segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Uma das Poesias para meu primeiro livro impresso (que há de sair...) Renascer (De Carmen Ligia)

Uma das Poesias para meu primeiro livro impresso (que há de sair...)
Renascer (De Carmen Ligia)
1º dez 2014

"Vínculos perdidos meu eu reencontrado
Ou agora nitidamente contemplado;
A "culpa" por ser diferente, não "pertencer" a minha família
É minha declaração de autenticidade, minha alforria.

Mamãe não quero ser como você, não quero ser você nem me tratar como você me trata (ou me maltrata).
Entrego-lhe a cruz que quis me penitenciar por ser eu mesma:
Sou leve, contemplo estrelas,
Vejo o mar, mergulho na mar
E desorganizo meus livros;
a "insustentável leveza" de ser eu mesma, são os grilhões quebrados: Não preciso do seu amor, quero espaço.

Papai; a filhinha cresceu demais pra aceitar o cercadinho, doces ou mera ração. Vejo o mundo e você olha com receio pra não tropeçar no chão.

Ahh, e os amores-horrores como o último vivido? Prefiro chamar inimigo, castigo pra minha alma em querer me doar pra quem não mereçe um bom dia... Traidores com sua covardia? Merecem "a vida" como lida!

                                       ***
Meus defeitos inteiros, até covardia mas não desistência.
Meus conflitos, porque os preceitos familiares são açoites nos meus sonhos mais vitais.
Sem sonhos, existência ínfima.

Se pra ser eu mesma necessito romper com achismos, machismos, paternalismo com moedas ou maternidade com suas palavras mordazes, pro "inferno" os imperfeitos modos de se prenderem aos rótulos, quando não caberia em qualquer um, porque vislumbro a LIBERDADE de ser eu mesma, sem disfarces, e sem querer agradar pater ou madre, family ou sociedade alienada, que ditam "regras" ultrapassadas que só escravizam a alma.

Minha geração; meus alegres e maior parte agonizantes anos vividos, com entorpecimento e resistência contínua, com quedas e soerguimentos com o fôlego quase por um fio, no asfixiamento do vazio reinante desse mundo frio, que nos quer robores em troca de motores e tvs de plasma, dinheiro-caixa mas vida sacrificada, porque os dons são martirizados por pais e muitos "Mestres", chefes e o "escambal"; nos querem alienados, omissos, à parte do "sistema-vírus": eis meu GRITO, meu gemido, minha catarse, minha palavra crua contra a agrura de não podermos ser o que viemos a ser: poetas, grafiteiros, newn rippies ou roqueiros, alternativos ou nerd's, capitalistas selvagens ou meros idealistas sem tostão.

Que a individualidade supere a massificação.
Que exercer nossos dons seja A MISSÃO.
Que a ovelha negra saia com batom escarlate, rindo dessa comédia tosca.
Que o operário siga sua vida rotineira, ou "vire" presidente,
masss que cada um siga sua vida.
Chega de tanta asneira!
Abaixo a hipocrisia.

Ser nós mesmos não é rebeldia: É VALENTIA!"

(Poesia escrita depois de ler capitulo sobre o patinho feio no livro
MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS -
Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem,
de CLARISSA PINKOLA ESTES).

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