domingo, 25 de dezembro de 2011

Nunca é tarde! Porque Deus quer TRANSFORMAR o pecador... (Poesia de Carmen Ligia)


"Já é dia...
Por que vens dia,
Se meu ser quer sono,
um prolongamento-esquecimento
um abandono-alento?
Já que um abraço-braço
não me sustêm de olhos pesados
e pensamentos nublados?

Natal que me disseram
renascimento!
Que eu surja,
ressurja,
me eleve
em uma esfera
em que deixe de ser a fera
a minha pior inimiga,
e possa entender as minhas grandes
falhas para perdoá-las;
minhas quase perfeitas idiossincraias
para lustrá-las e me valorizar,
porque qualidades existem sim!

Não com falso orgulho
Mas com um amor mais genuíno,
que me revele
minha renovada pele,
minhas novas forças,
meu novo entendimento,
uma nova vida pois ando clamando
por um novo direcionamento!

O vento em meus cabelos...
Meus lábios entreabertos,
mudos por paixão.
Vejo um céu de colorido tão diferente,
Porque sei que esta passagem está se fechando
Como um ciclo que se encerra
Para inspirar a primavera que já vem
chegando...

Ai de mim...
Das voltas que dei em mim...
Das voltas que dei por aí,
Tentando encontrar um repouso
Um lar, um Natal...

Um mal que me fez bem
foi o que cravou minha pele alva...
Mas amor, àquele amor
que refrigera a alma
não está na festa,
no sorriso, no calor ou no frio,
Porque Jesus está bem mais além do meu entendimento
prosaico, ínfimo, tão simplista...

E leio provérbios...
Tento respirar Deus,
chamar este filho chamado Jesus pra fazer
morada em meu peito...
Para me dar um pouquinho de paz,
alguma serenidade mais duradoura,
uma intensidade de energia violeta e rosa
Numa transmutação das energias densas que
sinto nas paredes sem alegria deste andar
sem amor, sem vida!

Jesus... Seu nome rima com luz
mas como sentir esta sua presença
transformando meu viver vazio?
Dando-me um sentido além de minhas dúvidas
e racionalidades duvidosas?

O amor de Jesus é pena leve que escreve
histórias renovadas, apontando uma estrada,
uma alvorada
pra livrar das ciladas...

Ah Jesus que me faz perder rimas para meditar
em Ti,
e tentar ouvir algum querubim,
com trombetas em céu escarlate
me mostrar vale de delícias,
me arrancando desta angustiada realidade...

Mas Jesus nos chama
Àqueles trabalhadores de última hora,
Para sermos menos anéis,
Certificados,
E parar de esperar aplausos,
Mostrando que contentamento
é dar felicidade,
alegria e alento,
porque nosso conforto
estará nesta benigna disciplina!

Eu não nasci pra passear nesta vida.
Por que querer arrumar malas
e curtir sol de lugares cheios de enganos?
É no vale da dor, aliviando outros corações
que nos encontramos...

Deus não está longe...
Está no irmão que renegamos,
Nos preconceitos que alimentados
Nos vícios arraigados,
Porque Deus quer TRANSFORMAR o pecador
tirando-o do pecado...

Mas maior pecado é nos ausentar
da missão que ousamos abraçar
em outra encarnação
(para àqueles que acreditam em tal concepção)...

Não digo nem tanto...
Também não direi talvez
Ou só sei que nada sei!
Direi:
Deus me dê força pra fazer minha parte.

E que cada qual possa encontrar seu caminho
Porque ouço Jesus sussurrar: 'Nunca é tarde, nunca é tarde!
Mas se dormir tarde só acordará pela tarde.'

Hora de acabar poesia,
05 da matina!!!
Uns que acordam
E eu me recolho: Até mais tarde... !
Estou com muito sono."

(Carmen Ligia é aprendiz de fé, mais disciplina, ou maior entendimento: de mim mesma, buscando um novo tempo...)

Superação, por Carmen Ligia


"Não somos o sorriso, mas a renúncia;
não somos unicidade, somos a astúcia,
a covardia, o dia, a noite fria e a cama vazia.

A sangria que poderia ser, tirar os venenos do que não fomos,
não fizemos, ou alcançamos...
Jogar máscaras ao chão, e fotos em vão ao léu...

Gostaria de um segundo de menor arrependimento
para mais entendimento, de tudo que desperdiçamos,
procurando lá fora um valor, um sentido, um abrigo...
Mas a resposta sempre esteve aqui dentro:

Mesmo eu sendo covarde, e não valorizando
que tudo está ao alcance das mãos...

Não os amores, a família, amigos, e idílios,
Mas os livros, a compostura, a terra dura, a pedra
sangrando os pés que não desistem,
ainda que vacilem vez ou outra.

Mas já sou outra: ainda poeta,
Que quer ser realizadora,
Cansei de ser tola sonhadora!

2012 que venha: mais garra porque nasci pra
ser escritora, e autora de uma vida menos opção
e mais concentração: concursos, estudo,
e não mais procrastinação!

Que meu sim seja assim, pra ser feliz
E ao que passou aprendizado que ficou,
nunca negação
mas sim elevação,
porque meu nome é superação!" (Carmen Ligia, em 25 de dezembro de 2011, mais ou menos 04hrs20 da madrugada...!)

Imagem postada em http://forum-artesvisuais-sergipe.blogspot.com/2011/12/1-seminario-de-artes-visuais-de-sergipe.html (Estive presente no 1º Seminário de Artes Visuais, que aconteceu no começo de dezembro/2011).

sábado, 17 de dezembro de 2011

O altar (Soneto de minha autoria: Carmen Ligia, escrito em 30/11/11).



"Relíquias guardei no peito:
Casos perfeitos de tão imperfeitos!
A sofreguidão era paixão,
E a dor? Amor, eterno amor...

Não damos um dedo pra reviver o turbilhão da paixão: Eu daria uma perna inteira!
Não damos a vida pelo amor porque amor é eterno, mas qual amor?
Veneno doce, um devaneio secreto que postergo,
Mas sobrevive em meus versos, ao lado de minha cabeceira...

Os meus versos falam de quem não fui,
Alguma covardia, alguma audácia...
E segredar que por amor fiquei perdida, fiquei sem alma.

Me guardei: caminho incerto, eis o deserto.
O amor que perdi? É meu altar, minha poesia inacabada...
Quero meu retorno a mim, mas onde andará a minha alma? Longa é a estrada..."

Continuação da frase "As sombras de nós...

... que tb representa quem somos: nossa constante busca de luz, sol, PAZ e vida!" (Carmen Ligia).

Na última postagem, 10 de dezembro deste, contabilizou 199 postagens: com esta 200!!!

"As sombras de nós ...

sábado, 10 de dezembro de 2011

Do Abstrato (Por Carmen Ligia)


Eu fiz um ensaio ontem
sobre a vida que imita a arte
e a arte que não está nen aí pra vida...
decerto o artista saltou do picadeiro
entrou na academia de letras abstratas
plagiou o meu retrato
e refez sua biografia

tempo de rei é réis
tempo meu só é nostalgia...

havia uma casa de campo
perdida
a ermo
com seus preconceitos
seus medos
e suas vilanias

eu estou na estrada porque não me convence entrar na casa
saudade é espera
e existe fera que reside em meu eu
plasmado
incapacitado
pueril de tão imbecil
estéril de tão louco
SONHADOR e por isso tolo.

me concentrei e a menininha me disse
deixe estar
deixe
tá?

uma poesia com rima
sem sentido
mas tem sentimento.

sou eu
Aurora!
Quem és?
O vento
O tempo
Alento
O recomeçar
O esvaziar
E eis você, hoje é seu melhor momento!

O resto?
Reinvento.
(71, Montevidéu).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Soneto do Sonho Sempre Vivo (Por Carmen Ligia, em 29 nov de 11)...

Soneto do Sonho Sempre Vivo (Por Carmen Ligia):
"Eu quis um sonho colorido
Eu quis um sonho de improviso:
Poeta disfarça mas não nega!
Poeta espera, e finge esquecer...

A poesia que atravessa cortinas, vira as esquinas e embaralha meus pensamentos,
Na mais pura harmonia, mesmo sem haver disciplina e organização:
A esfera dos meus eus perdidos, esquecidos, mas reencontrados,
E a certeza que sou apenas o mar: hora agitado, hora serenado...

Do que não sou, voo porque me sinto livre;
Ainda que presa a rotina, e ao caos do meu viver tão sem sal...
Mas às vezes o sonho me desloca, e me faz ver aurora em meio ao caos.

Acredito nos sonhos e nas rosas vermelhas do meu coração.
Acredito na alma que voa leve rumo ao meu eu, noutra estação. O resto é adeus.
Tudo certo ou nada certo: poesia em mim nunca morreu! AMANHECEU."

(Aos poetas insones que desacreditam dos sonhos, apenas por eles estarem preto e branco, em alguma cena do cinema-vida!)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Correria: revisão monografia, relatório de estágio etc etc: mas não ventania!


E lá vem o TCC (monografia)... é a revisão final, relatório de estágio, etc etc: e espero em Deus, minha formatura! Uma rota que chega ao fim, e ai de mim, quantos caminhos e descaminhos pra nos encontrarmos, almejando um futuro emprego, um regaço... Que não seja a conformação, mas a certeza que pés no chão, melhor "realidade" para vivência mais plena! O que damos a vida, trabalho em responsabilidades, é o eixo que nos coloca mais firme diante dos desafios, e/ou quaisquer adversidades. Fujamos do ócio, este sim, malévolo e impuro. E o mundo, é a formatura, meu emprego que virá, minha casa, também meu sofá....... Os tantos "meus" pra dizer que as buscas não são perdidas, porque apenas nos perdemos quando acharmos que a vida deveria ser vento: seria mais simples, porém menos intensa e muito passageira. A vida é semente, árvore que virá, planos para o futuro e certa nostalgia dessa Academia (UFS): Prova que sonhos se concretizam, minha FORMATURA que está chegando e novos dias, mais maduros, plenos de mim e dos ideais que vão cada vez mais se firmando.... Yupiiiiiiiiiiiiiii rsrsrsrs. A vida é assim: dia que choramos, e dia que intensamente celebramos o dom de existir, ou seja, quando damos sentido ao que se passa ao nossa redor, porque são as obrigações que superam omissões de um um mundo que por vezes parece, sem sentido. Ora, só existe sentido quando colocamos sentimento no que fazemos! Por tudo isso, minha história, e meu curso de HISTÓRIA não é vento: é a semente que plantei, ACREDITEI, e hoje vejo crescendo... !

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Soul Blues e Jazz (sambando poesia... de Carmen Ligia)





"Apáticos ou apartidários,
Eu vejo uma rua em movimento.
É tempo... É vento que se foi?
Eles "teclam" sonhos...


Entre o "tecer" e o fazer
Há uma grande diferença.
Se a polícia às vezes fica observando,
Existe mais liberdade, e mais silêncio, e mais segregação.


Eu sinto um vento de novos tempos
Arrepiando meus pêlos,
Porque em estado febril a caneta dança passatempos,
E só revela: Dá tempo!


Mas se o jovem diz: "Dá um tempo",
E só, "só" fica absorvendo a fumaça difusa de qualquer passividade,
Não sei se os "filhos" vingarão:
Filhos de sangue, ou "filhos" de nossas idéias, com seus "disfarces"...


É tarde...
Não porque a madrugada é alta e os olhos pesam em demasia,
Se no livro estou à página 221,
E o que necessito agora é poesia!
A fumaça do "fedorento" cigarro é minha companhia.


Já odiei a solidão, e hoje a sinto com carinho:
Ela me dá o sentido exato de pensamentos desconexos,
Também leituras, e não concentro pensamentos em culpas, ou fugas. O meu presente é um presente!


E se nossos sonhos forem pinturas paradoxais em busca de entendimento?
Que adianta só "curtir" no "face",
Se minha face se esconder da reivindicação nas ruas?
Preciso dizer o que penso, sinto e que tenho sonhos... Em outros outonos, folhas cairão nas árvores.


Os poetas são compreendidos por serem ambíguos,
Um solitário que vence sua própria "inexatidão", quando escreve de todo coração.
Àquele vento que chama as ruas não é revolução: Não!
É simples chuva fina (ainda), que não mais será omissão pra nossa nação.


E teclo sonhos no meu diário virtual.
Bem? Mal... Servirá a quem uma retórica "descabida"?
Se me falam "anjos", não retoco pensamentos insones...
Eles não me possuem porque não possuo nada: a passagem é rápida e só posso dar minha palavra.


Se foi sangue, que fiquem frutos,
Se foram premissas, sintetizem o que houver...
Se "bobagens", ao menos vi "miragens":
Sonhei sonhos altos, nesta Terra chamada Aprendizagem.


Não aprendi com a razão pregada em cada sistema falido,
Os meus verdadeiros amigos, sonharam comigo...
O que disse foi a mesmice diferente,
Eu quero ser o sonho, "eles" querem ser "gente"!


Gente robótica que no facebook "curte", e não discute,
E se acomoda, não se incomoda.
Virou moda: Ser igual pra ser alguém;
Eu quero a poesia, doce companhia que me convêm!


Às vezes a poesia é meu algoz,
Só porque não lhe dou papéis e atenção.
Sou esta tola escriba em um mundo com lenta ascenção,
Se os muros caem, é porque não fizemos revolução!


Revolução? Só quando os humanos seres se derem as mãos...
Quando eu for quem sou sem medo de ser assim: poeta, enfim...
Quando o silêncio for a pior resposta, e a idéia fruir pra dizer quem tu és,
O mundo não será bombas, anéis e certificados, mas sim um muro bem baixo, e o coração "quebrantado"!


Não sei a que vim, se for pra ser mais uma a dizer a mesma fórmula descabida...
Vim pra falar em versos o que sinto quando o vento arrepia minha alma!
Com 9 anos já fazia versos;
Hoje sou INVERSO, me aceitando sou a madrugada:


Quase quieta, por vezes aparentemente calada.
Não porque me faltem versos,
São eles que me "lavam" a alma!
Com 30, sou o sonho que espera a realidade-alvorada...


Quando eu for "dormir",
Queridos "anjos e querubins",
Curtam mais suas próprias idéias, e mostrem suas lágrimas...
O sorriso "só" vem quando saímos pra viver na estrada:


Dizendo o que sentem,
Musicando e fazendo novos momentos, plantando outras "sementes"...
O meu filho que ("ainda") não veio contemplará meus versos sentidos;
Não platei árvore, "não veio" o filho, sequer o livro: veio a Internet, onde escrevo o que sinto.


E sinto que "fui" aprendiz de poesia,
E sinto que senti como poucas pessoas sentem.
Mas não sentei esperando a banda passar,
"Desafinei" na vida, mas nunca deixei de acreditar, e levantar sempre:


Na vida a gente "baila", ou dança.
Na vida a gente "rebenta", ou se arrebenta...
E quando a morte vier, se tiver grana as traças comerão.
Mas meu conhecimento não. E meus versos ficarão com os filhos dos filhos... E eles, o que dirão?


- Que "figura" esta poetisa aprendiz,
Falou o que sentiu, e até sofreu por tanto sentir...
Mas viveu: De poesias, de sonhos, e não quis vegetar com nostalgias.
Tocou o céu com versos em transe; buscou a singular magia...


É no "transe" que se transa a vida, mas a vida não se "transa";
Apenas ama-se em sua dor e pequenas alegrias. Por vezes "tamanhas"...
Grandes os sonhos, "não" os guardo em segredo,
Parafraseando Roosevelt, o político "poeta": "só se deve ter medo, do próprio medo".


E eu sou "destemida", porque com versos e rimas Soul Vida...
Meu olhar que sempre brilha, é JAZZ!
O cigarro, tola companhia, um triste blues.
Mas a poesia... É minha vida, minha sina, minha lida, minha luz!


Um samba? Ou será minha cruz?
"Nada" sei. Mas com versos
Sinto-me liberta!
A poesia à Deus me conduz: Me eleva..."

(Carmen Ligia, em 14 de outubro de 2011).

domingo, 9 de outubro de 2011

Se sonhos, por que não somos? (Por Carmen Ligia)

Se sonhos, por que não somos?

“Houve um dia TUDO colorido...
Amigos que faziam vezes de anjos,
Sorrisos que eram sintonia com mundo em transe,
E devaneios que elevavam a alma a qualquer transe...

Houve um dia, que a magia era destilada ou fermentada,
E a fumaça inebriava a visão.
A distorção era êxtase esperado,
E foi assim que o mundo era tinta e pó: Alice não estava mais só!

Mas como tudo que eleva
Sobe, transcende, um dia cai e não vira semente:
Vira desilusão. O aspecto sombrio das olheiras
E que um rosto no espelho já estava morto, sem mais definição.

E em vão as noites trarão sentido,
E os amigos anjos, distanciam-se por vergonha ou descaso.
Nenhum abraço, apenas corpos diferentes.
Nenhum alento... A família, a sociedade despreza? Ou nós estamos de nós mesmos, ausentes?

O calafrio, terrificante solidão: a busca insana...
A morte que ronda, em garrafas esvaziadas e “bitucas” no cinzeiro:
Não adianta fugir de nós mesmos!
O frio é forte e rasga a alma, já inexistente.

Sê gente! Reagir é não negar
Que mar é mar, e amar é possível.
Quando quiser um abrigo, longe de masmorras e precipícios,
Saiba que EXISTE um Deus que sempre estará contigo!

E quando quiser ver a vida como é,
Pra poder reviver e aprender novas melodias,
Não fuja de você mesma!
Me dê a mão! És minha irmã querida.

Só quero poder te abraçar,
Só quero dizer que seu olhar não deixou de brilhar em meu coração...
E que você possa VERDADEIRAMENTE se amar,
Fechar a garrafa, pegar pincéis e levitar: sua arte vai lhe salvar porque existe uma nova estrada E VOCÊ VAI SE ENCONTRAR!

Sua arte,
Sê lua em transição!
Que a LUZ MAIOR do Espírito dos mundos
Lhe mostre um caminho de paz, sentido e aceitação!”

TE AMO!!!!!
Minha mão
Em sua mão...
Aceita esta poesia; espero um dia eu possa ser sua grande amiga, assim universos em comunhão."

(Carmen Ligia)

sábado, 8 de outubro de 2011

Para àqueles que são, metamorfose!





"Somos assim,
Metamorfoses ambulantes.

Creia que a melhor metamorfose é se crer borboleta,
Pois como diz uma poesia minha, chega uma hora q o casulo asfixia.

Então, libertemo-nos! Entregando-nos ao ser quem somos.

Sonhos? É realizando, ou seja,
Despertando do paradoxo insone de sermos,
Suficientemente (e FELIZMENTE)
Nós mesmos.

Então, vamos.......
REAGIR é vir a ser apenas quem somos,
Pois somos-sonhos!
= (Sonhos em realidade)=

Vamos, vamos, levantemo-nos!
CORAGEM!!!

Sorria e o mundo, enfim se abre..."

Poesia da frase que citei acima:
"(...) Deixe a terra seca com os cegos.
Deixe a moenda com os parasitas.
Quando se nasce borboleta,
Chega hora que o casulo asfixia (...)"
Em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/2011_07_01_archive.html

Bela poesia em http://rrenatabrandao.blogspot.com/


Ela é morena, ruiva, talvez loura
Inteligente fascinante e desesperada
Ouve musica escreve poema
Ela é revoltada
Simplesmente não aceita a desigualdade e hipocrisia
Ela mente e fala mal dos outros
Sente carinho e amor
Desprezo e dor
Acorda e dorme cedo
Vive no mundo que ela escolheu
Ninguém pode gritar
Ela se assusta e chora
Tem um passado sombrio e doloroso
Faz do presente a chance de ser feliz
Talvez um dia ela consiga
Tenta ajudar
As letras são sua terapia
Vive entre o ódio e o amor
Entre a loucura e a talvez sanidade
Gosta do seu jeito sincero
Ferra-se muito, mais não muda
Talvez nem queira mudar
Não saberia distinguir se o que ela sente seja bom ou mal
Ela só vai levando
Levando ate onde ela agüenta!

Em http://rrenatabrandao.blogspot.com/2010/12/dona.html#comments

Comentei:
Belo poema...
E se as fotos forem suas:
Somos assim, metamorfoses ambulantes.
Creia que a melhor metamorfose é se crer borboleta, pois como diz uma poesia minha, chega uma hora q o casulo asfixia. Então, libertemo-nos! Entregando-nos ao ser quem somos. Sonhos? É realizando, ou seja, despertando do paradoxo insone de sermos, suficientemente (e FELIZMENTE) nós mesmos. Então, vamos.......
REAGIR é vir a ser apenas quem somos, pois somos-sonhos! (Sonhos em realidade)= Vamos, vamos, levantemo-nos! CORAGEM!!!
Sorria e o mundo, enfim se abre...
Poesia da frase que citei acima: "(...) Deixe a terra seca com os cegos.
Deixe a moenda com os parasitas.
Quando se nasce borboleta,
Chega hora que o casulo asfixia (...)"
Em http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/2011_07_01_archive.html Grand abraço, poetisa!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Saudades, por Carmen Ligia

Saudades
“Amo este amor de cada dia.
Amo sua chegada, sinto sua partida...
Mas amar assim, já nem sei se devo dizer;
Pra não ficares convencido, só vou falar: que saudade de você..."
(Carmen Ligia)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

http://pt.scribd.com/fullscreen/66902180?access_key=key-2ls01fs0irefps374at0

1 - versos tempo e espaço - 17 setembro 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Versos, Tempo e Espaço - A poesia como profissão (Por Carmen Ligia)


"Em meu espaço naufragado

Submergiu a realidade.

Nos fantasmas do passado,

Contendo meus disfarces.



E de alma irriquieta,

Os espelhos que não vejo.

O sabor que não toco,

O gosto, que só desejo.



A sofreguidão de seguir

Sem ação, sem possuir

O bom metal caindo dos bolsos,

Nesta conformidade de mundo, despossuída...



Falta a renda, e solto "a pena"

Que é esta caneta que desliza,

De tão fácil, até ridícula,

Mas cadê os "réis" para pagar canetas e papéis?



Sigo por ser poeta,

De querer alma exposta, translúcida e conhecida.

Sobra-me o desalento deste dia,

Na casa que não é minha, na vida que não possuo por não ser inteira...



Asneira de quem nasceu com dom "barato",

Que não me faz juntar qualquer trocado.

E semi-desempregada, com outro dom por recriar:

Espero lecionar; hoje estagnada, a monografia que não quer fruir, "falar"...



Ai de mim, se ao invés de tese me propusessem rimas,

Se tal a dor, me dessem também novas perspectivas;

Se um emprego viesse pra sustentar minha solidão, paz,

E o dia tivesse um sentido além da rotina que me desfaz!



Estou aqui... Tentando um lugar, um emprego, uma vida de plenitude,

Mesmo que seja com salário resumido e limitado;

Este compraria meu canto,

Uma quietude que não tem preço, ou tamanho.



Mas meus versos se constrangem...

Como publicá-los se não tenho dinheiro?

Eles buscam também um lar,

Que são os olhos de quem os lerá.



Assim, o metal não é vil, ou fel,

É um meio...

E batalhar para tê-lo, uma condição 'sine qua non' pra ter o descanso da "guerreira",

Que escreve sonhos com a força do pensamento, e este não possui barreiras...



E no sonho em realidade,

Possam meus versos

Chegar aos seus olhos,

Leitor ainda "desconhecido",



Não apenas pela renda,

Se esta parte me couber em vida,

Mas por serem meus versos a maior razão de minha existência

Que eles possam caber, um dia, em sua companhia!



Para este leitor

Direi de coração:

Obrigada por fazer parte da minha vida

Lendo minhas rimas, que são de mim uma extensão...



Então, nesta mesma hora,

Não sei onde estarei, se em meu lar ou além,

Mas quem sabe meus versos viverão por longos dias,

No coração daqueles que apreciam poesia...



Então ter vivido,

Chorando ou sorrindo,

Não vai ter peso diante da eternidade!

Meus versos, estes sim, serão minha presença e constante saudade.



Enfim, conseguirei liberdade diante dos portões da eternidade:

Serei mensagem no coração da humanidade!

E minha vida, gozo e agonia,

Será chuva fina em fim de tarde...



Serei a poeta do desconexo,

Serei a magia no singular,

O verso que rasga mundo em transe,

Pra eternizar as dores e delícias de ser e estar.



Quando eu não estiver

Serei verso encarnado,

Uma gota no oceano

De quem rompeu espaços, dificuldades infindas...



Porém se deu sem tamanho

Em versos e rimas,

Tendo tão pouco ouro

Mas sonhos que cortaram a neblina da hipocrisia...



O tempo, não pára,

A poesia, é infinita...

A poeta Carmen, é também Ligia.

O que é escrito de toda alma se eterniza!



E barreiras,

Não serviram pra fazer parar minha mão.

Meu pensamento voará além,

E aonde estiver irei lhe abraçar: universos em comunhão!



Seja com meu pesar ou alegria,

Saiba que a fé resistirá em meus versos

E na vida da verdadeira VIDA,

Dando minha parcela para apaziguar o mundo em sua covardia.



Neste ou em qualquer tempo

Que novos ventos nos tragam maior incentivo,

Para alcançarmos nossa estrela guia:

Assim poetas serão poetas e a vida será mais artística, quiçá menos individualista!



O metal será sonho convertido.

A poesia será vida em profusão.

A letra será pra servir de alento,

Tão necessária quanto a respiração, será profissão!



Pra quem escreve, sua labuta

Sua cura e seu chão;

Pra quem lê, também libertação

Porque os galhos fazem parte do mesmo grão."



(Carmen Ligia, em 17 de setembro de 2011)












sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pelo movimento “Se nosso filme está em Paris, nós merecemos participar deste festival, sim!” = Pela captação de recursos - passagem, hospedagem, etc.

Filme NPD Aracaju é premiado e vai a Paris

Das interrogativas:
Será que nossos governantes não acreditam em nossos talentos, mesmo com o curta Do Outro Lado do Rio chegando a um dos berços da Arte mundial – Paris? Ainda que com a prova definitiva da inventividade de nossa gente, por que nos faltam recursos? Governo de todos? Então, reguem estas sementes!!!

(Pelo movimento “Se nosso filme está em Paris, nós merecemos participar deste festival, sim!” = Pela captação de recursos - passagem, hospedagem, e deslocamento - aos participantes, atores e dirigentes do filme Do Outro Lado do Rio; rumo à Paris, se o Estado e o país nos permitir, no próximo dia 16 de outubro de 2011).


Já extrapolou a cidade, o estado, a nossa nação. Pés que chegam à Paris? Não. Faltam incentivos e apoio, financeiro! Nossa história é permeada de casos assim... Mas quando há de submergir outra realidade? Quando a Arte, nossa cidade, nossas cores e imagens, poderão ser representadas de forma digna? Será que nosso estado ainda será representado apenas por Tobias, ou Romero, quando existe qualidade viva, também expressão para incentivar o nosso turismo, demonstrada de forma mágica através da 7ª arte? Será que esse reconhecimento nos será negado? Será este governo para todos, assim combinando com o slogan deste Brasil? E porque não provar através de atos, o reconhecimento que já vem de fora, mesmo que nossa história no audiovisual ainda seja tão recente?
Curta... Através do curta intitulado ‘Do Outro Lado do Rio’, mostramos as cores fortes e envolventes de nossas cidades, Aracaju e a Barra dos Coqueiros; nossa gente e suas intrínsecas facetas, deste povo simples que passa, agora percebido e sentido no cinema! Nós, que somos simples e ainda pequenos, não pelo nosso estado ser o menor da nação; é porque falta verdadeiro reconhecimento dos talentos que submergem brilhantemente; uma terra que se faz pequenina quando nossos políticos e verbas de incentivo à cultura passam longe de quem verdadeiramente está “suando a camisa”. Gente como nós, com muito esforço ainda que pouco recurso, mas com uma câmera na mão já mostra ao mundo histórias autênticas, feita por jovens sonhadores, filhos deste Sergipe, que Paris já aprecia embevecido, assistindo o curta Do Outro Lado do Rio:

“O Do Outro Lado do Rio, curta produzido pelos alunos do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira | Programa Olhar Brasi durante o curso de Realização em Audiovisual 2010, tomará as telas do Festival Internacional de Cinema Signes de Nuit em Paris no dia 16 de outubro. O convite para participar do festival francês veio através do reconhecimento do Kinoforum, maior festival de curta da América Latina no qual o Do Outro Lado do Rio ganhou, entre 80 selecionados o Prêmio Aquisição da Mostra KinoOikos pelo júri SESC TV”. (Fonte: http://npdorlandovieira-aju.blogspot.com/)

Queremos mostrar lá fora, que por aqui, gente simples e com sonhos palpáveis, pode chegar e mostrar ao que veio. O que queremos é ter a oportunidade de participar, pessoalmente, deste brilhante festival! Não tenho lembrança de nenhum filme sergipano, seja curta ou longa, que recebeu tal convite e reconhecimento, em um dos maiores berços da Arte no mundo, Paris. E estaremos lá, em vídeo e mostrando as belezas naturais de Sergipe, como um convite aberto ao turismo em nosso estado. Será que o trabalho duro de nossos jovens cineastas e grandes artistas, vai se perder? Será que este merecimento de apresentar-nos, e representar esta genuína gente sergipana, será apenas uma utopia de jovens cineastas?
Ver nas telas parisienses nosso trabalho já está programado para o mês vindouro, e parece que ficará no sonho a nossa merecida presença, pois nos faltam recursos: S.O.S.!!! Onde estará o orgulho de ser sergipano? Quando os outros nos reconhecem com talentos tamanhos, mas por falta de verbas ficamos impossibilitados de representar nossa gente, e receber um reconhecimento pelo trabalho do curta Do Outro Lado do Rio, que apresenta a cultura do nosso povo, as cores vivas, e vibrantes de nossa terra, incentivando a vinda de turistas ao nosso estado. Será que somos o menor estado em tamanho, ou em mesquinhez, quando na altivez da Arte já reconhecida, somos colocados fora do jogo, por não ter verba para bancar passagens e hospedagem?
“Cadê” este incentivo cultural aos talentos que lutam dia a dia? Seremos apenas instrumentos alienados, que trabalham mas tem de permanecer longe dos holofotes dos festivais? Quando ficamos “apagados”, fica escondido nosso estado e nosso país, que tem arte transbordando nas veias, que respira genialidade, mas que na verdade fica pedindo, implorando, o que é de direito... Nosso direito! Que se possa ser incentivado estes jovens talentos, que mostram ao mundo que Sergipe é lindo e também é luz... Mas queremos ir à cidade-luz, Paris, para receber juntos, em nome do Núcleo de Produção Orlando Vieira, e em nome da Prefeitura e Governo de Sergipe, um glorioso reconhecimento que nos foi concedido por merecimento! Que nossas agências de Turismo possam fazer um pacote com preço “bacana”, que nossa Prefeitura e Estado, e também nossa nação, possam incentivar estes jovens talentos a receber pessoalmente estas congratulações.
Estando lá haveremos de nos pronunciar positivamente, se nosso governo provar com tamanha honradez que é realmente, de todos e para todos... E mais: Diremos com orgulho ao público do dia 16 de outubro, em Paris: Veem? O Brasil, que vai abrigar a Copa, as Olimpiadas, tem um pequeno-grande estado; de fato, uma extensão territorial pequena, mas de beleza imensurável, com cores lindas e vivas. Gente de energia salutar. Sergipe tem sua singular magia!
Isto será representar Sergipe para o mundo! Não mais com teorias de poucos, mas com imagens de todos, porque sob vários ângulos o mundo vai ver nosso estado... Disse, o mundo! O globo!!! Percebem a dimensão do nosso trabalho? Por favor, não aplaudam, simplesmente. Façam com que o grupo que fez o filme Do outro Lado do Rio participe deste Festival pra se sentir, de fato, GENTE! O que pedimos é tão pouco, diante das imensas verbas que se disponibiliza para a cultura, e turismo; bem certo que apreciaremos ver nosso trabalho em Paris, mas é o povo, e nossos representantes do executivo e legislativo que serão as estrelas, podendo ser vistos com simpatia ao apoiar a Arte, mostrando ao mundo imagens reais, emoções que precisam ser conhecidas: incentivo o turismo e cultura, apoiamos a construção de nossa identidade.
Portanto, se o Rio Sergipe não toca o Sena, poderemos tocar Paris e o mundo com nossas imagens, também com a presença destes “idealizadores-realizadores”; estes que mostram que cinema é vida, poesia, e veracidade de nossas belezas. E na riqueza destes jovens talentos que produziram Do Outro Lado do Rio, que almejam apenas receber pessoalmente, o vislumbre de representar nossa gente em Paris, para o mundo e tantos seres deste planeta! Mostraremos a inventividade do nosso jeito de ser: grandes porque reconhecemos que aqui poderemos crescer. Se hoje somos sementes em profusão, quando nosso Estado e nossos dirigentes sabem nos reconhecer, estes talentos irão desenvolver-se por aqui; poderemos exportar nossa Arte, não apenas cana, coco, e banana... Somos mar e rio em movimento, entremos nesta luta com gana. Pelo reconhecimento do audiovisual sergipano, que ainda na tenra infância, já está em Paris! Honra tamanha... SÓ NOS FALTA, por hora, A GRANA!!!

(Carmen Ligia Vila Nova é estudante de História pela UFS, e participou do filme Do Outro Lado do Rio; http://aprendizdepoetaenavida.blogspot.com/).



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Imaterial-alma... (Por Carmen Ligia - Em homenagem as 100 publicações deste blog)





Imaterial-alma...
(Por Carmen Ligia)




"Já estive

Sem nada,

Sem graça,

Sem alma...



Hoje,

100 publicações neste espaço eterno;

Destas minhas poesias aqui mostradas, que venha o livro meu:

Com inéditos escritos! Com fé em Deus!!!



Com graça,

Com presença

De espírito,

Aprendiz...



E no espaço ambíguo, de mim,

Eternizo meus dias;

Por escrever, por sentir:

Nada, tudo? Hoje passei por aqui...



Isto me traz alegria!

Mostrar versos que extravasam de reencontrada, alma;

Rompendo o silêncio, deixo minha marca:

Tanta estrada...



Sou partícula, não migalha;

O meu corpo perecerá, mas não minha alma!

O espírito desta que aqui desabafa,

Haverá de se perpetuar:



Alguém sentirá, tudo e nada;

Ou simplesmente um pouco do todo,

Talvez,

Nada!



Mas torço que enfim,

Alguém possa um dia sentir

O estranho pulsar,

Das minhas palavras..."



(Poesia em homenagem as 100

publicações deste blog, com algumas das

minhas poesias... E aos leitores deste espaço,

meu fraternal abraço!)



"A vida imita a arte", sendo que a ARTE, é verdadeiramente, a VIDA. (Frase de Carmen Ligia, em 04/09/11)

"Esta foto que segue,
Esta frase acima,
Para inspirar ARTE em IMAGEM,
Pois em cada cena,
Eis que se respira,
A própria VIDA!"
(Foto que tirei
neste último domingo,
4/9/11 - Mosqueiro-SE).

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Carcereiro Mestre: Um Conto-Poesia para encontrar a vida - Parte II"




(...)
Olho nos olhos do Mestre, então carcereiro
E ele me dá umas peças enferrujadas...
Pra que serve palavras incentivadoras, e um corpo sutil
Se meu céu não é anil?

Ele baixa os olhos
Contemplando uma cruzada aos seus pés,
Nada tem de tão seu além de sonhos
E aqueles olhos plácidos que revolve minhas entranhas...

Ele não quer me falar neste momento.
Dá as costas para cuidar da sua própria prisão,
E da provisão, sua própria ração.
Já não entendo seu silêncio. Nem mesmo o meu.

Deixo ele ir. Então minha mente se agita
Cogitando que flores bonitas, podem surgir pelo caminho?
E aqui existe a masmorra, a cela, a escuridão e a temeridade.
A torre a observar-me. Meu medo a absorver-me...

Olho o chão. Lá está a inscrição.
Três palavras e seis números.
Mais. Pietro. Lado-Sul:
9-4-3-9-1-1.

???
O que significa esta inscrição,
Que o carcereiro deixou ali?
Mais de mim, ou de ti?

Pietro? Perto do meu fim-recomeço?
Lago-Sul. O lado que devo seguir.
Mas o sul dos meus desejos escondidos,
Ou a profundidade deste lago escuro, meus traumas inconfessos?

Somando os números pego meu 9.
9 sentimentos vagos...
Paralisia. Desespero. Desconcerto. Perdão. Omissão:
Asfixia. Idolatria? Porta-fechada? Rua-vazia?

Medo!
De ser eu mesma.
De enfrentar a rua deserta,
E incerta de quem sou.

Ele volta.
Com um café quente, com leite e chocolate.
Aprecio a bebida e ele diz-me: Bem verdade...
O que escrevi não é o que pensas. É o tempo que nos resta; já é tarde.

9?
Sim, responde-me.
Aqui está a bússola, não vês?
Estamos no sul. Norte é seu rumo, e encontre-se em você.

Para quê?
Ficar é mais cômodo.
Falar é mais reconfortador,
E partir me causará, extrema dor.

Não te aflijas, minha terna Maga Rebelde...
O que hoje é escuro,
Nestes meus olhos que enxergas sem ver
Amanhã será claro... Noutra estrada, uma vida que irá acontecer...

Não lhe entendo. Fico furiosa naquele espaço encardido, e asfixiante.
Ele tenta me abraçar, já não como antes...
Simplesmente segura firme meu corpo, e me diz quase sem palavras:
Eu vou te encontrar! Noutro tempo... Em outra estrada: Serei o dia, e você, MADRUGADA!

(Por Carmen Ligia - Continua...)