quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte V & VI)

5-
“Sei que é tarde
Sei que a escola não se abre
Pois meu tempo já passou
E se devia ensinar, me retiro. Quando for a hora de chegar, serei eu

Poeta?
Não, uma espera de mundo que pede dinheiro
Meus poemas ainda não renderam
São minha companhia desritmada...

Mas quando valerem algum livro
Em várias estantes
Dando algum sentido
Ao sem sentido de qualquer sobrevivente,

Aí serei gente,
Ainda que seja já semente
O que ficar passem adiante,
Versos são amigos que nos colocam mais conosco,

E valeu a pena só sentir
A verdade que nunca é verdade,
Pois a mentira me convence melhor nesta hora tão alta
Já são quatro e vinte da madrugada...

Interessa que vou ver raiar o dia
E aqui, vivendo poesia
Por favor, entendam que fui o melhor que pude ser
Pois fui tão sincera, que estou com estas palavras desalmadas...

Se antes fosse mais ardilosa
Menos impulsiva,
Estaria dormindo alto
Depois de algum afago, mesmo mentira que faz sonhar...

Mas vocês me foram fiéis
Meus queridos versos, antes tantos papéis
Agora, arquivos
E vocês se avolumam, crescendo esta minha vontade de rimar e brincar com vocês!”


6-
“Talvez se a vida fosse diferente
Vocês fossem ausentes desta tão gostosa rima
E de tudo sofrido, nada perdido
Histórias para contar dão mais ibope quando tem lágrima e sangue!

E meu sangue é quimera
E minha quimera é tão arisca
E minha alegria é só ‘balela’
E o que é sério me desanima...

Olhos voltados para quem serei
Aonde estarei?
Pois preciso estabelecer, um lugar calmo para nós
Meus versos, meu canto, esta tal independência que clamo tanto...

Mas tudo virá
Pois a fé é forte e positiva.
Não me desestimulo com meus dias.
No final, tudo vira poesia.

E faço pose para meu auto-retrato
Minha biografia tão vendida...
Uma história incomum? Seria este meu caso?
Terá de ser bem escrita...”


(Carmen Ligia, em 19/jan/2011. Poesia desta madrugada, agora são 06hr10min).

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