Me falaram de versos,
Me falaram de livros,
Me falaram de sonhos e mais versos:
Inverso.
Me falaram de dias,
De sol e ventania,
De chuva e tirania:
Mais versos e o inverso: Reverso!
Me falaram que devia escrever
Com a alma do sentimento do mundo,
Mas a parte sombra tira insistentemente o véu
E grita a magia de versos em fel: inverso é o meu papel.
Me falem que a alma do mundo
Corrói meu ser parasita,
Esperando
Alguma simbiose
Ao menos uma profilaxia,
Que faça a voz da manada se calar,
Caos e dor que finjo suportar.
Preciso é ficar longe dessa família...
A real família que me constrange
Mas me liberta é a solidão;
Nessa mesma companhia eu sinto o inverso
E assim alcanço universos: sou expansão!
Concluo que eu amo a solidão,
Mas cem vezes a detesto.
Eu sou a poesia
E também sou o seu inverso!
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