quarta-feira, 14 de março de 2012

Em homenagem ao Dia da Poesia (14 de março), + uma poesia de minha autoria (Carmen Ligia)


"De meio não fiz metade...
Da partícula que sobrou fiz mais amor.
De gotas de chuva,
Tal qual minhas lágrimas, um novo rio me desafia!

Do nada fiz um meio
De chegar em sua estrada e dizer: tudo bem...
E bradar, com voz rouca e inflamada
A quimera dos poetas, sem berço, mas sem mordaças...

Do esquisito do céu em transe
E de Terra pequena,
Fiz meu caminho de estrelas já mortas,
Ainda que no céu, reluzentes...

Mas na hipocrisia de tantas galáxias
Vejo uma longa estrada
E sinto um novo vento,
Um novo tempo... Em minh'alma!

Quisera eu romper o aparente,
Mostrar o sentido de ser gente,
Ainda que serpentes subam pelo colarinho...
A vida é eterno desafio: eu sou de junho, e sou eterna...

As labaredas que são novelas fictícias...
Mas minha novela em aparente branco e preto é vida;
Meus medos, minha valentia,
Em gritar sou poesia!

E o resto, reinvento...
Dá tempo de dizer ao que viemos!
Na poesia a luz que é sempre viva
Como um céu sem firmamento, e por isso, tempo...

Por 'tudo e nada' sou vento,
Sou extenso.
A poesia é o eterno recomeço, é meu melhor ensejo,
E sempre reacendo o desejo de ser eu mesmo.

Esqueço as traças
Rompo muralhas,
Ouço a madrugada
E clamo a poesia, a fantasia, e a volta pra minha casa..."

(Carmen Ligia, em 14 març 2012).

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