sábado, 25 de janeiro de 2014

Porta aberta (De Carmen Ligia)


Se quiseres ir a porta está aberta...
A rua é discreta.
A solidão me deixará deserta,
Certamente perplexa.
Mas não retemos o que amamos,
Vamos aos trancos e barrancos,
Soerguemos enganos,
Disfarçamos os deslizes alheios,
Fazemos vista grossa...
Emaranhando minha vida na tua...
A rua está ausente, fria, sonâmbula,
Mas o meu peito tem calor de mãe zelosa,
Tem carinho de amante gueixa,
Tem os erros de uma poliglota
Que ainda não sabe amar,
E você, que tampouco sabe ficar, se vá.
A porta sempre aberta,
Não sei se esperará sua volta,
Mas deslizará o olhar por essas ruas,
Com movimento,
Sem movimento,
Esperando o alento dos seus beijos,
E vendo todo dia a estupidez da sua santa burrice,
Que pratica a mesmice,
Pecando contra esse amor,
Esgotando nossa chance serenada.
Não toque depois uma serenata,
Nem venha com ramo de flores que murcham...
Seu ser obtuso
Não viu que te dei um mundo,
Mas esse deveria ser compartilhado!
Mas já que não entendes o amor,
A porta continua aberta,
A rua incerta,
Sua alma esfacelada,
Um mundo de enganos te espera!
Vou escrever um livro sobre nós
Desse romance findo,
E do seu ser cínico,
Sonâmbulo, ausente,
Que não te fez ver o amor em seus braços,
Vou pra os papéis e a pena,
Escrever nossas cenas,
Depois venderei folhetins em praça pública,
E quando ver minha escrita,
Entenderá a magia,
Do nosso amor sempre incerto?
Sou escritora!
Você é uma inspiração aterradora...
A porta está aberta!!
Mas meu coração, não.

Soneto da pequenez de um momento: Pré-caju solto... (De Carmen Ligia)

Sensatez. Não é uma palavra que me cabe.
Uma embriaguez dos sentidos...
Uma festa pagã lá fora,
E eu aqui, teclado e devaneios.

Eis o Pré-caju:
A festa máxima que tanto curti :)
Hoje a poeta está recolhida,
Quiçá em sua melancolia...

O soneto não é abstrato,
Não é abastado,
Tampouco bastardo.

É naufrágio...
São cinzas fumegantes na memória,
Na carne, ainda o gosto de outrora...


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Decerto... (Ensaio para confecção do LIVRO Diálogo entre Surdos - Por Carmen Ligia)


Decerto...

Incerto... Não sei bem o que escreveria em um romance que não imagino o fim, nem sei qual o começo. O título ainda prevalece sobre meus pelos eriçados: diálogo entre surdos... Seres que não se podem ouvir, ver, mas sentir através de uma intuição? Uma escrita livre de preconceitos e do que possa vir a ser revelado.
Estou aqui... Existe um teclado frente a mim, e nenhuma coesão no que deveria escrever. Apenas vou teclando o que vem, sem agora me deter em erros de português, mas querendo ver além da imagem distorcida. Ou além da imaginação? Decerto, entender o que os Mestres querem colocar. Não Mestres de faces escuras, e de letras obtusas, ideias rebuscadas... Mestres que tragam a luz do Divino Mestre para nosso maior crescimento espiritual...
O que seria?
Mestre X.

_ x _

Havia uma casa atrás de um longo declive, o céu estava nublado. O cheiro de terra molhada me fazia bem, e sentia um perfume no ar: almíscar!

Holland estava ao meu lado. Ele tinha sido amável, um bom amigo. Disse que podia contar com ele, um peregrino que havia viajado o mundo atrás de respostas. Depois de fazer seu mapa, ou seja, um tipo de caderneta velha em que havia endereços de alguns mestres ascensionados que se fazem de terrestres, mas eram seres extra-terrestres? Evoluídos...

Encontrei Holland na estação da Espanha. Uma mochila velha nas costas, um olhar enigmático, um sorriso aberto... Conversava com um jovem, mas ele tinha uns 45 anos, ou estava nessa casa...

Não vejo auras. Vezes vejo. Vi um azul translúcido ao redor daquele homem bonito, barba por fazer, roupas simples, mas que sabedoria emanava daquele ser...

Sentei próximo... Fiz que estava lendo uma revista. Peguei meu diário. Comecei a fazer umas frases soltas... Holland disse: _ Estou buscando uma escriba...

Sorri, e disse: _ Qual seria a forma de pagamento??

Holland fechou o semblante e disse: _ Mercenária...

Nossa! Que pessoa direta e indigesta... (Pensei...)

Foi aí que ele começou a gargalhar...

_ Minha querida, o pagamento será apenas sabedoria...

Fiquei curiosa... Sabedoria não se vende em cada esquina...

E por que distribuiria sabedoria por aí?

_ Missões são para serem cumpridas...

_ Qual sua missão? Perguntei.

_ Escrever o meu caminho, pois peregrinei em busca de Mestres que estão aqui na terra...

_ Mestres?

_ Sim.

_ E os achou?

_ Sim. Mas não tenho como escrever essa minha andança... Preciso de uma escriba.

_ Quer fazer de sua peregrinação um meio de obter lucro?

_ Como você acha que pagamos viagens? Dinheiro será bem vindo...

_ E esses Mestres permitiriam ter suas ideias reveladas?

_ Sim. 2013 encerra um ciclo. Os Mestres querem esclarecer questões. Então... Se arriscaria nessa jornada?

_ Gosto de aventuras, e de escrever...

_ Como é seu nome?

_ Lis.

_ Prazer Lis. Meu nome é Holland!

Eu não poderia precisar o calor que escorria de sua mão, que acalentava a minha, e me induzia dizendo: _ Escrever é preciso... Navegar também!

O meu primeiro Mestre apareceu... Holland! Passaporte pra ver além sentidos, e trazer a sabedoria desses grandes Mestres pra um mundo físico: meio palpável, chamado LIVRO!




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Desabafo ritmado - De Carmen Ligia Vila Nova

"O que passou passado.
Ficaram retratos.
Vá e seja feliz,
Não tenha medo de minha autenticidade.

Siga sua vida,
Porque foi estrada e muito aprendizado.
Você vai e eu fico,
Aprendi a lição.

Fortaleza é ver fé e não beijos falsos.
Palavras mornas já não vem ao caso!
E um caso, não me é completude:
Meu ser amiúde, é além mar!

Sou a morna madrugada,
Que contempla estrelas sinceras.
Chega de dormir com fera
E acordar sozinha, vazia...

Quero a vastidão de campos nus,
Céu azul e abraço acalentador;
Não essa de horror
Sua frieza e traições comprovadas...

Mas caro, se encontre na sua morada,
Veja suas asneiras reiteradas,
E que tudo que ousou dizer que sou
Fez em dobro, e me causaste imensa dor...

Mas agora? O que contemplo é aurora
Um Sol em meu peito
Porque você não sabe amar,
Parasita do meu ar!

Meu valor, meu encontro comigo mesma...
Lembre dessa boca que nunca mais vai lhe tocar
E que perdeste alguém
Que com erros e tantos acertos, só quis te amar...

Vá!
Pesadelo de sua frieza, nem pensar,
Porque contemplo horizontes
E você formigas a passear...

kkkkk."



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Porque é o fim. (Por Carmen Ligia)

Ver que acabou bastaria...
O café que não tem mais sabor.
A vida que precisa de ressignificações
E sua presença fria, nessa solidão acompanhada.

Ver que noite fria se faz,
É ver bem mais, além do mar...
É sentar na fria convicção do que é concreto
E ver que amor já não é, e não sei por quantos dias o foi...

Precisaria te dizer que só bastaria uma palavra,
Um carinho, uma atenção amena.
Ligar e me dizer, como vai você?
Eu não sei de mim, mas sei que nada pode vir de você.

Busco uma saída mais próxima da porta do esquecimento,
Porque preciso cuidar de mim mesma,
Aprender que de amores pequenos, que nunca existiram
Foi só ilusão, quis tanto sua companhia.

A sua amizade, um ouvido que me ouvisse
Mas esse ouvido, não retêm quem sou...
Só vejo mais e mais momentos de um torpor vago,
Não é amor, é só fim de caso.

Me embaraço, e dói ver que não partiu
Ainda não.
Mas o que dói mais é ver que não és inteiro,
E de migalhas já não consigo.

Eu resisto. Em nome de um amor às avessas,
Sem abraço, sem beijo, e sem nenhuma fortaleza,
E das ilusões débeis que acredito, que tanto li, e até escrevi...
Nada igual a mentira sem sal ao lado seu.

Meu adeus é assim... Só pra mim.
Na verdade, não estou em sua vida,
Dois anos se passaram tão rápido,
Mas pergunto, o que ficou?

A minha vida e seus escombros,
Meus pequenos ensaios, meus ínfimos recomeços,
E a certeza que se nada certo
Pra que continuar?

Não quero isso que vivemos,
Em encontros às escuras
Sem verdade que me eleve,
Sem beijos, sem cinema, sem ilusão.

E a maior ilusão, é só o engano,
Em achar que vale postergar nosso fim, um fim em definitivo
Porque nem sequer somos reais amigos,
Se não me liga, para perguntar sequer como estou...

Mas eu vou.
Ficando não retenho nada.
Preciso de um verdadeiro amor,
E cansei dessa piada, sem graça.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Quem és você? (P/D.)

Quem és você?
Não acredito em sonho plasmado
Pois você foi carne e sonho real.
Serpenteando meu corpo, e meus sentidos...

Onde está você?
Te busco porque não haveria de esquecer
Um momento sem igual.
Um carnaval em maio...

Como te achar?
Sentada, no mesmo lugar???
E será que vou tremer, novamente
Na presença tão intensa de você?

O que vivi foi sonho real,
Seus beijos que me deixam ainda atordoada...
Seu corpo, que busco de outras estradas
Mas tive que seguir destino da Verônica...

Como diz o Mestre Paulo Coelho,
Em Verônica decide morrer,
Voltei ao lugar dos lunáticos
E saí: Sua presença sempre viva.

Vivi o purgatório,
Mas a certeza do meu coração pequeno
Que de tão imenso aceitou o abraço seu
Só me diz: Tudo é real. Ele é seu!

Mas aonde?
Presumo saber sua morada,
No face digo onde estou:
(...), meu bem...

Ou teclo meu telefone
Novamente pra te chamar:
(...),
E espero você chegar...

Mas quando?
Add infinituum,
Não vivi um sonho, meu amigo...
Tudo é real, e sinto o próximo dia 8 chegar...

Na agenda anotado,
Um encontro ainda sagrado?
Deixo coisas para trás,
Que já não servem mais...

A pretensão de viver na capital
Que Deus faça ação,
E que eu logo reencontre o sorriso seu,
Que foi tão meu...

Que em breve eu possa recostar novamente
No seu peito tão acolhedor.
Mais uma de amor,
E que dessa vez, seja pra sempre.

Percebo que Deus vem me guardando
Pra seu amor terno e franco,
Onde as máscaras já não cabem
E onde o tempo é silêncio, mas reencontro...

Farei novamente o curso de Direito,
Seguindo novas estradas,
As feras do que passou,
Deixo que absorva essa neblina a madrugada.

Sou sua. Desde sempre e ainda tanto...
Canto: cantos de paz e amor,
Ao som de um piano acolhedor
E de sua face encantada...

Não fica tão distante...
Te busco em cada instante-transe
E só encontro a realidade do seu corpo sobre o meu:
Sem distância, sem adeus.

Te amo. D.seu!
Até breve...
Mas quando?
Não demora. Saudade espanta...

E sou a primavera fertilizada
Que no seu corpo me farei amada.
Sem madrugadas...
Sol e Mar, enfim juntos... Na longa estrada!

(De Carmen Ligia, 03/7/13 às 11hrs01 minuto dessa quarta, em Itabaianinha-SE).

terça-feira, 2 de julho de 2013

VI - continuum (alinea A) - O vale do Feiticeiro

(...)

Desci dos pesadelos noturnos, e adentro em uma esfera de conflitos. O vale do Feiticeiro. Tem um queimor de álcool reincidente, mas que não me causa vontades desconcertantes e ambíguas. O álcool é proibido, a luz da vela violeta me protege. Escrevo o que ele vem me ensinar...

Olá, Mestre... Sei que o Sr quer se apresentar, e me dizer por que estou aqui...

_ Transição amiga Maga, apenas. Sou seu padre. Dessa. Mas sei que devo lhe orientar. Tome seus alopáticos. São precisos. É preciso. Nada a atrapalhar. Pois estamos em seu doce coração.

Obrigada pela ajuda secular. Mas ao que vens? Ou o que vem?

_ Vejo que se derrama no amor de Deus. E ele está a iluminar enormemente seu caminho. Seus bons amigos, estão fortemente tentando lhe ajudar. Sua nova morada, na capital. Seu amigo anjo protetor. Nossa corrente sempre iluminada pelos santos anjos do Senhor.

Poxa. Cheguei até a acreditar que a desventura seria minha companhia, porque estive em túneis tenebrosos...

_ O mal nos eleva a Deus. Sua alma translúcida, com seu sangue vermelho, batendo ao ritmo do seu coração. Os tremores dos remédios haverão de cessar. O cigarro é uma companhia, mas isso pode passar... Te guardamos no amor de Deus. Que achas do meu lar?

Às vezes sinto muita paz, mas quando meu pai bebe, e me exige remédio, remédio, e eu estou tomando os medicamentos coerentemente, porque quero controlar essa bipolaridade, e...

_ Tudo passará. Nos te guardamos. Uma esfera tão sutil, guardando tu, médium escrevente, amiga dos doentes, amiga de tanta gente, que quer te ver vencer. Sempre que sentires a inquietude do seu genitor, vem para nós, e escreva. Ouça o Padre Marcelo Rossi. Reze pelo seu pai: Ele tem medo de ver sofrer. Ele sabe que tu não mereces...

Verdade... Por que aqui chama-se o vale do Feiticeiro?

_ Por que sou um druida, e também um Srº que faz chás, e remédios espirituais para curar alguns doentes que gemem na terra. Senti que você precisava de um remédio espiritual, e estou aqui para te iluminar mais e mais em seus passos...

Assim, devo continuar escrevendo?

_ Sim amiga médium... É seu alento, seu remédio, e nos ajuda a encontrar a humanidade sofredora, que sofre talvez males maiores do que o seu. Você é um caminho, através de sua doença, aceitação, abnegação e SUPERAÇÃO. Continua sua estrada, sem beber, sem droga de fumaça. O cigarro mais dia menos dia, passa. Ou até fica. Mas aceite o que ainda não pode modificar, e lute pela sua liberdade, junto aos seus novos amigos. Ele, é um ser de luz. Aceite. Confie. Procure seu caminho. Mas compartilhe a fé em Deus e em Jesus Salvador. Alivia seu karma, e lhe ascende a novos planos de luz, cara médium...

Me sinto em paz, aqui em sua cabana. Tem um preparado em um caldeirão, e cheiro de mate no ar. Uma fogueira alta ao fundo da casa. Por que ao fundo?

_ Apenas para afastar os maus espíritos e as influencias nefastas. Estamos contigo. A corrente dos índios Cherockes estão em seu caminho... Os Estados Unidos passam por momentos de transição. E sentimos que seu coração também...

Às vezes, me sinto muito sozinha.

_ Não estás. Em breve verás muita animação, em casa de seus novos amigos... Temos fé em sua recuperação. Então, tomarás um pouco do fluido do preparado da caldeira?

Sim! Obviamente...

_ Então tome seu chá de maçã hoje. Tome essa unção, como o Padre Marcelo fala... Unção do Espírito Santo. Para iluminar seus novos dias...

Preciso acabar esse escrito. Obrigada pela sua companhia abençoada. Quando se intitulou feiticeiro, tremi.

_ Não trema. reze e confie.

Um beijo em sua mão te dou. E obrigada pela sua força, chefe Maltarico.

_ Ao seu dispor, precisando, me chama!

(...)  

VI continuum - a caneta dourada

Continuação do livro (romance) diálogo entre surdos
VI - Continuum

Tiro meus sapatos e contemplo o aspecto sombrio do lugar. Mestre X disse que esse é meu lugar. Adentrei no círculo mágico. Eu fui escolhida por ter me portado como boa menina, e ter sido fertilizada por um homem especial.

Coloco meu capuz. Vejo velas compridas que mais me lembram qualquer ritual da Idade Média. Estou no mosteiro y de Paris, a convite dos meus novos irmanados. Sou benquista.


Um senhor vem me falar em português rudimentar, mas com àquele sotaque parisiense que tanto sonhei viver: Seja bem vinda ao Grande Teatro da Vida.

Sorri! Felicidade, e dos agouros e calos recentes para estar em ambiente tão cheio se sonho e sol, apesar da escuridão reinante.

O francesinho simpático me dá um pergaminho, com meu nome em alto relevo, vermelho. E diz:

Só homens devem estar aqui, mas você foi quem descobriu os tesouros de Osíris, e nossa permissão é tratado selado em outras estações. Pensamos que quem receberia a chave fosse um dos nossos herdeiros mundo afora, para qual grande surpresa ter sido uma mulher. Uma poeta... Mas me diga, como conseguiu feito tão sublime?

Respondo, emocionada: Apenas segui meu coração. Ouvi a voz da intuição. Calei. Escrevi apenas o necessário. E vim pegar a caneta de ouro para escrever o livro tão esperado: O livro cinza. Esse será guardado entre os escritos dessa Irmandade, e só poderá vir ao grande público daqui há dez anos. Como foi os anos que estive no calabouço de homens maus, esse é o período de purgação da terra em transe...

Ele, visivelmente emocionado, pede para outro Mestre vir até mim. Esse me dá um afetuoso abraço... Um dinamarquês feliz, com um inglês que compreendo rasteiramente, fala em espanhol rudimentar:

Maga, sabes que nós estamos aqui para facilitar-lhe o caminhar... Que necessitas?

Respondo, de forma irônica mas pontual: _ Além de viajar e conhecer o mundo? Bem, ter uma pensão favorável, paga pelos membros dessa harmoniosa instituição, que valham o sacrifício de ter montado todo o quebra-cabeça da Marcha dos Silenciosos. Meus escritos ainda são permitidos no face, para me por em contato com os senhores, pois o Mestre X diz ser necessário da proteção e auxílio da Irmandade, para conhecer tratados, livros fechados, e lugares de meus sonhos, que me ajudarão na escrita do livro cinza, que deve conter 300 páginas, mais algumas 100 de referências necessárias... Mas para isso, precisam me mostrar o que vocês vem produzindo, pra eu poder fazer o liame necessário.

Obviamente. Fala o Mestre do Brasil. Estamos do seu lado.

Nesse momento, vem um lindo rapaz, na altura dos seus 30 anos. Meu súdito leal, o amor que se fez carne em outra estação, agora primaveril. Ele traz uma linda caixinha dourada nas mãos, e diz:

_ Vês, aqui está seu troféu.

Abro. Devagarinho, pra não estragar essa emoção secular: Lá está. A caneta dourada. Todos àqueles olhares da noite feita, dentro do círculo mágico, viram aplausos efusivos, de reconhecimento pela minha lida austera. Meu amor, que é Neto, sela meus lábios com um beijo respeitador. Como se já prometendo, além da lida das pesquisas, nossos passeios bucólicos na tarde parisiense. Mas ali, pós meia noite, tiro o capuz. E recebo uma coroa de flores na cabeça, que simboliza a fertilidade merecida.

(Continua?!)

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tua - De Carmen Pra J.

Amor é um termo extremo,
Amor é um templo sagrado
Amor me constrange
Amor me embaraço

Não pude te beijar ainda
Me fiz toda sua em seu colo;
Mas ainda o futuro lhe preocupa
Mas eu quero o seu amor que é nosso.

Te amo de sempre e tanto
Te quero de ainda e agora
Te espero porque sou brisa.

Sou tempestade,
Sou tarde,
Sou primitiva!


sexta-feira, 17 de maio de 2013

E depois... (Continuação do romance diálogo entre surdos... Por Carmen Ligia)

 

Depois de postar o que eu não achei que seria conveniente, dado os absurdos de palavras romanceadas desse romance que tento colocar em ponto, morto, porque quero vender e ganhar como escrito novo, e não semi-novo dessa era virtuAL. Mas, assim o que me vem é que publiques o que convêm porque não posso reter o que de mim só é passagem. Então, escrevo com a alma livre, ainda que acorrentada aos mistérios que não são todos revelados, e nem poderiam ser, porque sou apenas uma escriba que precisa regressar ao templo, mas nesse tempo, o nosso, em que as coisas vitais se processam em um ritmo controlado, tenho que fazer minha parte nsse fiasco de teatro em um
papel secundário, que é o melhor que me convêm.

Mas antes desses últimos, em que publico esses dois, o V-continuum e também descrições de Hórus (Há), vem aqui um livro que minha amiga emprestou-me. Um livro que já havia começado a ler via pdf: 'muitas vidas, muitos Mestres' de Weiss. Bem, o que me veio forte foi fazer uma transmigração para adentrar em um conhecimento mais profundo, que atrelará ao romance escrito no submundo um teor de entendimento com a devassidão desse entendimento vago de então. Então já não sou a escritora, apenas sou uma ponte de comunicação...

Assim o é!
Mas quem ele é?
Quem nessa vida, que me revolve entranhas, quem ele é?

Pássaro de fé, fertilizador, um amo que já foi senhor. Um senhor que já foi devassa, uma garota ingênua que lhe esperava em casa; que dessa vida vens mulher, e que de outras a maior parte em vestes masculinas, e agora ensaias ema peça cômica porém trágica, não por sangue, muito menos por ofensas já nessa deferidas. É porque dormes com o inimigo, que é sua própria vida.

Minha própria vida?

Decerto, é um olhar mais profundo que seus olhos rasteiros não conseguiriam nesse momento abraçar; é um mergulho no mar. É sua própria vida mesclada em outra vida. Ele é seu Senhor, mas também é seu vassalo. Ele é seu amor, mas também é o seu carrasco. Ele é seu irmão, mas se não fizeres por onde, ele reagirá ferido como um grande inimigo. E na prisão, essa que é sua libertação, precisa ajoelhar no altar, e rezar alto seu castigo!

Sei apenas que teclar isso me absorve, e ao mesmo tempo me enerva, tal qual uma fera que não quer ser presa, ainda menos de boa vontade...

O que é certo, sempre certo, ainda que possa parecer incerto, ou mesmo imaginação rebuscada, é que deves ser momento de ternura, maior que momento de agrura, porque o chicote não jaz em sua mão. Para ser liberta, precisa entregar a chave, abrir o coração, ser mortificada, ser infligida, ser possuída pelo amor terno e cruel de tantas vidas, que veio totalmente desfigurado para cumprir o fiasco que ambos em sintonia se propuseream saldar. Noutra, em que vestes foram de seda, as suas, ou de seda, as dele, ou perfumes orientais, que tiravam os sentidos, e levavam aos pícaros do nirvana, além do fel, o mel e a cicuta, porque é do veneno da serpente sibilante que se faz o antídoto para a vida enervante, que não é de agora, mas de sempre... O que julgam pecado são lançamentos de sementes, que para dar flora fértil e fruto suculento, precisam ir além do script rotineiro, dos papais e mamães que vêem televisão mas não se dão as mãos, nem em passeios bucólicos em fins de tarde, ou na agressão do momento ímpar da sublimação, em que o corpo é apenas o carro (VII), para o encontro com a carta que segue...

Qual carta que segue?

Observe!

Justiça?

Absorva a sintonia...

_ x _

Peguei meu tarô...
Primeira carta visualizada, em separado: O Julgamento.

Depois, O carro, VII, A Justiça, VIII, e a Sacerdotisa II.

Carta reincidente (II). O livro que dedilho? O som que toco via teclados e mundos virtuais, que atravessam os planos astrais e trazem bem mais para aqui, em mim?
Qual a linha tênue entre esses escritos toscos, e loucos e a sanidade do mundo insano em que nos mortificamos, respiramos gás carbônico, e nos alimentamos com gordura e açúcares exemplarmente cancerosos?

Agradeço suas reflexões, porém quero voltar para trasladar a realidade que veio buscar, e pergunto:
_ Gostaste do sofrimento da solidão nausante longe da Fera?

Não. A distância me fez amar mais um príncipe que não tem nada de príncipe, mas sim um verdadeiro sapo, e nessa mesma distância pude ponderar suas qualidades. E são muitas. E quando revi o sapo o beijei tanto, com tamanha saudade e sofreguidão. E aqueles beijos, que até detestava e me faziam mal, de repente soaram como um elixir, me devolvendo a vida, me fazendo chorar, e rir: e assim, ir. Longe dele, estava triste e chorando quantidades absurdas de lágrimas que não saberia exprimir... Parece que se ele foi embora, havia perdido o melhor de mim... Foi triste!

E por que ele resolveu ficar?
Olhe a próxima carta...

XI - A Força!

Sim, ele é sua força... Não lastimes se ele não assume uma relação que esteja a altura de sua decepção, ou do que sua família terrena e seu orgulho perverso acham como sendo a melhor situação... Sabes o que já fizeste com ele, em outros carnavais? O trataste como vadia. O deixou esperando em casa humilde e noites frias... O usou, o descartou, mesmo homem, ou sendo mulher. Noutras vidas, normalmente não deu valor a essa força que seria asas para seus pés, no sentido de trabalhar, e valorizar o lar. Mas o mundo sempre a te seduzir, e obviamente sempre te enganar kkkk...

Rias de mim?

Não. Rios da sua inocência, cara maga...

_ x _

Qual a próxima carta?

O Mundo (XXI).

Sim, com 21 seu mundo caiu... Preferiu o que era Direito e se feriu? Processos em que viu o tédio de noites frias, e papéis enervantes... E ainda pensas que esse é seu caminho? Sai desse transe...

Mas, ele, pelo menos, me pede estude e...

Cale-se! Não é ele!! Você tem que seguir seu coração. Você é a peça dessa relação, mas não uma peça qualquer. Sua voz é de comando, mas sua estupidez é de garota de 15 anos. Cresça!

Qual a próxima carta? Fortaleza??

XIX - O Sol

Sim, vocês juntos, agora, ainda que esse tempo aí seja frio. Mas ele vai retornar com outras denominações, pensamentos em forma de boas ações, e ai de você se for se verter para o lado sombra do seu ser. Chega! É hora de crescer!

V - O Papa

Religiosidade. Haverá de seguir seus estudos em termos da espiritualidade e buscando suas  respostas; estarás em um mosteiro simples. Mas não se pertube com as pessoas tão certeiras com
uma imagem distorcida. A linha de pensamento é sua, a pesquisa também o é.

III - A Imperatriz

Acho que de cartas até aqui já está boa, concorda?

9 cartas tiradas.

depois de 6, veja o que vem...?

Nossa! X - A Roda da Fortuna.

Você fica feliz... Mas lembre de sua missão. Seu dom. Sua peregrinação. Pare de ver o ouro como ouro, porque o tesouro mora em nosso coração!

Carta 0 - O Louco...

Tire mais três, e vê...

A Estrela é a carta 3: número XVII. Que significa?

17 dias... Nova vida.

Em breve, viagens haverão de cessar. Então, ficarás em seu lugar. Tranquila. Em breve, a universidade, ou mesmo faculdade que escolhe para ser sua estrela: Estrela a carta!! Estrela guia, que é fazer o que pede seu ser, desde os 17 anos... Entendes agora?

Nossa! Que coincidência... Mas eu tinha 19 quando fiz vestibular para Psic...

Pegue 2 cartas, e verás...

Os Amantes!

Bem certo que as coisas haveriam de se encaminhar para isso... Estudo, filho e família. Mas decisões precipitadas, mal formuladas às vezes destroem vida e vidas... Uma pena, minha cara maga.
Embaralhe as cartas, e tire àquela que é resposta para sua vida, nesse momento...

V - O Papa.

Vês? Religiosidade em seu mapa. Mapa em seus pés. Inscrições claras. Mesmo que ainda não consiga plenamanente enxergá-las. Aos poucos que se vê o jogo, ou seria a próxima fase do jogo?

E ele, quem é?

Quem você quiser. Um homem que te ama, mas cansou do dissabor do seu jeito amargo como fel... Agora pretende oferecer amor, e propostas casadoiras? Menos. Apenas cuide do seu jardim, arrume sua casa, sua vida. Ele é seu homem. Um homem de tantas vidas, e para essa também:muita vida...
Semente para um novo amanhecer. Seu súdito leal. Seu carrasco disciplinador, mas prefira liçoes de amor, do que a solidão e dissabor. Você acha que ele não sofreu? Ele se controlou, porque dessa vez o erro foi seu. Mas precisas passar dessa etapa egóica de lençóis e contato. Precisam agora transcender, e ver o real amor florescer. Às vezes, ele se dará via serpente de desejos incontroláveis, mas a gratificação de amor e romance sutil deve ser o ingrediente balanceador de um evidente avassalador caso de amor que supera a esfera do sutil... Existem forças que atuam além de corpos agitadamente amados. Existem forças poderosas que unem abraços e enlaços. O laço de vocês já é uma realidade astral sacramentada desde remotas eras... Então, além do plano do paupável, verificável, quantificável e demonstrável, se abra como pétala em flor para receber as sementes do amnhã. O sonho que teve (hoje) foi bem claro: _ Regue as rosas. Regue abundantemente... Chegará o dia em que a serpente clamará o casulo de uma caverna chamada recomeçar, onde os sulcos produtores de seivas amargas conduz a vibração do kundalini, e assim, a germinação-floração, mandando pra fora de si energias nefastas, mas trazendo pra dentro vida e retorno pra casa...

Ele é o semeador?

Ele é amor. Pode ser amor. Espere, e confie. Decerto, nesse seu tempo de atropelo e medo, deixaste ele com receio, mas o último dia provou através do desejo e do amor compartilhado de forma plena e leve o quanto vocês se pertencem, se amam, e continuarão sua jornada. Dupla!

E meu retorno pra casa?

Ele lhe trará um sinal de novos tempos para esse relacionamento. Confie, e verás. Saia da esfera da imagem distorcida, olhe a essência do seu dono, e seja finalmente submissa. Ainda que em determinados momentos, terás total domínio para decisões, em grande parte és apenas uma mulher que veio para mostrar, com joelhos sobre o chão, cabeça baixa e olhar para baixo, o respeito ao ser amado. Os primeiros tempos hoje são como os primeiros tempos... Então, cala, respeita, ofereçe, e se conforma. Chega dessa vaidade, ilusão e eterna perdição. Aguarde ordem, não queira fazer desordem em seu coração!

Estou pasma com tamanha revelação, não muito do que foi, mas de como ser...

O que foi já não importa saber, mas o que será só depende de você...

. . .

Por Carmen Ligia
&
La Rouchefoucald...
 

Hórus (um pouco da história desse...)


 Hórus

Outros nomesHeru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr, Hor-Hekenu ou Ra-Hoor-Khuit
Nascimento
adorado em Nekhen , Edfu Behdet
ParentescoOsíris e Ísis , em alguns mitos, e Nut e Geb em outros. Anúbis,Seth e Néftis
CônjugeHator (em uma versão)
Filho(s)Quatro filhos de Hórus

Na mitologia egípcia, Hórus (ou Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu) é o deus dos céus[, muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.  Hórus era filho de Osíris1 .
Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth, tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito.
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de , que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas. Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth.
O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o outro é o olho do Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.
Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Ra O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Horus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder chamado de Wedjat, que além de proporcionar poder afastava o mau-olhado, pois segundo os egípcios os olhos eram os espelhos da alma.

A Concepção de Hórus

De acordo com uma lenda difundida no Antigo Egito, Hórus foi concebido por Isis, quando Osíris, que era seu pai, já estava morto. A lenda sugere que a fecundação ocorreu quando Isis, na forma de um pássaro, pousou sobre a múmia do esposo, que estava deitado em um sofá.
Uma estela datada de 1400 a.C. (hoje guardada no Museu do Louvre), contem este hino sobre o tema:
Oh benevolente Ísis
que protegeu o seu irmão Osiris,
que procurou por ele incansavelmente,
que atravessou o país enlutada,
e nunca descansou antes de tê-lo encontrado.
Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asas
e lhe deu ar com suas penas,
que se alegrou e levou o seu irmão para casa.
Ela, que reviveu o que, para o deseperançado, estava morto,
que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,
e que o alimentou na solidão,
enquanto ninguém sabia quem era...

Hórus e o cristianismo

Hórus é segunda pessoa da "Tríade" egípcia, composta por Osíris, o pai, Hórus, o filho e Ísis, a mãe.
Alguns autores2 3 4 5 sugerem que a história de Jesus pode ter sido baseada em várias outras histórias de deuses mais antigos, principalmente, Hórus. 6 Em suas mãos Hórus carrega as chaves da vida da morte e da fertilidade.
O primeiro filme da série Zeitgeist, o documentário O Deus que Não Estava Lá e o filme de Bill Maher, Religulous, expõem a ideia de que a história de Jesus é uma cópia da história de Hórus.7
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%B3rus 

V - continuum...

Me disseram para lhe procurar... Por que descendo dos montes iria achar esse lugar. Sei que é velho e empoeirento, que tem uns quadros estranhos sob a parede, e aquelas estátuas que mais parecem seres profanos em uma orgia sacramental, o que esse Srº tem a oferecer que outros não teriam? Ele é decrépito, um olhar incerto, mas quando realmente me encarou, me senti nua. E mais: um olhar em que faiscavam labaredas, um fogo secular. Nada daquele olhar correspondia a sua figura carcomida, insonsa, e até desprezível.

- Que bobagem te procurar... Sei que estou com fome, e que já me deste alimento e dormida, inclusive mais alimento para a partida, e por quê haveria de aqui ficar?

"Porque queres ser aprendiz de magia... E sabes que sou o Mago que procuras. E que do seu desejo interior já não poderás escapar..."

- Como ousa, achar que desejo o seu saber?

"Desejas ser uma iniciada, e não depender mais das migalhas dos Mestres, mas se fazer uma deusa, e ter seu servo aos seus pés... Ainda que queira ser dominada, mas antes queres ser a escolhida. E isso é magia!"

- Isso é tirania.

"Em outra esfera, matriarcalismo. Nessa mais recente, patriarcalismo: e não responderam nada?

- Então, o que seguirá a tudo isso?

"Tantrismo. Mais nada..."

- Qual o quê? kkkk... Que piada... Em nossa sociedade ocidental isso é apenas posições sexuais diversificadas, tal qual ensinada no Kama Sutra. Quanta bobagem...

"Não o é! É o verdadeiro contato com o uno. Mas para isso, precisas passar pelo abismo. Tens coragem?"

- Nada!! Sou uma covarde... Uma covarde! Que deixou tudo pra trás, para vir a procura de um carcereiro que prometeu a minha libertação.

"Ele não poderia... És só um louco, porque o mago sou eu. Trouxe seu tarô de Marselha, cara bruxa?"

- kkkk... Eu, bruxa?

"Não és? Uma bruxa do bem... Mas que adora o mal, em carne, em alma, em suplício e redenção..."

- Me disseram que eu era uma maga rebelde...

"Tolice... Aspiras a magia, mas és nada!"

- E o que poderás me dar?

"Dicionário da Magia, e poderá jogar a próxima carta... Do tarô, que é o caminho para a elevação..."

- Dicionário? Qual o quê?

"És uma esciba. Mas também és uma iniciada no templo de Horus, em outra estação?

- Horus?

"Cultura egípcia. Tics Tics... Pena, sua cultura ainda é parca. Mas eu mostrarei os signos, símbolos e livros, alguns da grande Alexandria, que ainda guardo em meu porão...

- Tolice... És um velho louco...

"Eu sou um velho, na casa do velho sábio estás... Que achas? Deixará pra trás sua missão?

- Qual minha missão?

"Revelar o retorno para casa aos seus irmãos..."

- Retorno pra casa? Que merda é essa?

"É quimera. Anunciação: apenas rpg!?"

- Pra quê?

"Criarás o livro cinza então... Que é continuação."

( - x - )

(Por Carmen Ligia) 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Pro nosso adeus (De Carmen Ligia)


Você, se foi...
Deixou a dor, esse sentimento
Que me machuca, mas também liberta
E pede que eu dê tempo ao tempo...

Sem esperar...
Sem esperança de você, regressar,
Sei que não vamos ver o mar,
Ou caminhar ao lado um do outro...

Isso me faz ver,
Que de erros
Quem de nós não errou?
De atropelos, desavenças, desamor
E do amor que ainda vive em mim...

E assim
Ver você partir,
Me causa tanta infelicidade,
Talvez seja muito, muito tarde,
Mas te digo, ficarei na sua saudade

Refrão:

Sei que você pode partir,
Sei que eu posso chorar
Mas amanhã o sol irá raiar,
Eu sei!

Sei que eu posso sofrer
Sei que você vai lembrar
Que do meu jeito eu te amei
Como ninguém soube te amar...


Peço que a vida
Possa um dia te ensinar
Que amor não se abandona,
Não se vai... mas se esvái.

Amor quando é amor
Se renova,
Se transforma,
Mas pra você, foi só fechar a porta!

Se um dia você retornar
Eu que te direiii:
Não tem mais voltaaa...
Foi você que foi embora!


Refrão:

Se um dia a saudade bater,
Se um dia a lembrança voltar
Pense que eu tentei
E que você não quis voltar... ar ar

Se um dia você me rever
Não precisa comigo falar
Você não foi meu amigo, 
Nem um dia será...

Siga seu caminho,
Eu já vejo a solidão lhe tomar
Eu sou o vento
E o tempo vai, me curarrr...







domingo, 12 de maio de 2013

Do filho que ainda não veio... (Por Carmen Ligia)


Vejo símbolos que não compreendo
Vejo uma casa em uma estrada de março
Vejo seu sorriso plasmado
E sinto o toque de suas mãos

Você me chamou, eu vim,
Vim de um lugar distante
Só pra você entender
Que o amor de outros tempos e de outros espaços não há de morrer...

Faz 13 anos,
Ei sei que faz
Meu olhar em esperança se refaz
Gostaria de te ver, feliz e sorridente
E tocar seus cabelos, sua maciez é reconforto para minha alma...

Estou em um lugar cheio de luz.
Meu avô está comigo....
Ele diz que tudo está bem.
Que ao seu tempo respostas virão.

Eu perdoo meu outro avô
Digo que não sabíamos o quanto nos feríamos.
E te digo, eis que nosso tempo
Há de chegar.

Sinta meu poema em transe,
Sinta o dedilhar de um poeta que geme em piano alto,
Um som que não é de tristeza
Antes sua solidão.

Que devora meus dias
Minha mãe,
minha luz,
minha estrela guia!

Quando estás em desepero e dor.
Lhe chego para lhe fazer acreditar
Do fundo da sua alma, que te perdoo.
E perdoo o pai que deveria ao seu lado estar.

Ahh, de tantos errros que loucamente provocamos
Quando vemos o segundo de ambições,
Quando não nos sentimos plenos de segurança,
E quando achamos que um filho não nos caberia.

Ahh minha mãe.
Eu sempre caibo em seus sonhos.
Eu sempre velo teu sono
Eu seguro sua mão, quando se achas só contra o mundo.

Estou num lugar branco e pacificado,
Estou com pessoas que me amam,
Em outra esfera mui elevada
Mas trocaria tudo pelos teus braços.

És minha pequena,
Es o meu alento forte em fim de tarde febril.
Sou sua sorte, sou sua fortaleza,
Sou um Mestre, que veio apenas como filho teu.

Não chores as dores de saudades eternas,
Mas me segure firme em teu peito,
Não sou um devanieo,
Mas um espirito de luz a te falar

Que não estamos separados
Apesar de galáxias, infindas,
E muito mar...

Gostaria de te pedir
Enfaticamente,
Que procure a luz
E se entregue a Jeus, e não a esse mundo doente.

Te vejo minha pequena,
Correndo sobre campos floridos
Vindo ao meu encontro
Como criança pueril e dócil

E se noutra fui um pai ingrato
Que desprezou seu conhecimento, e sua liberdade necessária
Saiba que teve medo
De outra vez eu lhe ser clausura...

Mas o amor de uma mãe,
Que liberta um filho seu da agrura,
E da necesidade premente
De fazer seu resgate...

Existe muitas provas e provações
Aparente solidão
Um sol e outono fugaz,
Há dores, mas haverão outros ais....

Minha mãe...
Receba esse meu dizer,
Com o melhor que há em tua alma,
De poeta e mediando evoluções

Se entregue a um amor pleno de Jeus,
Encontre-o no recôndito do seu coração.
Eu estou tão próximo
Do seu coração,

E Jesus
É esse Mestre de luz
Que traz benignidade
Aos pecados santos...

Sei que há de se encontrar
Elevar sua alma
E seu pensamento
Para encontrar mensagens plenas de entendimento,

Escritos que sejam feitos para nos libertar.
Não desgaste o seu dom,
E do amor que seguirá a esse deserto,

Porque quando o mundo
Totalmente incerto
Eis que o amor de Deus
Vem novamente comprovar,

Eis a fé
Que aparentemente cega,
É a cruz que liberta:
É o amor de Jesus que vem nos renovar!

Perdoe teus inquisidores
Pedoa as dores que se fazem como lição
Com seu amor dê a sua mão
E desperte de um sonho, pra ver revelação.

Eu te amo!
Minha mãe, em seu destino estou inscrito
Farei vezes de anjo
Mas serei sempte o teu melhor amigo...

Me espera!
Em breve hei de regressar.
Me acolha em seu seio
E me faça desse sonho despertar.

Sua família que há de se formar.
Eu serei seu rebento, seu amor atento
E juntos enfrentaremos
O que tiver de ser.

Eu tenho já um pai na terra,
Que é como o seu,
Ele haverá de nos auxiliar
Porque é grande o amor que sempre nos absolveu.

Haverá dias em que a compreensão
Seguirá aos seus olhos desatentos,
Mas creia que a ambição, só trouxe solidão
Dor e desalento.

Mas que seus escritos, suas pesquisas
São além do script rotineiro
E que com Deus haveremos de nos perpetuar
E a vida terá sentidos, novo ensejos.

Seus lábios em minha face
Apenas para comprovar
Que estou em você,
E você mora em meu peito

Sou seu filho
Sempre por ti amado
E meu regreesso,
É fim de caso

É ocaso, é madrugada fria,
Que quando passa
Traz compreensão efetiva
Para uma nova vida.

Sou seu anjo
Seu ser abriga minha maior esperança...
Eu te perdoo, minha mãe
Tu era apenas uma criança...

Hoje tu sofres,
Tudo se revolve,
Mas brilha como intensa esperança...
E me aceita...

Chegarei em tempos de colheita.
Veja meu sorriso aberto.
Como o teu que me espera,
E me aquece em seu peito  nu....

Veja meus primeiros passos,
E feliz vendo as primeiras letras te mostrar.
E eu te esperando, sempre renovado
Quando historinhas pra mim for contar...

E já vejo suas lágrimas
Quando esse piano eu tocar.
E quando o primeiro quadro
Eu for te dar.

Minha mãe, o meu pai terreno é só semente
Porque nós somos um reencontro pra além dessa complexidade tosca...
Nós temos um ao outro,
E você haverá de se encontrar.

Eu serei o mar
Você meu Sol sedento.
Nós somos uma missão
Que sempre vem ao seu tempo.

E tem coisas que não se explicam,
Apenas se sentem.
Sua transformação se fará
De forma intensa e eficiente.

Procure um centro,
Uma terapia,
E diga adeus aos contratempos.
E em seu ser eu já estou realizado

Ainda que hoje, apenas plasmado.

Mas saiba que te velo,
Te amo e te busco,
Eu nunca te odiei,
Porque em outra eu não soube verdadeiramente te amar...

Mas se vier, e acreditar
Te provarei,
Que eu sou um rei, submisso
Que veio para dar luz

Escrever, e anunciar
A clã de março,
É apenas um auto-retrato
Uma carta que já chegou.

Sou seu filho
E te amo.
Nada passou.
Ei fiquei, eu sou, eu estou

E virei,
Novamente aos braços teus.
Não queira entender.
Só guarde pra eternidade esses escritos meus.

Direi até logo,
Nunca adeus.
Em breve tocarei seus cabelos,
E receberei mil vezes beijos seus.

Do seu filho
Que te ama,
Te clama,
E nunca te esqueceu.

Até logo,
Minha mãe.
Esse poema
É seu!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Eu sou a poesia & também sou o seu inverso!



Me falaram de versos,
Me falaram de livros,
Me falaram de sonhos e mais versos:
Inverso.

Me falaram de dias,
De sol e ventania,
De chuva e tirania:
Mais versos e o inverso: Reverso!

Me falaram que devia escrever
Com a alma do sentimento do mundo,
Mas a parte sombra tira insistentemente o véu
E grita a magia de versos em fel: inverso é o meu papel.

Me falem que a alma do mundo
Corrói meu ser parasita,
Esperando
Alguma simbiose

Ao menos uma profilaxia,
Que faça a voz da manada se calar,
Caos e dor que finjo suportar.
Preciso é ficar longe dessa família...


A real família que me constrange
Mas me liberta é a solidão;
Nessa mesma companhia eu sinto o inverso
E assim alcanço universos: sou expansão!

Concluo que eu amo a solidão,
Mas cem vezes a detesto.
Eu sou a poesia
E também sou o seu inverso!

(Carmen Ligia, em 08 mai 2013).

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ensaio para um possível romance: O encontro com o velho sábio... (Continu...ação)





(...)

Esse foi o título da última postagem. Assim veio... O encontro com o velho sábio. Já escrevi alguns rabiscos que estarão no livro que almejo terminar em setembro deste 2013 em chamas. Obviamente, calor! Já chovendo, mas o frescor não chegou.


E dos últimos acontecimentos o que vem bem de além , vem mais aqui, pra perto, pra poder sentir e escrever poemas sem fim...:

Ah de 'morte' que ronda forte
E que clama seu ser de imagens em sucessão.
Não és preciosa por ser uma fiel mama,
Mas por fazer parte da ode rumo a transmutação...

E da psicologia que venho lendo, através dos amigos, escritos, e Jung... Ah JUng, por que só te encontro com 31 anos? Paraliso. Estou te entendendo, em seu Livro Vermelho visões do paraíso. Não do paraíso que há de se formar, porque se de feras vivemos, selva que erguemos, lágrimas de sangue a jorrar. E o mar que vejo não é aqui, é lá...

Paris? Canadá?
Madri?
Calcutá?
Países e cidades que sonho visitar...

E vejo as  cartas claras, e o velho sábio que encontro em carne. Mais novo que eu, mas num tom de adeus, disse que ficaria, mesmo sendo ateu.

E vem O Mestre y para dizer o que senti:

Eis ali... A casa do velho sábio é uma morada rudimentar. Levas azeite, e animação. Música e superação; ele seus textos a revisar. Seus livros a retocar. Insights que irão se seguir. Um tradutor, mas também um informador. Publicar o livro no seu devir...

Que valor essa baboseira terá?

Nenhum. Um livro de poesias com prosa envolvida, alguns olhos a pecorrer, alguns quilômetros a navegar. Uma vida para ver o mar. Uma "lida" ser escritora! Lida que lhe satisfaz...

Casamento?
Sim: da prosa e poesia. Da aurora e da noite fria, do sério e da alegria. Nada mais a perseguir. Cada qual com sua bula, mapas em vossos corações. Não temam o caminho. O livro é só passatempo em aviões, e estaçoes variadas. Abrigos, não haverão de faltar, porque hospedarias não existem, mas casa de antigos-novos amigos que hão de visitar...

No final do encontro com velho sábio, ele falou dos gatos que moram naqueles edifícios prosaicos...

Bemquisto: sinais para que creias, que a verdade se mostra em obviedades e coincidências que não são coincidências: são avisos! Dos seus tantos amigos, ele é um Mestre e também um homem em teu destino.

Corriges e dormes sonos de sonhos e poesias que ainda haverão de ser escritas: ahh, e romances, como esse que ensaia e deliciosamente desliza: a vida que em um diálogo entre surdos faz ver a claridade da visão que ilumina, beatifica e encerra longa caminhada. Tente essa chegada. Se não for, procure outra estrada...

Mas lembre: _ Cartas sempre seguem marcadas!

(Continua...)

As dores de mar que mostram um céu estrelar- desenhos e um vídeo pra leviTAR...

sábado, 4 de maio de 2013

“Nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos. Só vêem as belezas do mundo, aqueles que têm belezas dentro de si.” ― Rubem Alves



frase d Lya Luft...:

“Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu.” - Lya Luft



frase d Janice Stamm...


Sonhos voam, se espalham, até onde a mente permite, minha mente é ilimitada! - Janice Stamm

frase d Victor Hugo...

"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve." - Victor Hugo