quarta-feira, 23 de março de 2011

Ode ao Idílio... Por Carmen Ligia

Ode ao Idílio,
Por Carmen Ligia.



"Ode ao idílio
Ode ao fascínio;
Odeio a mesmice,
Amo o desvario...

Ode as noites, de seda,
Ode aos cheiros, ao paladar que se aguça.
Odeio olhos que não brilham,
E adultos que não brincam...

Ode ao mar, e apogeu do desejo estrelar,
Ode ao que em mim escondo, para revelar àquele que verdadeiramente amar...
Odeio a solidão, mas me preservo,
Entrega, é revolução, não mero momento abjeto.

Ode ao poeta, que geme frases desconexas,
Este abraçará Universos, no despertar da sua preciosa essência.
E em Kundalini, em mística viagem de seres conectados,
Encontram com Deus que é amor; não há pecados...

Odes aos mutantes de terra em transe,
Que cortam a neblina do medo.
Ode aos devaneios sagrados,
Mais pele, mais honestidade e “segredos”...

Odeio a mentira,
A máscara sem nexo.
Amo o inverso, fantasias do que é “correto”,
Amo a contradição, revelação: Seres enfim libertos...

Minha face, em teus lábios,
Mãos espalmadas,
Caminhando a mesma estrada...
Nosso encontro, comunhão encantada!

Dos versos jamais esquecidos,
Da porta que nunca foi fechada,
Amor de outra vida?
Deveras, dulces madrugadas: mágicas!”


(Poesia de Carmen Ligia; em 23/3/2011, às 16h22 min, quarta chuvosa em Aracaju – primeiro dia d chuva, em março...)

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