segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Elevador Filosófico...


"Chego ao prédio.
Aperto o botão do elevador.
Chega uma loira vizinha.
- Boa noite (lhe disse).
Esperamos o elevador...
Abri a porta.
Ela entrou.
Gentilmente perguntei:
-
Qual andar?
- 11º (respondeu).
Apertei o botão do andar dela, e também do meu andar.
Visivelmente cansada, ela disse:
- Amanhã, tudo de novo, como diz o Garfield; tudo de novo!
Respondo:
- Que bom que amanhã tudo de novo...
Elevador subindo...
E acrescentei:
- Hoje fui a um velório. Depois o enterro.
Ela exclamou:
- Nossa!!!
Já estava perto de sair do elevador, às pressas concluí:
-Nestas horas que vemos: Que bom que AMANHÃ TUDO DE NOVO.
E lhe dei boa noite..."

(Carmen Ligia).



"Se as coisas boas da vida durassem para sempre, você
entenderia como elas são preciosas?"
(Lembrei agora desta frase, que é do criador do Garfield, Jim Davis).



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E... Mil sóis!


"Eu nasci, oh eu nasci
Eu nasci dentro do mar...
Eu nasci, eu só nasci,
Pra um dia te encontrar. Te amar!

Sou rio, sorrio quando te vejo,
Calafrio, descompasso dentro do peito.
Eu navego, eu navego
Procuro o seu olhar, eu espero, eu estou a te esperar...

Sou lagoa, sou uma gota de sua lágrima.
Soa a boa chuva de março que desafia sua estiagem pálida.
Vejo em ti mais que miragem,
Venha em mim, e viaje!

Sou a gota de orvalho, neblina em tuas esquinas
Sou menina, sou a mulher que não desanima;
Te espero, chame isso desejo;
Te chamo sem saber como falar, quero tanto o seu beijo!

Você vai, veja minha espera crua,
Te querer pode ser minha falha? Na estrada minhas rupturas...
Estou a passar, não te convêm no passo
Mas saiba que tanto espero, me guardar em seu abraço!

Silencio, mas conto dias pra te ver
Vejo meu alvorecer em sua companhia, mesmo sem tocar você.
E como me tirou do ar, fiquei a flutuar
Quando beijou meu rosto tão perto dos lábios, me senti levitar...

Quero te dizer em tato
Eu quero amar você,
Vejo você passar, não sei como dizer
Sem pensar, sem tamanha racionalização, vou apenas falar: Só sei te querer!

Minha mão em sua mão,
Minha boca em sua boca
Coisa louca...
Uma deliciosa canção; cansei de omissão!

Por isso quando te amar
Ah quando te amar... (Se você deixar...)
Vou nascer, renascer, gostar, amadurecer, e sorrir, ai de mim, vou dizer:
Renasci por te querer! Valeu te esperar...

Oh Oceano, deixa em ti desaguar
Vem colher flores pra teu jardim, ai de mim que procuro seu fogo para me queimar,
Minhas fantasias não tem fim! E você água que transborda...
Sou a terra, me purifique com sua relva. Me devora!

Eu renasci, quero te dizer
Me segura, me fortaleça com tua boca, teu desejo e teu querer
Fortaleza, seja meu chão, alicerce sereno, intenso,
Que queima em meus pensamentos.

E te vejo seguro, tão passivo até inquieto, mas apenas amigo
Te peço: Vamos fazer um vendaval
Melhor amizade colorida,
E que nosso encontro seja, o encontro, fatal! Ainda que amor de carnaval...

Nas cinzas acabando, uma noite, iremos desaguar no mar
Sopraremos nossos desejos, maiores desejos
No ar. Nós dois a sós, será pó
Silêncio do nosso amor. Iremos nos perpetuar...

Nosso começo
Que seja ensejo,
Daqueles que se procuram, pra se elevar, amar, esconder pra sempre ter
Deixa eu te revelar: Morrerei se não te dizer, eu quero amar você, meu ar!

Sou rio que desce caudaloso, buscando o seu ser
Vem me amar, semeie nosso querer;
Vem me regar, sou firme terra, você meu sol sedento
Vem ser meu mar, em você amanheço - sereno!

Vem me dizer
Pra ontem, pra agora
E que Deus cuide de nós
A sós! Sem mais demora! Mil sóis...

Partícula de nosso amor...
Será Big Bang
Mar, intenso amar
Sol raiou: Vem!

Nosso reencontro, universos passivos,
Sejamos mais que amigos
Mil sóis? Nenhum de nós simplifico
Estou a passar. Em você parei. E fico.

Você é meu mar
Posso ser o seu ar
Serei uma terra, de promessas, e delícias
Vem ser o gostar, frutifica este nosso caminhar...

Pequeno, ou grandes encontros
Insones...
Seu beijo
Em minha boca, vem e me consome...


Não te esqueço
Te descubro
Me calo, e ainda te quero
Eternamente? Só por hoje! Espero..."

(Carmen Ligia, 18/fev/2011).

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Voo - E vou! (Por Carmen Ligia)

Não importa quem sou
Vou, e voo...
Infinito em mim mesma
Quietude, extravasamento; recolhimento... Encontro.

Já não importa quem sou!
Quero é ser, vir a ser, o que sempre fui...
Fugi.
Reencontro doloroso, ai de mim. Me reconhecer.

Não importa quem serei, eu estou, aqui.
Neste momento, tanto quero subir montanhas
Mas me conformo, na estrada tortuosa
E pés com pedras, e pedras. Se enorme, dou a volta.

Já não importa o que serei
Tem um sol aí fora
Só tenho o hoje, com a responsabilidade do melhor
Mas não o esforço incauto, a pressa alienante. Não mais distante...

Se a vida for incógnitas,
Brindemos com água sacrossanta
Não me enganam arranha-céus
Enchem olhos, por milésimo de segundo... Quero a eternidade de mim mesma.

E esta volta pra casa, é volta pra dentro
Onde a fuga, escapismo
É tanto abismo
Olha o céu... Um ideal perfeito, um ponto de chegada.

Não mais madrugadas
E quando vier lágrima
Lavando a alma,
É só irrigação de tanta ventura, no que vier.

Já não acredito na dor. Acreditarei em cada aprendizado
Já não é morno, quente. Frio? Sou o que sou
E ventos que derrubam minhas muralhas deficientes
É clamor a Deus: Venham novos dias!

Não temerei a vida, morrendo a cada dia.
Não me esconderei do vendaval, que limpará meu céu.
Horizonte nu, vida que me exalta.
Quero este dia de sol. Acordei da madrugada.

E quando calo, tanto a dizer.
Falando, tanto a fazer
Sonho, realidade de cada dia
A fé no que ficou, eis o que sou: Fragmentos.

Sem ordem, sem explicação
Do caos é que se faz vida.
E não temo meu reencontro
Ser quem vir pra ser. Não a procura de soluções-ciladas

Quero meu retorno pra casa!
A paz ainda que em meio a barulho e poeira.
Quero ver o mar, me amar
Sem tamanhas racionalizações imbecis, tanta asneira...

Estéril é o silêncio petrificado de quem não ama.
Fuga é solidão de quem não se ama.
A vida é intensa, simples. Incoerente, por isso VIDA
Novos momentos com sua magia; fé em cada segundo.

Olhe o mundo, viva no mundo
Mas procure seu encontro dentro de si,
Lá fora espelho que pertuba
Quando não enxergamos nosso interior.

E mesmo sem saber quem sou
Pois não é preciso saber,
Só viver, só acreditar
Sou! Fé. Melhor no que vier...

Ainda tem espinhos, folhas murchas rolam para o chão;
Rio com pouca água, e a busca não é da nascente!
Nascendo a cada dia,
Caudoloso rio que visualizo logo ali:

Manacial de amor
Dentro de mim,
Dentro de ti...
E vou! Caminhando é que a gente se encontra...

Voar sem sair do chão!
Amar, verbo do infinito
Revolução.
Quietude, e mansidão...

Tanto a dizer...
Nem sim
Ou não
Passarinho que se vai, já é hora de levantar...

(Estava sem escrever nestes dias, mas agradecimento por este novo dia, mais que um dia de domingo...))

sábado, 22 de janeiro de 2011

Diante de tanto caos no Rio, meu amigo Sérgio diminui e mails...

Sérgio é um amigo carioca que reside em Juiz de Fora. Nestes dias ele reduziu
drasticamente os e mails que me envia, sempre com mensagens no Powerpoint emocionantes, etc. Não sei se houve alguma perda familiar do mesmo. O silêncio angustia. Mandei e mail pra ele a pouco, e parte deste encorajamento que tentei passar, repasso aqui pra vocês, que porventura estejam passando por qualquer adversidade. Encare com fé. Encare como são: desafios!

Que esta suscinta mensagem seja bálsamo, encorajamento, semente de fé. E se alguém que conheçam precise de tal incentivo, mande estas singelas palavras. Deus é este poder que transforma - independente da religião que se professe, o Deus é o mesmo!
E cabe a cada um de nós pedir ajuda a este Pai maravilhoso, que não nos abandona jamais.


"Olá Sergio
Como está?
Percebi q nestes dias não me enviou e mails...
Anda ocupado? E tanta chuva por aí...
Os seus (familiares), tudo em ordem?

No mais desejo que qualquer adversidade só
te faça lembrar o quanto tu és iluminado,
na missão de doar-se sem medida,
e DEUS, que é Pai de Infinita bondade
e sabedoria, não vai te abandonar,
jamais.

Beijo desta amiga
que lhe tem em ALTA estima,
sempre e mais...
Carmen Ligia.


"Se perdeu alguém, não se perca no caminho.
Se perdeu alguma coisa, tudo haverá de ser reerguido.
Mas não se perca! Pois tu és fortaleza,
Porque Deus lhe manterá firme sobre os montes...
Jesus lhe dá a luz de cada dia,
Eterna vida,
Doação é paz:
ACREDITE. E siga,
Desistir? Jamais"!

(Carmen Ligia)"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Olá amigos, blogueiros de plantão...

Senti que havia colocado fotos demais aqui junto aos 9 poemas que publiquei. As tirei; vou colocar algumas em uma página à parte.

Amo fotografia, ainda mais quando vemos mais que uma imagem, e captamos alguns sentimentos. Naquele instante efêmero, a foto é quase uma eternidade. Quase; depende das condições em que as guardamos.

Sinto falta da câmera que eu tinha, e não era digital. Tinha até uma manivela, rs.

Pois é, em certo dia pedi pra Glorinha segurar. Tinha por volta de 18 anos... Mas a Glorinha, deixou molhar com água do rio, salgada. Aqui encontro do rio com o mar, na Atalaia Nova. Não é preciso dizer que a máquina deixou de funcionar.

Tive algumas outras, mas já acopladas em celular. Gostaria de pegar algumas que tirei nesta era digital e colocá-las em papel fotográfico. Depois reuní-las em álbuns que era meu grande prazer da adolescência.

É vero; olhei ontem minha madrugada. Não quis me estender aqui no computador, para poder dormir (um pouco) mais cedo. Olhei meu som; olhei este notebook. E lembrei da juventude... Não havia um som com cd's, ou um computador para distrair (ou 'me tirar de tempo'). Lia muitos livros, dormia por volta de onze horas. Adorava ver filmes. E a vida parecia ser bem mais feliz. Útil.

Os dias rendiam! Vá entender... Quando a gente sai de órbita, como voltar a fazer as coisas de forma mais coerente, que nos dê a impressão que está tudo bem? Ou que tudo vai melhorar? Aquela fé irritante de Cândido ou O Otimismo (de Voltaire), era um anseio do seu tempo, e dos corações que viam na modernidade o tão esperado elixir da vida. E pra mim, esta modernidade não dá felicidade. Afasta pessoas.

Antes tinha mais amigos, mais livros. Modernidade que me fez feliz foi aquela câmera com manivela e filme, em que registrei o melhor de mim, que não volta. E o presente? Sinto como uma ausência de mim mesma. E dias que parecem sempre iguais... Decerto o que me falta é uma câmera (hoje digital, né?), para registrar estes momentos vividos, ainda que falte aquela expressão de VIDA, vida em abundância com muita esperança no porvir!

Pois é, talvez registrando, se o amanhã me for permitido eu olhe as figuras para ver o quanto de felicidade me cabe AGORA, mas oh seres humanos imperfeitos, que oscilando entre o dia de ontem, ou projetando o futuro, deixam de perceber a imensidão de possibilidades desta tarde, desta hora, destes melhores momentos... O melhor que nenhuma imagem pode captar, pois segundos, ainda que não tão intensamentes vividos, é história que faz parte de nossa história, e creio, não caberia em qualquer fotografia, ou mesmo livro.

Alguma pintura pode lembrar, uma foto pode emocionar. Mas a sua, a minha melhor hora, às vezes é a pior hora, pois é nessa exata fração que vemos: O melhor aprendizado está no agora! Eu achei que aquele momento de juventude era caos (rsrs). E não foi. Antes idílio. E tanto aprendizado. Meus amigos não eram apenas versos que hoje escrevo, eram também diversas leituras que inflavam meu peito de genuína esperança, e muitos, muitos amigos de carne e osso.

Repito esta palavra para dizer que não adianta só esperar (espera...nça). Antes ação. Pequena que seja, nesta hora, que deve ser a melhor hora porque me pertence.

E fotos foram fatos, mas nossos fatos, não são condesados em fotos, mesmo em melhor papel fotográfico. Idos tempos, algumas fotos que ficaram. E Glorinha, e a Dani, onde andarão? As fotos daquele momento não prestaram porque a máquina foi molhada. Mas guardo em meu coração!

Moral da História: As pessoas que passam em nossas vidas, estas sim, são as fotos que aquecemos em nosso coração... Pra todo o sempre!

(Carmen Ligia).

Uma Reflexão - Por Clarice Lispector


Em Busca Do Outro (Clarice Lispector)

“Não é à toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido O Caminho, com letras maiúsculas, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja finalmente, eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.”

(Clarice Lispector)

Fonte: http://lica.spaceblog.com.br/r10703/Clarice-Lispector/5/

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Frase do Dia 19 jan 2011


"Não poderemos ser ninguém,

se não formos nós mesmos."

((Carmen Ligia))
Mais tarde estarei aqui, beijo
no coração de todos...

Das 9 Poesias = Meus amantes, meus amigos (...) que escrevi nesta madrugada, destaco a frase abaixo:


"A vida não é pra ser sentida,
É pra se colocar sentimento nela..."
(Carmen Ligia)

Terminei de colocar fotos agora nos 9 poemas;
fotos do meu Arquivo Pessoal.

Agora aproximadamente 07hr da matina...

'(...) o mundo inteiro acordar, e a gente dormir,

'pro' dia nascer feliz!'

(Trecho música de Cazuza)

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte IX)


9-
“E a vida que segue mansa,
E olhos que sonham ver publicados os meus livros,
Ah meus amigos e amores
Que querem passear de mão em mão...

Tudo bem!
Não sou mais aquela criatura ciumenta
Que guarda versos na gaveta;
Disponibilizo ao infinito, o que é do Homem, o bicho não come,

Mas ficando em gavetas
Certeza que podem chegar traças...
Meus versos são amigos diversos, que querem romper mares
E conhecer novas estradas... Ou seriam entranhas?

Quanto a mim, canso
Cansaço chega,
Agora já são 10 páginas
Nesta rápida brincadeira...

Eu vou indo meus melhores amores...
Vou distribuí-los pelo infinito,
Já sou uma mulher mais madura
Vejo que o ciúme corrói: segredo pra quem escreve é doentio!


Conto em versos, poesias
Que amo a vida e às vezes odeio,
Só pra amá-la mais e ter o que contar,
Pois se na linha reta ficar, pereço!

E se versos ficarem estanques
É semelhante a veneno,
E eu quero é passear com meus grandes amigos,
Eu escriba, eles o vento...

Ó versos, me levem para algum olhar
Que queira ver o contratempo,
Mas também queira ver a esperança,
De quem acredita sempre em um novo tempo!

Não há ser alegre, ou triste
Há quem resiste, e quem entrevista
Há quem conta histórias,
Há quem crê na vida.

Pois quem vem da morte
Mas tem sede de vida,
Quer mais é abraçar a todos
Pra dizer: Acredita!

Há flores no inverno,
Há espinhos na primavera,
A vida não é pra ser sentida,
É pra se colocar sentimento nela...

E chamem versos
E clamem versos,
E acomodem-se na relva de outono
Pois o ser primaveril grita:

Poesia!
De quem sofre e vai à luta,
De quem ri e continua,
Eu vou, já é tarde pra ser ‘normal’...

Não quero a clausura da compostura,
A quietude do sono induzido
Venham estes amigos,
E contem mais algumas linhas

E o sol raiou!
E paz, eu sinto.
Ainda que cansaço
Como é bom ser o que faço, versos amados que se pronunciam.

E este poema não tem fim...
Ai de mim
Só começo:
Livro que me espera; outros que esperam esta companhia

E de tantas palavras, como colocar ponto final?
Então deixo em aberto:
O céu clareou, mais um café será permitido?
Versos queridos, vocês não precisam dormir, eu preciso!”

(***)

(Poesia de Carmen Ligia, escrita na madrugada de 19/jan/2011. Agora são aproximadamente 06hr26min desta manhã, na capital sergipana).

“A vida é para cima e para baixo; a linha reta
no eletrocardiograma é a morte”. (Noked)

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte VIII)

8-
Deus, como posso reclamar se a vida não me deu tesouros?
Afinal, traças roem o que é matéria
E ao que parece, versos se eternizam
Uns não entendem, outros passam adiante o que agora digo.

E comentam:
Conhecem aquela poeta?
Aquela tal de Carmen Ligia,
Que é amante de versos, e não se sente mais sozinha?

Está aí a receita
Daqueles que não estabeleceram contato direto com os versos:
Sejam amantes deles!
Leiam livros, artigos, contos... Jamais sentirão triste solidão de novo."

(Carmen Ligia; poesia que fiz nesta madrugada, 19/jan/2011. Agora aproximadamente 06h22m).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte VII)

7-
“No momento
Vou silenciando,
Pois a noite vai acabando
E vou colocar estes versos pra dormir!

Ai de mim, ainda que em azia
Quero uma xícara de café!
Insônia?
Não, os versos adoram me visitar na madrugada...

Me enlaçam tal amante sedento
Me cobrem de delírios, e rimas envolventes
Me dão tantos presentes,
E êxtases nos meus versos contidos,

E não me traem
Melhores amigos.
Já não me sinto só,
Antes agraciada...

Se Deus me deu tal dom
Ele sabia que antes poetisa
Que suicida
Afinal, tantos solitários não aguentam paredes caladas,

Mas meus versos
Me fazem rir,
Me emocionam
Me calam, e elevam minha alma!”

(Carmen Ligia, em 19/jan/2011; poesia feita nesta madrugada, agora são aproximadamente 06hr14min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte V & VI)

5-
“Sei que é tarde
Sei que a escola não se abre
Pois meu tempo já passou
E se devia ensinar, me retiro. Quando for a hora de chegar, serei eu

Poeta?
Não, uma espera de mundo que pede dinheiro
Meus poemas ainda não renderam
São minha companhia desritmada...

Mas quando valerem algum livro
Em várias estantes
Dando algum sentido
Ao sem sentido de qualquer sobrevivente,

Aí serei gente,
Ainda que seja já semente
O que ficar passem adiante,
Versos são amigos que nos colocam mais conosco,

E valeu a pena só sentir
A verdade que nunca é verdade,
Pois a mentira me convence melhor nesta hora tão alta
Já são quatro e vinte da madrugada...

Interessa que vou ver raiar o dia
E aqui, vivendo poesia
Por favor, entendam que fui o melhor que pude ser
Pois fui tão sincera, que estou com estas palavras desalmadas...

Se antes fosse mais ardilosa
Menos impulsiva,
Estaria dormindo alto
Depois de algum afago, mesmo mentira que faz sonhar...

Mas vocês me foram fiéis
Meus queridos versos, antes tantos papéis
Agora, arquivos
E vocês se avolumam, crescendo esta minha vontade de rimar e brincar com vocês!”


6-
“Talvez se a vida fosse diferente
Vocês fossem ausentes desta tão gostosa rima
E de tudo sofrido, nada perdido
Histórias para contar dão mais ibope quando tem lágrima e sangue!

E meu sangue é quimera
E minha quimera é tão arisca
E minha alegria é só ‘balela’
E o que é sério me desanima...

Olhos voltados para quem serei
Aonde estarei?
Pois preciso estabelecer, um lugar calmo para nós
Meus versos, meu canto, esta tal independência que clamo tanto...

Mas tudo virá
Pois a fé é forte e positiva.
Não me desestimulo com meus dias.
No final, tudo vira poesia.

E faço pose para meu auto-retrato
Minha biografia tão vendida...
Uma história incomum? Seria este meu caso?
Terá de ser bem escrita...”


(Carmen Ligia, em 19/jan/2011. Poesia desta madrugada, agora são 06hr10min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte IV)

4-
E tudo se intensifica...
O ostracismo não é meu medo imenso
Afinal, quem compreende artista em seu tempo?
Só parcela diminuta que ousou viajar...

E viagens que não são feitas com chás de maçã,
Ou com ervas sabor hortelã!
Há daquelas viagens ao centro de nós mesmos,
Que alguns nos inspiram por versos rasteiros,

Mas ninguém poderá fazer esta viagem por nós mesmos!
Dura esta peregrinação mão e chão,
Pés que irão a Lua, porque agrura é fim de clausura
Pra quem viu alma nua e crua.

E desta dor pungente de quem se viu
Doente com saúde e muitos dentes
Ou muito debilitado face procura em lugares errados,
Fecha a porta, e pense em seu silêncio.

Eu até entendo... Coisas que já pintei,
Árvores que já colhi,
Seios que já dormi
E eles me passaram esquecimento.

Tal mãe que acaricia o rosto do filho amado
E este que odeia tudo ao redor do Sol,
E queimando, seca seus sonhos mais queridos,
Tem um poeta constrangido, que vive tal intensidade...”

(Carmen Ligia. Poesia feita esta madrugada, 19/jan/2011; agora aproximadamente
06hr06min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte III)

3-
“Um código, uma conduta rasteira, com acuidade
E vou escrevendo versos inversos
Meu reverso, mas minha outra metade
Quem será?

Se haverá?
Quem é o ser que vai me inspirar versos sem fim,
Uma prática para tantas teorias?
Muitas rimas perante a maestria de quem nos ama...

Entoando cânticos, músicas, e delírios
Suavidade e arroubos dos amores menos idealizados
Mas sempre intensamente amados,
Olho para além da rua... Atravesso cidade nua, encima da faixa!

E lá vejo, que não vejo!
Pois menor idealização
O que vem são poemas, e já basta!
Atriz rima com alma destroçada.

Então fico na quietude de mais um dia
Tem incenso, quem sabe cheiro tal fumaça
Pra meditar além de versos desconexos
Pois meu inverso, é só ao que vim,

E ai de mim, vim poeta
E não é orgulho de quem rima, chora
Também escreve, lateja, sente, rasteja
E se ergue! Claro... Carvalhos parecem com minha alma, rija...”

(Carmen Ligia, versos desta madrugada 19/jan/2011... Agora aproximadamente
06hr02min).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte II)

2-
“E meus versos me compreendem
Ora calados eles rangem dentes,
Ora afoitos eles roem correntes
Ora plácidos, eles me entristecem, até confortam...

Mas quem? Minha ausência, minha paciência que vai se esgotando
Qual ampulheta, farelos, poucos grãos de areia me seguram ao chão,
A fumaça que não sai dos meus lábios, carnudos
Eu que tento controlar estes afoitos desejos de cigarros,

Claro, ser forte é mais difícil
Ou mais fácil, a virtude que me é resistência, transmutação?
E vou indo, pé ante pé... Com calma piso em brasas
E vejo o céu... Mas nunca tocarei o céu, sou humana!

Mas desses desejos de ir contornando anseios pra ser benignidade
Há um farol nesta noite sem claridade,
E já não é a solidão que me acompanha,
Descubro que meus versos são minha melhor companhia!

Ora nostalgia
Aí brigo, mando-os embora!
Afinal não quero reviver o gosto do rosto sempre amado...
Depois perdoo meus versos, eles são meninos levados!

Faço as pazes com as letras
E desnudo meu ser em chamas
Não de hormônios de quase 30,
‘É tanta coisa pra dizer’, além do simples fazer

Mas só por dizer,
Estes versos desalmados que vêm ressabiados
Mas eles dizem bem mais do que sou
Porque ainda estou, nesta redescoberta,

E já não é mais espera!
O sinal vermelho já foi arrancado
E as regras são condensadas em meu respirar eterno,
Só no dia de hoje vejo além de sinais, sinto o que vai na alma...”

(Carmen Ligia, versos que fiz nesta madrugada. Agora são aproximadamente 05h58m,
19/jan/2011).

9 Poesias = Meus amantes, meus amigos: Versos 'queridos'! Por Carmen Ligia (Parte I)

1-
“Teve um dia que te procurei
E não me encontrei
Borboletas saiam de meu estômago
Serpentes saiam de minha lembrança...

Ora vento que não veio
A solidão não me é ‘bacana’;
Ela talvez seja precisa, de quem vive de poesia
Ou pra quem precisa viver, na corda bamba!

Eu vou neste teatro de horrores, fantoches descoloridos
Falsos amigos
E grandes amigos,
E meus amantes, errantes: O melhor do que fui!

E não fui, apenas claustrofobia de mais um dia
Ver raiar o dia, e rimar versos desconexos?
Meu inverso, meu papel machê
Meu destino, de quem vive só, a escrever?”

(Carmen Ligia. Versos feitos nesta madrugada; agora são 05h54min, 19/jan/2011).

Uma Oração para todos os momentos - Oração da Serenidade

E em se falando do Amor de Deus (ou Poder Superior, como cada um o concebe):







Cartões - Mensagens = O que é o Amor? (II)