quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Decerto... (Ensaio para confecção do LIVRO Diálogo entre Surdos - Por Carmen Ligia)


Decerto...

Incerto... Não sei bem o que escreveria em um romance que não imagino o fim, nem sei qual o começo. O título ainda prevalece sobre meus pelos eriçados: diálogo entre surdos... Seres que não se podem ouvir, ver, mas sentir através de uma intuição? Uma escrita livre de preconceitos e do que possa vir a ser revelado.
Estou aqui... Existe um teclado frente a mim, e nenhuma coesão no que deveria escrever. Apenas vou teclando o que vem, sem agora me deter em erros de português, mas querendo ver além da imagem distorcida. Ou além da imaginação? Decerto, entender o que os Mestres querem colocar. Não Mestres de faces escuras, e de letras obtusas, ideias rebuscadas... Mestres que tragam a luz do Divino Mestre para nosso maior crescimento espiritual...
O que seria?
Mestre X.

_ x _

Havia uma casa atrás de um longo declive, o céu estava nublado. O cheiro de terra molhada me fazia bem, e sentia um perfume no ar: almíscar!

Holland estava ao meu lado. Ele tinha sido amável, um bom amigo. Disse que podia contar com ele, um peregrino que havia viajado o mundo atrás de respostas. Depois de fazer seu mapa, ou seja, um tipo de caderneta velha em que havia endereços de alguns mestres ascensionados que se fazem de terrestres, mas eram seres extra-terrestres? Evoluídos...

Encontrei Holland na estação da Espanha. Uma mochila velha nas costas, um olhar enigmático, um sorriso aberto... Conversava com um jovem, mas ele tinha uns 45 anos, ou estava nessa casa...

Não vejo auras. Vezes vejo. Vi um azul translúcido ao redor daquele homem bonito, barba por fazer, roupas simples, mas que sabedoria emanava daquele ser...

Sentei próximo... Fiz que estava lendo uma revista. Peguei meu diário. Comecei a fazer umas frases soltas... Holland disse: _ Estou buscando uma escriba...

Sorri, e disse: _ Qual seria a forma de pagamento??

Holland fechou o semblante e disse: _ Mercenária...

Nossa! Que pessoa direta e indigesta... (Pensei...)

Foi aí que ele começou a gargalhar...

_ Minha querida, o pagamento será apenas sabedoria...

Fiquei curiosa... Sabedoria não se vende em cada esquina...

E por que distribuiria sabedoria por aí?

_ Missões são para serem cumpridas...

_ Qual sua missão? Perguntei.

_ Escrever o meu caminho, pois peregrinei em busca de Mestres que estão aqui na terra...

_ Mestres?

_ Sim.

_ E os achou?

_ Sim. Mas não tenho como escrever essa minha andança... Preciso de uma escriba.

_ Quer fazer de sua peregrinação um meio de obter lucro?

_ Como você acha que pagamos viagens? Dinheiro será bem vindo...

_ E esses Mestres permitiriam ter suas ideias reveladas?

_ Sim. 2013 encerra um ciclo. Os Mestres querem esclarecer questões. Então... Se arriscaria nessa jornada?

_ Gosto de aventuras, e de escrever...

_ Como é seu nome?

_ Lis.

_ Prazer Lis. Meu nome é Holland!

Eu não poderia precisar o calor que escorria de sua mão, que acalentava a minha, e me induzia dizendo: _ Escrever é preciso... Navegar também!

O meu primeiro Mestre apareceu... Holland! Passaporte pra ver além sentidos, e trazer a sabedoria desses grandes Mestres pra um mundo físico: meio palpável, chamado LIVRO!




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