar os venenos do que não fomos,
não fizemos, ou alcançamos...
Jogar máscaras ao chão, e fotos em vão ao léu...

Gostaria de um segundo de menor arrependimento
para mais entendimento, de tudo que desperdiçamos,
procurando lá fora um valor, um sentido, um abrigo...
Mas a resposta sempre esteve aqui dentro:

Mesmo eu sendo covarde, e não valorizando
que tudo está ao alcance das mãos...

Não os amores, a família, amigos, e idílios,
Mas os livros, a compostura, a terra dura, a pedra
sangrando os pés que não desistem,
ainda que vacilem vez ou outra.

Mas já sou outra: ainda poeta,
Que quer ser realizadora,
Cansei de ser tola sonhadora!

2012 que venha: mais garra porque nasci pra
ser escritora, e autora de uma vida menos opção
e mais concentração: concursos, estudo,
e não mais procrastinação!

Que meu sim seja assim, pra ser feliz
E ao que passou aprendizado que ficou,
nunca negação
mas sim elevação,
porque meu nome é superação!" (Carmen Ligia, em 25 de dezembro de 2011, mais ou menos 04hrs20 da madrugada...!)

Imagem postada em http://forum-artesvisuais-sergipe.blogspot.com/2011/12/1-seminario-de-artes-visuais-de-sergipe.html (Estive presente no 1º Seminário de Artes Visuais, que aconteceu no começo de dezembro/2011).

sábado, 17 de dezembro de 2011

O altar (Soneto de minha autoria: Carmen Ligia, escrito em 30/11/11).



"Relíquias guardei no peito:
Casos perfeitos de tão imperfeitos!
A sofreguidão era paixão,
E a dor? Amor, eterno amor...

Não damos um dedo pra reviver o turbilhão da paixão: Eu daria uma perna inteira!
Não damos a vida pelo amor porque amor é eterno, mas qual amor?
Veneno doce, um devaneio secreto que postergo,
Mas sobrevive em meus versos, ao lado de minha cabeceira...

Os meus versos falam de quem não fui,
Alguma covardia, alguma audácia...
E segredar que por amor fiquei perdida, fiquei sem alma.

Me guardei: caminho incerto, eis o deserto.
O amor que perdi? É meu altar, minha poesia inacabada...
Quero meu retorno a mim, mas onde andará a minha alma? Longa é a estrada..."

Continuação da frase "As sombras de nós...

... que tb representa quem somos: nossa constante busca de luz, sol, PAZ e vida!" (Carmen Ligia).

Na última postagem, 10 de dezembro deste, contabilizou 199 postagens: com esta 200!!!

"As sombras de nós ...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Do Abstrato (Por Carmen Ligia)


Eu fiz um ensaio ontem
sobre a vida que imita a arte
e a arte que não está nen aí pra vida...
decerto o artista saltou do picadeiro
entrou na academia de letras abstratas
plagiou o meu retrato
e refez sua biografia

tempo de rei é réis
tempo meu só é nostalgia...

havia uma casa de campo
perdida
a ermo
com seus preconceitos
seus medos
e suas vilanias

eu estou na estrada porque não me convence entrar na casa
saudade é espera
e existe fera que reside em meu eu
plasmado
incapacitado
pueril de tão imbecil
estéril de tão louco
SONHADOR e por isso tolo.

me concentrei e a menininha me disse
deixe estar
deixe
tá?

uma poesia com rima
sem sentido
mas tem sentimento.

sou eu
Aurora!
Quem és?
O vento
O tempo
Alento
O recomeçar
O esvaziar
E eis você, hoje é seu melhor momento!

O resto?
Reinvento.
(71, Montevidéu).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Soneto do Sonho Sempre Vivo (Por Carmen Ligia, em 29 nov de 11)...

Soneto do Sonho Sempre Vivo (Por Carmen Ligia):
"Eu quis um sonho colorido
Eu quis um sonho de improviso:
Poeta disfarça mas não nega!
Poeta espera, e finge esquecer...

A poesia que atravessa cortinas, vira as esquinas e embaralha meus pensamentos,
Na mais pura harmonia, mesmo sem haver disciplina e organização:
A esfera dos meus eus perdidos, esquecidos, mas reencontrados,
E a certeza que sou apenas o mar: hora agitado, hora serenado...

Do que não sou, voo porque me sinto livre;
Ainda que presa a rotina, e ao caos do meu viver tão sem sal...
Mas às vezes o sonho me desloca, e me faz ver aurora em meio ao caos.

Acredito nos sonhos e nas rosas vermelhas do meu coração.
Acredito na alma que voa leve rumo ao meu eu, noutra estação. O resto é adeus.
Tudo certo ou nada certo: poesia em mim nunca morreu! AMANHECEU."

(Aos poetas insones que desacreditam dos sonhos, apenas por eles estarem preto e branco, em alguma cena do cinema-vida!)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Correria: revisão monografia, relatório de estágio etc etc: mas não ventania!


E lá vem o TCC (monografia)... é a revisão final, relatório de estágio, etc etc: e espero em Deus, minha formatura! Uma rota que chega ao fim, e ai de mim, quantos caminhos e descaminhos pra nos encontrarmos, almejando um futuro emprego, um regaço... Que não seja a conformação, mas a certeza que pés no chão, melhor "realidade" para vivência mais plena! O que damos a vida, trabalho em responsabilidades, é o eixo que nos coloca mais firme diante dos desafios, e/ou quaisquer adversidades. Fujamos do ócio, este sim, malévolo e impuro. E o mundo, é a formatura, meu emprego que virá, minha casa, também meu sofá....... Os tantos "meus" pra dizer que as buscas não são perdidas, porque apenas nos perdemos quando acharmos que a vida deveria ser vento: seria mais simples, porém menos intensa e muito passageira. A vida é semente, árvore que virá, planos para o futuro e certa nostalgia dessa Academia (UFS): Prova que sonhos se concretizam, minha FORMATURA que está chegando e novos dias, mais maduros, plenos de mim e dos ideais que vão cada vez mais se firmando.... Yupiiiiiiiiiiiiiii rsrsrsrs. A vida é assim: dia que choramos, e dia que intensamente celebramos o dom de existir, ou seja, quando damos sentido ao que se passa ao nossa redor, porque são as obrigações que superam omissões de um um mundo que por vezes parece, sem sentido. Ora, só existe sentido quando colocamos sentimento no que fazemos! Por tudo isso, minha história, e meu curso de HISTÓRIA não é vento: é a semente que plantei, ACREDITEI, e hoje vejo crescendo... !

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Soul Blues e Jazz (sambando poesia... de Carmen Ligia)





"Apáticos ou apartidários,
Eu vejo uma rua em movimento.
É tempo... É vento que se foi?
Eles "teclam" sonhos...


Entre o "tecer" e o fazer
Há uma grande diferença.
Se a polícia às vezes fica observando,
Existe mais liberdade, e mais silêncio, e mais segregação.


Eu sinto um vento de novos tempos
Arrepiando meus pêlos,
Porque em estado febril a caneta dança passatempos,
E só revela: Dá tempo!


Mas se o jovem diz: "Dá um tempo",
E só, "só" fica absorvendo a fumaça difusa de qualquer passividade,
Não sei se os "filhos" vingarão:
Filhos de sangue, ou "filhos" de nossas idéias, com seus "disfarces"...


É tarde...
Não porque a madrugada é alta e os olhos pesam em demasia,
Se no livro estou à página 221,
E o que necessito agora é poesia!
A fumaça do "fedorento" cigarro é minha companhia.


Já odiei a solidão, e hoje a sinto com carinho:
Ela me dá o sentido exato de pensamentos desconexos,
Também leituras, e não concentro pensamentos em culpas, ou fugas. O meu presente é um presente!


E se nossos sonhos forem pinturas paradoxais em busca de entendimento?
Que adianta só "curtir" no "face",
Se minha face se esconder da reivindicação nas ruas?
Preciso dizer o que penso, sinto e que tenho sonhos... Em outros outonos, folhas cairão nas árvores.


Os poetas são compreendidos por serem ambíguos,
Um solitário que vence sua própria "inexatidão", quando escreve de todo coração.
Àquele vento que chama as ruas não é revolução: Não!
É simples chuva fina (ainda), que não mais será omissão pra nossa nação.


E teclo sonhos no meu diário virtual.
Bem? Mal... Servirá a quem uma retórica "descabida"?
Se me falam "anjos", não retoco pensamentos insones...
Eles não me possuem porque não possuo nada: a passagem é rápida e só posso dar minha palavra.


Se foi sangue, que fiquem frutos,
Se foram premissas, sintetizem o que houver...
Se "bobagens", ao menos vi "miragens":
Sonhei sonhos altos, nesta Terra chamada Aprendizagem.


Não aprendi com a razão pregada em cada sistema falido,
Os meus verdadeiros amigos, sonharam comigo...
O que disse foi a mesmice diferente,
Eu quero ser o sonho, "eles" querem ser "gente"!


Gente robótica que no facebook "curte", e não discute,
E se acomoda, não se incomoda.
Virou moda: Ser igual pra ser alguém;
Eu quero a poesia, doce companhia que me convêm!


Às vezes a poesia é meu algoz,
Só porque não lhe dou papéis e atenção.
Sou esta tola escriba em um mundo com lenta ascenção,
Se os muros caem, é porque não fizemos revolução!


Revolução? Só quando os humanos seres se derem as mãos...
Quando eu for quem sou sem medo de ser assim: poeta, enfim...
Quando o silêncio for a pior resposta, e a idéia fruir pra dizer quem tu és,
O mundo não será bombas, anéis e certificados, mas sim um muro bem baixo, e o coração "quebrantado"!


Não sei a que vim, se for pra ser mais uma a dizer a mesma fórmula descabida...
Vim pra falar em versos o que sinto quando o vento arrepia minha alma!
Com 9 anos já fazia versos;
Hoje sou INVERSO, me aceitando sou a madrugada:


Quase quieta, por vezes aparentemente calada.
Não porque me faltem versos,
São eles que me "lavam" a alma!
Com 30, sou o sonho que espera a realidade-alvorada...


Quando eu for "dormir",
Queridos "anjos e querubins",
Curtam mais suas próprias idéias, e mostrem suas lágrimas...
O sorriso "só" vem quando saímos pra viver na estrada:


Dizendo o que sentem,
Musicando e fazendo novos momentos, plantando outras "sementes"...
O meu filho que ("ainda") não veio contemplará meus versos sentidos;
Não platei árvore, "não veio" o filho, sequer o livro: veio a Internet, onde escrevo o que sinto.


E sinto que "fui" aprendiz de poesia,
E sinto que senti como poucas pessoas sentem.
Mas não sentei esperando a banda passar,
"Desafinei" na vida, mas nunca deixei de acreditar, e levantar sempre:


Na vida a gente "baila", ou dança.
Na vida a gente "rebenta", ou se arrebenta...
E quando a morte vier, se tiver grana as traças comerão.
Mas meu conhecimento não. E meus versos ficarão com os filhos dos filhos... E eles, o que dirão?


- Que "figura" esta poetisa aprendiz,
Falou o que sentiu, e até sofreu por tanto sentir...
Mas viveu: De poesias, de sonhos, e não quis vegetar com nostalgias.
Tocou o céu com versos em transe; buscou a singular magia...


É no "transe" que se transa a vida, mas a vida não se "transa";
Apenas ama-se em sua dor e pequenas alegrias. Por vezes "tamanhas"...
Grandes os sonhos, "não" os guardo em segredo,
Parafraseando Roosevelt, o político "poeta": "só se deve ter medo, do próprio medo".


E eu sou "destemida", porque com versos e rimas Soul Vida...
Meu olhar que sempre brilha, é JAZZ!
O cigarro, tola companhia, um triste blues.
Mas a poesia... É minha vida, minha sina, minha lida, minha luz!


Um samba? Ou será minha cruz?
"Nada" sei. Mas com versos
Sinto-me liberta!
A poesia à Deus me conduz: Me eleva..."

(Carmen Ligia, em 14 de outubro de 2011).

domingo, 9 de outubro de 2011

Se sonhos, por que não somos? (Por Carmen Ligia)

Se sonhos, por que não somos?

“Houve um dia TUDO colorido...
Amigos que faziam vezes de anjos,
Sorrisos que eram sintonia com mundo em transe,
E devaneios que elevavam a alma a qualquer transe...

Houve um dia, que a magia era destilada ou fermentada,
E a fumaça inebriava a visão.
A distorção era êxtase esperado,
E foi assim que o mundo era tinta e pó: Alice não estava mais só!

Mas como tudo que eleva
Sobe, transcende, um dia cai e não vira semente:
Vira desilusão. O aspecto sombrio das olheiras
E que um rosto no espelho já estava morto, sem mais definição.

E em vão as noites trarão sentido,
E os amigos anjos, distanciam-se por vergonha ou descaso.
Nenhum abraço, apenas corpos diferentes.
Nenhum alento... A família, a sociedade despreza? Ou nós estamos de nós mesmos, ausentes?

O calafrio, terrificante solidão: a busca insana...
A morte que ronda, em garrafas esvaziadas e “bitucas” no cinzeiro:
Não adianta fugir de nós mesmos!
O frio é forte e rasga a alma, já inexistente.

Sê gente! Reagir é não negar
Que mar é mar, e amar é possível.
Quando quiser um abrigo, longe de masmorras e precipícios,
Saiba que EXISTE um Deus que sempre estará contigo!

E quando quiser ver a vida como é,
Pra poder reviver e aprender novas melodias,
Não fuja de você mesma!
Me dê a mão! És minha irmã querida.

Só quero poder te abraçar,
Só quero dizer que seu olhar não deixou de brilhar em meu coração...
E que você possa VERDADEIRAMENTE se amar,
Fechar a garrafa, pegar pincéis e levitar: sua arte vai lhe salvar porque existe uma nova estrada E VOCÊ VAI SE ENCONTRAR!

Sua arte,
Sê lua em transição!
Que a LUZ MAIOR do Espírito dos mundos
Lhe mostre um caminho de paz, sentido e aceitação!”

TE AMO!!!!!
Minha mão
Em sua mão...
Aceita esta poesia; espero um dia eu possa ser sua grande amiga, assim universos em comunhão."

(Carmen Ligia)

sábado, 8 de outubro de 2011

Para àqueles que são, metamorfose!





"Somos assim,
Metamorfoses ambulantes.

Creia que a melhor metamorfose é se crer borboleta,
Pois como diz uma poesia minha, chega uma hora q o casulo asfixia.

Então, libertemo-nos! Entregando-nos ao ser quem somos.

Sonhos? É realizando, ou seja,
Despertando do paradoxo insone de sermos,
Suficientemente (e FELIZMENTE)
Nós mesmos.

Então, vamos.......
REAGIR é vir a ser apenas quem somos,
Pois somos-sonhos!
= (Sonhos em realidade)=

Vamos, vamos, levantemo-nos!
CORAGEM!!!

Sorria e o mundo, enfim se abre..."

Poesia da frase que citei acima:
"(...) Deixe a terra seca com os cegos.
Deixe a moenda com os parasitas.
Quando se nasce borboleta,
Chega hora que o casulo asfixia (...)"
Em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/2011_07_01_archive.html

Bela poesia em http://rrenatabrandao.blogspot.com/


Ela é morena, ruiva, talvez loura
Inteligente fascinante e desesperada
Ouve musica escreve poema
Ela é revoltada
Simplesmente não aceita a desigualdade e hipocrisia
Ela mente e fala mal dos outros
Sente carinho e amor
Desprezo e dor
Acorda e dorme cedo
Vive no mundo que ela escolheu
Ninguém pode gritar
Ela se assusta e chora
Tem um passado sombrio e doloroso
Faz do presente a chance de ser feliz
Talvez um dia ela consiga
Tenta ajudar
As letras são sua terapia
Vive entre o ódio e o amor
Entre a loucura e a talvez sanidade
Gosta do seu jeito sincero
Ferra-se muito, mais não muda
Talvez nem queira mudar
Não saberia distinguir se o que ela sente seja bom ou mal
Ela só vai levando
Levando ate onde ela agüenta!

Em http://rrenatabrandao.blogspot.com/2010/12/dona.html#comments

Comentei:
Belo poema...
E se as fotos forem suas:
Somos assim, metamorfoses ambulantes.
Creia que a melhor metamorfose é se crer borboleta, pois como diz uma poesia minha, chega uma hora q o casulo asfixia. Então, libertemo-nos! Entregando-nos ao ser quem somos. Sonhos? É realizando, ou seja, despertando do paradoxo insone de sermos, suficientemente (e FELIZMENTE) nós mesmos. Então, vamos.......
REAGIR é vir a ser apenas quem somos, pois somos-sonhos! (Sonhos em realidade)= Vamos, vamos, levantemo-nos! CORAGEM!!!
Sorria e o mundo, enfim se abre...
Poesia da frase que citei acima: "(...) Deixe a terra seca com os cegos.
Deixe a moenda com os parasitas.
Quando se nasce borboleta,
Chega hora que o casulo asfixia (...)"
Em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/2011_07_01_archive.html Grand abraço, poetisa!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Saudades, por Carmen Ligia

Saudades
“Amo este amor de cada dia.
Amo sua chegada, sinto sua partida...
Mas amar assim, já nem sei se devo dizer;
Pra não ficares convencido, só vou falar: que saudade de você..."
(Carmen Ligia)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

http://pt.scribd.com/fullscreen/66902180?access_key=key-2ls01fs0irefps374at0

1 - versos tempo e espaço - 17 setembro 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Versos, Tempo e Espaço - A poesia como profissão (Por Carmen Ligia)


"Em meu espaço naufragado

Submergiu a realidade.

Nos fantasmas do passado,

Contendo meus disfarces.



E de alma irriquieta,

Os espelhos que não vejo.

O sabor que não toco,

O gosto, que só desejo.



A sofreguidão de seguir

Sem ação, sem possuir

O bom metal caindo dos bolsos,

Nesta conformidade de mundo, despossuída...



Falta a renda, e solto "a pena"

Que é esta caneta que desliza,

De tão fácil, até ridícula,

Mas cadê os "réis" para pagar canetas e papéis?



Sigo por ser poeta,

De querer alma exposta, translúcida e conhecida.

Sobra-me o desalento deste dia,

Na casa que não é minha, na vida que não possuo por não ser inteira...



Asneira de quem nasceu com dom "barato",

Que não me faz juntar qualquer trocado.

E semi-desempregada, com outro dom por recriar:

Espero lecionar; hoje estagnada, a monografia que não quer fruir, "falar"...



Ai de mim, se ao invés de tese me propusessem rimas,

Se tal a dor, me dessem também novas perspectivas;

Se um emprego viesse pra sustentar minha solidão, paz,

E o dia tivesse um sentido além da rotina que me desfaz!



Estou aqui... Tentando um lugar, um emprego, uma vida de plenitude,

Mesmo que seja com salário resumido e limitado;

Este compraria meu canto,

Uma quietude que não tem preço, ou tamanho.



Mas meus versos se constrangem...

Como publicá-los se não tenho dinheiro?

Eles buscam também um lar,

Que são os olhos de quem os lerá.



Assim, o metal não é vil, ou fel,

É um meio...

E batalhar para tê-lo, uma condição 'sine qua non' pra ter o descanso da "guerreira",

Que escreve sonhos com a força do pensamento, e este não possui barreiras...



E no sonho em realidade,

Possam meus versos

Chegar aos seus olhos,

Leitor ainda "desconhecido",



Não apenas pela renda,

Se esta parte me couber em vida,

Mas por serem meus versos a maior razão de minha existência

Que eles possam caber, um dia, em sua companhia!



Para este leitor

Direi de coração:

Obrigada por fazer parte da minha vida

Lendo minhas rimas, que são de mim uma extensão...



Então, nesta mesma hora,

Não sei onde estarei, se em meu lar ou além,

Mas quem sabe meus versos viverão por longos dias,

No coração daqueles que apreciam poesia...



Então ter vivido,

Chorando ou sorrindo,

Não vai ter peso diante da eternidade!

Meus versos, estes sim, serão minha presença e constante saudade.



Enfim, conseguirei liberdade diante dos portões da eternidade:

Serei mensagem no coração da humanidade!

E minha vida, gozo e agonia,

Será chuva fina em fim de tarde...



Serei a poeta do desconexo,

Serei a magia no singular,

O verso que rasga mundo em transe,

Pra eternizar as dores e delícias de ser e estar.



Quando eu não estiver

Serei verso encarnado,

Uma gota no oceano

De quem rompeu espaços, dificuldades infindas...



Porém se deu sem tamanho

Em versos e rimas,

Tendo tão pouco ouro

Mas sonhos que cortaram a neblina da hipocrisia...



O tempo, não pára,

A poesia, é infinita...

A poeta Carmen, é também Ligia.

O que é escrito de toda alma se eterniza!



E barreiras,

Não serviram pra fazer parar minha mão.

Meu pensamento voará além,

E aonde estiver irei lhe abraçar: universos em comunhão!



Seja com meu pesar ou alegria,

Saiba que a fé resistirá em meus versos

E na vida da verdadeira VIDA,

Dando minha parcela para apaziguar o mundo em sua covardia.



Neste ou em qualquer tempo

Que novos ventos nos tragam maior incentivo,

Para alcançarmos nossa estrela guia:

Assim poetas serão poetas e a vida será mais artística, quiçá menos individualista!



O metal será sonho convertido.

A poesia será vida em profusão.

A letra será pra servir de alento,

Tão necessária quanto a respiração, será profissão!



Pra quem escreve, sua labuta

Sua cura e seu chão;

Pra quem lê, também libertação

Porque os galhos fazem parte do mesmo grão."



(Carmen Ligia, em 17 de setembro de 2011)












sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pelo movimento “Se nosso filme está em Paris, nós merecemos participar deste festival, sim!” = Pela captação de recursos - passagem, hospedagem, etc.

Filme NPD Aracaju é premiado e vai a Paris

Das interrogativas:
Será que nossos governantes não acreditam em nossos talentos, mesmo com o curta Do Outro Lado do Rio chegando a um dos berços da Arte mundial – Paris? Ainda que com a prova definitiva da inventividade de nossa gente, por que nos faltam recursos? Governo de todos? Então, reguem estas sementes!!!

(Pelo movimento “Se nosso filme está em Paris, nós merecemos participar deste festival, sim!” = Pela captação de recursos - passagem, hospedagem, e deslocamento - aos participantes, atores e dirigentes do filme Do Outro Lado do Rio; rumo à Paris, se o Estado e o país nos permitir, no próximo dia 16 de outubro de 2011).


Já extrapolou a cidade, o estado, a nossa nação. Pés que chegam à Paris? Não. Faltam incentivos e apoio, financeiro! Nossa história é permeada de casos assim... Mas quando há de submergir outra realidade? Quando a Arte, nossa cidade, nossas cores e imagens, poderão ser representadas de forma digna? Será que nosso estado ainda será representado apenas por Tobias, ou Romero, quando existe qualidade viva, também expressão para incentivar o nosso turismo, demonstrada de forma mágica através da 7ª arte? Será que esse reconhecimento nos será negado? Será este governo para todos, assim combinando com o slogan deste Brasil? E porque não provar através de atos, o reconhecimento que já vem de fora, mesmo que nossa história no audiovisual ainda seja tão recente?
Curta... Através do curta intitulado ‘Do Outro Lado do Rio’, mostramos as cores fortes e envolventes de nossas cidades, Aracaju e a Barra dos Coqueiros; nossa gente e suas intrínsecas facetas, deste povo simples que passa, agora percebido e sentido no cinema! Nós, que somos simples e ainda pequenos, não pelo nosso estado ser o menor da nação; é porque falta verdadeiro reconhecimento dos talentos que submergem brilhantemente; uma terra que se faz pequenina quando nossos políticos e verbas de incentivo à cultura passam longe de quem verdadeiramente está “suando a camisa”. Gente como nós, com muito esforço ainda que pouco recurso, mas com uma câmera na mão já mostra ao mundo histórias autênticas, feita por jovens sonhadores, filhos deste Sergipe, que Paris já aprecia embevecido, assistindo o curta Do Outro Lado do Rio:

“O Do Outro Lado do Rio, curta produzido pelos alunos do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira | Programa Olhar Brasi durante o curso de Realização em Audiovisual 2010, tomará as telas do Festival Internacional de Cinema Signes de Nuit em Paris no dia 16 de outubro. O convite para participar do festival francês veio através do reconhecimento do Kinoforum, maior festival de curta da América Latina no qual o Do Outro Lado do Rio ganhou, entre 80 selecionados o Prêmio Aquisição da Mostra KinoOikos pelo júri SESC TV”. (Fonte: http://npdorlandovieira-aju.blogspot.com/)

Queremos mostrar lá fora, que por aqui, gente simples e com sonhos palpáveis, pode chegar e mostrar ao que veio. O que queremos é ter a oportunidade de participar, pessoalmente, deste brilhante festival! Não tenho lembrança de nenhum filme sergipano, seja curta ou longa, que recebeu tal convite e reconhecimento, em um dos maiores berços da Arte no mundo, Paris. E estaremos lá, em vídeo e mostrando as belezas naturais de Sergipe, como um convite aberto ao turismo em nosso estado. Será que o trabalho duro de nossos jovens cineastas e grandes artistas, vai se perder? Será que este merecimento de apresentar-nos, e representar esta genuína gente sergipana, será apenas uma utopia de jovens cineastas?
Ver nas telas parisienses nosso trabalho já está programado para o mês vindouro, e parece que ficará no sonho a nossa merecida presença, pois nos faltam recursos: S.O.S.!!! Onde estará o orgulho de ser sergipano? Quando os outros nos reconhecem com talentos tamanhos, mas por falta de verbas ficamos impossibilitados de representar nossa gente, e receber um reconhecimento pelo trabalho do curta Do Outro Lado do Rio, que apresenta a cultura do nosso povo, as cores vivas, e vibrantes de nossa terra, incentivando a vinda de turistas ao nosso estado. Será que somos o menor estado em tamanho, ou em mesquinhez, quando na altivez da Arte já reconhecida, somos colocados fora do jogo, por não ter verba para bancar passagens e hospedagem?
“Cadê” este incentivo cultural aos talentos que lutam dia a dia? Seremos apenas instrumentos alienados, que trabalham mas tem de permanecer longe dos holofotes dos festivais? Quando ficamos “apagados”, fica escondido nosso estado e nosso país, que tem arte transbordando nas veias, que respira genialidade, mas que na verdade fica pedindo, implorando, o que é de direito... Nosso direito! Que se possa ser incentivado estes jovens talentos, que mostram ao mundo que Sergipe é lindo e também é luz... Mas queremos ir à cidade-luz, Paris, para receber juntos, em nome do Núcleo de Produção Orlando Vieira, e em nome da Prefeitura e Governo de Sergipe, um glorioso reconhecimento que nos foi concedido por merecimento! Que nossas agências de Turismo possam fazer um pacote com preço “bacana”, que nossa Prefeitura e Estado, e também nossa nação, possam incentivar estes jovens talentos a receber pessoalmente estas congratulações.
Estando lá haveremos de nos pronunciar positivamente, se nosso governo provar com tamanha honradez que é realmente, de todos e para todos... E mais: Diremos com orgulho ao público do dia 16 de outubro, em Paris: Veem? O Brasil, que vai abrigar a Copa, as Olimpiadas, tem um pequeno-grande estado; de fato, uma extensão territorial pequena, mas de beleza imensurável, com cores lindas e vivas. Gente de energia salutar. Sergipe tem sua singular magia!
Isto será representar Sergipe para o mundo! Não mais com teorias de poucos, mas com imagens de todos, porque sob vários ângulos o mundo vai ver nosso estado... Disse, o mundo! O globo!!! Percebem a dimensão do nosso trabalho? Por favor, não aplaudam, simplesmente. Façam com que o grupo que fez o filme Do outro Lado do Rio participe deste Festival pra se sentir, de fato, GENTE! O que pedimos é tão pouco, diante das imensas verbas que se disponibiliza para a cultura, e turismo; bem certo que apreciaremos ver nosso trabalho em Paris, mas é o povo, e nossos representantes do executivo e legislativo que serão as estrelas, podendo ser vistos com simpatia ao apoiar a Arte, mostrando ao mundo imagens reais, emoções que precisam ser conhecidas: incentivo o turismo e cultura, apoiamos a construção de nossa identidade.
Portanto, se o Rio Sergipe não toca o Sena, poderemos tocar Paris e o mundo com nossas imagens, também com a presença destes “idealizadores-realizadores”; estes que mostram que cinema é vida, poesia, e veracidade de nossas belezas. E na riqueza destes jovens talentos que produziram Do Outro Lado do Rio, que almejam apenas receber pessoalmente, o vislumbre de representar nossa gente em Paris, para o mundo e tantos seres deste planeta! Mostraremos a inventividade do nosso jeito de ser: grandes porque reconhecemos que aqui poderemos crescer. Se hoje somos sementes em profusão, quando nosso Estado e nossos dirigentes sabem nos reconhecer, estes talentos irão desenvolver-se por aqui; poderemos exportar nossa Arte, não apenas cana, coco, e banana... Somos mar e rio em movimento, entremos nesta luta com gana. Pelo reconhecimento do audiovisual sergipano, que ainda na tenra infância, já está em Paris! Honra tamanha... SÓ NOS FALTA, por hora, A GRANA!!!

(Carmen Ligia Vila Nova é estudante de História pela UFS, e participou do filme Do Outro Lado do Rio; http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/).



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Imaterial-alma... (Por Carmen Ligia - Em homenagem as 100 publicações deste blog)





Imaterial-alma...
(Por Carmen Ligia)




"Já estive

Sem nada,

Sem graça,

Sem alma...



Hoje,

100 publicações neste espaço eterno;

Destas minhas poesias aqui mostradas, que venha o livro meu:

Com inéditos escritos! Com fé em Deus!!!



Com graça,

Com presença

De espírito,

Aprendiz...



E no espaço ambíguo, de mim,

Eternizo meus dias;

Por escrever, por sentir:

Nada, tudo? Hoje passei por aqui...



Isto me traz alegria!

Mostrar versos que extravasam de reencontrada, alma;

Rompendo o silêncio, deixo minha marca:

Tanta estrada...



Sou partícula, não migalha;

O meu corpo perecerá, mas não minha alma!

O espírito desta que aqui desabafa,

Haverá de se perpetuar:



Alguém sentirá, tudo e nada;

Ou simplesmente um pouco do todo,

Talvez,

Nada!



Mas torço que enfim,

Alguém possa um dia sentir

O estranho pulsar,

Das minhas palavras..."



(Poesia em homenagem as 100

publicações deste blog, com algumas das

minhas poesias... E aos leitores deste espaço,

meu fraternal abraço!)



"A vida imita a arte", sendo que a ARTE, é verdadeiramente, a VIDA. (Frase de Carmen Ligia, em 04/09/11)

"Esta foto que segue,
Esta frase acima,
Para inspirar ARTE em IMAGEM,
Pois em cada cena,
Eis que se respira,
A própria VIDA!"
(Foto que tirei
neste último domingo,
4/9/11 - Mosqueiro-SE).

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Carcereiro Mestre: Um Conto-Poesia para encontrar a vida - Parte II"




(...)
Olho nos olhos do Mestre, então carcereiro
E ele me dá umas peças enferrujadas...
Pra que serve palavras incentivadoras, e um corpo sutil
Se meu céu não é anil?

Ele baixa os olhos
Contemplando uma cruzada aos seus pés,
Nada tem de tão seu além de sonhos
E aqueles olhos plácidos que revolve minhas entranhas...

Ele não quer me falar neste momento.
Dá as costas para cuidar da sua própria prisão,
E da provisão, sua própria ração.
Já não entendo seu silêncio. Nem mesmo o meu.

Deixo ele ir. Então minha mente se agita
Cogitando que flores bonitas, podem surgir pelo caminho?
E aqui existe a masmorra, a cela, a escuridão e a temeridade.
A torre a observar-me. Meu medo a absorver-me...

Olho o chão. Lá está a inscrição.
Três palavras e seis números.
Mais. Pietro. Lado-Sul:
9-4-3-9-1-1.

???
O que significa esta inscrição,
Que o carcereiro deixou ali?
Mais de mim, ou de ti?

Pietro? Perto do meu fim-recomeço?
Lago-Sul. O lado que devo seguir.
Mas o sul dos meus desejos escondidos,
Ou a profundidade deste lago escuro, meus traumas inconfessos?

Somando os números pego meu 9.
9 sentimentos vagos...
Paralisia. Desespero. Desconcerto. Perdão. Omissão:
Asfixia. Idolatria? Porta-fechada? Rua-vazia?

Medo!
De ser eu mesma.
De enfrentar a rua deserta,
E incerta de quem sou.

Ele volta.
Com um café quente, com leite e chocolate.
Aprecio a bebida e ele diz-me: Bem verdade...
O que escrevi não é o que pensas. É o tempo que nos resta; já é tarde.

9?
Sim, responde-me.
Aqui está a bússola, não vês?
Estamos no sul. Norte é seu rumo, e encontre-se em você.

Para quê?
Ficar é mais cômodo.
Falar é mais reconfortador,
E partir me causará, extrema dor.

Não te aflijas, minha terna Maga Rebelde...
O que hoje é escuro,
Nestes meus olhos que enxergas sem ver
Amanhã será claro... Noutra estrada, uma vida que irá acontecer...

Não lhe entendo. Fico furiosa naquele espaço encardido, e asfixiante.
Ele tenta me abraçar, já não como antes...
Simplesmente segura firme meu corpo, e me diz quase sem palavras:
Eu vou te encontrar! Noutro tempo... Em outra estrada: Serei o dia, e você, MADRUGADA!

(Por Carmen Ligia - Continua...)

Só por HOJE - Sem precipitação! (Poesia por Carmen Ligia)


Só por hoje eu decidi ser feliz!
Não dizer ao que vim, ou porque,
Pois não é preciso saber:
É preciso viver!

Só por hoje
Estanco as dores,
Pois mais amores e flores;
Ferir-se faz parte deste aprendizado...

Só por hoje o céu é claro
E a vida governável.
Decidi fazer novas cores nesta hora,
Viver é recomeço e ensejo, de novos desejos: Nova aurora.

Só por hoje a dor não me manterá paralisada
E as alegrias farão bem a alma.
Só por hoje a dor será aprendizado
E o amor, espaço de crescimento e mais abraços.

Só por hoje, meu plano será ser mais ameno e pacificador
Para entender minha alma em profusão.
Só por hoje, a vida será boa:
O ontem aprendizado, o amanhã? Viver NO hoje... Sem precipitação.

(Carmen Ligia, em 29 de agosto de 2011).

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Caminhar é preciso (Por Carmen Ligia)

"Quando a vida pede desistência
Ausência
Demência,
Faço presença.

Daquela que vacila,
Teme e treme.
Balança, estremece,
E no entardecer busca força pra vir a ser.

Não esmoreço quando as pernas fraquejam
Ou quando as pedras me são cortantes...
O rio que desce de olhos meus
São limpeza de alma. Continuar é preciso!

A fé. A fé de ser meu lugar de paz e reencontro.
A fé de ter um lar de amor. Sossego.
Crença em independência. Desafio de cada dia?
Apenas continuar. Neste momento reequilibrar energias.

E o que a vida me pede,
De concentração, disciplina
Recomeço, e centralidade,
São versos que fruem pra dizer que não desisto:

Não desisto de mim;
Não é pelo segundo que consome
Mas pelo conjunto da obra.
Se creio em final feliz? Creio na superação constante, aurora!

E querer mostrar em minha letra
Que cheguei a ser quem vir pra ser
Apesar do mar revolto, dos desafios tempestuosos
E dos meus limites estagnantes. Acreditar é preciso.

Não ser omisso.
Pedir um clamar aos céus
E inspirar esta fé perturbadora.
Meus pés vacilam, mas meu coração acredita. E voa.

Acredito em meu encontro, comigo.
Acredito nos estudos, e livros.
Acredito na poesia que conta quem sou.
Então sigo. Na fé e no compromisso, de dizer:

Quando padeci,
Das dificuldades, submergi.
Estou aqui! Não venci ninguém;
Venci a mim mesma, enfim..."

(Carmen Ligia é esta pessoa, teimosa;
'desistir da luta, nem pensar').

domingo, 14 de agosto de 2011

"Carcereiro Mestre: Um Conto-Poesia para encontrar a vida - Parte I"

"Já não são piegas os fatos
Porque não são os mesmos retratos...
Já não é estrada de forca
Pois desci a masmorra.

Olho cautelosa o inverno
Provisões escasseando...
Previsões? Pra que tanto?
Onda que varreu o meu silêncio.

Nesta de ser sem ser quem sou
Navegando em meus redemoinhos esfacelados...
Vejo a face e não vejo quem sou,
Estou indo, procurando este entendimento vago.

Pensamentos toscos
Em uma realidade esfacelada.
Aquele caos, aquele odor de temeridade
O frio azul que corta meu medo pequeno...

Ligas de mar que é lago
Profuso e sozinho.
Se sou rio, se sorrio?
O vazio, chamas de autopiedade.

Largos passos, sem direção concreta.
Grande porta que atordoa a mente.
Norte sem rumo, sujeira e caixas tão cheias;
Cheias de nada. Meu ser trêmulo, incapacitado.

Sem aceitar este lixo que me circunda, literalmente.
Tanto papel e fel. Em meu peito já aberto,
Cicatrizes que falam como se fossem um carrasco cruel.
E meu céu de opacidade, de conformidade. Fico. Estou...

Lá fora não me encontro.
E dentro não me reconheço...
Tem lábios que me beijam
E suas palavras me deixam comigo!

Diz-me que crescer é preciso...
Se faz necessário conversar com outros encarcerados
Em um sussurro incompreensível aos ouvidos sensíveis.
Percebo que a fuga não é premeditada.

Tomo um pouco da lavagem noturna,
Para aquecer estes pensamentos doentios.
Rabisco sonhos, e articulo estratégias
Mas o ponto de ação é minha eterna omissão. Sento no chão frio.

Uma torre bem distante cintila frente aos olhos quase cegos.
Não consigo identificar qual rota, qual saída...
Sei que existe muros inexistentes
E paredes de culpa, de raiva, que não me valem de nada.

Estes tijolos são feitos de pensamentos,
Com teias de aranhas e bichos peçonhentos.
Um sentido de nojo, ao ver meus passos plantados
E um sentido de vida, que escapa sem querer...

Vem pedir-se o fazer!
Uma limpeza e uma organização concreta,
De meus cacalhos e também dos "mulambos",
Como sair da mortalha? Jogue-me a capa!

Inverdades são o que creio ser... Sozinha.
E naquela hora que desespero por me sentir algemada
Em tantas suposições que não deram em nada
E busco no carcereiro alguma resposta...

Ele só me diz: Cresça!
Assuma suas responsabilidades.
Não posso fazer nada,
Se por você, nada fazes...

Mas quando a madrugada é mais escura
E o frio se converte em arrepio e calor,
O mesmo carcereiro me sorri com desdém,
Me dando apenas o que me convém:

Nem mais, nem tanto,
Apenas uma presença inquietante e impulsionadora...
Quero a chave, o mapa, o barco,
E ele só aponta-me o caminho. Nada mais.

Fico possessa. Dou o melhor dos meus sonhos coloridos
E um ouvido tão tuberculoso para entender suas entranhas,
Mas ele me dá apenas racionalidade, e pragmatismo.
Dane-se! Não vê que estou em um abismo?

Ele não se importa. Permanece em seu posto
Me mostrando que a chave está em meu bolso.
Como? Isto é mentira!
Estou presa. Estou sozinha...

Ele ri alto, como que me cortando com a realidade nebulosa
E lá fora a neblina me fere os olhos
Minha respiração curta, tão ofegante,
No sentindo desta fobia enclausurante: EU!

Tem veneno do seu lado! Diz-me o carcereiro.
O veneno da apatia. Preguiça! Comodismo. MEDO!
Acha que vou lhe esperar lá fora
E te levar para passar dias em minha cabana? Não.

Merda! O que busco/buscava,
Apenas um princípio que ativasse
A minha mediocridade passiva,
E me desse algum empurrão, um sopro pra vida.

Ele olha nos meus olhos,
Depois o relógio como quem me diz, acabou.
Fico aturdida, claustrofóbica
Só em pensar em minha liberdade, em tomar posse da minha vida!

Minha querida.
Fui teu Mestre, e vim aqui
Só pra te fazer esquecer
Do que sempre haverá de lembrar: Você!

Que queres me dizer
Com toda esta dubiedade?
Meras palavras que aquecem meu corpo
E o vazio de minha solidão perene?

Mente. Você mente.
Ele me diz que esteve sempre presente,
Como carcereiro pois é o que precisava.
E diz: Não te darei liberdade. Só você poderá libertar sua alma...

Que cilada.
Penso na forca.
Penso que é melhor ver jorrar meu sangue
Unindo-me aos meus inquisidores cruéis.

Meu carcereiro mestre grita:
São só anéis!
Eles ficam, também ficarei
Tome esta rota e não olhe pra trás. Acabou seu tempo."
(Continua...)




segunda-feira, 18 de julho de 2011

Poesia começo d julho... Por Carmen L.

"Eu me deleito, e me esquivo
Sou o medo, o improsivo.
Sou eclética, sou quimera,
Sou a dor, e sou poeta.

Me desmereço, me desanimo.
Reafirmo, e confio.
Mudo céus, terra em transe.
Sou a tela que se constrange.

Sou um rio, sem água;
Sou desafio, e mais estrada.
Sou dúvida, e confiança.
Sou a fé. E a bonança.

E de ser sem ser
Caminhar pra quê?
Já não importa a chegada,
Quero sentir a cavalgada.

E de mares, maremotos,
Turbilhão em meu ser devaneio...
Calafrios e tantos frio,
Receio. Conserto: Concerto...

Quem eu sou se não vou?
E amor que não flora...
Devora: Solidão e duras madrugadas.
Crua. Minha verdade nua. Quero despir minh'alma...

Chega de nostalgia. Cadê a luz do dia?
Se me incomoda sol e claridade,
A fulga me diz, eis uma covarde!
Então não sou folha seca? Das cinzas eis a fênix: Apareça!

E do cruel embate com alma escarlate,
É sangue nos olhos, lágrimas e sofreguidão.
Isto não diz quem sou,
Pois sou mais amor. Quero paz: Comunhão.

Minha mão em sua mão é gesto do infinito.
Quando amigos se reencontram
E este diz: "Na Interner, vi seus versos bonitos"...
Uma massagem no ego, no meu céu em desalinho.

Se tristeza bate,
E crueldade nos meus,
Estrada incerta, até deserta
Mas meu amigo diz-me: és poeta!

Então por mais um dia
Uma força me chama pra vida.
Se duras as pedras? Roteiro e peças!
Lembrei-me: Sou poeta, sou poeta.

E poeta alegre
É enredo que redime.
E poeta triste,
Alento que ressuscita-me!

Nem tudo é dor,
Tantas alegrias.
Por tudo escrevo EU SOU!
Eis a vida! Intrépida, quimera, agonia...

Mar de pétalas
Flores que sangram.
Bastardos que perseguem,
Lições pra outras vidas.

Árvores secas: Inveja de "Caim".
Lágrimas em meus olhos
Irrigam minha solidão.
A procissão segue. Carrego a cruz, com o coração.

Espinhos, quais espinhos ferem nossos caminhos?
Qual a roupa que não serve mais?
Qual a situação que não se sustenta?
Qual a sentença que me fornecerá paz?

Já paguei meu castigo,
Já sofri por meus inimigos.
Já corri. Já levantei.
E perdoar? Será que perdoei?

Vejo o mar. Gelado a me envolver.
Sem calar, vou me refazer;
Dizer ainda soluçando,
E não me queixar. Estou desabafando...

Desabando,
E me encontrando.
Pedindo um rosto,
Que me cale a ousadia. De ser poeta sozinha!

Já vou indo
Chorando, ou sorrindo,
Me doando, me extinguindo,
Renascendo. Ocaso sereno; o céu já está se abrindo.

Eis o amor. Que me pede confronto.
Com temores, e escuro.
Ausência de luz?
Descortino o infinito.

Coincidências.
Deuscidências. Amigo.
Que me lembra: Tu és uma boa poeta.
Então, por que me contrario?

Esta casa, esta família
Não é quem sou!
Mais amor e poesia.
O que é presente, já passou.

Sigo meu caminho.
Sorrindo, não mais chorando
Antes me emocionando.
A estrada é segundo. A vida é eterna. Mas sempre se renovando.

Esta realidade é piscar de olhos.
E preciso reter a gratidão.
A poesia é extensão...
Não passei neste mundo em vão. Qualquer pecado, não será por omissão!

E sou passarinho
Nesta viagem de encontro comigo.
Viajando neste espaço finito,
E me reintegrando. Alma, eterna alma...

Se o ontem foi desalinho.
Se o irmão é egoísta,
Quem sou eu pra me queixar da vida?
Escrevo, isto é minha terapia...

Se colhemos o que plantamos,
Ele plantando limão, colherá tomate?
Já plantei ressentimento,
Só quero hoje semear minha liberdade...

Deixe a terra seca com os cegos.
Deixe a moenda com os parasitas.
Quando se nasce borboleta,
Chega hora que o casulo asfixia.

Me dêem ar, me ofereçam mar.
Amar. Perdoar às vezes é calar
E deixar passar.
Se retenho o que não tenho, como irei velejar em novos tempos?

É sinal de um novo recomeço,
Sou letra e profusão.
Sou esta letra que revela,
Sou a vela que queima, qual meu coração...

E se o tempo é breve
Por que da injúria fazer tempestade?
Ventos que não colhemos
Não nos abatem.

Tempo.
Qual o tempo de ser colorida?
Voar qual borboleta
Sem temer a vida?

Escrever por paixão,
Perdoar pra seguir.
Aos meus amigos, o coração.
Aos inimigos, estes terão o porvir.

Se planto semente de novos tempos
O passado, é só um livro fechado.
Abro meus versos,
E abraço novos dias, serenados...

Pedras já não ferem
Flores são perfumadas.
Madrugadas são rimas
E dias são inteiros, viverei-os com toda a alma!

Sem medo,
Sem dor.
Mais amor...
Mar. Lar. "Dos cegos do castelo, me despeço e vou!"

O que passou, passado.
O que ficou? Retratos.
Sou ínfima; seguir pra sorrir.
Sou intensa; escrever pra poder dizer: Resisti!

Analogia com a letra, registro assim:
Se chorei,
Se sorri.
O importante é que emoções 'escrevi'!"

(Por Carmen Ligia, em 04/07/2011;
mais ou menos 02hrs45min da madru)!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Comentário acerca da causa do facebook... Sergipe II

A causa que foi postado no facebook, com o link http://www.causes.com/causes/603746-marcas-do-que-se-foi-contra-o-descaso-com-as-escolas-de-samba-na-cidade-de-itabaianinha/about
teve uma repercussão pequena, visto a falta de experiência com esta ferramenta, e com a respectiva divulgação que seria necessária para maior alcance.

Cremos que o tema foi pertinente, visto a necessidade de estimular-se a identidade do povo, e seus traços culturais, que no caso de Itabaianinha está se perdendo, por falta de incentivo do poder público. A prefeitura de Itabaianinha privilegia blocos particulares, com cordão de isolamento, privatizando uma festa popular, o carnaval, que usa o espaço público, que é de todo o povo.

Semana passada "estourou" a revelação de um escândalo, envolvendo grande desvio de verba, por parte do filho do prefeito de Itabaianinha, a partir de licitações fraudulentas. O prefeito, Joaldo da Laranjeira, como é conhecido, deixava a administração a cargo deste filho, em muitos casos preferindo ficar em sua fazendo do que ir à prefeitura. Este alto desvio de verbas públicas está sendo investigado pela Polícia Federal.

Em nosso facebook citamos:

"Mostremos o descaso com a cultura popular, privilegiando a importação do gênero baiano, em detrimento das manifestações populares dos moradores de Itabaianinha. O filho do atual prefeito Joaldo da Laranjeira, é o "responsável" pelo maior bloco carnavalesco da cidade na atualidade, este com venda de abadás, e respectivo cordão de isolamento - que começou a ser usado neste mesmo bloco".

Ora, se ele desvia verbas do povo, quiçá da saúde, tal administardor poderia estar pensando em cultura e identidade?

Cremos que nossa causa precisaria de mais tempo para divulgação, e um estudo mais aprofundado, no sentido de buscar a História Oral desta manifestação, em uma pesquisa de campo que denotaria mais tempo, que nos foi impossibilitada pelos compromissos com a Universidade.
Precisamos também mostrar fotos das escolas de samba, nesta quase secular tradição.

Importante, na nossa avaliação, foi dar um início a esta questão sobre o patrimônio imaterial da cidade de Itabaianinha, município da região centro-sul de Sergipe. A única cidade que ainda têm escola de samba em nosso estado, com a provável condição de não sair às ruas no próximo ano, por falta de apoio financeiro, a priori, e de uma política educacional que valorize as tradições culturais do povo de Itabaianinha. Acreditamos que a semente está lançada, e por si só, já é de grande valia.

Quem sabe um alerta a sociedade, para repensar os políticos que dirigem os destinos de seus cidadãos, que desviam verba para enriquecimento próprio, tirando do povo a saúde, a educação, a dignidade e a cultura.

Assim, esta causa no facebook não é mera causa. Uma singela luta. Para com esta semente refletirmos as ervas daninhas que estão na administração pública da grande cidade de anões, com seus pequenos políticos que buscam enriquecimento com o dinheiro público; cidade a qual tenho sincero apreço por ser o berço da minha família.

Carmen Ligia.

domingo, 12 de junho de 2011

E no facebook... Um nome???

Maércio Santana
Parabéns à poetisa Carmem Lígia Vila Nova pelo seu aniversário.

(...)

Marcos Barbosa
Carmem Lígia Vila Nova, nome artístico de Jandira Pinto Só pode, ou esse Maércio esta muito chiq e cult e soft e... deixa p lá. kkkkkkkk

(...)

Maércio Santana
Meu Deus! Ki povo! Carmen Ligia, manisfeste-se!

(...)

Carmen Ligia
rs... Oh Maércio, me manifestar? Bem, meu nome é Carmen Ligia Vila Nova Santos, Santos é de meu pai! Se é chiq, cult? Que importa? Quem faz um nome é a pessoa! Poesias minhas em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/ ABRAÇÃO MAÉRCIO, te amoooooooo muito.

...................................................................................

Um nome
Meu nome?
Artístico?
Piegas?
Soft?
Cult? Chiq...

Por favor
És um nombre...
Não quem sou,
Reprentação.
E quem sou?
Não. Sim. Universo em transição.

Um nome.
Que minha mãe não me deu!
Ela é Ligia,
Então a obstetra falou:
Não sabes um nome pra tua filha?
Que tal, Carmen Ligia? Então ficou!

O Vila
O Nova
E Santos
Para criar um nome tamanho,
Que me deu trabalho nas primeiras letras,
E se isto bastou?

Nem sempre...
Pois tenho uma irmã chamada Carla
E minha mãe às vezes confude estes nomes:
A Carla chama de Carmen
E hoje ao acordar,
Me chamou de Carla, acredita?

Reflexões sobre um nome
Meu nome.
Só nome.
Nome?
Qual nome?
Quero a sentimentalidade, a poesia que consome...

Que não se resume em meus versos
Ou se cristaliza em meu nome
Uma artista? Errante...
Buscando essência no infame
Na vida caótica deste estar
E quero ser, profusa tal o mar!

Não "um nome" aos olhos do mundo,
Quero ser
O que sou,
Sem saber quem eu sou
E para onde vou?
Um nome não sonha... Por isso, eu vôo!

(CARMEN LIGIA VILA NOVA... Carmencita!)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Meu aniversário...



Hoje é meu aniversário.
Sim.
Hj!

30 anos.
30.
Desenganos.
Algumas alegrias...
E desencontros.
Nostalgias.

O que escrever?
Alguns amigos, colegas, me desejaram felicidades,
através do orkut e facebook.
O Maércio ligou à pouco...
Lágrimas rolaram...

Outros me ligaram.
Mas não estava perto do celular.
Na verdade, quero um pouco me isolar;
Só mais um pouco:
Estou gripada,
E um tanto deprimida,
Ao fazer 30, e ser quase nada!
(Se somos o que temos, então,
sou "nada"!?)

O emprego que não tenho.
A faculdade que se estende.
O amor que não chegou,
Mas perdi um grande amor no passado...
(E outros que não soube que era amor,
também fazem parte do passado!)

Se não me amo, quem me entende?
Um Deus, que peço saída...
Desta casa... Uma saída:
Minha independência, minha casa,
seguindo uma nova vida...

Ninguém aqui em casa lembrou do meu aniversário.
Ninguém!
Meu pai não ligou.
"Acho" que também esqueceu.

E lembro, de tantas vezes,
que fiz um "bolinho" aos meus irmãos mais novos,
para poder cantar os "parabéns":
J. tem 20 anos,
C. tem 19,
E. tem 17.

E de todos estes manos, mais novos,
hj adultos, o mais novo dia 12 de julho já
será maior de idade...
NENHUM lembrou deste meu aniversário.
Nunca fizeram um bolinho pra mim,
ou me deram um cartãozinho...

Às vezes, quando temos irmãos mais novos
que agradamos,
há uma vã esperança de uma futura lembrança,
um mimo, no dia do nosso aniversário...

Ilusão.

O João me ligou a pouco;
Disse-lhe: Ninguém aqui em casa
lembrou do meu aniversário.
O mesmo pediu para não ficar triste,
pois tenho muitos amigos...
(Outro ligou, agora).

Amigos... Os irmãos que escolhemos?

O sangue é genética, e muitas vezes
não é prova de carinho.

Porque se estivesse hoje, em minha casa, faria
o meu bolinho... Sim, e chamaria estes amigos,
que me fazem crer que na vida, há um sentido:
Não apagar velas, completar anos, mas dar vida
à dias especiais, abraçando a quem amamos!

30 anos...
E como fazer para que outros anos tenham vida,
alegrias e sentido mais profícuo?

Esquecer os desenganos...
E família?
Quem sabe um dia eu construa a minha...
Com aniversários, folia,
e abraços sem tamanho..................

(Carmen Ligia; agora 18hr53min deste 9 de junho...

Muito bom o vídeo; adoro esta música! Uma bela homenagem ao amor...

terça-feira, 7 de junho de 2011

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9 comentários absurdos sobre ciência e tecnologia
Redação Super 2 de junho de 2011

Por Tânia Vinhas
Colaboração para a SUPERINTERESSANTE

A maior parte de nós sabe que a Ciência e a Tecnologia evoluem a passos largos todos os dias. A parafernália tecnológica ao seu redor não nos deixa mentir. No entanto, sempre aparece um cético cabeça-dura por aí que cisma que as coisas não vão dar certo e que a próxima invenção tecnológica revolucionária não vai vingar.

Confira a seguir uma das frases memoráveis e até aplaudidas na época que acabaram virando "bobagem", ou melhor, pérolas para as gerações seguintes, esta é uma delas:


“O cinema é só um pouco mais que uma moda passageira. É drama enlatado. O que a audiência realmente quer é ver carne e sangue no palco” – por mais incrível que pareça, a citação é de Charlie Chaplin, feita em 1916. Na época, ele mal podia imaginar que em muito pouco tempo a indústria cinematográfica viria a ser tão bilionária e competitiva – em 2009, o lucro mundial do cinema foi de 29,2 bilhões de dólares. Enquanto isto, o teatro foi deixado na categoria “diversão para poucos”.

Confira na íntegra no link acima!

Att,

Carmen.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo - O Negro em Sergipe

Neste resumo vamos enfatizar alguns aspectos da escravidão negra em Sergipe; como auxílio utilizaremos o material* elaborado pelo Profº Lindivaldo, Doutor em História, e professor da Universidade Federal de Sergipe.

O texto começa com uma frase do Padre Antônio Vieira, que em síntese esclarece a necessidade de mão de obra nos engenhos; este dizia que a solução permanente seria "quando entrassem com força, escravos de Angola".

Esta frase deixa claro a perspectiva da escravidão como utilitária ao progresso, reforçada por intelectuais, como Penalves Rocha; segundo este a existência da escravidão era reconhecida como um elemento natural nas sociedades, desde a Antiguidade.

Este discurso favorecia o olhar "superior" dos senhores de engenhos sobre "suas peças", ou seja, seus escravos, vistos como objetos, não tendo estes os direitos que outros indivíduos na sociedade possuíam. O Pelourinho, símbolo de ordem e poder, era um lugar de disciplina, público, e que servia para "dar exemplos". Cloves Moura, ao citar Vieira Fazenda, mostra-nos este simbolismo; Fazenda dizia que o Pelourinho "representava a autonomia do município e simbolizava que no lugar se fazia justiça, em nome do rei".

Mas em relação ao tratamento que os escravos recebiam, há relatos que aqui em Sergipe era melhor que em outras regiões nordestinas, segundo registo de Dom Marcos de Souza. Isto porque era uma mercadoria cara - era preciso não exagerar em castigos, para não "se perder" o escravo.

Ainda assim a participação do negro na sociedade sofria grandes restrições, mesmo para os libertos. Não podiam estudar, mesmo participar da Igreja, com suas exceções. Existe até mesmo uma carta régia de 03 de março de 1696, proibindo as mulheres negras de usarem vestidos de seda, artigos de luxo, ouro e prata. Mas estas inventaram sua moda peculiar, como hoje se inventa: apesar de diferenças socio-econômicas na sociedade atual, os moradores de classes menos favorecidas fazem sua própria moda.

Os escravos negros de Sergipe normalmente vinham da Bahia, e ficaram concentrados principalmente na região da Cotinguiba (nos engenhos). Saibamos que houveram rebeliões, fugas, mocambos (pequenos grupos de escravos fugidos); estes quilombolas eram difíceis de serem capturados, dado a velocidade de fuga, usando até mesmo cavalos.

Eis um resumo suscinto sobre a escravidão negra no estado de Sergipe.
(Carmen Ligia - Sergipe II - UFS).
*Material do Profº Lindivaldo - Cesad.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Deixem que eu descanse! (Poesia por Carmen Ligia)



Escrevi estes versos no celular, já "querendo" ir dormir... Mas quando os versos querem falar... Ai de mim... (rs) E ainda tive que postar...

"De tudo faço versos,
De tudo faço poesias;
E do meu inverso,
Minha maior rima!

Ao desatento, tempo...
Ao conhecedor, silencio.
Escrevendo o tempo se rompe,
Em meu descontente "ostracismo" - meu maior desafio.

Porém escrevo por ser poeta,
Não pela fama mas pela pena!
Meu devaneio, "realidade" que submerge,
E até me condena.

Também me completa; me constrange mas purifica!
Poesia em mim, sina e transe:
Toco Deus,
E carrego fardo com alma mais leve, até submissa...

Olhos não me veem,
E quando enfim despertos,
Eu "já fui"? Liberta-me Senhor!
Pecados já estou pagando, então me reconduza, por favor:

E assim, havendo outra,
Me dê mais sono, e poucas letras.
Que eu seja pastorinha,
Vida simples a passar...

"Pastar" em rimas,
Eis minha sina.
Mas noutra vida,
Deus haverá de me poupar!

Quase 5 da matina,
Uns chamam de dom.
Poesia é amante sedento; quer reproduzir!
Ai de mim... Tanto furor, e torpor...

Versos sobre tudo,
Meu paradoxo infame.
Versos infinitos, possessivos e "mui amigos",
Mas deixem que eu descanse!"

(Carmen Ligia, em 02 de maio/2011, quase 5 horas da manhã!!!)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Flecha - Estrada - Nova caminhada... (Por Carmen Ligia)



Flecha – Estrada – Nova caminhada...
(Por Carmen Ligia).

“Flecha...
Pausa!
Pedra.
Estrada...

Espinhos,
E flores;
Descaminhos,
Horrores.

Sol e sol e tanta chuva...
Música sem letra e som!
Norte que anuncia lua...
Sul que me dará, o tom.

Medos, disfarces.
Rua, escarlate...
Frios, e febres.
Sonhos me emudecem...

Milhas-fantasias,
Rio é regresso ao eu!
Nunca em dois banhos sou a mesma
Mas o rio, sempre rio, e vou pra Deus!

Mutante! Andarilha...
Cubro o mundo de poesias.
Corte, no pulso esquerdo
É que sangra coração-devaneio!

Feita de fina carne
Alma azul.
Céu é cinza...
Pinto meu calafrio, descortino meu vazio...

Sinto, e temo
Choro, e gemo.
Ando, vacilo
Vôo no infinito...

Terra molhada
Em ínfimas esperanças;
Danço, em transe
Transo romances...

Quem sou eu, se sou só eu?
Quem é mar, se busco o oceano meu?
Quem de disfarces, não diz pra que veio
Eu só vim, pra ser devaneio...

Parto, e fico
Passagem; é bonito
Ver mutações,
Meu ser clama revoluções.

Corte o frio do medo
Seja você!
Largue teu preconceito,
Não conceitue quem tu és... Pra quê?

Somos tantos, em um
Somos infinito no cósmico blue...
Somos pequenos, e tão imensos
Grão de areia, poeira ao vento.

Amor... O amor pode nos elevar,
Descobrir quem somos pra não vegetar.
Se exalte, seja quem tu és!
O mundo não é teu espelho, mas seu mundo pode ser exemplo:

Exemplo de dignidade
Mesmo com covardia,
Exemplo de moralidade,
Realizando fantasias;

Exemplo de preservação
Mas não de omissão,
Exemplo de superação,
Não de negação!

Seja você, custe o custar!
Derrube suas muralhas
Mergulhe no seu mar!
Seja quem és, autêntico e sonhador; não se perca, no torpor...

Estradas, esta é só mais uma
Eternidade, de cada dia.
Blasfeme a incongruência, mas ajoelhe no seu altar
Você em Deus, este pode nos libertar...

O Deus de seu entendimento, um Deus que nos eleva
Aceita nossos erros, e mostra a estrada certa.
Não importa o caminho, importante é caminhar,
Nossos desvios, só servem para nos revelar:

Olhe sua alma, com espelhos verdadeiros,
Quebre orgulho, vença seus próprios medos.
Atravesse a ponte, existem rosas em todo lugar,
Se fira em espinhos, sangrando a gente ressuscitará!

Não seja fantoche, a terra está em transe!
Ande, ande, por favor, se levante.
Olhe o mundo, ele é tão imenso...
Não é cor do dinheiro, queira desfrutar o mesmo.

Ajude a si, e estenda a mão pra seu irmão,
Aceitando quem tu és, viveremos em comunhão.
Não atire pedras, distribua sorrisos
Olhe o mar, e venha ser feliz comigo.

Somos amigos, quem é você?
Este poema é só pra nos enaltecer...
Não sangre, apenas por sangrar,
A ferida está cicatrizando, aprenda a se valorizar...

Minha amiga, tu és flor de maio, quer viver a vida;
A vida é tudo, é submundo, idílio profundo:
Noites de dores, muitos dias de amor,
Cresça com a vida, a lição nunca se acabou!

Voltemos crianças, é tempo de esperança,
Voltemos crianças, é tempo de olhar o céu.
Dancemos crianças, tirem logo este véu,
Sejam sinceros, respeite o outro dando amor sincero, sem fel...

Amemos a nós, com defeitos e qualidades,
Realizem sonhos, fantasiando com quem lhe for amor...
Não se prendam as regras, convivamos com elas
Ética é viver, buscando flores em cada alvorecer.

Tristes caminhos, espinhos e flechas...
Balas perdidas, fome e tanta miséria...
Sonho, quais sonhos, poderemos juntos realizar?
Sejamos um consciente coletivo, vamos ver o mar! AMAR...”

(Carmen Ligia Vila Nova Santos, em 26/04/2011; terminei agora, 16h36min).

Flecha - Estrada - Nova caminhada... (Por Carmen Ligia)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quanta poesia... Uma piadinha, he, he!



QUERO AMÁ-LA, OU MELHOR QUERO AMAR-TE...

Amar é...

O marido, ao chegar em casa no final da noite diz à mulher que já estava deitada:

- Querida, eu quero amá-la.

A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:

- A mala... Ah não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.

- Não é isso querida, hoje vou amar-te!!

- Por mim, você pode ir até Júpiter, até Saturno e até à p. que o pariu, desde que me deixe dormir em paz...

[[[QUANTA POESIA...

(Autor Desconhecido).

Versos-pensamentos (Por Carmen Ligia)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Por Victor Hugo

"(...) os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace."

Convite Sociedade Semear - HOMOFOBIA EM DEBATE EM BUSCA DE SOLUÇÕES - Próxima terça, 26 de abril - 18:30 às 22:00



Exposição "Homofobia em Cartaz" e palestra com Prof. Luiz Mott (UFBA/GGB),
prof. Marcelo Domingos (FAC.AGES/BA)
e delegado Mário Leony.
Abertura do evento com o Secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania de Sergipe, Iran Barbosa.

EVENTO ABERTO AO PÚBLICO.

Sociedade Semear
Rua Vila Cristina - 148
Aracaju- SE


Link no facebook:
http://www.facebook.com/event.php?eid=215370141809504

Versos-pensamentos (Por Carmen Ligia)

Versos-pensamentos (Por mim mesma...)

"Queria eu que a realidade nos contemplasse,
Em algum ponto do real incogniscível;
Mas na realidade, você distante,
Em um mundo só seu.
Eu estou no meu,
Tentando agradar meus desenganos,
Ou me deixando amar,
Mas como amar, o que não é o objeto amado?"


"A vida é a arte do encontro. Embora haja tantos desencontros pela vida".
(Vinicius de Moraes).

sábado, 16 de abril de 2011

Consciente, coletivo! (Por Carmen Ligia)



"Fugir, de mim, não dá!
Melhor me entregar
Ao melhor que existe em mim,
E ao meu lado “sombra”: Assim o sol vai raiar, enfim...

Esconder-me, de mim mesma, pra quê?
Melhor pertencer, me doar, pra não fenecer.
“Rolar” nos abraços do infinito,
Procurar O ombro amante-amigo; que pese, e que me eleve ao paraíso...

Fechar-me, no quarto, pra quê?
Lá fora o céu é cinza, preparando-se para chover...
Mas ele brilha, brilha a valer!
Céu de abril, pra abrir o meu ser...

Não vejo dia um tanto frio, já não me sinto O vazio,
Sinto-me a mil! Já não é euforia
Depressão, e isolamento.
Vento forte, imenso, que sacode meus sonhos, e me faz ver o firmamento.

Já são quase 17 com sabor de eternidade,
Nesta mesma efemeridade, jogo véus, ao léu.
Me desarranjo; não me estranho, nem me engano.
Me aceitando, vejo que sou um ser, só um ser, HUMANO!

Os erros são ensaios promissores,
Os amores, que me deixaram em pedaços
Me deram insights e roteiros deliciosos.
Nada foi em vão, acaso foi sorte. Azar? Rendição.

E hoje já não há omissão.
A janela do quarto não tem cortinas,
Eu já entreguei as cartas, não guardo coringa;
Já não me interessa ganhar... Quero sentir o ar, a verdadeira VIDA!

Interessa-me ser, eu mesma,
E ter, será consequencia!
As viagens que virão, este amor que vai chegar,
Então já contemplo o mar, ainda que da janela deste 6º andar...

E me aceito com defeitos imensos, também qualidades infinitas...
Amigos que chegam, muitos que ficaram,
Mundo que gira,
Nada acabado, concreto: Meu ser DESPERTO! Libertado.

E tudo que se vai, mais um dia,
E texto do livro de Goff que li,
Viagens ao centro de mim,
Pra sair, respirar; sorrir, e ser feliz.

E não na transitoriedade de momentos eficazes, alegres, e fugazes;
Não! Felicidade perene. Aceitar que sou deste tipo de gente:
Autêntica. Poeta. Irrequieta. Sonhadora; Propulsora...
E me revolvo em mim, vejo que existem mil escolhas

Mas só um caminho:
Me aceitar, em meu desalinho,
Sorrir, e chorar, mesmo que não faça sentido.
Celebrar o dom da vida, pois esta sim, sempre faz sentido...

Aconteça o que acontecer,
Será o que tiver de ser,
E sou o que sou,
Sem máscaras, sem palavras coerentes, falhas! Vou...

E ainda coerente, dando gargalhadas...
Rio de mim mesma.
Sou rio que transborda,
E transporta, o que em mim é essência:

Pecadora, Santa, Mágica, In - sana.
Filha de Deus, imperfeita, buscando alguma melhoria “santa”;
Mas hoje não é qualquer dia,
Hoje é dia de ser quem sou:

Incongruência de sentidos,
Mil sentidos, e muitos sentimentos.
Alguns falhos, tantos reprimidos.
Mas pra quê reprimi-los?

Aceitar meu lado “sombra “,
Saindo do abismo que é O ser robô.
Quero ser amor,
Amor em transe, amor que dance, amor que cante... Até o dissabor!

Amor que seja poesia,
E me amando deste jeitinho que sou:
Poeta, Inversa, Atrevida!
Abro a janela do meu peito: É tão cedo ainda...

Lá fora?
Festa, poesia...
Vida que nunca se esgota, fé que prenuncia:
Amar a Deus, ao meu eu, e a vida infinita.

E quero ser tudo:
A dor, o amor, o despudor, e o sentido do sagrado!
O peito que recolhe flores
E se fere em espinhos; mas não deixa de buscar jardins em suspensão, sentindo calafrios.

Em expansão, viajando...
Minha mão em sua mão,
Amiga, Amigo,
Eis revolução; TUDO JÁ FAZ SENTIDO!

Faremos uma sinergia, de novos dias que contagiam:
Um “consciente coletivo”, pleno de amor, fé e magia!
Sem querelas, sem medos. Seja, você mesmo
E acreditemos no sol de cada novo dia;

Mesmo que encoberto por nuvens
Vento que açoita:
Desalinho, é moda
E mergulhar, refresca a alma.

Seja caçador de fantasias.
Pegue o anzol, e busque seu peixe.
Mas se mexa! Respeite a vida, a diferença
Aceitando suas diferenças; elas podem conviver em harmonia!

E para isto, sejamos yin e yang infindo
Sejamos plácidos, e expressivos,
Sejamos ousados e pacientes,
Sejamos os dois lados da moeda: Isto é ser gente.

E se aumento esta narrativa,
É só pra dizer que vale a pena ser GENTE!
Então VIVA! Acorde...
De você não poderás ser ausente, senão ficarás "doente".

Então tente, tente...
Sair das mazelas desta “Matrix” alienada.
Seja criança, gente grande
E em transe consciente, encontrarás sua estrada, SAGRADA.

Tu és Sol e Lua.
Tu és bondade e delírio.
Mas você não é fantoche...
Nós somos o paraíso perdido.

Em nosso ser o domínio!
Em nossa carne, transmutação;
Na sua mão, seu destino.
Em seu coração, sua NAÇÃO!"

(Carmen Ligia, em 16/4/11; terminei 17hr24min).

Li artigo do livro de Le Goff & Pierre Nora, "História: Novos Objetos" in "O Corpo", pp. 141 à 159; Texto de Jaccques Revel e Jean-Pierre Peter - Janeiro de 1972 [Depois transcrevo aqui o resumo que fiz; estas são leituras para minha monografia].

"Sem Limites" AMOR by Lilian Poesias & Célia Jardim

Poesia de Negativas (Por Carmen Ligia)



"Não quero ser anjo, ou demônio.
Quero ser sentido vago, disperso, abstrato,
Ainda que paupável;
Porém real, e também surreal.

Não quero sacralizações, omissões,
Piedades infindas, e lugar no altar.
Não. Antes qualquer lugar:
No chão, na relva, no mar; sair da rotina e nos exaltar.

Não posso lhe dar quase perfeição,
Quadros poéticos, sonhos encantados;
Posso lhe dar amor sincero,
E pelo prazer, nos faremos, sagrados...

Não, de negativas não sou,
Ou de perspectivas altruístas;
Madalena arrependida, não sou,
Mas quero abrasar no calor de intenso amor, submissa.

Quero um colo, aconchego, "chamego" verdadeiro;
Noites de amor, conversas, amizade-sincronicidade.
Mas Arcanjo, anjo, não sou.
Serei amor-amante, de verdade; sem quaisquer disfarces!

Então me enlace; seja sereno e dono, Senhor de si;
Me envolva no amor em transe, constante e incessante...
Deixa ao passado seus melhores dias,
Mas em novos dias, posso ser amiga-amante: Monalisa. Afrodite... Poesia!"

(Carmen Ligia).