sábado, 14 de janeiro de 2012

Incógnitas (Por Carmen Ligia_ arquivo:2010)




Um não sei quê de paraíso, os mutantes estão buscando.
Um não sei quê de mais idílios, os poetas estão, procurando...
Um sentido pra viver, muitos nas drogas, ou nos remédios.
Sair da dor profunda, que é o viver, com seus mistérios...

E na noite, cintilante, se vão os errantes, em busca de um colorido,
Um quê de magia; a vida, tão enfadonha, rotineira...
Os boêmios vão aos bares, com seus convites, e deslizes,
E viver com dignidade... O que é digno, o que é certo? Talvez a mesmice!
(...)
E quem faz sua parte?
Aquele que vive alegre, e luta, pra ser dignidade?
Aquele que constrói sonhos, ou cultiva belo jardim?
Ai de mim; são pobres, artistas, ou filósofos; porque a regra, é um mundo caótico, construindo seu próprio fim!

Na pobreza, humildade, vejo GENTE, que faz a sua parte.
Nos artistas, vejo irrealidade, ou seria a verdade crua? Estes tentam ver/viver outra realidade, ainda que pareça absurda!
E filósofos, os que pensam, passam, e dizem o que sentem.
Bem, estas categorias, são apontadas como utopia, e ficam apartadas neste sistema segregacionista e indecente!

E o mundo, com suas insanas buscas
Por dinheiro, sucesso, e beleza;
Pelo efêmero, o controverso, a distorcida aventura...
Fizeram um mundo de loucos, mas apontam seus dedos para os outros, com covardia, construindo um mundo de torturas!

E se o mundo é o caos, depende do olhar
E quero acreditar em vida, renascimento, pássaros e alguns contratempos, mas quero amar!
Quero ir, além da realidade deprimente
Quero flores, não mais serpentes; não deixar morrer a esperança!

E vou; com minha fantasia em crer no amor
Na vida em que eu possa ser, verdadeiramente, quem sou;
Não louca, depressiva, ou controversa:
Sou magia, sou quimera; sou poeta!

(Carmen Vila Nova, na íntegra em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/2010/07/incognitas.html).

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