quinta-feira, 26 de junho de 2014

queruBIM (POR Carmen Ligia)

queruBIM (POR Carmen Ligia)
"Não precisa vir,
A hora não é estanque.
O que Rimbaud diz,
amores que precisam ser reinventados
Somos nós: siempre nos reinventamos!

O fim, o meio, o ocaso,
A libertação,
A digestão lenta de uma paixão obscena
Que não desvela as quimeras da ilusão.

Somos assim, tristes e pequenos seres
De um mundo inglório por ser simplório.
E os sentimentos vãos
São as iniquidades do que podíamos ser: Amor!

Só somos a dor reconhecida
De uma flor já decaída,
E de uma semente que nunca irá vingar.

Somos o lembrar e por hora o esquecimento.
Vemos uma luz fulgurante
Em algum cercadinho distante
Ali na montanha do amor que fenece e envelhece
Tão rapidamente, tão sofreguidamente

E se é o que a gente entende?
Nada!
Só o egoísmo, de eu não poder dizer te amo! Fica comigo
E você que não assume que esse vício de mim
É o que te faz renascer
E ser QUERUBIM!"


Em homenagem ao filme Eclipse de uma paixão, que conta um pouco da história do poeta Arthur Rimbaud:
http://filmesonlinetocadoscinefilosvideos.blogspot.com.br/2013/11/eclipse-de-uma-paixao-1995-direcao.html  

 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Caos (Por Carmen Ligia)


"Não sei por que riem ou por que choram:
É tempo de espera.
Não sei por que esperam ou partem:
É tempo de esperança!

Não sei por que espero o almoço,
Não sei por que escrevo sem nada dizer,
A vida assim, ai de mim,
Menos poesia, mais resistência.

Uma ausência,
Lágrimas secas
Dor de ser tudo tão igual.

O norte que não vejo
O sonho que morreu...
Quem sou eu? Passagem, ausência e CAOS."

Incógnita (Por Carmen Ligia)


"Nem tudo que brilha é poesia,
Nem tudo que jaz é perfeito,
Sonho voraz é arrepio,
Pesadelo, calafrio e muitos argumentos.

A vida que parece errante é transe,
A transa que parece piada, é petrificada:
Não diz ao que veio, e se vai
Se esvai, longe de contentar, causa repugnância.

Os ares de céus tão rosas
Que outrora vivi;
Minha entrega fingida e fugidia...

Tudo me faz lembrar
Que jaz meu corpo ainda VIVO;
E sobrevivo: VIVER é mais difícil."

Um tempo DIFERENTE (Por Carmen Ligia)


"Hoje lá fora havia um tempo diferente,
Um templo diferente,
Ausente e sempre presente,
Pulsante ainda que errante.

À esmo,
Vi uma janela igual,
Flores que morriam
E sonhos que nasciam.

Tudo era tão diferente
Mas as mágoas tão sibilantes
E feridas, chagas abertas.

O Sol, o calor, mas não o esquecimento.
O tempo voraz
E a ausência de mim mesmo."

(set/2012)

Poesia em Transe (Por Carmen Ligia, setembro de 2012)


"A poesia emudece
Porque surda está,
Ainda que atenta
A espera do seu despertar.

A poesia calada, chorosa,
Com pétalas a cair;
Cumpridora dos seus deveres oscilantes,
Que pagam contas mas rasgam sonhos.

A poesia está presente e é perene
Tal um rio em chamas.
Suas larvas são profusão de fé, procissão à pé,
Mas quer alcançar estrelas.

A poesia em ambiente gélido e formal,
Ri a vida,
E fala piadas
Pra tentar animar,

A dura contradição que é ser e estar,
Em uma realidade ambígua,
Longe dos seus versos que precisam velejar,
Viver a verdadeira vida.

Onde estão os sonhos que se escrevem ainda que errados?
"Aonde" estão retratos de quem fui e ainda quero ser?
Onde está o portal que revele e cristalize
O amor a Deus e a escrita que vai me vencer?

Me vencendo, não serei o contratempo do pão enervante,
Que me dão algum dinheiro e um sentido asfixiante,
Essa que está aqui, quer ir além e escrever,
De dores, de amores, de misérias, de quimeras,
Viver para compor...

Versos e contos,
Romances e transcrições,
Não esses sentidos opacos:
Quero ocupar outros espaços.

(...)
Poesia em transe, autêntica e irrequieta,
Por enquanto o silêncio não é omissão:
Apenas espera!"

terça-feira, 17 de junho de 2014

16/10/2010... De Carmen Ligia



Era uma vez... menina
 "Havia uma menina à porta...  
Havia uma menina sentada
Havia uma menina rezando
Havia uma menina, sem graça.

Havia um quadro sem parede
Haviam cartas compartilhadas
Haviam amigos, havia música
Haviam sensações de desespero, mas alegrias n'alma.

Havia uma menina temerosa
Havia uma menina, sem chão
Havia uma menina na escola,
Havia esta menina acordando cedo, feliz com sua obrigação.

Haviam livros, e histórias
Havia clausura, mas vontade de viver;
Havia doçura, muitos sonhos
E tudo que existia, viria a fenecer...

Cartas guardadas
Amigos na lembrança,
Poucos livros à estante
E mazelas tamanhas.

Havia um tempo de esperança
Naquela menina que chorou sangue,
E não se vê mulher,
Vê-se sonânbula, em seu pesadelo constante.

Ela só quer acordar cedo
Descobrir um novo tempo,
Não da menina que se perdeu, em transe
Mas da vida que deve continuar, pulsante.

Em seu vale de dores
E seu ser inconstante
A mulher que restou, só quer levar
Seus passaos adiante...

Esquecer de lembrar que o mundo é dor
Lembrar que a vida são horas de um novo tempo,
E de todo contratempo, e ainda covardia
Existe sempre o sol lá fora, sempre se faz um novo dia.

Havia uma menina olhando através da janela,
Havia fé, e perseverança!
Ai do que se perdeu, criança
Ai do que nunca morre: esperança"!

Carmen Ligia Vila Nova,
em 16/10/2010.

Divulgando Meu novo Blog: Maquiagem e Moda G

O por que desse novo blog:
Me divertir.
Ver que quem usa G pode ser feliz,
pode estar feliz e na moda;
Cuidar mais de mim,
e postar as fotos de maquiagem que amo.
Divulgar também poesias no outro blog
que estava meio paradinho:
http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/ ,

esse com
12.322 acessos! Yupiiiii!!

Já o blog Maquiagem e Moda G:
Fazer comentários das roupas que compro,
ou mando fazer...
Enfim, me divertir com roupas maquiagem e acessórios.
É isso!


Conclusão:
Se...
"Se é difícil ser gGORDINHA, fofinha, ou inhas...
Mais difícil é não nos aceitarmos como somos!"
(Carmen Ligia)


 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Dependência (Por Carmen Ligia - junho 2014)


Ela descansava naquela mesma esquina, que tantas vezes a fez rir na companhia de Jack.
Lembrar de sua morte ainda era muito triste, e sabendo que nenhum fruto veio daquele amor ainda mais triste.
Lembrava dos seus ensinamentos, dos seus sorrisos, do seu semblante fechado quando ela só queria ser uma menina tímida em seus braços.
Ele era tão Pai, e mesmo rígido.
Naquele relacionamento ela não podia ser ela mesma!
Quando Jack era vivo ela era morta. Agora ela não saberia dizer se ainda sobreviveria sem ele...

DENTRO DE NÓS O AMIGO E INIMIGO Eu não peço essa "sorte" (Por Carmen Ligia)

DENTRO DE NÓS O AMIGO E INIMIGO
Eu não peço essa "sorte" (Por Carmen Ligia)
Eu viajo,
Eu me canso,
Eu ando,
EU DESPERTO...
Eu retrocedo,
Eu postergo,
Eu faço,
Eu desisto,
Eu sangro,
Vezes minto,
Eu sou sincera,
E vezes saio chorando,
Eu me engano,
Eu calo o tempo
Com meu verso;
Eu sou inteira mesmo,
Eu conquisto,
Eu  desespero,
Eu desisto,
Eu tolero,
Eu discuto,
Eu desfaleço,
Eu mereço,
Eu perco o freio...

Veloz, veloz, veloz,
Vezes algoz, algoz, algoz
De mim;
Feliz, feliz, feliz,
Infeliz, FELIZ, Infeliz,
Eu sou altos e BAIXOS,
SOU assim,
Noked diz:
"A linha reta no eletrocardiograma é a morte",
EU não peço essa "sorte".

QUERO (Por Carmen Ligia)...

Quero te enternecer com meu gemido
Quero te agigantar com meu sorriso,
Quero deslizar em sua pele feito uma toalha,
Quero te fazer feliz, te fazer amada...

Quero tirar seu batom vermelho brasa,
Quero sentir sua pele morena e alva,
Quero te confessar o que não tem sentido,
Quero mordiscar sua nuca pra te ver sorrindo...

Quero arrepiar os seus pêlos
Atender meus apelos,
Quero ser tão sutil, e ferocidade,
Quero ser veloz e tão suave,
Quero ser seu algoz e seu anjo protetor.

Quero ser um filme de terror que te deixa tensa,
Quero acabar sua tensão com meu PEQUENO coração,
Quero te fazer feliz, te fazer amada,
Quero ser a madrugada e também o Sol que entra em sua casa...

Quero só você
Quero só te fazer sentir,
Quero não te esconder
Que te amo tanto,
Então me diz SIM;
Eu vou voando e te farei tão feliz
Porque você é meu anjo-querubim!

(Carmen Ligia, junho de 2014).

Em 17 d julho 2012...



Escrevo meus poemas para sair de cena
Passo, espaços e dilemas...
Escrevo meus poemas pra apressar o passo,
E conhecer logo seu abraço.

Vejo seus sonhos, ainda que no meu sonho é que te vejo.
Vejo um inverno rigoroso,
Mas clamo outono ameno:
Sabores, frutas e deleites intensos...

Escrevo o que quero, então espero
Vou e sou!
Um luar incompleto
E raios de sol esparsos, pois onde andará seus abraços?

Meu amor...

(Carmen Ligia,
17 d julho 2012).


sábado, 25 de janeiro de 2014

Porta aberta (De Carmen Ligia)


Se quiseres ir a porta está aberta...
A rua é discreta.
A solidão me deixará deserta,
Certamente perplexa.
Mas não retemos o que amamos,
Vamos aos trancos e barrancos,
Soerguemos enganos,
Disfarçamos os deslizes alheios,
Fazemos vista grossa...
Emaranhando minha vida na tua...
A rua está ausente, fria, sonâmbula,
Mas o meu peito tem calor de mãe zelosa,
Tem carinho de amante gueixa,
Tem os erros de uma poliglota
Que ainda não sabe amar,
E você, que tampouco sabe ficar, se vá.
A porta sempre aberta,
Não sei se esperará sua volta,
Mas deslizará o olhar por essas ruas,
Com movimento,
Sem movimento,
Esperando o alento dos seus beijos,
E vendo todo dia a estupidez da sua santa burrice,
Que pratica a mesmice,
Pecando contra esse amor,
Esgotando nossa chance serenada.
Não toque depois uma serenata,
Nem venha com ramo de flores que murcham...
Seu ser obtuso
Não viu que te dei um mundo,
Mas esse deveria ser compartilhado!
Mas já que não entendes o amor,
A porta continua aberta,
A rua incerta,
Sua alma esfacelada,
Um mundo de enganos te espera!
Vou escrever um livro sobre nós
Desse romance findo,
E do seu ser cínico,
Sonâmbulo, ausente,
Que não te fez ver o amor em seus braços,
Vou pra os papéis e a pena,
Escrever nossas cenas,
Depois venderei folhetins em praça pública,
E quando ver minha escrita,
Entenderá a magia,
Do nosso amor sempre incerto?
Sou escritora!
Você é uma inspiração aterradora...
A porta está aberta!!
Mas meu coração, não.

Soneto da pequenez de um momento: Pré-caju solto... (De Carmen Ligia)

Sensatez. Não é uma palavra que me cabe.
Uma embriaguez dos sentidos...
Uma festa pagã lá fora,
E eu aqui, teclado e devaneios.

Eis o Pré-caju:
A festa máxima que tanto curti :)
Hoje a poeta está recolhida,
Quiçá em sua melancolia...

O soneto não é abstrato,
Não é abastado,
Tampouco bastardo.

É naufrágio...
São cinzas fumegantes na memória,
Na carne, ainda o gosto de outrora...


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Decerto... (Ensaio para confecção do LIVRO Diálogo entre Surdos - Por Carmen Ligia)


Decerto...

Incerto... Não sei bem o que escreveria em um romance que não imagino o fim, nem sei qual o começo. O título ainda prevalece sobre meus pelos eriçados: diálogo entre surdos... Seres que não se podem ouvir, ver, mas sentir através de uma intuição? Uma escrita livre de preconceitos e do que possa vir a ser revelado.
Estou aqui... Existe um teclado frente a mim, e nenhuma coesão no que deveria escrever. Apenas vou teclando o que vem, sem agora me deter em erros de português, mas querendo ver além da imagem distorcida. Ou além da imaginação? Decerto, entender o que os Mestres querem colocar. Não Mestres de faces escuras, e de letras obtusas, ideias rebuscadas... Mestres que tragam a luz do Divino Mestre para nosso maior crescimento espiritual...
O que seria?
Mestre X.

_ x _

Havia uma casa atrás de um longo declive, o céu estava nublado. O cheiro de terra molhada me fazia bem, e sentia um perfume no ar: almíscar!

Holland estava ao meu lado. Ele tinha sido amável, um bom amigo. Disse que podia contar com ele, um peregrino que havia viajado o mundo atrás de respostas. Depois de fazer seu mapa, ou seja, um tipo de caderneta velha em que havia endereços de alguns mestres ascensionados que se fazem de terrestres, mas eram seres extra-terrestres? Evoluídos...

Encontrei Holland na estação da Espanha. Uma mochila velha nas costas, um olhar enigmático, um sorriso aberto... Conversava com um jovem, mas ele tinha uns 45 anos, ou estava nessa casa...

Não vejo auras. Vezes vejo. Vi um azul translúcido ao redor daquele homem bonito, barba por fazer, roupas simples, mas que sabedoria emanava daquele ser...

Sentei próximo... Fiz que estava lendo uma revista. Peguei meu diário. Comecei a fazer umas frases soltas... Holland disse: _ Estou buscando uma escriba...

Sorri, e disse: _ Qual seria a forma de pagamento??

Holland fechou o semblante e disse: _ Mercenária...

Nossa! Que pessoa direta e indigesta... (Pensei...)

Foi aí que ele começou a gargalhar...

_ Minha querida, o pagamento será apenas sabedoria...

Fiquei curiosa... Sabedoria não se vende em cada esquina...

E por que distribuiria sabedoria por aí?

_ Missões são para serem cumpridas...

_ Qual sua missão? Perguntei.

_ Escrever o meu caminho, pois peregrinei em busca de Mestres que estão aqui na terra...

_ Mestres?

_ Sim.

_ E os achou?

_ Sim. Mas não tenho como escrever essa minha andança... Preciso de uma escriba.

_ Quer fazer de sua peregrinação um meio de obter lucro?

_ Como você acha que pagamos viagens? Dinheiro será bem vindo...

_ E esses Mestres permitiriam ter suas ideias reveladas?

_ Sim. 2013 encerra um ciclo. Os Mestres querem esclarecer questões. Então... Se arriscaria nessa jornada?

_ Gosto de aventuras, e de escrever...

_ Como é seu nome?

_ Lis.

_ Prazer Lis. Meu nome é Holland!

Eu não poderia precisar o calor que escorria de sua mão, que acalentava a minha, e me induzia dizendo: _ Escrever é preciso... Navegar também!

O meu primeiro Mestre apareceu... Holland! Passaporte pra ver além sentidos, e trazer a sabedoria desses grandes Mestres pra um mundo físico: meio palpável, chamado LIVRO!




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Desabafo ritmado - De Carmen Ligia Vila Nova

"O que passou passado.
Ficaram retratos.
Vá e seja feliz,
Não tenha medo de minha autenticidade.

Siga sua vida,
Porque foi estrada e muito aprendizado.
Você vai e eu fico,
Aprendi a lição.

Fortaleza é ver fé e não beijos falsos.
Palavras mornas já não vem ao caso!
E um caso, não me é completude:
Meu ser amiúde, é além mar!

Sou a morna madrugada,
Que contempla estrelas sinceras.
Chega de dormir com fera
E acordar sozinha, vazia...

Quero a vastidão de campos nus,
Céu azul e abraço acalentador;
Não essa de horror
Sua frieza e traições comprovadas...

Mas caro, se encontre na sua morada,
Veja suas asneiras reiteradas,
E que tudo que ousou dizer que sou
Fez em dobro, e me causaste imensa dor...

Mas agora? O que contemplo é aurora
Um Sol em meu peito
Porque você não sabe amar,
Parasita do meu ar!

Meu valor, meu encontro comigo mesma...
Lembre dessa boca que nunca mais vai lhe tocar
E que perdeste alguém
Que com erros e tantos acertos, só quis te amar...

Vá!
Pesadelo de sua frieza, nem pensar,
Porque contemplo horizontes
E você formigas a passear...

kkkkk."



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Porque é o fim. (Por Carmen Ligia)

Ver que acabou bastaria...
O café que não tem mais sabor.
A vida que precisa de ressignificações
E sua presença fria, nessa solidão acompanhada.

Ver que noite fria se faz,
É ver bem mais, além do mar...
É sentar na fria convicção do que é concreto
E ver que amor já não é, e não sei por quantos dias o foi...

Precisaria te dizer que só bastaria uma palavra,
Um carinho, uma atenção amena.
Ligar e me dizer, como vai você?
Eu não sei de mim, mas sei que nada pode vir de você.

Busco uma saída mais próxima da porta do esquecimento,
Porque preciso cuidar de mim mesma,
Aprender que de amores pequenos, que nunca existiram
Foi só ilusão, quis tanto sua companhia.

A sua amizade, um ouvido que me ouvisse
Mas esse ouvido, não retêm quem sou...
Só vejo mais e mais momentos de um torpor vago,
Não é amor, é só fim de caso.

Me embaraço, e dói ver que não partiu
Ainda não.
Mas o que dói mais é ver que não és inteiro,
E de migalhas já não consigo.

Eu resisto. Em nome de um amor às avessas,
Sem abraço, sem beijo, e sem nenhuma fortaleza,
E das ilusões débeis que acredito, que tanto li, e até escrevi...
Nada igual a mentira sem sal ao lado seu.

Meu adeus é assim... Só pra mim.
Na verdade, não estou em sua vida,
Dois anos se passaram tão rápido,
Mas pergunto, o que ficou?

A minha vida e seus escombros,
Meus pequenos ensaios, meus ínfimos recomeços,
E a certeza que se nada certo
Pra que continuar?

Não quero isso que vivemos,
Em encontros às escuras
Sem verdade que me eleve,
Sem beijos, sem cinema, sem ilusão.

E a maior ilusão, é só o engano,
Em achar que vale postergar nosso fim, um fim em definitivo
Porque nem sequer somos reais amigos,
Se não me liga, para perguntar sequer como estou...

Mas eu vou.
Ficando não retenho nada.
Preciso de um verdadeiro amor,
E cansei dessa piada, sem graça.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Quem és você? (P/D.)

Quem és você?
Não acredito em sonho plasmado
Pois você foi carne e sonho real.
Serpenteando meu corpo, e meus sentidos...

Onde está você?
Te busco porque não haveria de esquecer
Um momento sem igual.
Um carnaval em maio...

Como te achar?
Sentada, no mesmo lugar???
E será que vou tremer, novamente
Na presença tão intensa de você?

O que vivi foi sonho real,
Seus beijos que me deixam ainda atordoada...
Seu corpo, que busco de outras estradas
Mas tive que seguir destino da Verônica...

Como diz o Mestre Paulo Coelho,
Em Verônica decide morrer,
Voltei ao lugar dos lunáticos
E saí: Sua presença sempre viva.

Vivi o purgatório,
Mas a certeza do meu coração pequeno
Que de tão imenso aceitou o abraço seu
Só me diz: Tudo é real. Ele é seu!

Mas aonde?
Presumo saber sua morada,
No face digo onde estou:
(...), meu bem...

Ou teclo meu telefone
Novamente pra te chamar:
(...),
E espero você chegar...

Mas quando?
Add infinituum,
Não vivi um sonho, meu amigo...
Tudo é real, e sinto o próximo dia 8 chegar...

Na agenda anotado,
Um encontro ainda sagrado?
Deixo coisas para trás,
Que já não servem mais...

A pretensão de viver na capital
Que Deus faça ação,
E que eu logo reencontre o sorriso seu,
Que foi tão meu...

Que em breve eu possa recostar novamente
No seu peito tão acolhedor.
Mais uma de amor,
E que dessa vez, seja pra sempre.

Percebo que Deus vem me guardando
Pra seu amor terno e franco,
Onde as máscaras já não cabem
E onde o tempo é silêncio, mas reencontro...

Farei novamente o curso de Direito,
Seguindo novas estradas,
As feras do que passou,
Deixo que absorva essa neblina a madrugada.

Sou sua. Desde sempre e ainda tanto...
Canto: cantos de paz e amor,
Ao som de um piano acolhedor
E de sua face encantada...

Não fica tão distante...
Te busco em cada instante-transe
E só encontro a realidade do seu corpo sobre o meu:
Sem distância, sem adeus.

Te amo. D.seu!
Até breve...
Mas quando?
Não demora. Saudade espanta...

E sou a primavera fertilizada
Que no seu corpo me farei amada.
Sem madrugadas...
Sol e Mar, enfim juntos... Na longa estrada!

(De Carmen Ligia, 03/7/13 às 11hrs01 minuto dessa quarta, em Itabaianinha-SE).

terça-feira, 2 de julho de 2013

VI - continuum (alinea A) - O vale do Feiticeiro

(...)

Desci dos pesadelos noturnos, e adentro em uma esfera de conflitos. O vale do Feiticeiro. Tem um queimor de álcool reincidente, mas que não me causa vontades desconcertantes e ambíguas. O álcool é proibido, a luz da vela violeta me protege. Escrevo o que ele vem me ensinar...

Olá, Mestre... Sei que o Sr quer se apresentar, e me dizer por que estou aqui...

_ Transição amiga Maga, apenas. Sou seu padre. Dessa. Mas sei que devo lhe orientar. Tome seus alopáticos. São precisos. É preciso. Nada a atrapalhar. Pois estamos em seu doce coração.

Obrigada pela ajuda secular. Mas ao que vens? Ou o que vem?

_ Vejo que se derrama no amor de Deus. E ele está a iluminar enormemente seu caminho. Seus bons amigos, estão fortemente tentando lhe ajudar. Sua nova morada, na capital. Seu amigo anjo protetor. Nossa corrente sempre iluminada pelos santos anjos do Senhor.

Poxa. Cheguei até a acreditar que a desventura seria minha companhia, porque estive em túneis tenebrosos...

_ O mal nos eleva a Deus. Sua alma translúcida, com seu sangue vermelho, batendo ao ritmo do seu coração. Os tremores dos remédios haverão de cessar. O cigarro é uma companhia, mas isso pode passar... Te guardamos no amor de Deus. Que achas do meu lar?

Às vezes sinto muita paz, mas quando meu pai bebe, e me exige remédio, remédio, e eu estou tomando os medicamentos coerentemente, porque quero controlar essa bipolaridade, e...

_ Tudo passará. Nos te guardamos. Uma esfera tão sutil, guardando tu, médium escrevente, amiga dos doentes, amiga de tanta gente, que quer te ver vencer. Sempre que sentires a inquietude do seu genitor, vem para nós, e escreva. Ouça o Padre Marcelo Rossi. Reze pelo seu pai: Ele tem medo de ver sofrer. Ele sabe que tu não mereces...

Verdade... Por que aqui chama-se o vale do Feiticeiro?

_ Por que sou um druida, e também um Srº que faz chás, e remédios espirituais para curar alguns doentes que gemem na terra. Senti que você precisava de um remédio espiritual, e estou aqui para te iluminar mais e mais em seus passos...

Assim, devo continuar escrevendo?

_ Sim amiga médium... É seu alento, seu remédio, e nos ajuda a encontrar a humanidade sofredora, que sofre talvez males maiores do que o seu. Você é um caminho, através de sua doença, aceitação, abnegação e SUPERAÇÃO. Continua sua estrada, sem beber, sem droga de fumaça. O cigarro mais dia menos dia, passa. Ou até fica. Mas aceite o que ainda não pode modificar, e lute pela sua liberdade, junto aos seus novos amigos. Ele, é um ser de luz. Aceite. Confie. Procure seu caminho. Mas compartilhe a fé em Deus e em Jesus Salvador. Alivia seu karma, e lhe ascende a novos planos de luz, cara médium...

Me sinto em paz, aqui em sua cabana. Tem um preparado em um caldeirão, e cheiro de mate no ar. Uma fogueira alta ao fundo da casa. Por que ao fundo?

_ Apenas para afastar os maus espíritos e as influencias nefastas. Estamos contigo. A corrente dos índios Cherockes estão em seu caminho... Os Estados Unidos passam por momentos de transição. E sentimos que seu coração também...

Às vezes, me sinto muito sozinha.

_ Não estás. Em breve verás muita animação, em casa de seus novos amigos... Temos fé em sua recuperação. Então, tomarás um pouco do fluido do preparado da caldeira?

Sim! Obviamente...

_ Então tome seu chá de maçã hoje. Tome essa unção, como o Padre Marcelo fala... Unção do Espírito Santo. Para iluminar seus novos dias...

Preciso acabar esse escrito. Obrigada pela sua companhia abençoada. Quando se intitulou feiticeiro, tremi.

_ Não trema. reze e confie.

Um beijo em sua mão te dou. E obrigada pela sua força, chefe Maltarico.

_ Ao seu dispor, precisando, me chama!

(...)  

VI continuum - a caneta dourada

Continuação do livro (romance) diálogo entre surdos
VI - Continuum

Tiro meus sapatos e contemplo o aspecto sombrio do lugar. Mestre X disse que esse é meu lugar. Adentrei no círculo mágico. Eu fui escolhida por ter me portado como boa menina, e ter sido fertilizada por um homem especial.

Coloco meu capuz. Vejo velas compridas que mais me lembram qualquer ritual da Idade Média. Estou no mosteiro y de Paris, a convite dos meus novos irmanados. Sou benquista.


Um senhor vem me falar em português rudimentar, mas com àquele sotaque parisiense que tanto sonhei viver: Seja bem vinda ao Grande Teatro da Vida.

Sorri! Felicidade, e dos agouros e calos recentes para estar em ambiente tão cheio se sonho e sol, apesar da escuridão reinante.

O francesinho simpático me dá um pergaminho, com meu nome em alto relevo, vermelho. E diz:

Só homens devem estar aqui, mas você foi quem descobriu os tesouros de Osíris, e nossa permissão é tratado selado em outras estações. Pensamos que quem receberia a chave fosse um dos nossos herdeiros mundo afora, para qual grande surpresa ter sido uma mulher. Uma poeta... Mas me diga, como conseguiu feito tão sublime?

Respondo, emocionada: Apenas segui meu coração. Ouvi a voz da intuição. Calei. Escrevi apenas o necessário. E vim pegar a caneta de ouro para escrever o livro tão esperado: O livro cinza. Esse será guardado entre os escritos dessa Irmandade, e só poderá vir ao grande público daqui há dez anos. Como foi os anos que estive no calabouço de homens maus, esse é o período de purgação da terra em transe...

Ele, visivelmente emocionado, pede para outro Mestre vir até mim. Esse me dá um afetuoso abraço... Um dinamarquês feliz, com um inglês que compreendo rasteiramente, fala em espanhol rudimentar:

Maga, sabes que nós estamos aqui para facilitar-lhe o caminhar... Que necessitas?

Respondo, de forma irônica mas pontual: _ Além de viajar e conhecer o mundo? Bem, ter uma pensão favorável, paga pelos membros dessa harmoniosa instituição, que valham o sacrifício de ter montado todo o quebra-cabeça da Marcha dos Silenciosos. Meus escritos ainda são permitidos no face, para me por em contato com os senhores, pois o Mestre X diz ser necessário da proteção e auxílio da Irmandade, para conhecer tratados, livros fechados, e lugares de meus sonhos, que me ajudarão na escrita do livro cinza, que deve conter 300 páginas, mais algumas 100 de referências necessárias... Mas para isso, precisam me mostrar o que vocês vem produzindo, pra eu poder fazer o liame necessário.

Obviamente. Fala o Mestre do Brasil. Estamos do seu lado.

Nesse momento, vem um lindo rapaz, na altura dos seus 30 anos. Meu súdito leal, o amor que se fez carne em outra estação, agora primaveril. Ele traz uma linda caixinha dourada nas mãos, e diz:

_ Vês, aqui está seu troféu.

Abro. Devagarinho, pra não estragar essa emoção secular: Lá está. A caneta dourada. Todos àqueles olhares da noite feita, dentro do círculo mágico, viram aplausos efusivos, de reconhecimento pela minha lida austera. Meu amor, que é Neto, sela meus lábios com um beijo respeitador. Como se já prometendo, além da lida das pesquisas, nossos passeios bucólicos na tarde parisiense. Mas ali, pós meia noite, tiro o capuz. E recebo uma coroa de flores na cabeça, que simboliza a fertilidade merecida.

(Continua?!)

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tua - De Carmen Pra J.

Amor é um termo extremo,
Amor é um templo sagrado
Amor me constrange
Amor me embaraço

Não pude te beijar ainda
Me fiz toda sua em seu colo;
Mas ainda o futuro lhe preocupa
Mas eu quero o seu amor que é nosso.

Te amo de sempre e tanto
Te quero de ainda e agora
Te espero porque sou brisa.

Sou tempestade,
Sou tarde,
Sou primitiva!