sábado, 22 de janeiro de 2011

Diante de tanto caos no Rio, meu amigo Sérgio diminui e mails...

Sérgio é um amigo carioca que reside em Juiz de Fora. Nestes dias ele reduziu
drasticamente os e mails que me envia, sempre com mensagens no Powerpoint emocionantes, etc. Não sei se houve alguma perda familiar do mesmo. O silêncio angustia. Mandei e mail pra ele a pouco, e parte deste encorajamento que tentei passar, repasso aqui pra vocês, que porventura estejam passando por qualquer adversidade. Encare com fé. Encare como são: desafios!

Que esta suscinta mensagem seja bálsamo, encorajamento, semente de fé. E se alguém que conheçam precise de tal incentivo, mande estas singelas palavras. Deus é este poder que transforma - independente da religião que se professe, o Deus é o mesmo!
E cabe a cada um de nós pedir ajuda a este Pai maravilhoso, que não nos abandona jamais.


"Olá Sergio
Como está?
Percebi q nestes dias não me enviou e mails...
Anda ocupado? E tanta chuva por aí...
Os seus (familiares), tudo em ordem?

No mais desejo que qualquer adversidade só
te faça lembrar o quanto tu és iluminado,
na missão de doar-se sem medida,
e DEUS, que é Pai de Infinita bondade
e sabedoria, não vai te abandonar,
jamais.

Beijo desta amiga
que lhe tem em ALTA estima,
sempre e mais...
Carmen Ligia.


"Se perdeu alguém, não se perca no caminho.
Se perdeu alguma coisa, tudo haverá de ser reerguido.
Mas não se perca! Pois tu és fortaleza,
Porque Deus lhe manterá firme sobre os montes...
Jesus lhe dá a luz de cada dia,
Eterna vida,
Doação é paz:
ACREDITE. E siga,
Desistir? Jamais"!

(Carmen Ligia)"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Olá amigos, blogueiros de plantão...

Senti que havia colocado fotos demais aqui junto aos 9 poemas que publiquei. As tirei; vou colocar algumas em uma página à parte.

Amo fotografia, ainda mais quando vemos mais que uma imagem, e captamos alguns sentimentos. Naquele instante efêmero, a foto é quase uma eternidade. Quase; depende das condições em que as guardamos.

Sinto falta da câmera que eu tinha, e não era digital. Tinha até uma manivela, rs.

Pois é, em certo dia pedi pra Glorinha segurar. Tinha por volta de 18 anos... Mas a Glorinha, deixou molhar com água do rio, salgada. Aqui encontro do rio com o mar, na Atalaia Nova. Não é preciso dizer que a máquina deixou de funcionar.

Tive algumas outras, mas já acopladas em celular. Gostaria de pegar algumas que tirei nesta era digital e colocá-las em papel fotográfico. Depois reuní-las em álbuns que era meu grande prazer da adolescência.

É vero; olhei ontem minha madrugada. Não quis me estender aqui no computador, para poder dormir (um pouco) mais cedo. Olhei meu som; olhei este notebook. E lembrei da juventude... Não havia um som com cd's, ou um computador para distrair (ou 'me tirar de tempo'). Lia muitos livros, dormia por volta de onze horas. Adorava ver filmes. E a vida parecia ser bem mais feliz. Útil.

Os dias rendiam! Vá entender... Quando a gente sai de órbita, como voltar a fazer as coisas de forma mais coerente, que nos dê a impressão que está tudo bem? Ou que tudo vai melhorar? Aquela fé irritante de Cândido ou O Otimismo (de Voltaire), era um anseio do seu tempo, e dos corações que viam na modernidade o tão esperado elixir da vida. E pra mim, esta modernidade não dá felicidade. Afasta pessoas.

Antes tinha mais amigos, mais livros. Modernidade que me fez feliz foi aquela câmera com manivela e filme, em que registrei o melhor de mim, que não volta. E o presente? Sinto como uma ausência de mim mesma. E dias que parecem sempre iguais... Decerto o que me falta é uma câmera (hoje digital, né?), para registrar estes momentos vividos, ainda que falte aquela expressão de VIDA, vida em abundância com muita esperança no porvir!

Pois é, talvez registrando, se o amanhã me for permitido eu olhe as figuras para ver o quanto de felicidade me cabe AGORA, mas oh seres humanos imperfeitos, que oscilando entre o dia de ontem, ou projetando o futuro, deixam de perceber a imensidão de possibilidades desta tarde, desta hora, destes melhores momentos... O melhor que nenhuma imagem pode captar, pois segundos, ainda que não tão intensamentes vividos, é história que faz parte de nossa história, e creio, não caberia em qualquer fotografia, ou mesmo livro.

Alguma pintura pode lembrar, uma foto pode emocionar. Mas a sua, a minha melhor hora, às vezes é a pior hora, pois é nessa exata fração que vemos: O melhor aprendizado está no agora! Eu achei que aquele momento de juventude era caos (rsrs). E não foi. Antes idílio. E tanto aprendizado. Meus amigos não eram apenas versos que hoje escrevo, eram também diversas leituras que inflavam meu peito de genuína esperança, e muitos, muitos amigos de carne e osso.

Repito esta palavra para dizer que não adianta só esperar (espera...nça). Antes ação. Pequena que seja, nesta hora, que deve ser a melhor hora porque me pertence.

E fotos foram fatos, mas nossos fatos, não são condesados em fotos, mesmo em melhor papel fotográfico. Idos tempos, algumas fotos que ficaram. E Glorinha, e a Dani, onde andarão? As fotos daquele momento não prestaram porque a máquina foi molhada. Mas guardo em meu coração!

Moral da História: As pessoas que passam em nossas vidas, estas sim, são as fotos que aquecemos em nosso coração... Pra todo o sempre!

(Carmen Ligia).

Uma Reflexão - Por Clarice Lispector


Em Busca Do Outro (Clarice Lispector)

“Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido O Caminho, com letras maiúsculas, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja finalmente, eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.”

(Clarice Lispector)

Fonte: http://lica.spaceblog.com.br/r10703/Clarice-Lispector/5/

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Frase do Dia 19 jan 2011


"Não poderemos ser ninguém,

se não formos nós mesmos."

((Carmen Ligia))
Mais tarde estarei aqui, beijo
no coração de todos...

Das 9 Poesias = Meus amantes, meus amigos (...) que escrevi nesta madrugada, destaco a frase abaixo:


"A vida não é pra ser sentida,
É pra se colocar sentimento nela..."
(Carmen Ligia)

Terminei de colocar fotos agora nos 9 poemas;
fotos do meu Arquivo Pessoal.

Agora aproximadamente 07hr da matina...

'(...) o mundo inteiro acordar, e a gente dormir,

'pro' dia nascer feliz!'

(Trecho música de Cazuza)

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte IX)


9-
“E a vida que segue mansa,
E olhos que sonham ver publicados os meus livros,
Ah meus amigos e amores
Que querem passear de mão em mão...

Tudo bem!
Não sou mais aquela criatura ciumenta
Que guarda versos na gaveta;
Disponibilizo ao infinito, o que é do Homem, o bicho não come,

Mas ficando em gavetas
Certeza que podem chegar traças...
Meus versos são amigos diversos, que querem romper mares
E conhecer novas estradas... Ou seriam entranhas?

Quanto a mim, canso
Cansaço chega,
Agora já são 10 páginas
Nesta rápida brincadeira...

Eu vou indo meus melhores amores...
Vou distribuí-los pelo infinito,
Já sou uma mulher mais madura
Vejo que o ciúme corrói: segredo pra quem escreve é doentio!


Conto em versos, poesias
Que amo a vida e às vezes odeio,
Só pra amá-la mais e ter o que contar,
Pois se na linha reta ficar, pereço!

E se versos ficarem estanques
É semelhante a veneno,
E eu quero é passear com meus grandes amigos,
Eu escriba, eles o vento...

Ó versos, me levem para algum olhar
Que queira ver o contratempo,
Mas também queira ver a esperança,
De quem acredita sempre em um novo tempo!

Não há ser alegre, ou triste
Há quem resiste, e quem entrevista
Há quem conta histórias,
Há quem crê na vida.

Pois quem vem da morte
Mas tem sede de vida,
Quer mais é abraçar a todos
Pra dizer: Acredita!

Há flores no inverno,
Há espinhos na primavera,
A vida não é pra ser sentida,
É pra se colocar sentimento nela...

E chamem versos
E clamem versos,
E acomodem-se na relva de outono
Pois o ser primaveril grita:

Poesia!
De quem sofre e vai à luta,
De quem ri e continua,
Eu vou, já é tarde pra ser ‘normal’...

Não quero a clausura da compostura,
A quietude do sono induzido
Venham estes amigos,
E contem mais algumas linhas

E o sol raiou!
E paz, eu sinto.
Ainda que cansaço
Como é bom ser o que faço, versos amados que se pronunciam.

E este poema não tem fim...
Ai de mim
Só começo:
Livro que me espera; outros que esperam esta companhia

E de tantas palavras, como colocar ponto final?
Então deixo em aberto:
O céu clareou, mais um café será permitido?
Versos queridos, vocês não precisam dormir, eu preciso!”

(***)

(Poesia de Carmen Ligia, escrita na madrugada de 19/jan/2011. Agora são aproximadamente 06hr26min desta manhã, na capital sergipana).

“A vida é para cima e para baixo; a linha reta
no eletrocardiograma é a morte”. (Noked)

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte VIII)

8-
Deus, como posso reclamar se a vida não me deu tesouros?
Afinal, traças roem o que é matéria
E ao que parece, versos se eternizam
Uns não entendem, outros passam adiante o que agora digo.

E comentam:
Conhecem aquela poeta?
Aquela tal de Carmen Ligia,
Que é amante de versos, e não se sente mais sozinha?

Está aí a receita
Daqueles que não estabeleceram contato direto com os versos:
Sejam amantes deles!
Leiam livros, artigos, contos... Jamais sentirão triste solidão de novo."

(Carmen Ligia; poesia que fiz nesta madrugada, 19/jan/2011. Agora aproximadamente 06h22m).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte VII)

7-
“No momento
Vou silenciando,
Pois a noite vai acabando
E vou colocar estes versos pra dormir!

Ai de mim, ainda que em azia
Quero uma xícara de café!
Insônia?
Não, os versos adoram me visitar na madrugada...

Me enlaçam tal amante sedento
Me cobrem de delírios, e rimas envolventes
Me dão tantos presentes,
E êxtases nos meus versos contidos,

E não me traem
Melhores amigos.
Já não me sinto só,
Antes agraciada...

Se Deus me deu tal dom
Ele sabia que antes poetisa
Que suicida
Afinal, tantos solitários não aguentam paredes caladas,

Mas meus versos
Me fazem rir,
Me emocionam
Me calam, e elevam minha alma!”

(Carmen Ligia, em 19/jan/2011; poesia feita nesta madrugada, agora são aproximadamente 06hr14min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte V & VI)

5-
“Sei que é tarde
Sei que a escola não se abre
Pois meu tempo já passou
E se devia ensinar, me retiro. Quando for a hora de chegar, serei eu

Poeta?
Não, uma espera de mundo que pede dinheiro
Meus poemas ainda não renderam
São minha companhia desritmada...

Mas quando valerem algum livro
Em várias estantes
Dando algum sentido
Ao sem sentido de qualquer sobrevivente,

Aí serei gente,
Ainda que seja já semente
O que ficar passem adiante,
Versos são amigos que nos colocam mais conosco,

E valeu a pena só sentir
A verdade que nunca é verdade,
Pois a mentira me convence melhor nesta hora tão alta
Já são quatro e vinte da madrugada...

Interessa que vou ver raiar o dia
E aqui, vivendo poesia
Por favor, entendam que fui o melhor que pude ser
Pois fui tão sincera, que estou com estas palavras desalmadas...

Se antes fosse mais ardilosa
Menos impulsiva,
Estaria dormindo alto
Depois de algum afago, mesmo mentira que faz sonhar...

Mas vocês me foram fiéis
Meus queridos versos, antes tantos papéis
Agora, arquivos
E vocês se avolumam, crescendo esta minha vontade de rimar e brincar com vocês!”


6-
“Talvez se a vida fosse diferente
Vocês fossem ausentes desta tão gostosa rima
E de tudo sofrido, nada perdido
Histórias para contar dão mais ibope quando tem lágrima e sangue!

E meu sangue é quimera
E minha quimera é tão arisca
E minha alegria é só ‘balela’
E o que é sério me desanima...

Olhos voltados para quem serei
Aonde estarei?
Pois preciso estabelecer, um lugar calmo para nós
Meus versos, meu canto, esta tal independência que clamo tanto...

Mas tudo virá
Pois a fé é forte e positiva.
Não me desestimulo com meus dias.
No final, tudo vira poesia.

E faço pose para meu auto-retrato
Minha biografia tão vendida...
Uma história incomum? Seria este meu caso?
Terá de ser bem escrita...”


(Carmen Ligia, em 19/jan/2011. Poesia desta madrugada, agora são 06hr10min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte IV)

4-
E tudo se intensifica...
O ostracismo não é meu medo imenso
Afinal, quem compreende artista em seu tempo?
Só parcela diminuta que ousou viajar...

E viagens que não são feitas com chás de maçã,
Ou com ervas sabor hortelã!
Há daquelas viagens ao centro de nós mesmos,
Que alguns nos inspiram por versos rasteiros,

Mas ninguém poderá fazer esta viagem por nós mesmos!
Dura esta peregrinação mão e chão,
Pés que irão a Lua, porque agrura é fim de clausura
Pra quem viu alma nua e crua.

E desta dor pungente de quem se viu
Doente com saúde e muitos dentes
Ou muito debilitado face procura em lugares errados,
Fecha a porta, e pense em seu silêncio.

Eu até entendo... Coisas que já pintei,
Árvores que já colhi,
Seios que já dormi
E eles me passaram esquecimento.

Tal mãe que acaricia o rosto do filho amado
E este que odeia tudo ao redor do Sol,
E queimando, seca seus sonhos mais queridos,
Tem um poeta constrangido, que vive tal intensidade...”

(Carmen Ligia. Poesia feita esta madrugada, 19/jan/2011; agora aproximadamente
06hr06min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte III)

3-
“Um código, uma conduta rasteira, com acuidade
E vou escrevendo versos inversos
Meu reverso, mas minha outra metade
Quem será?

Se haverá?
Quem é o ser que vai me inspirar versos sem fim,
Uma prática para tantas teorias?
Muitas rimas perante a maestria de quem nos ama...

Entoando cânticos, músicas, e delírios
Suavidade e arroubos dos amores menos idealizados
Mas sempre intensamente amados,
Olho para além da rua... Atravesso cidade nua, encima da faixa!

E lá vejo, que não vejo!
Pois menor idealização
O que vem são poemas, e já basta!
Atriz rima com alma destroçada.

Então fico na quietude de mais um dia
Tem incenso, quem sabe cheiro tal fumaça
Pra meditar além de versos desconexos
Pois meu inverso, é só ao que vim,

E ai de mim, vim poeta
E não é orgulho de quem rima, chora
Também escreve, lateja, sente, rasteja
E se ergue! Claro... Carvalhos parecem com minha alma, rija...”

(Carmen Ligia, versos desta madrugada 19/jan/2011... Agora aproximadamente
06hr02min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte II)

2-
“E meus versos me compreendem
Ora calados eles rangem dentes,
Ora afoitos eles roem correntes
Ora plácidos, eles me entristecem, até confortam...

Mas quem? Minha ausência, minha paciência que vai se esgotando
Qual ampulheta, farelos, poucos grãos de areia me seguram ao chão,
A fumaça que não sai dos meus lábios, carnudos
Eu que tento controlar estes afoitos desejos de cigarros,

Claro, ser forte é mais difícil
Ou mais fácil, a virtude que me é resistência, transmutação?
E vou indo, pé ante pé... Com calma piso em brasas
E vejo o céu... Mas nunca tocarei o céu, sou humana!

Mas desses desejos de ir contornando anseios pra ser benignidade
Há um farol nesta noite sem claridade,
E já não é a solidão que me acompanha,
Descubro que meus versos são minha melhor companhia!

Ora nostalgia
Aí brigo, mando-os embora!
Afinal não quero reviver o gosto do rosto sempre amado...
Depois perdoo meus versos, eles são meninos levados!

Faço as pazes com as letras
E desnudo meu ser em chamas
Não de hormônios de quase 30,
‘É tanta coisa pra dizer’, além do simples fazer

Mas só por dizer,
Estes versos desalmados que vêm ressabiados
Mas eles dizem bem mais do que sou
Porque ainda estou, nesta redescoberta,

E já não é mais espera!
O sinal vermelho já foi arrancado
E as regras são condensadas em meu respirar eterno,
Só no dia de hoje vejo além de sinais, sinto o que vai na alma...”

(Carmen Ligia, versos que fiz nesta madrugada. Agora são aproximadamente 05h58m,
19/jan/2011).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte I)

1-
“Teve um dia que te procurei
E não me encontrei
Borboletas saiam de meu estômago
Serpentes saiam de minha lembrança...

Ora vento que não veio
A solidão não me é ‘bacana’;
Ela talvez seja precisa, de quem vive de poesia
Ou pra quem precisa viver, na corda bamba!

Eu vou neste teatro de horrores, fantoches descoloridos
Falsos amigos
E grandes amigos,
E meus amantes, errantes: O melhor do que fui!

E não fui, apenas claustrofobia de mais um dia
Ver raiar o dia, e rimar versos desconexos?
Meu inverso, meu papel machê
Meu destino, de quem vive só, a escrever?”

(Carmen Ligia. Versos feitos nesta madrugada; agora são 05h54min, 19/jan/2011).

Uma Oração para todos os momentos - Oração da Serenidade

E em se falando do Amor de Deus (ou Poder Superior, como cada um o concebe):







Cartões - Mensagens = O que é o Amor? (II)







Cartões - Mensagens = O que é o Amor? (I)
















Cartões - Mensagens = O que é o Amor?

"Certo diz colhi muitos cartões na Internet. Lindos.
Deixei para postá-los em conjunto, a posteriori.
O que é amor?
Então, posto agora algumas definições pitorescas (e gut-guts).
Boa quarta para todos, com muito amor
Aos que já tem, e para aqueles que estão buscando, um segredo:
eu também estou!"
(Carmen Ligia)















































Olá amigos... O que vem, em parte registro [Fiz um conto!!!]

Olá amigos

O que vem, em parte registro. Nem tudo que vem é bem vindo (ou se escreve). Às vezes se esquece, ou tentamos. Outras guardamos, pois noutra hora, há de vingar com sentido de dizer ao que veio. E muitas vezes vem sem dizer porque, e fica. E marca! E dá um sentido para dúvidas. Porém como me disse uma vez meu Profº Pina, 'se tens dúvida, NÃO FAÇA!'

Estou aqui visitando uns blogs, pesquisando uns autores, e me vem a biografia de Clarice Lispector. De certo impressionante. Por vezes vamos as obras e esquecemos quem vai atrás destas - ou seria bem na frente? Não vem ao caso tais reflexões filosóficas, me ponho à parte.
Uma das coisas que me chamaram atenção, foi ver que certa vez ela dormiu com um cigarro aceso...

"(...) 1966
- Na madrugada de 14 de setembro a escritora dorme com um cigarro aceso , provocando um incêndio. Seu quarto ficou totalmente destruído. Com inúmeras queimaduras pelo corpo, passou três dias sob o risco de morte — e dois meses hospitalizada. Quase tem sua mão direita — a mais afetada — amputada pelos médicos. O acidente mudaria em definitivo a vida de Clarice".
Fonte: (http://www.releituras.com/clispector_bio.asp)

Vale a pena dar uma olhada em sua biografia, que de forma sucinta está exposta no link acima.

A Clarice é autora de diversos romances, e vários contos. Muito bons. Meu negócio vem sendo a poesia, que acho fácil, me sinto tão desenvolta. Mas tentei escrever um conto (ou algo que lembre) a pouco. Repasso aqui para vocês uma parte do mesmo. Se quiserem postar o que acharam das minhas palavras enveredando nesta modalidade, por favor, sintam-se à vontade.

"UM CONTO, Por Carmen Ligia
(...)
1- Por que tem sede? Ela me perguntou por que quero um copo d’água? Ela vai até o fim da fila, tem uma mesa imensa, com uns retratos rasgados; elas os colhe, e os rega. Nega que foi ontem, não vê que o hoje, é um momento já acabado... E há longa espera, do outro lado do cercado.
Eu me calo, o meu desejo não é sede, não é fome. É só pressentimento. Não me permito saudade porque ela nunca fica, suga meus lábios, e sorri pervertida. Ora, mas sorri que nem uma menina... E eu acaricio seus longos cabelos; ela apenas suspira como se me dissesse, já é tarde. Ela nunca confessou que queria mesmo que eu ficasse, quando olhava o relógio sobressaltada: vá embora, vá embora!
Nunca estendi a mão, também nunca entendi. A deixei partir porque ela se exaltou; não sabia ficar... Sua casa tinha apenas quatro paredes, areia movediça sob os pés, tempestade sobre a cabeça. Eu só ofereci um abraço. Ela se assustou. Tal bicho recolhido, amedrontado, se refugiou atrás do sonho. Só que anos passavam. Mas eu não via rugas ao redor dos seus olhos, só via o rosto de menina sempre meu. O colo que tanto queria dar. Sua recusa. Sua fuga. E meu desejo de fazê-la minha pequena menina, doce menina. E seus idos quase 30 não diziam nada. Parecia a mesma sapeca que só vi em meus sonhos de garoto; e minha realidade, mais de 50 e uma vida, já definida. Me perdi naquele olhar. Qual saída?
(...)
Deixa eu te colher nas flores do amor primeiro, que por ser último, valerá cada esforço. Eu só quero te abraçar para dizer que estou vivo. Vais para um canto, e outro. E eu te busco. Foges. Eu fico só. E passando, porque tenho de estar 5 horas naquele mesmo lugar, pra ir abraçar a vida real que não me trás paz, alegria, ou ressurgimento do menino que nunca morreu. Ele corre pelos pastos, pelos campos, por caminhos coloridos, apenas te buscando. E guardo para esta garota que vejo só, o meu melhor sorriso. E pena que ela ache que é só cama, e lençóis desarrumados. Não seria. Certeza de muitos abraços. Enquanto navegas, eu sonho.
E te procuro amanhã."


Porque quem conta um conto, aumenta um ponto...
Beijo de bom dia em todos (ainda madrugada, mais ou menos 02h16min).

Curiosidade: (Que me remeteu ao começo do meu conto...)
José Castello, biógrafo e escritor, nessa época (1976), trabalhando no jornal "O Globo", mesmo assim telefona e consegue marcar um encontro. Após muitas idas e vindas é recebido. Trava então o seguinte diálogo com Clarice:
J.C. "— Por que você escreve?
C.L. "— Vou lhe responder com outra pergunta: — Por que você bebe água?"
J.C. "— Por que bebo água? Porque tenho sede."
C.L. "— Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva."

Fonte sobre Clarice L.: http://www.releituras.com/clispector_bio.asp

Imagem: Internet

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A minha 14ª mais nova amiga, Arione: SEJA BEM VINDA!

Olá Arione... Obrigada quanto ao elogio sobre meu blog. Seja sempre bem vinda, e repasse meu link aos seus contatos... O seu blog (à primeira vista), é cheio de frases/reflexões convidativas e enche-nos os olhos as figuras e suas representações. Parabéns pelo empenho; só nós blogueiros sabemos o quanto é especial nossos cantos de desabafo, e reencontro, que chamamos de blog, os "nossos diários" (às vezes, não tão diários assim)...
Importante mesmo é escrever, repassar, e compartilhar! E você faz isso de forma colorida... VIVA!
Um grande abraço cheio de luz, que Deus cubra esta sua tarde, e sua vida, por extensão.
Att,
Carmen Ligia.
Arione tem seu blog com nome MEU CANTINHO ENCANTADO,
acesse http://arionetorres.blogspot.com/

E Clarice Lispector...

(...) Bem sei que terei de parar, não por causa de falta de palavras, mas porque essas coisas, e sobretudo as que eu só pensei e não escrevi, não se usam publicar em jornais. (Tempestade de Almas, em http://lica.spaceblog.com.br/r10703/Clarice-Lispector/2/)

Agora são mais ou menos 02h53 da madru desta terça, 18/jan/2011...

Olá caros amigos...

Volta e meia, vou buscando poeminhas diferentes... Que reflitam um pouco do que sou? Talvez!? Ou que me façam entender como sou. Parece pergunta piegas; parece pergunta sem sentido: Quem sou? Mas me faço esta pergunta não por estar perdida, simplesmente; antes por estar sempre me encontrando, e quando acho que perdi o rumo, quando acho que não há sentido, que vou apenas resistir, não, é mentira! Quero muito mais... Quero rosas plantadas em meu jardim existencial. Quero acordar cedo pra sentir aquela claridade miúda que toma a gente, uma claridade que abre minha alma para além do que os olhos podem ver. Porque o que eles veem é pouco diante do que vai no meu coração, nos meus sentimentos ora confusos, ora tão coesos. E isso não é apenas porque sou geminiana, afinal gosto mesmo é de acordar mais tarde (qual jornalista que gostaria de ser). E quero ser tanto, tantas coisa; o fato é que ainda não me encontrei neste mundo laboral. Vai uma poesia, aí?
Sou um ser que está sempre em busca de ser. E vou. Não sei para onde, mas eu vou além desta realidade tão pequenina, pois vejo um mundo largo, imenso. Desfrutável. E não perco a esperança, tal criança!
Então, encontrei este poema por acaso. E me identifiquei aos montes (rs). E repasso para meus caros amigos que acompanham este blog-diário...

"EU SOU ASSIM...
(Por Fernanda Mello)

Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores.
Acho graça onde não há sentido. Acho lindo o que não é.
O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax.
Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, o mundo continua rodando, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, existem coisas que não precisam ser explicadas. (Pelo menos para mim).
O que importa é o que faz os meus olhos brilharem, o coração bater forte, o sorriso saltar da cara.
Eu acho que as pessoas são sempre grandes e às vezes pequenas, igual brinquedo Playmobil. Enxergo o mundo sempre lindo e às vezes cinza, mas para isso existem o lápis-de-cor e o amor que a gente aprendeu em casa desde cedo. Lembra?
Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de filme de terror, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim.
Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos entram e saem, nunca sei aonde fui parar. Mas uma coisa eu digo: eu não páro.
Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou.
Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre pergunto se você está feliz, se eu estou linda, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim, se o café ficou forte demais.
Eu sou assim. Nada de meias-palavras. Já mudei, já aprendi, já fiquei de castigo, já levei ocorrência, já preguei chiclete debaixo da carteira da sala de aula, mas palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força.
Sou menina levada, princesa de rua, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer.
Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Beijo escondido, faço bico, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. [MINHA CARA, é minha cara... (Grifo Meu)].
E eu amo.
Amo igual criança.
Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Amo e invento. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Sem pudor.
Quer me entender? Não precisa.
Quer me amar? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Criança não liga pra preço, não liga pra laço de fita e cartão de relevo. Criança gosta de beijo, abraço e surpresa!"

(Fernanda Mello,

Em slideshare - De braços Abertos (Por Carmen Ligia)

CLIQUE EM carmenligia9 que está abaixo deste slide, na frase: View more presentations from carmenligia9; você será remetido (linkado) ao slideshare.
Quando estiver em minha página, faça o download deste poema = De Braços Abertos.
Assim poderá desfrutar do mesmo na forma integral (com som), em seu PowerPoint!
Bjs de Carmen.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

De Braços Abertos, por Carmen Ligia (inspirada em algumas frases de Mário Quintana, que me pôs em genuína reflexão)





“Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês”.
(Mário Quintana)

DE BRAÇOS ABERTOS!
Poesia de Carmen Ligia


“Ainda desconheço um paradoxo perfeito,
Mas a vida o é;
E quando me percebo viva, esqueço,
É só segundo; vida é eternidade.

Quando Quintana me emociona,
E lágrimas transcorrem em meus dedos,
Não sou poeta, sou quimera,
E de poetar, desfaleço.

Chora alma minha de tão incompreendida,
Olhos marejados é minha emoção translúcida,
Alta tarde, Deus é poeta,
E me faz rimar versos sem sentido.

Sem sentido? Talvez haja muitos
Que escapam ao meu olhar desatento
Se o que vejo é mundo,
E tenho apenas um teclado entre dedos...

Sonhos de poeta...
E poeta sou?
Amor que busco,
Amor a mim, não esta de horror!

Como distribuir o que em mim ainda é vírgula, em fábula?
Venha o amor de Deus para preencher minh’alma
Venham poetas, e me ensinem o que não se ensina
A ser poesia, em um mundo tão difuso, tão concreto e coca-cola!

Desfruto o disforme
Mas vislumbro o paraíso;
Choro por sentir tão forte,
Como seria ser simples, e não omisso...

Há uma terra, cheia de sentido
Há um coração, que toca minha essência,
Há uma ciência, que se faz por amor e maestria
Há um mundo em que se respira poesia...

E haverá de ser agora,
Na aurora de um novo dia,
Quando o tecnicismo não separar
Quando a filosofia abraçar o diferente,

Quando meu mundo vira caos, e cacos bem misturados
Faço um mosaico de esperanças,
Vivo aquela criança
Que corria com sua bicicleta rosa...

E freou encima do quebra-mola,
E o pneu de trás subiu,
E um riso veio aos meus lábios
Pois sufoco do passado, são risos de contentamento...

O tempo, que não me disse ao que veio
E não é flacidez, adiposidade, mesmo rugosidade
Que me dará exata noção do que foi perdido:
Nada se perdeu, eu sou eu, e não sou... Também passarinho!

E do que foi passado, estrada e poeira
Lavo-me com água da chuva, e não colho mais espinhos.
Vamos! É um longo caminho,
Caminho de quem nasceu poeta. Espera; reconhecimento não é louro!

Às vezes agouro,
“Inté” pressentimento...
Mas que leiam que “não pensei”
Apenas fui teclando o que sinto...

E não sinto,
Sinto tanto
E quando “minto”,
É que digo as maiores verdades.

De tarde,
De certo mais um dia,
Vem sol que contagia,
Com gratidão espero abraçar até mesmo o contratempo,

Ter fé e não arrependimento
Sugar o respirar de um novo tempo,
Oh poetas que leio e me emocionam
Sou aprendiz, e ainda é outono...

Mas sonho
Em primavera de céu escarlate
Me invade esperança!
Ser quem sou, criança; entendendo o que não entendo, é filme

Mas o real
Não é o mal, a dor, e a lástima;
É ver que o que ficou
São versos, é prosa, é poesia: mais estrada!

Sou eu e eu sou!
Sem tamanhas filosofias...
Apenas uma menina
Segue entre pétalas e devaneios,

Busco a semente,
O vingar,
O mar,
E novos tempos...”

Carmen Ligia é poeta? Não sei, rimadora, sonhadora, e o que sou, me basta neste dia: alegria! Ler versos de Mário Quintana e desmanchar minha alma... É saber que estou MUITO viva!

Fonte: Verso de Quintana citado em http://www.fabiorocha.com.br/mario.htm; Mário Quintana em Esconderijos do Tempo, “Os Poemas”.

P.S.: Fiz em slide, e ainda hoje colocarei no slideshare para poder estar disponibilizando AKI!

E observa a mensagem q um amigo mandou hoje para meu celular (me colocou para refletir):

"A razão dos cães terem tantos amigos, é que movem mais suas caudas que suas línguas".
(Autor Desconhecido)

“Não deixe que a suadade sufoque,
Que a rotina incomode,
Que o medo o impeça de tentar...”

(Trecho de uma mensagem que li a pouco, em breve postarei aqui!)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Minha Irmã Bugalu & seus alargadores (ela mesma faz, uma artista)! O nome dela é Juliana Bugalu rs:) Ahh, e ela disse q aceita encomendas...




O que faço... neste momento? Pessoa!

Estou lendo Fernando Pessoa (tão incógnito, tantos e todos eles são o que ele é... E ele é diverso).
"Fernando e seus heterônimos"...
Li esta poesia primeiro. E me identifiquei nestes versos, e repasso pra vcs!

Não sei quantas almas tenho
Por Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
(Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/fpesso35.html)


Sobre Pessoa e seus Heterônimos

Ao contrário dos pseudônimos - vários nomes para uma mesma personalidade - os heterônimos constituem várias pessoas que habitam um único poeta.
(...) É como se eus fragmentados e múltiplos explodissem dentro do artista, gerando poesias totalmente diversas. O próprio Fernando Pessoa explicou os seus heterônimos:

"(...) Assim têm estes poemas de Caeiro, os de Ricardo Reis e os de Álvaro de Campos que ser considerados. Não há que buscar em quaisquer deles idéias ou sentimentos meus, pois muitos deles exprimem idéias que não aceito, sentimentos que nunca tive. Há simplesmente que os ler como estão, que é aliás como se deve ler".

(Fonte: http://www.pessoa.art.br/?p=563)

A parte que destaco acima em negrito, é algo que acontece com certos escritos meus. Que depois os leio e me vem assombro. Mas um assombro salutar, do tipo: 'Fui eu que escrevi estas idéias?' Decerto que não tenho personalidades formadas com nomes, etc. Mas idéias que vem, e que não me pertencem (vá entender), poderia chamá-las psicografia, ou heteronímia? Não vou analisar rótulos; que fique as mensagens, e já basta por hora.
(rsrsrsr) Um bom restinho de domingo, a todos...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Não esqueça!

Súplica - 5 Sonetos - Por Carmen Ligia


I-

Minha pele arde
Cabeça em profusão
E de promessas falazes,
Quero minha rendição.

E minha omissão
Silencio o vento norte
A voz presa
E o sangue, negro, fétido. Meus olhos gélidos?

Meus olhos transparecem emoção
Mas minha alma, não.
Ela acalenta novos dias. Cinzas eles estão...

Oh Senhor que cura feridas purulentas,
Me ouça nesta quinta confusa.
Me abraça, me enlaçe! Me ajuda!

..............................................................

II-

Minha súplica é necessidade
É a solidão de não ter um grande amigo
Ou um largo peito para me confortar
Meu ser em frangalhos, onda forte rebenta no mar...

Meu olhar, cala.
Meus ouvidos veem o que só queria esquecer.
A mente atordoada, família desestruturada,
Hoje não corro, não omito; sinto-me fenecer.

Não queria este lugar de minha maior opressão
Uma família que não alento em meu coração.
Só queria algodão, para entupir sentidos,

Mas meu ser contrido
Meu ser inconstante,
Sou errante, passo, e sinto tanto, ainda em pane!

...............................................................

III-

Barulho, não apenas externo
Sinto um largo abismo bem no centro do meu eu,
E esta úlcera são minhas emoções mal resolvidas
E a pele que me traz um tanto de agonia,

Queria de fato rompê-la
Fugir deste ser abjeto, preso em limites tão destoantes
E de nada serviram doces romances
Pois meu leito é vazio, e é de solteiro.

À esmo, correndo contra as incoerências desta casa
E minha alma já não é alma
É noite atordoada, a casa que escuto apreensiva,

É meu irmão que rebenta em fúria lamentosa
Falando nomes destoantes das boas maneiras,
Não sei se ele se perde, eu é que não me encontro em meio a tanta asneira.

.......................................................................

IV-

E o tempo perdido é então, meu encontro em profusão
Minha vontade de partir, a necessidade que é ficar
Pois esta vida não me permite,
A partida para meu lar, a paz que anseia minha alma.

E estou lutando pra não escutar estas brigas
Que não me levaram a lugar decente
Corri para o incoerente, e beijos mordazes
Estou sozinha nesta casa; robôs com mentiras incontáveis.

Não quero ouvir...
Passando pelos meus desenganos
E outrora aurora. E hoje rezo, imploro nova vida

Que aquela esperança,
Não me abandone.
O entendimento de nova mulher; fé de criança.

...................................................................

V-

Não preciso sumir, calar, omitir
Sei lá... Passar e crescer. Esquecer!
O que eles representam não é quem sou.
Eles que fiquem em seu castelo de desenganos, quero ninho de amor.

Sozinha posso sim ser feliz.
Se tiver alguém decente ao meu lado,
Serei ainda mais.
E noites frias serão só poemas ineficazes.

E desta ineficácia, em vida que me pede sono,
Esquecimento, e desistência.
Não posso esmorecer! Tão longa é a estrada...

E aqueles que hei de ajudar com meu melhor sorriso
E todos que orgulhosamente chamarei de meus amigos,
Superarão estes dias. Dias de reflexão, mas nunca covardia...

........................................................... Por Carmen Ligia

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Letra música Palavras tem alma (citada na postagem anterior)

Conceda um só minutinho a mais
E não me deixe sozinho assim
Tenho a impressão que não aguento esperar
Para dizer que te quero pra mim

Faça comigo o que for melhor
O amor agora não tem hora marcada
Aceite que quer me fazer feliz
Traga contigo a consciência sem mágoas
Que isso é amor

Palavras têm alma
E sussuram para mim
Que eu devo insistir muito mais (Oohh)
Palavras têm alma
E murmuram para mim
Que eu preciso dizer por nós dois
Eu te amo
Agora fica

Fica comigo um pouquinho mais
E me diga que foi feita para mim
Essa paixão veio para ficar
E como um sonho nunca vai ter fim
Porque isso é amor

Palavras têm alma
E sussuram para mim
Que eu devo insistir muito mais (Muito mais)
Palavras têm alma
E murmuram para mim
Que eu preciso dizer por nós dois
Eu te amo
Agora fica (Ooohh ohh)

Que eu devo insistir muito mais...

(Fonte: http://www.letras.com.br/fabio-jr/palavras-tem-alma)
*Neste endereço eletrônico, escute a música...

Trecho música interpretada pelo Fábio Jr.

"Palavras tem alma,
e susurram para mim..."


domingo, 2 de janeiro de 2011

Psicografia - Georgines de Montenegro - Por Carmen Ligia

A vida tem muitos nomes
Nomes de acordo com o que sente
Cada ser vivente
Nesta escola aprendizado...

Pra alguns viver é mistério!
Mais fácil do que tentar buscar resposta,
Para outros, a própria busca,
Corações irriquietos em suas expedições...

Para outros vida é luta!
Para estes um percentual de aceitação, mansidão.
Para outros vida é sofrimento,
E no seu vale de lágrimas não ajudam outros; a auto-piedade é voraz...

Para muitas pessoas, viver é aceitar variações
Como diz “Noked”, a vida é para cima,
E para baixo!
A linha reta no eletrocardiograma é a morte.

Decerto, definições do que é a vida
Não podem colocar, em vidros herméticos
A vasta experiência, de dor, e alegrias
De nostalgias, e fé, que é viver, acreditando que vale a pena!

Cada qual, ser humano
Com sua própria digital, diferentes e tão iguais
Tentando sublimar instintos para viver em sociedade,
Tentando fazer seu melhor, outros dão o seu pior.

Nesta escola aprendizagem já não cabem os julgamentos
Pois qualquer ser pode vir a ser o melhor, o mais equilibrado
E os espaços, as castas, as camadas, tudo vira poeira
Quando o amor suplanta qualquer diferença!

Há de vir, um novo tempo,
Para cada ser vivente, fazer o que há de melhor
Para seu melhoramento,
Cumprindo desígnios, e com esperança na vida do porvir.

Vida que não se encerra
Nesta era, século ainda em turbilhão,
Falta nos darmos mais frequentemente as mãos,
Doando nosso coração, nossa melhor intenção...

E se vierem com espinhos os irmãos do caminho,
Há corações perturbados que ainda não encontraram o regaço do Pai
Vamos lhes dar mais amor, mais perdão
E antes de avançar, atritando personalidades, daremos tempo, e filial piedade;

O tempo, mesmo afastamento, pode ser,
Em dado momento
A melhor solução, um bálsamo regenerador.
Distanciamento e perdão melhor que união de fingimentos...

E se me perguntares, dos casos em que a distância não é possível?
Você pode sim, tratar bem
Não precisa chamar seu desafeto para ceiar contigo,
Mas garanta sempre sua honradez, não tirando dele o direito de confraternizar com os demais;

É o tempo que cura, o espaço que garante paz.
Não é a língua felina, o desentendimento
A acusação, apontamento dos defeitos alheios
Que nos fará ter mais paz com nossa consciência.

Deseje o bem e faça o bem, sempre que puder
E quando não há o que fazer,
Ao menos se omita, de desejar qualquer mal
Ou falar qualquer palavra ofensiva, a quem quer que seja,

Porque maravilha de quem faz um bem
E maravilhoso seja aquele que evita um mal,
Evitando tratar com desdém
Ou ofender a personalidade de quem quer que seja!

Clareia tua fonte de benignidades.
Fale de qualquer ser
Como se ele estivesse ali
Ouvindo o que dizes!

Siga!
O mundo é diverso
Não necessariamente adverso
Para aquele que percebe que o perdão, é o melhor remédio.

Se vierem ao teu encontro com espinhos,
Não os devolva, ou pise neles;
Para aquele que lhe dá um “presente”, e você não o recebe
Advinha quem ficará com o presente?

Às vezes é muito doloroso sermos mansidão
Quando o peito inflama resposta imediata,
Que nos dará apenas um alívio imediato
Mas não resolve o problema a longo prazo.

Pessoas difíceis em nosso caminho é lição,
De humildade, de superação das nossas limitações.
Perdoar e seguir...
Acreditar na vida, e no irmão.

Deixemos a vida passar...
Haverá um dia que o caluniador pedirá nossa opinião,
Até mesmo reconhecerá sua falha no caminho.
Então não detalhe, explique... Apenas siga o caminho, e deixe no presente cada qual com suas opiniões.

No lugar de conflito, tempo intempestivo,
O melhor não é querer angariar ovelhas.
Melhor, é você não se tornar fera
Guardando mazelas no coração.

Dê tempo ao tempo.
Siga para outras paragens que comunguem da mesma vontade
De se superar, de mutuamente darem as mãos;
Se isso não é seu momento vivido, apenas se afundará em ressentimento, tola confusão!

Abrir a mente é seguir em frente
Deixar não é covardia,
Apenas a sensatez de quem não precisa
Provar mais nada a ninguém.

E lembre-se:
Saia e não bata à porta,
Não levante poeira
Ou toque em testemunhos subjetivos!

Acusando o outro, não tiraremos de nós
Parcela de erro, ou de nossa omissão.
E se algo deu errado
Ah de nós, que contribuímos com castelos de areia...

E não haverá mal de um homem que confia noutro.
Haverá mal quando aliciarmos em nosso círculo de amizade
E convívio, situações mordazes,
Que atrasam nossa evolução no caminho.

Não sente muito perto a abutres esperando melhores dias.
Não se enganou com ninguém! Apenas vê com mais clareza
Tenha destreza, e siga!
Abutres comem carne mesmo...

E não se ache o cordeiro do processo
O inverso pode ser seu espelho,
Pois ao encarar seus erros, gestos equivocados
Darás largos passos rumo a um novo tempo.

Esqueça. Perdoe. Cresça.
Deseje o melhor até ao adversário no caminho.
Amanhã este mesmo poderá ser amigo,
Apenas porque você construiu uma ponte, não abismo;

Esta é a ponte em que você se afasta para buscar tua paz
Conciliação com seu novo modo de vida.
Não é fuga, já que a vida não é luta!
Mas o mistério do hoje poderá ser revelado amanhã...

Não fique triste.
Felicidade sim, existe.
Quando enxergar de uma vez,
Que a última resposta não precisa ser a sua!

Que não é melhor a sua opinião, apenas pensas diferente.
Que cada qual carrega sua missão, e seu quinhão de erros a pagar.
Não se apegue ao erro alheio.
Tente melhorar os teus, fazendo-os de recomeço em cada dia do caminhar...

A vida é amar!
E para amar
Esqueça razões, dê o coração
E procure a paz, e crescer com quem busca os mesmos objetivos.

Quem não quer, paciência. Deixe para o Divino.
Mestre Jesus é o exemplo a se seguir,
Não quadro que se coloca em alguma igreja.
Siga com paciência, e não sangre em pedras

Mas não as atire em ninguém!
O mal se devolve com o bem.
E siga sua viagem,
Tantas pessoas poderá ajudar...

Não se abale com estes atritos.
De um suposto “inimigo”
Farás um amigo,
Dando a ele seu reduto de supremacia.

Busque outros redutos, em que possa crescer
Dar o melhor de si
Não queiras jamais competir.
Seu lugar, conquiste com o coração.

Tanto a falar...
Mas nestes segundos, dizer:
Como é bom amar!
Se afaste, não abrace escuridão.

Minha mão, em sua mão...

Georgines de Montenegro, Paris, 1874.

Feliz 2011... IMAGEM = MENSAGEM