sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Meu sobrenome é Realista (Poesia Por Carmen Ligia).


"Qual o sentido,
Dos orvalhos perdidos,
Dos beijos sem sal,
Do mel sem semente?

Qual a idéia
Que une esferas,
Que quebra preconceitos
E revela minhas quimeras INdecentes?

Qual o sentido deste estar vivo
Estando morto?
Precisando de um cigarro,
Veneno que confortavelmente cala as idiossincrasias dos tolos.

Vilanias...
Meu debater-se sem ser,
Vivendo este viver mortificante tal segundo;
Nesta casa sem amor, sem paz: qual o rumo?

Quero os sonos dos seres vegetativos que pagam
pra não suicidarem seus sonhos.
A insônia revela os contornos do que não somos...
O que poderia ser, já não acredito.
São 7 da matina, e mergulho em meu abismo chamado: imagina...

Aqui não é "à vera",
É força da expressão discursiva
De uma poeta iludida,
Mas não omissa, submissa: Meu sobrenome é Realista.

Respiro a vida
Com certa dificuldade.
Sem cigarros, vem balas, mas que não venham lembranças mordazes...
Quero acordar melhor, mais tarde!

É melhor morrer de diabetes
De câncer,
De tédio ou de saudades?
Cada qual com seus disfarces..."


(Carmen Ligia, em 27/ jan/ 12).

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