sábado, 17 de dezembro de 2011

O altar (Soneto de minha autoria: Carmen Ligia, escrito em 30/11/11).



"Relíquias guardei no peito:
Casos perfeitos de tão imperfeitos!
A sofreguidão era paixão,
E a dor? Amor, eterno amor...

Não damos um dedo pra reviver o turbilhão da paixão: Eu daria uma perna inteira!
Não damos a vida pelo amor porque amor é eterno, mas qual amor?
Veneno doce, um devaneio secreto que postergo,
Mas sobrevive em meus versos, ao lado de minha cabeceira...

Os meus versos falam de quem não fui,
Alguma covardia, alguma audácia...
E segredar que por amor fiquei perdida, fiquei sem alma.

Me guardei: caminho incerto, eis o deserto.
O amor que perdi? É meu altar, minha poesia inacabada...
Quero meu retorno a mim, mas onde andará a minha alma? Longa é a estrada..."

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