quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte II)

2-
“E meus versos me compreendem
Ora calados eles rangem dentes,
Ora afoitos eles roem correntes
Ora plácidos, eles me entristecem, até confortam...

Mas quem? Minha ausência, minha paciência que vai se esgotando
Qual ampulheta, farelos, poucos grãos de areia me seguram ao chão,
A fumaça que não sai dos meus lábios, carnudos
Eu que tento controlar estes afoitos desejos de cigarros,

Claro, ser forte é mais difícil
Ou mais fácil, a virtude que me é resistência, transmutação?
E vou indo, pé ante pé... Com calma piso em brasas
E vejo o céu... Mas nunca tocarei o céu, sou humana!

Mas desses desejos de ir contornando anseios pra ser benignidade
Há um farol nesta noite sem claridade,
E já não é a solidão que me acompanha,
Descubro que meus versos são minha melhor companhia!

Ora nostalgia
Aí brigo, mando-os embora!
Afinal não quero reviver o gosto do rosto sempre amado...
Depois perdoo meus versos, eles são meninos levados!

Faço as pazes com as letras
E desnudo meu ser em chamas
Não de hormônios de quase 30,
‘É tanta coisa pra dizer’, além do simples fazer

Mas só por dizer,
Estes versos desalmados que vêm ressabiados
Mas eles dizem bem mais do que sou
Porque ainda estou, nesta redescoberta,

E já não é mais espera!
O sinal vermelho já foi arrancado
E as regras são condensadas em meu respirar eterno,
Só no dia de hoje vejo além de sinais, sinto o que vai na alma...”

(Carmen Ligia, versos que fiz nesta madrugada. Agora são aproximadamente 05h58m,
19/jan/2011).

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