terça-feira, 13 de julho de 2010

"Apoeta, poeta"...

Olá, meus amigos, e blogueiros de plantão...
Como prometi, estou escrevendo, e está sendo muito bom, confesso!
Uma boa terapia, versos, e mais versos.
Hoje, está um dia chuvoso, aqui no interior que resido.
Um pouco de sono, alguma inspiração.
E esta, veio com um e-mail que recebi, do amigo Everton, que escreveu:
"(...) Vi que vc está atualizando o seu blog... e como está! rsrs... É um bom sinal,
uma poeta que volta a se inspirar e a respirar"!
Me perguntei: Sou poeta?
Então escrevi, esta...

" 'Apoeta'
Poetisa,
Fala de sonhos
E conta pesadelos antigos.

Vejo os amores que nunca fui,
Vejo a partícula de sentimento, que surgiu no meu universo.
E eu, inverso de mim mesma,
Não respirei a molécula de amor, que resgata da dor...

Vejo as 'amizades'
Vorazes, aterradoras,
Todos em fuga de si mesmos,
Já peguei esta barca.

Outras, alento!
Mostrando o melhor do que sou,
Me ensinando, a doar-me,
Vencer lamentações pelo que passou.

A poeta,
Desconversa,
Mostrando aqui
O mínimo que me permito; minha timidez que me assalta.

Se compreendo
Ainda desconheço,
Amores retribuídos
Trabalho, construtivo.

Pouco reconheço
Da paz, da completude,
Da conformação.
Pela inquietude, de quem quer, muito mais...

Eu só quero ser mais eu!
Quero ir além da pequenez desta cidade,
E viagens pelo mundo, e escritos, vivências,
Na coerência, ainda ser autêntica!

Poetar,
É mostrar o que muitos sentem
E disfarçam, desmentem,
Mas, enfim, se identificam com aquele que ousa 'viajar'/revelar...

E falar, destas coisas que não se explicam,
Pois são incógnitas, indefinidas...
E tudo parece tão simples de viver,
Difícil é reconhecer, o melhor em cada ser.

E estes bons momentos escorrem pelos dedos,
E deslizam com uma caneta, asneiras, também verdades incoerentes.
E tudo que escondi, enfim revelo; enfeito e passo adiante...
Todo poeta vive em transe? Minha realidade, inconstante...

Em transa, que seja pelo maior amor, que não chegou.
Em outras dimensões, pra ser apenas, humano.
E divagam, e deliram, e revelam
E negam, vejo tantos personagens com roteiros similares,
com seus desenganos.

Por isso, sou 'APOETA',
Termo que invento, até explico;
Não nego, minha característica de conseguir, rimar palavras
Mas sou negação, de mim mesma, tentando me decifrar, apenas...

Ora, como pode um poeta, sem amor?
Como pode um poeta, sem direção?
Afinal, poetas pintam quadros com palavras, e não sabem onde estão?
E codificam a realidade, com caneta bic - mas somos, todos, meros mortais, com suas nostalgias, querendo reconhecer sua própria essência!

Apoeta, que é negação, nesta dimensão
A poeta que fala em amor, sem o saber
Prioriza o sentimento, que dilacera almas
E elevam corações, que não precisam de palavras.

Mas sou, sem ser, sem ter, sem ver, e ainda fico a rir!
Do que fui, e o que poderei ser?
Se hoje sou poeta
Apoeta, sempre serei, sem mais temer!

Contradição, Dualidades, Mar & Terremoto, Vida e Renascimento.
Negação da perfeição; ser humano apenas, pois redime.
Apoeta na vida,
E poeta nas horas vagas...

E cilada, pódio, reconhecimento, ostracismo, caoticidade,
Abismo, é só viagem;
Vem a superação; tudo é passagem.
Uma poeta, aqui estou, sou só miragens, e ainda vou;
poeta sou"!
(Carmen Ligia, em 13/7/10).

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