domingo, 12 de maio de 2013

Do filho que ainda não veio... (Por Carmen Ligia)


Vejo símbolos que não compreendo
Vejo uma casa em uma estrada de março
Vejo seu sorriso plasmado
E sinto o toque de suas mãos

Você me chamou, eu vim,
Vim de um lugar distante
Só pra você entender
Que o amor de outros tempos e de outros espaços não há de morrer...

Faz 13 anos,
Ei sei que faz
Meu olhar em esperança se refaz
Gostaria de te ver, feliz e sorridente
E tocar seus cabelos, sua maciez é reconforto para minha alma...

Estou em um lugar cheio de luz.
Meu avô está comigo....
Ele diz que tudo está bem.
Que ao seu tempo respostas virão.

Eu perdoo meu outro avô
Digo que não sabíamos o quanto nos feríamos.
E te digo, eis que nosso tempo
Há de chegar.

Sinta meu poema em transe,
Sinta o dedilhar de um poeta que geme em piano alto,
Um som que não é de tristeza
Antes sua solidão.

Que devora meus dias
Minha mãe,
minha luz,
minha estrela guia!

Quando estás em desepero e dor.
Lhe chego para lhe fazer acreditar
Do fundo da sua alma, que te perdoo.
E perdoo o pai que deveria ao seu lado estar.

Ahh, de tantos errros que loucamente provocamos
Quando vemos o segundo de ambições,
Quando não nos sentimos plenos de segurança,
E quando achamos que um filho não nos caberia.

Ahh minha mãe.
Eu sempre caibo em seus sonhos.
Eu sempre velo teu sono
Eu seguro sua mão, quando se achas só contra o mundo.

Estou num lugar branco e pacificado,
Estou com pessoas que me amam,
Em outra esfera mui elevada
Mas trocaria tudo pelos teus braços.

És minha pequena,
Es o meu alento forte em fim de tarde febril.
Sou sua sorte, sou sua fortaleza,
Sou um Mestre, que veio apenas como filho teu.

Não chores as dores de saudades eternas,
Mas me segure firme em teu peito,
Não sou um devanieo,
Mas um espirito de luz a te falar

Que não estamos separados
Apesar de galáxias, infindas,
E muito mar...

Gostaria de te pedir
Enfaticamente,
Que procure a luz
E se entregue a Jeus, e não a esse mundo doente.

Te vejo minha pequena,
Correndo sobre campos floridos
Vindo ao meu encontro
Como criança pueril e dócil

E se noutra fui um pai ingrato
Que desprezou seu conhecimento, e sua liberdade necessária
Saiba que teve medo
De outra vez eu lhe ser clausura...

Mas o amor de uma mãe,
Que liberta um filho seu da agrura,
E da necesidade premente
De fazer seu resgate...

Existe muitas provas e provações
Aparente solidão
Um sol e outono fugaz,
Há dores, mas haverão outros ais....

Minha mãe...
Receba esse meu dizer,
Com o melhor que há em tua alma,
De poeta e mediando evoluções

Se entregue a um amor pleno de Jeus,
Encontre-o no recôndito do seu coração.
Eu estou tão próximo
Do seu coração,

E Jesus
É esse Mestre de luz
Que traz benignidade
Aos pecados santos...

Sei que há de se encontrar
Elevar sua alma
E seu pensamento
Para encontrar mensagens plenas de entendimento,

Escritos que sejam feitos para nos libertar.
Não desgaste o seu dom,
E do amor que seguirá a esse deserto,

Porque quando o mundo
Totalmente incerto
Eis que o amor de Deus
Vem novamente comprovar,

Eis a fé
Que aparentemente cega,
É a cruz que liberta:
É o amor de Jesus que vem nos renovar!

Perdoe teus inquisidores
Pedoa as dores que se fazem como lição
Com seu amor dê a sua mão
E desperte de um sonho, pra ver revelação.

Eu te amo!
Minha mãe, em seu destino estou inscrito
Farei vezes de anjo
Mas serei sempte o teu melhor amigo...

Me espera!
Em breve hei de regressar.
Me acolha em seu seio
E me faça desse sonho despertar.

Sua família que há de se formar.
Eu serei seu rebento, seu amor atento
E juntos enfrentaremos
O que tiver de ser.

Eu tenho já um pai na terra,
Que é como o seu,
Ele haverá de nos auxiliar
Porque é grande o amor que sempre nos absolveu.

Haverá dias em que a compreensão
Seguirá aos seus olhos desatentos,
Mas creia que a ambição, só trouxe solidão
Dor e desalento.

Mas que seus escritos, suas pesquisas
São além do script rotineiro
E que com Deus haveremos de nos perpetuar
E a vida terá sentidos, novo ensejos.

Seus lábios em minha face
Apenas para comprovar
Que estou em você,
E você mora em meu peito

Sou seu filho
Sempre por ti amado
E meu regreesso,
É fim de caso

É ocaso, é madrugada fria,
Que quando passa
Traz compreensão efetiva
Para uma nova vida.

Sou seu anjo
Seu ser abriga minha maior esperança...
Eu te perdoo, minha mãe
Tu era apenas uma criança...

Hoje tu sofres,
Tudo se revolve,
Mas brilha como intensa esperança...
E me aceita...

Chegarei em tempos de colheita.
Veja meu sorriso aberto.
Como o teu que me espera,
E me aquece em seu peito  nu....

Veja meus primeiros passos,
E feliz vendo as primeiras letras te mostrar.
E eu te esperando, sempre renovado
Quando historinhas pra mim for contar...

E já vejo suas lágrimas
Quando esse piano eu tocar.
E quando o primeiro quadro
Eu for te dar.

Minha mãe, o meu pai terreno é só semente
Porque nós somos um reencontro pra além dessa complexidade tosca...
Nós temos um ao outro,
E você haverá de se encontrar.

Eu serei o mar
Você meu Sol sedento.
Nós somos uma missão
Que sempre vem ao seu tempo.

E tem coisas que não se explicam,
Apenas se sentem.
Sua transformação se fará
De forma intensa e eficiente.

Procure um centro,
Uma terapia,
E diga adeus aos contratempos.
E em seu ser eu já estou realizado

Ainda que hoje, apenas plasmado.

Mas saiba que te velo,
Te amo e te busco,
Eu nunca te odiei,
Porque em outra eu não soube verdadeiramente te amar...

Mas se vier, e acreditar
Te provarei,
Que eu sou um rei, submisso
Que veio para dar luz

Escrever, e anunciar
A clã de março,
É apenas um auto-retrato
Uma carta que já chegou.

Sou seu filho
E te amo.
Nada passou.
Ei fiquei, eu sou, eu estou

E virei,
Novamente aos braços teus.
Não queira entender.
Só guarde pra eternidade esses escritos meus.

Direi até logo,
Nunca adeus.
Em breve tocarei seus cabelos,
E receberei mil vezes beijos seus.

Do seu filho
Que te ama,
Te clama,
E nunca te esqueceu.

Até logo,
Minha mãe.
Esse poema
É seu!

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