segunda-feira, 14 de julho de 2014

Contornando Disfarces (De Carmen Ligia, 2012)


Contornando Disfarces

"Na abertura de uma casa, antiga.
Na biblioteca de livros, petrificados.
De versos mudos, silenciados.
E da sua boca pequena dizendo: _ Te amo!

Esqueço que existimos e resistimos não sei por quê.
Sabemos que seguimos
Pra poder ver o Sol brilhar,
Revelando uma história que a História não possa mais calar.

Cadê você, remoendo meus contratempos?
Surgindo inquieto, atravessando cortinas,
Banhando meu corpo, com pétalas de sonhos,
Beijando minhas mãos, com os olhos fechados...

Aspirando meu melhor sorriso,
Secando lágrimas do passado,
Segurando firme meu corpo
Depois de plenos espasmos;

E dizes que me amas
Fazendo o amor
RESPLANDECER
No nosso amanhecer!

Por favor, aprecie esse nosso encontro,
Que não veio
Que já foi,
E que em meu peito permanece...

Na pequenez do seu rosto, disfarce.
Na grandeza do seu ser, recluso.
Na iluminura do seu beijo, transparente,
Revelando todas as cores, sabores infinitos.

E na sofreguidão do meu ser solidão
E na tortura do seu ser camuflado,
Nossas esquinas, distorcidos disfarces,
Minha mão, em seu rosto, pausadamente dizendo:

_ Será tarde ou será cedo
Pra fazer contigo, segredos?
Seu olhar perdido, meu ser plasmado
Seguimos... Inquietos.

Rumo a um espaço
Em que haja menos contratempos
E que sejamos
Mais serenos.

Depois da explosão de um amor cheio de luz, e brilho infindo,
Recostar em seu peito, sentir um arrepio;
Amores que de flores, causam calafrios
E no silêncio se fazem, amados: REENCONTRADOS."

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