
FOTO de FLORBELA ESPANCA
Olá caros amigos
Lá fui eu, ontem, já que hoje são 02h40min da madrugada desta terça feira iluminada.
Não raios de luz, felicidade quimérica...
Antes uma festa. Sim. Lá na rua da Cultura!
Bem legal, mesmo.
Dancei ao ritmo de uma banda sergipana muito bacana, chamada A Lapada. Um show que vale a pena assistir...
Encontrei um amigo, que estava com os seus. E me indicou uma poetisa, para ler. E aqui estou lendo, alguns versos da mesma. Esta poetisa que inspirou o cantor e compositor Fagner; olhemos estes versos:
Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
(...)
Florbela Espanca é o seu nome! Nasceu ainda século XIX, filha de Portugal. Sua preferência é por um estilo melancólico; tragicamente se suicidou no dia do seu
36º aniversário, a 8 de dezembro de 1930.
Ah incompreendidos poetas! Por tanto amor que perpassa letras, transpirando pelos poros doces idílios, também dores nefastas, até amores proibidos.
Amores que nunca serão esquecidos, dores e extâses, tanta coisa que eleva tantas almas, mas desfaz a vida de quem ama demais, pois respira a poesia!
Ah jeito de amar, e de viver típico de quem é poeta: por arrebatamento, com sofreguidão, e sempre intensamente. Até mesmo em estados de depressão e solidão, poeta é quem mais sente.
Ser poeta, viver poesia, não é fácil. Não. Um dos sonetos da Florbela nos diz isso, e quão é profundo e bonito! Repasso para vocês:
CEGUEIRA BENDITA
Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!
Não vejo nada, tudo é morto e vago…
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho…
Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!…
E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!
Fonte: http://www.prahoje.com.br
No mais, quando cheguei inventei de fazer uma iguaria. E para dar um toque diferente, cortei uma pimenta, "ingênua" pimenta. Tirei as sementes. Olha que o prato ficou saboroso. Mas minhas mãos ardem, ardem. Ah mãos desta poeta, ardendo não pela necessidade preemente de escrever... rsrs
No mais, uma boa terça feira a todos os amigos que já chegaram neste blog querido, e os que vem vindo, em futuro próximo, para dar mais graça as cores da minha vida. Não apenas cinza. E sim luzes infinitas..................................................................... (...)
Uma vida-poesia mais confiante, com fé em novos dias!
[De Carmen Ligia, 21 dez 2010]
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