
"Fazer o que quero...
Que haverá de se fazer?
Fazer,
o que gosto?
Qual o gosto, de sentir?!
Sem ter que agradar
A quem não me agrada,
Ficar? Só por ficar...
O medo de ser o meu gosto estranho
e eficaz.
O meu gosto, não são os muros dos erros
Que ainda me perseguem,
Que ainda são meus vacilos:
Inadequação!
Sem chão, sem ação,
E o que quero mesmo?
Ser eu mesma?
Dá tempo!
Meu Deus, dai-me este "baita" empurrão!!!
Não lamentos
Nem procrastinação,
Ou agradar quem não valeria esforços hercúleos,
Porque se o cemitério é a espera ritmada de cada dia,
Amiúde me pergunto,
Que estou fazendo neste dia?
Não, temo por ser poesia
Extravasada
Pulsante,
Arredia e Ousada...
Sobra-me as querelas do cotidiano que asfixia...
As mortes do meu eu que é sorte,
Deveria ser mais valentia!
Só vejo nostalgia
Do que poderia ser...
E quando
E tanto,
Se estou a ermo
Naufragando nestes medos?
Eu só quero
Ser eu mesma,
E escrever uma história
Sem vergonha,
Sem segredos...
Sou o tempo!
Sou geminiana,
E sinceramente,
Não me entendo."
(Carmen Ligia, em 12 de jan de 2011...)
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