quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte IX)


9-
“E a vida que segue mansa,
E olhos que sonham ver publicados os meus livros,
Ah meus amigos e amores
Que querem passear de mão em mão...

Tudo bem!
Não sou mais aquela criatura ciumenta
Que guarda versos na gaveta;
Disponibilizo ao infinito, o que é do Homem, o bicho não come,

Mas ficando em gavetas
Certeza que podem chegar traças...
Meus versos são amigos diversos, que querem romper mares
E conhecer novas estradas... Ou seriam entranhas?

Quanto a mim, canso
Cansaço chega,
Agora já são 10 páginas
Nesta rápida brincadeira...

Eu vou indo meus melhores amores...
Vou distribuí-los pelo infinito,
Já sou uma mulher mais madura
Vejo que o ciúme corrói: segredo pra quem escreve é doentio!


Conto em versos, poesias
Que amo a vida e às vezes odeio,
Só pra amá-la mais e ter o que contar,
Pois se na linha reta ficar, pereço!

E se versos ficarem estanques
É semelhante a veneno,
E eu quero é passear com meus grandes amigos,
Eu escriba, eles o vento...

Ó versos, me levem para algum olhar
Que queira ver o contratempo,
Mas também queira ver a esperança,
De quem acredita sempre em um novo tempo!

Não há ser alegre, ou triste
Há quem resiste, e quem entrevista
Há quem conta histórias,
Há quem crê na vida.

Pois quem vem da morte
Mas tem sede de vida,
Quer mais é abraçar a todos
Pra dizer: Acredita!

Há flores no inverno,
Há espinhos na primavera,
A vida não é pra ser sentida,
É pra se colocar sentimento nela...

E chamem versos
E clamem versos,
E acomodem-se na relva de outono
Pois o ser primaveril grita:

Poesia!
De quem sofre e vai à luta,
De quem ri e continua,
Eu vou, já é tarde pra ser ‘normal’...

Não quero a clausura da compostura,
A quietude do sono induzido
Venham estes amigos,
E contem mais algumas linhas

E o sol raiou!
E paz, eu sinto.
Ainda que cansaço
Como é bom ser o que faço, versos amados que se pronunciam.

E este poema não tem fim...
Ai de mim
Só começo:
Livro que me espera; outros que esperam esta companhia

E de tantas palavras, como colocar ponto final?
Então deixo em aberto:
O céu clareou, mais um café será permitido?
Versos queridos, vocês não precisam dormir, eu preciso!”

(***)

(Poesia de Carmen Ligia, escrita na madrugada de 19/jan/2011. Agora são aproximadamente 06hr26min desta manhã, na capital sergipana).

“A vida é para cima e para baixo; a linha reta
no eletrocardiograma é a morte”. (Noked)

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