terça-feira, 7 de junho de 2011

9 comentários absurdos sobre ciência e tecnologia – Superlistas#comment-199281#comment-199281

9 comentários absurdos sobre ciência e tecnologia – Superlistas#comment-199281#comment-199281

9 comentários absurdos sobre ciência e tecnologia
Redação Super 2 de junho de 2011

Por Tânia Vinhas
Colaboração para a SUPERINTERESSANTE

A maior parte de nós sabe que a Ciência e a Tecnologia evoluem a passos largos todos os dias. A parafernália tecnológica ao seu redor não nos deixa mentir. No entanto, sempre aparece um cético cabeça-dura por aí que cisma que as coisas não vão dar certo e que a próxima invenção tecnológica revolucionária não vai vingar.

Confira a seguir uma das frases memoráveis e até aplaudidas na época que acabaram virando "bobagem", ou melhor, pérolas para as gerações seguintes, esta é uma delas:


“O cinema é só um pouco mais que uma moda passageira. É drama enlatado. O que a audiência realmente quer é ver carne e sangue no palco” – por mais incrível que pareça, a citação é de Charlie Chaplin, feita em 1916. Na época, ele mal podia imaginar que em muito pouco tempo a indústria cinematográfica viria a ser tão bilionária e competitiva – em 2009, o lucro mundial do cinema foi de 29,2 bilhões de dólares. Enquanto isto, o teatro foi deixado na categoria “diversão para poucos”.

Confira na íntegra no link acima!

Att,

Carmen.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo - O Negro em Sergipe

Neste resumo vamos enfatizar alguns aspectos da escravidão negra em Sergipe; como auxílio utilizaremos o material* elaborado pelo Profº Lindivaldo, Doutor em História, e professor da Universidade Federal de Sergipe.

O texto começa com uma frase do Padre Antônio Vieira, que em síntese esclarece a necessidade de mão de obra nos engenhos; este dizia que a solução permanente seria "quando entrassem com força, escravos de Angola".

Esta frase deixa claro a perspectiva da escravidão como utilitária ao progresso, reforçada por intelectuais, como Penalves Rocha; segundo este a existência da escravidão era reconhecida como um elemento natural nas sociedades, desde a Antiguidade.

Este discurso favorecia o olhar "superior" dos senhores de engenhos sobre "suas peças", ou seja, seus escravos, vistos como objetos, não tendo estes os direitos que outros indivíduos na sociedade possuíam. O Pelourinho, símbolo de ordem e poder, era um lugar de disciplina, público, e que servia para "dar exemplos". Cloves Moura, ao citar Vieira Fazenda, mostra-nos este simbolismo; Fazenda dizia que o Pelourinho "representava a autonomia do município e simbolizava que no lugar se fazia justiça, em nome do rei".

Mas em relação ao tratamento que os escravos recebiam, há relatos que aqui em Sergipe era melhor que em outras regiões nordestinas, segundo registo de Dom Marcos de Souza. Isto porque era uma mercadoria cara - era preciso não exagerar em castigos, para não "se perder" o escravo.

Ainda assim a participação do negro na sociedade sofria grandes restrições, mesmo para os libertos. Não podiam estudar, mesmo participar da Igreja, com suas exceções. Existe até mesmo uma carta régia de 03 de março de 1696, proibindo as mulheres negras de usarem vestidos de seda, artigos de luxo, ouro e prata. Mas estas inventaram sua moda peculiar, como hoje se inventa: apesar de diferenças socio-econômicas na sociedade atual, os moradores de classes menos favorecidas fazem sua própria moda.

Os escravos negros de Sergipe normalmente vinham da Bahia, e ficaram concentrados principalmente na região da Cotinguiba (nos engenhos). Saibamos que houveram rebeliões, fugas, mocambos (pequenos grupos de escravos fugidos); estes quilombolas eram difíceis de serem capturados, dado a velocidade de fuga, usando até mesmo cavalos.

Eis um resumo suscinto sobre a escravidão negra no estado de Sergipe.
(Carmen Ligia - Sergipe II - UFS).
*Material do Profº Lindivaldo - Cesad.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Deixem que eu descanse! (Poesia por Carmen Ligia)



Escrevi estes versos no celular, já "querendo" ir dormir... Mas quando os versos querem falar... Ai de mim... (rs) E ainda tive que postar...

"De tudo faço versos,
De tudo faço poesias;
E do meu inverso,
Minha maior rima!

Ao desatento, tempo...
Ao conhecedor, silencio.
Escrevendo o tempo se rompe,
Em meu descontente "ostracismo" - meu maior desafio.

Porém escrevo por ser poeta,
Não pela fama mas pela pena!
Meu devaneio, "realidade" que submerge,
E até me condena.

Também me completa; me constrange mas purifica!
Poesia em mim, sina e transe:
Toco Deus,
E carrego fardo com alma mais leve, até submissa...

Olhos não me veem,
E quando enfim despertos,
Eu "já fui"? Liberta-me Senhor!
Pecados já estou pagando, então me reconduza, por favor:

E assim, havendo outra,
Me dê mais sono, e poucas letras.
Que eu seja pastorinha,
Vida simples a passar...

"Pastar" em rimas,
Eis minha sina.
Mas noutra vida,
Deus haverá de me poupar!

Quase 5 da matina,
Uns chamam de dom.
Poesia é amante sedento; quer reproduzir!
Ai de mim... Tanto furor, e torpor...

Versos sobre tudo,
Meu paradoxo infame.
Versos infinitos, possessivos e "mui amigos",
Mas deixem que eu descanse!"

(Carmen Ligia, em 02 de maio/2011, quase 5 horas da manhã!!!)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Flecha - Estrada - Nova caminhada... (Por Carmen Ligia)



Flecha – Estrada – Nova caminhada...
(Por Carmen Ligia).

“Flecha...
Pausa!
Pedra.
Estrada...

Espinhos,
E flores;
Descaminhos,
Horrores.

Sol e sol e tanta chuva...
Música sem letra e som!
Norte que anuncia lua...
Sul que me dará, o tom.

Medos, disfarces.
Rua, escarlate...
Frios, e febres.
Sonhos me emudecem...

Milhas-fantasias,
Rio é regresso ao eu!
Nunca em dois banhos sou a mesma
Mas o rio, sempre rio, e vou pra Deus!

Mutante! Andarilha...
Cubro o mundo de poesias.
Corte, no pulso esquerdo
É que sangra coração-devaneio!

Feita de fina carne
Alma azul.
Céu é cinza...
Pinto meu calafrio, descortino meu vazio...

Sinto, e temo
Choro, e gemo.
Ando, vacilo
Vôo no infinito...

Terra molhada
Em ínfimas esperanças;
Danço, em transe
Transo romances...

Quem sou eu, se sou só eu?
Quem é mar, se busco o oceano meu?
Quem de disfarces, não diz pra que veio
Eu só vim, pra ser devaneio...

Parto, e fico
Passagem; é bonito
Ver mutações,
Meu ser clama revoluções.

Corte o frio do medo
Seja você!
Largue teu preconceito,
Não conceitue quem tu és... Pra quê?

Somos tantos, em um
Somos infinito no cósmico blue...
Somos pequenos, e tão imensos
Grão de areia, poeira ao vento.

Amor... O amor pode nos elevar,
Descobrir quem somos pra não vegetar.
Se exalte, seja quem tu és!
O mundo não é teu espelho, mas seu mundo pode ser exemplo:

Exemplo de dignidade
Mesmo com covardia,
Exemplo de moralidade,
Realizando fantasias;

Exemplo de preservação
Mas não de omissão,
Exemplo de superação,
Não de negação!

Seja você, custe o custar!
Derrube suas muralhas
Mergulhe no seu mar!
Seja quem és, autêntico e sonhador; não se perca, no torpor...

Estradas, esta é só mais uma
Eternidade, de cada dia.
Blasfeme a incongruência, mas ajoelhe no seu altar
Você em Deus, este pode nos libertar...

O Deus de seu entendimento, um Deus que nos eleva
Aceita nossos erros, e mostra a estrada certa.
Não importa o caminho, importante é caminhar,
Nossos desvios, só servem para nos revelar:

Olhe sua alma, com espelhos verdadeiros,
Quebre orgulho, vença seus próprios medos.
Atravesse a ponte, existem rosas em todo lugar,
Se fira em espinhos, sangrando a gente ressuscitará!

Não seja fantoche, a terra está em transe!
Ande, ande, por favor, se levante.
Olhe o mundo, ele é tão imenso...
Não é cor do dinheiro, queira desfrutar o mesmo.

Ajude a si, e estenda a mão pra seu irmão,
Aceitando quem tu és, viveremos em comunhão.
Não atire pedras, distribua sorrisos
Olhe o mar, e venha ser feliz comigo.

Somos amigos, quem é você?
Este poema é só pra nos enaltecer...
Não sangre, apenas por sangrar,
A ferida está cicatrizando, aprenda a se valorizar...

Minha amiga, tu és flor de maio, quer viver a vida;
A vida é tudo, é submundo, idílio profundo:
Noites de dores, muitos dias de amor,
Cresça com a vida, a lição nunca se acabou!

Voltemos crianças, é tempo de esperança,
Voltemos crianças, é tempo de olhar o céu.
Dancemos crianças, tirem logo este véu,
Sejam sinceros, respeite o outro dando amor sincero, sem fel...

Amemos a nós, com defeitos e qualidades,
Realizem sonhos, fantasiando com quem lhe for amor...
Não se prendam as regras, convivamos com elas
Ética é viver, buscando flores em cada alvorecer.

Tristes caminhos, espinhos e flechas...
Balas perdidas, fome e tanta miséria...
Sonho, quais sonhos, poderemos juntos realizar?
Sejamos um consciente coletivo, vamos ver o mar! AMAR...”

(Carmen Ligia Vila Nova Santos, em 26/04/2011; terminei agora, 16h36min).

Flecha - Estrada - Nova caminhada... (Por Carmen Ligia)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quanta poesia... Uma piadinha, he, he!



QUERO AMÁ-LA, OU MELHOR QUERO AMAR-TE...

Amar é...

O marido, ao chegar em casa no final da noite diz à mulher que já estava deitada:

- Querida, eu quero amá-la.

A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:

- A mala... Ah não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.

- Não é isso querida, hoje vou amar-te!!

- Por mim, você pode ir até Júpiter, até Saturno e até à p. que o pariu, desde que me deixe dormir em paz...

[[[QUANTA POESIA...

(Autor Desconhecido).

Versos-pensamentos (Por Carmen Ligia)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Por Victor Hugo

"(...) os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace."

Convite Sociedade Semear - HOMOFOBIA EM DEBATE EM BUSCA DE SOLUÇÕES - Próxima terça, 26 de abril - 18:30 às 22:00



Exposição "Homofobia em Cartaz" e palestra com Prof. Luiz Mott (UFBA/GGB),
prof. Marcelo Domingos (FAC.AGES/BA)
e delegado Mário Leony.
Abertura do evento com o Secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania de Sergipe, Iran Barbosa.

EVENTO ABERTO AO PÚBLICO.

Sociedade Semear
Rua Vila Cristina - 148
Aracaju- SE


Link no facebook:
http://www.facebook.com/event.php?eid=215370141809504

Versos-pensamentos (Por Carmen Ligia)

Versos-pensamentos (Por mim mesma...)

"Queria eu que a realidade nos contemplasse,
Em algum ponto do real incogniscível;
Mas na realidade, você distante,
Em um mundo só seu.
Eu estou no meu,
Tentando agradar meus desenganos,
Ou me deixando amar,
Mas como amar, o que não é o objeto amado?"


"A vida é a arte do encontro. Embora haja tantos desencontros pela vida".
(Vinicius de Moraes).

sábado, 16 de abril de 2011

Consciente, coletivo! (Por Carmen Ligia)



"Fugir, de mim, não dá!
Melhor me entregar
Ao melhor que existe em mim,
E ao meu lado “sombra”: Assim o sol vai raiar, enfim...

Esconder-me, de mim mesma, pra quê?
Melhor pertencer, me doar, pra não fenecer.
“Rolar” nos abraços do infinito,
Procurar O ombro amante-amigo; que pese, e que me eleve ao paraíso...

Fechar-me, no quarto, pra quê?
Lá fora o céu é cinza, preparando-se para chover...
Mas ele brilha, brilha a valer!
Céu de abril, pra abrir o meu ser...

Não vejo dia um tanto frio, já não me sinto O vazio,
Sinto-me a mil! Já não é euforia
Depressão, e isolamento.
Vento forte, imenso, que sacode meus sonhos, e me faz ver o firmamento.

Já são quase 17 com sabor de eternidade,
Nesta mesma efemeridade, jogo véus, ao léu.
Me desarranjo; não me estranho, nem me engano.
Me aceitando, vejo que sou um ser, só um ser, HUMANO!

Os erros são ensaios promissores,
Os amores, que me deixaram em pedaços
Me deram insights e roteiros deliciosos.
Nada foi em vão, acaso foi sorte. Azar? Rendição.

E hoje já não há omissão.
A janela do quarto não tem cortinas,
Eu já entreguei as cartas, não guardo coringa;
Já não me interessa ganhar... Quero sentir o ar, a verdadeira VIDA!

Interessa-me ser, eu mesma,
E ter, será consequencia!
As viagens que virão, este amor que vai chegar,
Então já contemplo o mar, ainda que da janela deste 6º andar...

E me aceito com defeitos imensos, também qualidades infinitas...
Amigos que chegam, muitos que ficaram,
Mundo que gira,
Nada acabado, concreto: Meu ser DESPERTO! Libertado.

E tudo que se vai, mais um dia,
E texto do livro de Goff que li,
Viagens ao centro de mim,
Pra sair, respirar; sorrir, e ser feliz.

E não na transitoriedade de momentos eficazes, alegres, e fugazes;
Não! Felicidade perene. Aceitar que sou deste tipo de gente:
Autêntica. Poeta. Irrequieta. Sonhadora; Propulsora...
E me revolvo em mim, vejo que existem mil escolhas

Mas só um caminho:
Me aceitar, em meu desalinho,
Sorrir, e chorar, mesmo que não faça sentido.
Celebrar o dom da vida, pois esta sim, sempre faz sentido...

Aconteça o que acontecer,
Será o que tiver de ser,
E sou o que sou,
Sem máscaras, sem palavras coerentes, falhas! Vou...

E ainda coerente, dando gargalhadas...
Rio de mim mesma.
Sou rio que transborda,
E transporta, o que em mim é essência:

Pecadora, Santa, Mágica, In - sana.
Filha de Deus, imperfeita, buscando alguma melhoria “santa”;
Mas hoje não é qualquer dia,
Hoje é dia de ser quem sou:

Incongruência de sentidos,
Mil sentidos, e muitos sentimentos.
Alguns falhos, tantos reprimidos.
Mas pra quê reprimi-los?

Aceitar meu lado “sombra “,
Saindo do abismo que é O ser robô.
Quero ser amor,
Amor em transe, amor que dance, amor que cante... Até o dissabor!

Amor que seja poesia,
E me amando deste jeitinho que sou:
Poeta, Inversa, Atrevida!
Abro a janela do meu peito: É tão cedo ainda...

Lá fora?
Festa, poesia...
Vida que nunca se esgota, fé que prenuncia:
Amar a Deus, ao meu eu, e a vida infinita.

E quero ser tudo:
A dor, o amor, o despudor, e o sentido do sagrado!
O peito que recolhe flores
E se fere em espinhos; mas não deixa de buscar jardins em suspensão, sentindo calafrios.

Em expansão, viajando...
Minha mão em sua mão,
Amiga, Amigo,
Eis revolução; TUDO JÁ FAZ SENTIDO!

Faremos uma sinergia, de novos dias que contagiam:
Um “consciente coletivo”, pleno de amor, fé e magia!
Sem querelas, sem medos. Seja, você mesmo
E acreditemos no sol de cada novo dia;

Mesmo que encoberto por nuvens
Vento que açoita:
Desalinho, é moda
E mergulhar, refresca a alma.

Seja caçador de fantasias.
Pegue o anzol, e busque seu peixe.
Mas se mexa! Respeite a vida, a diferença
Aceitando suas diferenças; elas podem conviver em harmonia!

E para isto, sejamos yin e yang infindo
Sejamos plácidos, e expressivos,
Sejamos ousados e pacientes,
Sejamos os dois lados da moeda: Isto é ser gente.

E se aumento esta narrativa,
É só pra dizer que vale a pena ser GENTE!
Então VIVA! Acorde...
De você não poderás ser ausente, senão ficarás "doente".

Então tente, tente...
Sair das mazelas desta “Matrix” alienada.
Seja criança, gente grande
E em transe consciente, encontrarás sua estrada, SAGRADA.

Tu és Sol e Lua.
Tu és bondade e delírio.
Mas você não é fantoche...
Nós somos o paraíso perdido.

Em nosso ser o domínio!
Em nossa carne, transmutação;
Na sua mão, seu destino.
Em seu coração, sua NAÇÃO!"

(Carmen Ligia, em 16/4/11; terminei 17hr24min).

Li artigo do livro de Le Goff & Pierre Nora, "História: Novos Objetos" in "O Corpo", pp. 141 à 159; Texto de Jaccques Revel e Jean-Pierre Peter - Janeiro de 1972 [Depois transcrevo aqui o resumo que fiz; estas são leituras para minha monografia].

"Sem Limites" AMOR by Lilian Poesias & Célia Jardim

Poesia de Negativas (Por Carmen Ligia)



"Não quero ser anjo, ou demônio.
Quero ser sentido vago, disperso, abstrato,
Ainda que paupável;
Porém real, e também surreal.

Não quero sacralizações, omissões,
Piedades infindas, e lugar no altar.
Não. Antes qualquer lugar:
No chão, na relva, no mar; sair da rotina e nos exaltar.

Não posso lhe dar quase perfeição,
Quadros poéticos, sonhos encantados;
Posso lhe dar amor sincero,
E pelo prazer, nos faremos, sagrados...

Não, de negativas não sou,
Ou de perspectivas altruístas;
Madalena arrependida, não sou,
Mas quero abrasar no calor de intenso amor, submissa.

Quero um colo, aconchego, "chamego" verdadeiro;
Noites de amor, conversas, amizade-sincronicidade.
Mas Arcanjo, anjo, não sou.
Serei amor-amante, de verdade; sem quaisquer disfarces!

Então me enlace; seja sereno e dono, Senhor de si;
Me envolva no amor em transe, constante e incessante...
Deixa ao passado seus melhores dias,
Mas em novos dias, posso ser amiga-amante: Monalisa. Afrodite... Poesia!"

(Carmen Ligia).

Mensagem Teste de Teatro Mágico



"Parado aqui, mas olhando, através dos olhos de quem partiu,
pra alguém que ficou...
Não seguiu as suas próprias regras.
Eu tinha diante de mim um mar que se chama solidão,
que me chamava viver com ele este estado bipolar de tédio e euforia barata.
Um mar cujas vagas vinham me beijar e afundavam meus pés na beira da praia,
isso sempre me deu medo.
Quanto desencontro ainda haverá nessa nossa vida?
Mas antes de mentir eu procurei te dizer a verdade,
só que tu não quiseste ouvir, agora é contigo, escolha no que acreditar;
uma mentira contada com sinceridade ou uma verdade absolutamente duvidável.
Se o pouco que tem, ainda tiver algum sentido então ainda há muito que fazer,
até por que agora não há mais alternativa,
nem onde se esconder é preciso trabalhar.
A vida é um mapa de palavras cruzadas,
um criptograma onde nada se encaixa e as pistas eram as letras ‘M’ e ‘A’,
o resto eu apaguei sem ler.

Eu te ofereço abrigo e carinhos pras feridas com as quais o tempo te presenteou.

Confesso que eu mesmo ainda estou me recuperando de tudo,
mas isso não é empecilho.
Também posso cuidar de ti.
Lembra quando este caos era só uma possibilidade,
e a insegurança era só uma fraca sombra?
Hoje eles têm peso, substancia e malicia.

Agora estamos longe de onde gostaríamos de estar embora aqui seja um lugar quase tranqüilo,
quase livre,
quase romântico...

Que mal há em acertar as contas com o tempo?

Ontem encontrei com alguns dos nossos antigos amigos,
me perguntaram por que não atendo mais meu telefone,
por que eu nãos respondo e-mails
e por que eu desapareci...
Gargalhei alto pra mudar de assunto e não dizer no que ando pensando.
Garanto-te que eu não vou rir de tudo isso."

O Teatro Mágico - http://www.oteatromagico.mus.br/

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Monólogo Imperfeito, por Carmen Ligia


"Uma massagem,
Uma neosaldina, um chocolate geladinho;
Nesta hora, vejo o quanto é deprimente
A solidão e o vazio...

Tinha anador,
E um quarto sem cor;
Um frio computador:
Solidão espanta!

Não tinha olhos, com sorriso,
Ou mesmo um ombro amigo.
Esperanças?
Mais uma noite, sem 'danças'...

Calafrio em meu peito, desejos;
"Cadê" os beijos, e um amor imenso?
Nada!
Anador, e outra madrugada em que queimo

Sozinha, sem massagens,
"Viagens"... Pra desvendar segredos.
Respiração, entrecortada,
Em meu monólogo imperfeito..."

(Carmen Ligia, em 15 de março/2011).

sábado, 9 de abril de 2011

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo = Causa no facebook




"Marcas do que se foi": Contra o descaso com as Escolas de Samba na cidade de Itabaianinha.


Sensibilizar a sociedade para que o carnaval de Itabaianinha, com as tradicionais Escolas de Samba, não se acabe por falta de incentivo dos órgãos públicos, e afins.

AJUDE ESTA CAUSA!
Link http://www.causes.com/causes/603746-marcas-do-que-se-foi-contra-o-descaso-com-as-escolas-de-samba-na-cidade-de-itabaianinha/about


Positions

1. Sensibilizar para o papel fundamental dos grupos populares - Escolas de Samba, como marca identitária de um povo, além de ser uma opção de atração cultural para o turismo;

2. Mostrar uma parcela da História das Escolas de Samba na cidade de Itabaianinha;

3. Envolver o maior número de usuários em torno da causa, para que a tradição das Escolas de Samba na cidade de Itabaianinha não se acabe por falta de incentivos dos órgãos públicos, que "deveriam" valorizar a cultura, e identidade do seu povo.
(***)


About

A Prefeitura Municipal de Itabaianinha, privilegia blocos carnavalescos, com cordão de isolamento, e venda de camisas, capitalizando a festa do povo - para todos! Paulatinamente os blocos populares, com frevo e samba, vão sendo sucateados, negando-se até mesmo as principais vias públicas para desfile dos mesmos.

Além disso, o de mais vergonhoso é o descaso com as tradicionais escolas de samba, por falta incentivo financeiro, ou colocando o desfile da única Escola para o último dia da festa, com horário limitado. O Crisantemos, a Lira do Amor, Arranca Fogo, Lira da Esperança, e muitas outras escolas chegaram ao fim. E o responsável pela única escola que ainda saiu em 2011, Seu Nezito, diz querer se afastar; seria pelo descaso com a cultura popular de Itabaianinha?

O único político que abraça a causa, e também escreve sambas-enredo, é o "vereador" Farmacinha. Cadê os representantes de nosso município para lutar pela nossa identidade cultural? E o povo, para reinvindicar nossos traços autênticos, não apenas comprando "as fardinhas" dos carnavais pré-fabricados vindo da Bahia?

Mostremos o descaso com a cultura popular, privilégios à importação do gênero baiano, em detrimento das manifestações populares dos moradores de Itabaianinha. O filho do atual prefeito Joaldo da Laranjeira, é o "responsável" pelo maior bloco carnavalesco da cidade na atualidade, este com venda de abadás, e respectivo cordão de isolamento - que começou a ser usado neste mesmo bloco.

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo - TRANSCRIÇÃO DE DOCUMENTO PRIMÁRIO




Caixa 10 / Envelope 39 - Acervo da UFS



De Amancio João Pereira de Andrade

P/ Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça

Em 11 de fevereiro de 1851


(e folha Nº 18)


"Ilmª e Ex mº Senh.

N 26 - L

1851 - Fevereiro - 11


Justiça


Em cumprimento das ordens Imperiais vou participar a V. Epª. que nesta data nomeei o Bacharel Gonçalo Vieira de Carvalho e Mello para o cargo de Promotor Publico da Comarca de Villa - Nova, exonerando o Cidadão Antonio José Pereira Guimarães que o exercia.


Deos Guarde a E. Epª.


Palacio do Governo de Sergipe 11 de fevereiro 1815


Ilmª e Ep. mº '&'essª Conselheiro e Ministro e Secretário D'&stado dos Negócios da Justiça"


(***)


P.S.: A letra acima, entre aspas, indica dúvida quanto a significação da mesma.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo

Hino de Sergipe
Fonte: http://letras.terra.com.br/hinos-de-estados/1658617/ em 06/04/2011.

"Alegrai-vos, sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
De o seu imenso terreno
Em províncias separar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Isto se fez, mas, contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más conseqüências
Depois se verificou.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Se vier danosa intriga
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar."

Atividades Sergipe II - História UFS - Profº Lindivaldo

SÍMBOLOS DE SERGIPE - Selo e Bandeira

Fonte: http://iaracaju.infonet.com.br/sergipecultura/modulo07.htm em 06/04/2011.

sábado, 2 de abril de 2011

Inspirador? Controverso... Mágico! Poesia de minha autoria, em Homenagem a peça Teatral que assisti ontem (1º de abril), CABARET dos INSENSATOS...


A peça: Cabaret dos Insensatos, (Poesias e textos de Bertold Brecht e Jean Genet). Representada pela Companhia de Teatro Stultifera Navis. Direção Lindemberg Monteiro.




[[Poesia em homenagem à peça que vi ontem, 1º de abril. Roteiro bem elaborado, sarcástico, e muito bem dirigido, mostrando a melhor essência do Teatro-Vida!]]



"Inusitado,


Provocante,


Mágico!


Profano "nu" sagrado?



Inresistível


Quimérico, e bem real.


Avassalador,


E surreal!



Impressionante,


Excitante,


Revelador!


O desconexo sem pudor...



Energias em transe,


Transas sugeridas...


Fantasias no real,


Real por ser fantasia!



Assim foi a sexta,


Na Casa Rua da Cultura!


Novos mistérios desvendados?


Realidade crua... "Quase" nua!



E personagens desvairados


Autênticos, e tão sublimes!


Espelhos, cenário, recorte sensualista...


Expectativas realizadas; atores afinados com maestria!



As atrizes? Com despudores, perfeitas no "imperfeito" da vida.


Magia que o teatro proporciona,


Sergipe tem "mulheres-talento" que tanto inspira


A ir além!



E o suposto "mal" do roteiro desenfreado, um bem...


Teatro é vida: Facetas desmascaradas!


E Brecht é eternidade em cada sussurro...


Pura Poesia em cada fala!"



Parabéns à Cia de Teatro Stultifera Navis, e a Casa Rua da Cultura, pelo esforço conjunto, e que a Arte se ESPALHE, e nos inspire a ir além da mensagem. Dia que máscaras caem? Teatro-Poesia-Arte, para ver além das coisas aparentemente "normais"!


Que viagem... (rs)


Para a brilhante companhia, sucesso na caminhada...


Desta aprendiz de poesia, Carmen Ligia.


A Casa Rua da Cultura fica situada à Praça Camerino, nº 210 - Centro.


Site: http://www.ruadacultura.blogspot.com/


Espetáculo ao qual me referi ocorrerá todas às sextas, 21 horas, até o dia 29 de maio. Preço muito acessível!


Haverá mais 3 peças na programação, aos sábados e domingos. Quando for vê-las, direi as impressões d'alma...


(***)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Democracia com JUSTIÇA social, no Brasil? Fala sério...

Para Baruch NPDOV
De: Carmen l (lis2331@hotmail.com)
Enviada: sexta-feira, 25 de março de 2011 15:32:17
Para: Baruch (blumbergcarvalho@gmail.com)


Baruch, estou indignada, perplexa.

Mesmo.

E chorando.

Há casos gritantes de desrespeito, em todo lugar, mas este e mail me trouxe lágrimas, pesar, e revolta.

Quem diz ser representante de Direitos, não respeita sequer, o ser humano, o profissional.

Vou repassar, sim.

Que tenhas um bom dia, e parabéns por divulgar os absurdos, os abusos de poder neste país.

Carmen L.




--------------------------------------------------------------------------------
Date: Fri, 25 Mar 2011 09:14:44 -0300
Subject: Fwd: FW: SOU PRESIDENTE DO STJ E VOCE ESTA DEMITIDO!
From: blumbergcarvalho@gmail.com
To:







Degradante.



A prepotencia deve ser combatida e divulgada amplamente...




'Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido'


A frase acima revela parte da humilhação vivida por um estagiário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após um momento de fúria do presidente da Corte, Ari Pargendler (na foto).

O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.

O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.

O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.

O motivo da demissão?

Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.

A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.

No mesmo momento, Marco se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.

Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.

Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.

Incomodado com a proximidade de Marco, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."

Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.

O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.

Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.

Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.

Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.

Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro. “Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz.

Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.

“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.

Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.

De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.

Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.

O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."

Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral.

- - -

Viu só?

Agora você quer saber QUEM é o estagiário demitido?




Ok, isso também saiu no blog do Noblat.

Quem é Marco, o estagiário demitido pelo presidente do STJ


Alvo de momento de fúria do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, o estudante Marco Paulo dos Santos, 24 anos, nasceu na Grécia, filho de mãe brasileira e pai africano (Cabo Verde).

Aos dois anos de idade, após a separação dos pais, Marco veio para o Brasil com a mãe e o irmão mais velho. Antes de começar a estagiar no Tribunal fazia bicos dando aulas de violão.

Segundo ele, a oportunidade de estagiar no Tribunal surgiu no início deste ano. O estágio foi seu primeiro emprego.

“Não sei bem se foi em fevereiro ou março. Mas passei entre os 10 primeiros colocados e fui convocado para a entrevista final. O meu ex-chefe foi quem me entrevistou”, relembra.

Marco passou a receber uma bolsa mensal de R$ 600 e mais auxílio transporte de R$ 8 por dia.

“Trabalhava das 13h às 19h. Tinha função administrativa. Trabalhava com processos, com arquivos, com informações da área de pagamentos”, explica.

No período da manhã, ele freqüenta a Escola de Choro Raphael Rabello, onde aprende violão desde 2008.

À noite, atravessa de ônibus os 32km que separam a cidade de Valparaíso de Goías, onde mora, da faculdade, em Brasília, onde cursa o quinto semestre de Administração.

Sobre sua demissão do STJ, parece atônito: “Ainda estou meio sem saber o que fazer. Tudo aconteceu muito rápido. Mas já tinha planos de montar uma escola de música na minha região onde moro".




Repasse, talvez chegue até ao Ministro e ele saiba que muita gente sabe da sua prepotência...






OBS: Repassei para mais de 40 pessoas de minha lista preferencial.

Vc é uma delas.

Não vamos nos omitir.

Jô Soares cai da cadeira 23/03/2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Reflexões msn, agora, com Ivan (mais ou menos 06h52 min, manhã...)

"(...) pois nao de trata de conseguir , e sim de se viver;


(...) a gente fica procurando algo no futuro e a vida se esvai."

(Palavras Ivan...)


Bom dia à todos... E carpe diem (APROVEITEM O DIA)!

Att,

Carmen.

Pular, seu muro... Por Carmen Ligia


“Já perto de uma hora...
Sinto ao longe, sinos tocando...
Gatos que não miam...
Profusão do encantamento absorto no tempo ausente.

Vejo uma grade, com pequena abertura,
Seria seu coração, fechado em forte castelo?
Vejo sua mão que acaricia meu rosto,
E ao tocar minha nuca, diz-me: Te quero!

Tem uma rua plana, estreita, e enganosa.
Tem vizinhas loucas por um bom dia!
Tem um lixo enorme na porta,
Mas a casa está limpa, e vazia...

Um sofá tão aconchegante que pede deleitamento.
Uma rua em transe que pede, esquecimento.
Umas árvores miúdas, e pensas em frutos;
Antes as flores, fujamos de qualquer absurdo!

Mais tarde a sua voz que não veio.
A palavra não lida,
A extensão do que vejo,
Mas é só impressão? Seria intuição? Devaneios...

Àquela praça em que esperas ela passar...
Mas quem é ela, que brilho cintilante no olhar, estás a buscar?
E das nossas vozes, mudas, já silenciadas,
Vejo que não tão certo, tudo poderá dar certo, em qualquer madrugada...

Mas peço o dia de Sol
Ver este nascer, com você!
Nos jogaremos ao mar,
Amar, e pertencer; se doar, sem tanto escrever.

E falar, eu quero você...
Já é toque de lábios,
Braços que me enlaçam a cintura,
Calor que me deixa tonta; tua...

E um lindo mar a nos açoitar, sereno...
Ainda que rebente ondas fortes, intensas,
Que nos faz andar um pouco,
O salgado da água, e nossos seres absortos...

Meio do mar,
Naufragar em teu desejo, minha maior vontade...
Amigos que não somos,
Amores, à parte...

E a poesia sucumbe à realidade:
É tarde, bem tarde...
A grade que conserta te desconcerta, no seu eu profundo,
E o que me resta? Abstração, poemas chulos... Mas quero pular seu muro!"

(Por Carmen Ligia, em 01h08 madru, 24/3/11, chuva forte em Aracaju...)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Comentário da Andréa M., a cerca da poesia De Braços Abertos, de minha autoria, postada aqui anteriormente:

"Carmen você é uma grande artista ,poetiza, tem um grande potencial, use essa sensibilidade do seu coração ao seu favor, divulgue seus poemas para alguma editora quem sabe algum prof da universidade;
Desejo muito sucesso, talento é para se mostrar, você tem um grande talento dentro de você nunca esqueça disso.
Fica com Deusss
Sucesssoooo

Andréa".


(Comentário em meu e mail, hj, 23/3/11).

Mais de 1900 acessos, no site power mensagens;
link
http://www.powermensagens.com/mensagens-em-powerpoint/auto_estima/mensagens/de_bracos_abertos.html

Ode ao Idílio... Por Carmen Ligia

Ode ao Idílio,
Por Carmen Ligia.



"Ode ao idílio
Ode ao fascínio;
Odeio a mesmice,
Amo o desvario...

Ode as noites, de seda,
Ode aos cheiros, ao paladar que se aguça.
Odeio olhos que não brilham,
E adultos que não brincam...

Ode ao mar, e apogeu do desejo estrelar,
Ode ao que em mim escondo, para revelar àquele que verdadeiramente amar...
Odeio a solidão, mas me preservo,
Entrega, é revolução, não mero momento abjeto.

Ode ao poeta, que geme frases desconexas,
Este abraçará Universos, no despertar da sua preciosa essência.
E em Kundalini, em mística viagem de seres conectados,
Encontram com Deus que é amor; não há pecados...

Odes aos mutantes de terra em transe,
Que cortam a neblina do medo.
Ode aos devaneios sagrados,
Mais pele, mais honestidade e “segredos”...

Odeio a mentira,
A máscara sem nexo.
Amo o inverso, fantasias do que é “correto”,
Amo a contradição, revelação: Seres enfim libertos...

Minha face, em teus lábios,
Mãos espalmadas,
Caminhando a mesma estrada...
Nosso encontro, comunhão encantada!

Dos versos jamais esquecidos,
Da porta que nunca foi fechada,
Amor de outra vida?
Deveras, dulces madrugadas: mágicas!”


(Poesia de Carmen Ligia; em 23/3/2011, às 16h22 min, quarta chuvosa em Aracaju – primeiro dia d chuva, em março...)

Por Walter Branco...

De Walter para AnaCris Martins, @ldisi@ coração do oceano, Irene Veronezi Pereira e outros usuários, em http://www.riverstone-poesiar.blogspot.com/

"Fantasma, correntes arrasta.
Nos sótãos, nos alpendres,
em noites frias e tão escuras.
Que buscará pobre criatura?

Sons abafados, gritos apagados.
Vozes cálidas de gargantas geladas.
Vem de tão longe, lá do passado;
nunca terminam, frases inacabadas.

De questões que já nada dizem,
pois a noite caiu e tudo passou.
Nos dias que jamais amanhecem,
Procura algum calor, no que sou.

Tudo em vão.

Fantasmas de mim mesmo, vão.
Nos teatros de óperas sem fim,
Buscam um script um papel,
Uma fala; que lhes dê razão
Que salte das criptas, dos vãos.

Um enredo.

Com Personagens vivos
deste segredo
Que mora em mim sem alívio,
E me dá medo

De ser o que quero ser,
amar quem eu quero
De ver o que há para ver,
e ser então, sincero."

Por Clarice...

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia de Visita... Por Carmen Ligia



"Hoje é dia de visita,
Ele vem me observar...
Plasmado, ainda que em meus sonhos,
Ele vem me acalentar...

Hoje tem cheiro de terra,
Terra distante, estou em transe;
Ele respira o meu ar,
Em troca dá-me apenas o despertar!

Não quero acordar, quero sonhar em teu beijo.
O beijo que nunca dei,
Cheiro de incenso no ar...
Estou nas Índias, ou navego em seu mar?

Hoje ele me desperta pra vida.
Fala de umas músicas, que só ouvi falar...
Tem cheiro de almíscar,
E gosto de mel, serenatas e blues para me encantar...

Hoje é o mesmo dia,
Mas é um dia diferente...
Dia que quero tocar seu olhar,
Com minha boca, quente...

Hoje é o nosso dia,
Quero sonhar com o amor que me despertou...
Hoje é madrugada fria,
Vejo seu olhar, seu cheiro está no ar... Meu Senhor!"

(Poesia de Carmen Ligia).

Mil sóis por Carmen Ligia, em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com

Check out this SlideShare Presentation:

segunda-feira, 21 de março de 2011

Amor de Recomeço... Por Carmen Ligia



Amor de Recomeço...
(Por Carmen Ligia).

“Amor de começo,
É ensejo.
Amor no recomeço
É vontade de ir além das imagens, pra revelar segredos...

Não direi amor sem fim.
Amor, de verdade, se eterniza por si mesmo.
Fica na melhor saudade...
E aqueles que sequer foram vividos? Miragens! Desejos...

Fico com imaginação, intuindo o que não vejo...
E sua ausência, é presença, no tempo.
Pois quando medito, lembro do seu olhar:
Aquele que não vi, mas já sonhei amar!

Seu nome já sei...
É Sol, a estrela maior do amor que rompe espaços...
Sua identidade, pra quê? Ver alma sem ver,
É privilégio de poetas, em busca do amado regaço...

Ou seria dos ascetas?
Não, sem filosofias tão sofridas.
O que quero é sua presença; VIDA!
Raios de Sol, esperanças infinitas...

E teu estado febril
É minha realidade facetada,
Mas buscando sua essência, nesta ausência desalmada...
Fico com versos; Ilíadas, Odisséias, e contemplo madrugadas...

Como seria o encontro final,
De céu e mar?
Seria despertar dos amores contidos, crus?
Azul... Em vida, sonhar! Se entregar...

Sem se verem,
Seres se contemplam, serenos...
Quem sabe um dia ao conhecer-se,
Diriam muito prazer, em besos?

E seu rosto, como será?
No cinza do céu que te recobre,
Sou a folha de papel na rua, bailando no ar!
Pegue este papel, escreva uma história que valha a pena desfrutar...

História do Sol (você),
Que se encontra comigo (o Mar?)
E no silêncio, nada mais nos calará!
Seu brilho infinito reflete em meu mar... Amar?

Nem fim,
Nem começo...
Recomeçar?
Só me diga se na luz dessa miragem, vou ver seu olhar, intenso olhar...

Sua alma,
Sua pele,
Seu sorriso;
Nosso calar!

Amores... Quem com tamanho carinho precisa problematizar?
Sem fim! Chegue-se em mim,
E que o começo seja assim, você pássaro que repousa em meu jardim,
E na eternidade do instante me abraça, enfim...

Nada a falar, nada para representar.
Tudo pra sentir, pele vai se arrepiar...
Sinto sua sinfonia no ar!
Sua luz reflete em meu mar: Recomeçar...”

Déjà-vu (Por Carmen Ligia)



Dejà-vu

Pense o que quiser,
Fale o que quiser,
Mas seja sempre você...
Temer, pra quê?

Haja o que houver,
Esteja onde estiver,
Me enlaça.
Me dê esperança... Mostre-me a sua alma.

Aonde você for
Lembre que de mais amor, nós já fomos perdidos...
E nos encontrando, perguntamos:
Será isto delírio? Talvez fascínio infinito...

Se vires prédios altos, esquinas desconexas,
Reinvente sua vida, largue tais quimeras...
Se acolha em meu seio, confortador...
Seremos mais uma de amor?

Se sentires uma brisa
Te chamando pra realidade,
Serei eu!
Antes cedo, do que mais tarde.

É cedo? Não creio...
Te busquei de outras paragens
Vim do Oriente,
E tu ocidente, racionaliza o que sempre se sabe?

Então não pensa...
Se entrega... De mansinho.
Colha meus versos com carinho,
Veja minha alma esfacelada...

Porque a morte
Me trouxe
Outra vez,
Pra sua estrada!

Mas a lua de hoje,
Tão linda,
Cheia! Sagrada...
Porém na madrugada, ficará sozinha, e calada.

Nada é por acaso.
Mas, o acaso
Será a última chamada?
Sol e Mar, errantes, na longa estrada...


(Por Carmen Ligia, agora 16:38 d 17 març 2011.

A solidão é fera... Agora, 17h05, ouvi um som lá embaixo do prédio... Tocando esta música.

sábado, 19 de março de 2011

Um comentário assim, tive que publicar...

Riverstone disse...

Definições para o amor por alguém que realmente ama. É pura magia Carmen
(POEMA) isto seria uma profecia?
Quem senão voce para ter poema até no nome. Doçura e magia. Adorei!

Walter Branco

(Comentário sobre o poema "AMOR SE REINVENTA", postado aqui,
por Carmen Ligia).

Imaginação = IMAGEM em AÇÃO!




"Você tem tanta coisa
Que não imaginei, encontrar...
Um sorriso terno que encanta,
E certo receio no olhar...

Você, especial em ser,
Tentar ser, só você;
Eu fico a imaginar,
Como pode, você "à deriva", no mar?

Ah, Ahhh...
O que não se conta, se inventa;
O que não se faz, se imagina;
Imaginando, viajo... Você é mais que acaso, é vida!

O que vejo, não pode ser real,
Você é ser de fantasias, o melhor carnaval...
Centrado, falante, e desconcerta
O meu passo, vacilante... Apaixona a grande tela:

Imagem em ação, deveras..."

(Carmen Ligia, em 19/3/2011...................

sexta-feira, 18 de março de 2011

Olá... novidades no hj...




Olá Blogueiros, amigos d plantão.

Tirando os problemas casuais, q vão, vão passar, quero dizer que tem um lindo Sol aí fora, nas ruas de Ará!

Agora, vou correndo tomar um banho, ir pra UFS... Terei uma aula ótima, com meu querido professor Bruno, d História Medieval (Doutorando UFRJ).

Depois, vou correndo assistir este evento ímpar, citado abaixo. Evento d audiovisual, que posso dizer, vai melhorando cada vez mais em nosso estado cosmopolita. E quem sabe hoje assisto Muro, premiado curta que o Bruno Gering (Londrina), com tanto entusiasmo me falou, no ano passado...

Abraço em todos...

Carmen Ligia.


"Março é o mês de aniversário da cidade de Aracaju e o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira | Programa Olhar Brasil, resultado da parceria entre Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes | Prefeitura Municipal de Aracaju e a Secretaria do Audiovisual | MinC, montou uma programação especial que inclui mostra de filmes e debate para comemorar os 156 anos da capital sergipana de um jeito todo audiovisual.



Dia 18, sexta-feira, às 16h, o NPD promove a segunda edição do Chá de Cadeira, cuja proposta é sentar não para esperar, mas para discutir o audiovisual. A ideia é aproveitar a tarde para adquirir conhecimento e trocar experiências com profissionais renomados do cenário brasileiro. Aceite o convite e deguste a conversa com os diretores da premiada produtora pernambucana Trincheira Filmes, Tião e Leonardo Lacca, que conquistaram o prêmio inédito, Regard Neuf (Novo Olhar), em Cannes, um dos mais famosos e prestigiados festivais de cinema do mundo que acontece desde 1946 na França.





A conversa contará ainda com a participação do pesquisador sergipano Djaldino Mota Moreno, coordenador do Núcleo Regional | Sergipe do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, que, na ocasião, relançará seus livros ‘Curtas Imagens em Movimento’ e ‘Uma Aventura Cinematográfica’.




No mesmo dia, às 18h, mais uma edição do Mergulho no Cinema, desta vez com a exibição de premiadas obras audiovisuais da Trincheira Filmes, os curtas ‘Décimo Segundo’, de Leonardo Lacca; ‘N.27’, de Marcelo Lordello; e ‘Muro’, de Tião.


Programação

Dia 18 | sexta

Local | NPD Orlando Vieira | Rua Lagarto, nº 2161, Salgado Filho.

16h | Chá de Cadeira

Aberto ao público

18h | Mergulho no Cinema da Trincheira

Aberto ao público


Filmes:


N. 27 - PE, fic, cor, 19’35’’, 2008, Dir. Marcelo Lordello

Sinopse: - O banheiro tá na limpeza – responde segurando a maçaneta, com toda força. – Limpeza?!? – É, procura outro, por favor.

Muro - PE, fic, cor, 16’35’’, 2008, Dir. Tião | Premiado em Cannes

Sinopse: Alma no vazio, deserto em expansão...

Décimo Segundo - PE, fic, cor, 20’35’’, 2008, Dir. Leonardo Lacca | Premiado em Cannes".

--
Graziele Ferreira
Coordenadora Geral
NPD Orlando Vieira | Olhar Brasil
79 3211 1505 8845 6612
npdorlandovieira-aju.blogspot.com

quinta-feira, 17 de março de 2011

VEM PRA MIM, Príncipe dos Mares... (((Por Sandy e Jr.

Desistir da luta? NEM PENSAR...



Nem Pensar

Fábio Jr.
Composição: Fábio Jr.

Tenho em mim a emoção mais forte que a razão
E por isso alguns me crucificam e outros, não
Sei que a emoção me entrega descaradamente prefiro
Ser assim
Prefiro assim do que viver, sofrer com essa gente

Que se emociona como eu
Mas não tem mais coragem pra chorar
Prefiro assim do que me acomodar
Prefiro assim, é sério!
Desistir da luta nem pensar

AMOR SE REINVENTA... Por Carmen Ligia



"Amor se reinventa,
Se pinta de preto,
Declara sonetos,
Declara estrelas...

Amor é pitoresco.
Diz se amar,
Diz se esquecer,
Quer um corpo para acalentar...

Amor se desintegra...
Se joga pela janela,
E se colhe, em outra estação;
Talvez em outro rosto, inventa uma nova canção...

Amor não diz quando chega...
E 'nem' quando parte.
Amor é parte de tudo,
Amor é verbo de mil possibilades.

Amores que vão,
Outros que chegam.
Amor que é omissão
Não é amor, é veneno!

Amor tudo abraça,
E reinventa a mesma maneira,
E em uma práxis encantada,
Diz bobagens, e coisas verdadeiras.

O amor do sublime...
O amor que se foi...
O amor que ainda busco,
Em mim já é morada

Porque me amando,
Vejo este amor chegando:
Estrada sagrada, estrada iluminada,
É o amor que faz a vida ser sentida, não suportada!

O amor que rompe qualquer fachada.
O amor que consome, insone...
O amor que sonha não desperta,
Mas o amor que compreende, liberta a alma...

(Carmen Ligia, em 16 de março de 2011; escrevi esta poesia em um banco da universidade, à tarde, em uma sombra acolhedora, vendo um jovem casal abraçados).

Sem fantasia - Chico Buarque, Nara Leão e MPB4

terça-feira, 15 de março de 2011

Definição do Poeta, por Pessoa, em comunidade do orkut, chamada EU AMO POESIA (também, eu também rs...)

Auto psicografia

o poeta é um fingidor.
finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente.

e os que lêem o que escreve,
na dor lida sentem bem,
não as duas que ele teve,
mas só a que eles não têm.

e assim nas calhas de roda
gira, a entreter a razão,
esse comboio de corda
que se chama coração.

Fernando Pessoa

(Fonte: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=5305142)

"A gente se ilude, dizendo que já não há mais, coração..." (Trecho d música)



Agora vou me preparar para dormir, 'pra um dia nascer feliz'... Agora mais ou menos 6 da manhana. Tenham uma ótima terça, amigos-leitores deste...
(Carmen L.)

O tempo não pára................!






"MAS QUEM TEM CORAGEM DE OUVIR, AMANHECEU O PENSAMENTO? QUE VAI MUDAR MUDAR O MUNDO, COM SEUS MOINHOS DE VENTO..."

(Trecho música do Cazuza, q estou ouvindo agora... Mais ou menos 05h07 da manhana, 15 d março/11).

O que conto é "poesia-conto"... A MASMORRA (Por Carmen Ligia)



Já são mais de duas e meia da madrugada,
O silêncio do meu quarto não silencia minha alma.
Esta queria gritar aos 4 ventos
Os anseios de irriquieta alma...

Alguém fisicamente presente,
De presente,
Em meu presente.
Inexiste... Meu ser está ausente!

Ausente de si, pois não pode compartilhar versos sem fim...
Não escritos,
Antes falado!
E com beijos, e ternos abraços...

O silêncio do meu quarto é enganoso!
É quebrado segundo, em meia hora,
Estou numa suíte de masmorra
E todos usam este toalete...

Me inverte sentidos
A pele arrepia...
Os nervos à flor da pele,
Nesta casa sem vida... Vazia.

Vida é paz!
Não é um lugar supostamente confortável
Isto tudo é lixo,
'A burguesia fede', pois ninguém permite amor brotar...

Lar? Que lar?
Estou a sufocar, fenecer
E quando saio tento rir, brincar, alegrar,
Para poder aguentar este drama pitoresco...

Afinal, tudo é ensejo
De brigas sem fim
Acusações imbecis,
E muito infantis...

O cigarro que voltei a acender
Mas aqui dentro não dá!
Aqui tudo é proibido,
Proibido ser gente, melhor calar...

E se fosse escrever meu drama
Antes seria trama,
Realidade insana
Não do que sou; do que me circunda e que me atola na lama.

Eis o que chamam família,
A mater provedora abriu a porta
Mexe no guarda roupa,
Que range, quando a mesma cala.

Pra quê falar?
O silêncio é mais pertubador
Pois o semblante não pode negar,
Que nesta casa, estou de favor. Madre? A me suportar...

Meu horror.
Publicar minha tragédia de vida privada?
Não, este escrito é mera fantasia
Uma realidade "inventada", abstrada, mas que mordaça!

E quando venho a escrever
Desabafo.
Alguém poderá ler e dizer:
Mas poeta, porquê?

Explicação não há,
Isto é tão antigo quanto meu respirar...
Por isto prefiro a cortina de fumaça fedorenta,
Ela anestesia um pouco da dor de sentir, e ter que fingir que aguento tanta asneira!

Ora, do sustentáculo que não fomentei,
Da renda que não possuo no final de mês,
Dos sonhos que foram rasgados pelo massacre da minha fuga,
Tentei fugir DESTA REALIDADE, e ainda aqui, com quase 30 que assusta...

Assusta, não por rugas que não tenho
Mas às vezes pernas doem...
O que apavora é o que não fiz
Ai de mim, permaneço no farelo, no dejeto de tantos dramas...

Insana é a parte da vida que me foi retirada
Porque o medo me assaltou na longa estrada...
A fuga não valeu nada,
E estou nesta masmorra de classe aburguesada...

E antes ter sido advogada, pela grana...
Em meu lar, com processos e tédio,
Não seria mais suave que este drama?
Mas o passado não se recolhe, a vida anda...

E História?
Curso que me parece a própria construção de qualquer civilização
Quem sabe da própria humanidade...
Ai de mim, desde 2004 e ainda a graduação se arrasta sem fim...

Mas a cabeça que não centra
O alopático que envenena?
E ela vem me falar do cigarro?
Por favor, este é sobremesa. O veneno é meu principal prato...

E aí vou, passando
De desengano, em desenganos...
No interior, meu pai e a depressão do tédio interiorano
Aqui? Ai de mim... Realidade que tento fugir, mas como?

Há de dizer: Vai trabalhar poeta de letra barata
Tu não vende o que escreve,
Vai buscar mínimo salário,
Ao menos terá paz em um recanto, humilde, sagrado...

Mas e a faculdade-dificuldade?
Por favor, Poder Superior,
Me ajude a terminar a bendida universidade...
Quero é ensinar, aproveitar esta grande oportunidade.

Mas como me concentrar
O circo, a novela, a Globo é aqui!
O filme é drama sem fim...
Risos mero comercial na madrugada; curtos, pra apresentar programação diária.

Mas lá fora...
No mundo aí fora, vejo aurora,
Pessoas que me estimulam ir além
Afinal, 'do lixão nasce flor', também!

E minha tragédia
Um dia há de ser comédia.
Vou tomar um cafezinho,
E acender cigarro lá embaixo do prédio, afinal, não pago meu quarto.

Quem mandou não trabalhar?
Quem mandou não seguir o sistema?
Agora, "aguenta"...
Quem mandou tanto sonhar, ser poeta sem eira nem beira?

kkkkkkkkkkk
Há de tudo mudar
Me vejo Historiadora,
Tanta "história" pra contar...

No estilo História do cotidiado
Meus desenganos, meu recomeçar
Meu levantar,
Afinal, minha fé não tem tamanho...

E hei de fazer o que gosto de fazer,
Não esmorecer diante da realidade que me empurra pra qualquer coisa...
Se até aqui, fiquei a esperar...
Que o comercial venha, é minha escolha:

O café que vou tomar
O cigarro que vou fumar;
A realidade que hoje, vou aceitar
Mas a fé que tudo irei superar...

Deus tem um propósito para mim
Fazer versos sem fim,
Quem sabe ter um lar?
Pois Jesus há de me resgatar, da masmorra.

Eu quero ver o mar,
Amar
Cansei de sonhar...
Vou me formar, pois fiz a melhor escolha:

Ser autêntica.
Ser poeta...
Tudo aqui é quimera, meros roteiros pra filme fazer
E eu hei de ser, UMA VENCEDORA! Deixo aos 'cegos o castelo', esta PATÉTICA masmorra...

(Carmen SANTOS).

Versos de Poesia 7 sonetos... Postada Ano Passado, d Minha Autoria

(...)
Pesadelo de vida, serão sonhos em realidade.
Fuga de mim mesma? Serão poesias, jogo tudo ao vento
Contratempos? Arrependimentos? Não... Cura tudo amigo Tempo!

Vou! Poesia nunca acabada, esperança na vida...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dica Música-Reflexão



Vai mudar
Fábio Jr.
Composição: Serginho Sá


É natural que ninguém mais se respeite
Que se sugue o leite até rasgar a mama
É compreensivel que ninguém mais se arrisque
Nos fartamos de uísque, eles que bebam lama
Quanto mais se pode, memos se faz
Quem vai por fim a este drama
O medo é tanto e nunca nos deixa em paz
Não vai mudar
Se a gente não se ama

Não se ama
Se a gente não se ama
Não se ama
Só vai mudar
Quando a gente se amar

Acorda cedo pra fuçar neste lixo
'Esquecer' de ser bicho, quando vai pra cama
Do nervo exposto, tanta lepra venérea
Santa puta miséria
E você nem reclama
Quanto mais se pode, menos se faz
Quem vai pôr fim a este drama

(Fonte: http://letras.terra.com.br/fabio-jr/646464/).

domingo, 13 de março de 2011

"SÃO ASSIM OCOS, RUDES, OS MEUS VERSOS:
RIMAS PERDIDAS,
VENDAVAIS DISPERSOS,
COM QUE EU ILUDO OS OUTROS,
COM QUE MINTO!...

QUEM ME DERA ENCONTRAR O VERSO PURO,
O VERSO ALTIVO E FORTE,
ESTRANHO E DURO,
QUE DISSESSE, A CHORAR,
ISTO QUE SINTO!"

(Florbela Espanca).

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval Fantasia X Carnaval Alegria ("Não deixe o samba morrer") - Poesia de Carmen Ligia

"A festa acabou - pois é carnaval
Sou passista - porque passo!
Eu sei - Eu sei - Eu sei!
Renunciei - não foi por acaso...

Ébrio de fantasias, serpentinas?
Não! Serpentes!
Veneno que descia pela garganta,
Monstro que se avolumava em meu eu quimérico-ausente

Homérico! Fantasmagórico! Tolo. E cômico em ser trágico.
Espinhos de fevereiro
Outros janeiros...
E folia - magia - nostalgias? Do que não fui, por ser carnaval?

Se tudo passa, até uva passa...
Carnaval em avenidas escuras
O que foi brilho, idílio, inspiração,
Meu palco de derrotas... Som, frênesi, e cores distorcidas: ilusão!

Multi cores, sabores, beijos e máculas,
Queimadura em meu dedo, no hoje
Bronzeado no ontem
Trio, praças, asperezas... Marcha!

Mas já houve marchinhas...
Hoje marcas que não cicatrizaram ainda,
Lembranças alegres, vazio meu ser que ainda passeia.
O carnaval morreu hoje pra minha sobrevivência. Necessidade não fantasia, mas lembra!

Máscaras? Por que insistem em ficar?
Desmoronar não vou, o que passou sempre a ensinar...
Vontade, não de cruzar esquinas, em plena avenida de vaidade.
Carnaval é hoje, e preciso enxergar o ser real, verdades!

Ai de mim, poeta em contradição,
Omissão e morte de fantasias, rasgadas para continuar a jornada.
Sigo! Sem nostálgicos domingos, sem esperas desnecessárias
No hoje me guardo; amanhã fé na longa estrada...

O ontem, são confetes branco e preto
No vermelho do meu sangue, picadas alopáticas,
Diurético é o remédio que me mantêm "acordada",
"Não viajo", não sobreviverei a outro naufrágio-cilada!

Azul, é o céu do mar do amor, que borboletou mas ainda não chegou.
Voo no céu de março, este instante não desandou
E segue, se sigo é porque confio,
Não em marchinhas, sambas mesmo trios. Silencio; apenas caminho.

Ausência da festa hoje é fortaleza,
Não que seja forte contra os golpes rumo ao norte
Mas vejo horizonte,
Antes escondia a verdade, fantasiando a vida: carnaval eterno carnaval

Passou!
Verde é a relva do meu amor que está para chegar,
Rosa é o entendimento carismático do meu bonito olhar
Da fé no que vier; do espelho meu retrato vou rasgar!

Não sou, este reflexo hoje estampado,
É só imagem fria, tom embaçado
O que sou, serei
O que vou... Já sou, recomeço!

Esqueço do passista, embriagado
Que pisando em espinhos não via nada, sequer seus passos...
E se vê em mortalha
No espelho da vida nua! Acordo e desnudo a rua!

Mas se o que ainda vejo
É imagem compulsiva, esta deverá se apagar,
Mesmo alguém que não se encontrou ainda
E foge de si mesmo, desespero-desamor, tudo vai passar!

É folia!
Sexta madrugada - é carnaval.
Dicotomia? Hoje vejo além do bem e mal,
Cereja... Frutas multi cores no quintal; elas querem é o bom "lobo mau"!

Frutas, saboreamos sem qualquer adoçante
Qualquer fermentação,
Sem fumaça, fulga na multidão.
A solidão revela triste quimera que enfim morreu; fenecendo é que estou a renascer; às mazelas dou adeus.

O ser que ainda não amadureceu
Não quer mais ser carnaval.
Se escondendo de si não evitou fel, e adversidades
Quer uma vida normal, cansou de ter miragens!

Sinto, uma nova paz diferente,
Cor do amor fraternal, transmutando a semente
O que fui morreu nas cinzas do que passou
Atriz que não samba, só cria... Crê em novos dias, já germinou!

"(...) Mas faz, muito tempo"...
Tempo de revolucionar
O meu viver, céu e mar
No encontro com Oxalá...

O Deus que é amor
O Deus que é perdão
Fé que é salvação! Em qualquer credo-religião.
Carnaval, meu pecado, minhas delícias, dor: averiguação!

Sigo
O meu fantoche, destemido
Na minha imagem desconstruída,
Peço a nova vida, confete e serpentina;

Samba, avenida que sangra
É porque cresceu,
A fantasia não morreu
A fortaleza só floresceu.

E cresce, cresce! Robusta é a fé, do que serei
E quero ser o Sol, vê o Rei
Deus em cada noite estrelar,
De brilho, meu novo recomeçar.

É tarde...
Sede pelo que virá,
Quero tirar esta pele que não serve mais
Quero tomar banho de mar!

Salve, o carnaval no coração humano
Não aspectos de festa, com trios e foliões insanos,
Quero o carnaval de mil corações sem mentiras,
Passando pelo tumulto, clamam o despertar, de novos dias: VIDA!

A festa, na alma renovada, sem fingimentos
O amor que vingará na alma cintilada, sem contratempos
Vai minha alegria, cobre o mundo inteiro
Não toco pandeiro, rimo meus sentimentos, e carnavalizo o viver...

Atento!
Março que passará
Promessas nos corações que querem se renovar,
A pressa para ter paz, e sambar...

Samba tu, sambo eu, sambo, bambo de lastimar amanheço,
Axé tu, axé eu, nós somos axé porque renasceremos
A fênix, sábado de cinza a voar...
Acabando o poema... Fé no que quero manifestar!

Carnavalesco meu coração sonhador, não fantasia
Quebrou o pandeiro, toca o mundo inteiro
Com o sonho de ir além do que aqui está...
A festa lá fora, que não seja imagem de hipocrisia, a banda sempre irá passar...

Quero a alegria
De ser quem nasci pra ser
Padecer não é crescer!
E carnaval mascarado morre em meu peito; já é hora de crescer, e crer no real que me faz amanhecer!

Hoje é, novo tempo!
Carnaval do que fui, hoje renasço,
Alegria, tristeza, fé com certeza
Eu sou todo dia do ano, aprendiz do acaso...

Passista que não perde o ritmo, não se arrepende; aprende e samba consciente...
Fé no que já é! Carnaval sem máscaras, fugas, precipícios
Axé, sambo na vida de alma lavada, com OTIMISMO,
Acordo e vejo A NOVA estrada, sem abismos.

Carnaval, pode ser a mazela de quem foge, todo dia
Usa festa com idolatrias,
Masss, pode ser alvorecer
Daquele que nunca deixará o samba morrer,

Podem vir as levas
De limites, disciplinas,
Necessárias pra vida ser vivida:
Tragam confete, dou-lhes poesia!

Alegria é ver
Que vale viver
Rasgar fantasias, e alvorecer.
E ouvir quando a banda chegar!

A vida recomeço, porque sou real
Não passo, pois eternizo real carnaval
E tristezas me fazem crer no amor,
A dor me leva além. Passou! A vida só começou...

Quem sambou pode sambar
Sem máscaras
Quem perdeu pode encontrar
Amor! Estradas renovadas! Doces e reais, madrugadas..."





(Carmen Ligia, sábado carnaval 2011).