quinta-feira, 15 de julho de 2010

Poema feito em 14/07/10 (quarta-feira)...

"De tudo que não foi zelo,
Desconstrução.
De tudo que não foi entendimento,
Solidão.
De tudo que poderia ter sido,
Depressão.
Do nada que ficou,
Só sementes...

De tudo que passou,
Ensinamentos.
De tudo que quero ser,
Tempo.
De tudo que visualizo,
Egoísmo;
Só tenho o dia de hoje,
e deixo pra amanhã...

Qual o ponto, de um novo começo?
Qual o passo, para nova estrada?
Sento à beira do caminho,
Cilada...

Adiando quem verdadeiramente sou
O conformismo me tomou?
E levantar, e lutar,
É medo de ser, eu mesma!

E nesta luta inglória,
Pacificando meus ressentimentos,
Eu tento, dar a volta por cima,
Levantar da cama, e acordar pra vida!

É tarde, novamente passa do meio-dia...
Cabelos brancos, idéias obsoletas
E a certeza:
É tempo, ainda!

Sou o mar
Agitado, ora calmo,
Buscando tocar a areia
E me confortar nos pés da criança

Pois estas, sabem o melhor da vida,
Eu, que não curo feridas
Permaneço a mercê de mais um dia,
E ainda guardo a esperança:

De um dia, voltar a ser criança"!

(Por Carmen Ligia)

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